quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Estamos cheios de estar vazios

Estamos todos atarefados, abarrotados, faltando horas nos dias para cumprir com os compromissos, vendo o tempo passar mais depressa. Mas, o tempo é o tempo e ele sempre passou na mesma velocidade, nos mesmos sessenta segundos por minuto sem acelerar um milésimo sequer.

Nós temos uma vida mais rica, com mais cultura, mais tecnologia (tecnologia que nos poupa tempo, inclusive), mais opções de lazer, mais acesso a viagens, mais conectividade, mais possibilidades e oportunidades… E menos tempo.

Que contrassenso! Diz o ditado que menos é mais e, no que me diz respeito aos tempos atuais, mais tem se tornado menos. Bem menos!

Estamos cheios de estar vazios. Não importa o que alcancemos na vida, existe uma insatisfação generalizada acometendo a humanidade. Pensei ser sinal do consumismo, do materialismo desenfreado, individualismo e outros ismos que tanto nos enchem, mas não nos preenchem.

O que foi que aconteceu conosco? O que está acontecendo com nossos dias? Por que temos tanto e, ainda assim, nos sentimos tão vazios, tão cansados, tão exauridos e seguimos em passos forçados, lentos e trôpegos? Nesse mundo caótico em que nos encontramos, estamos todos padecendo do mesmo mal, cada um à sua maneira.

Para preencher esse vazio da alma humana, muitos procuram a companhia de outras pessoas. Mas o companheirismo que os amigos podem oferecer é muito pequeno para preencher o espaço infinito do coração humano.

Outros se dedicam diuturnamente a acumular riquezas. Mas o dinheiro também não resolve o problema. Podemos conquistar fortunas incalculáveis, e ainda que fosse possível conquistar o mundo todo, restaria sempre a ânsia de novas e maiores aquisições, nessa sede insaciável de preencher o vazio infinito do coração. Sexo, casamento, educação são outras alternativas que o homem procura, na tentativa de encontrar realização total, mas que produzem sempre o mesmo resultado: uma inexplicável sensação de vazio e insuficiência.

A solução que todos buscamos não está neste mundo. Se estivesse, a humanidade já a teria encontrado. A satisfação plena é produto da segurança absoluta e da paz interior que só Deus pode dar. Só um Deus infinito pode preencher, com o Seu amor, o espaço infinito do coração humano. E esta conquista espiritual está ao alcance de todos os que, reconhecendo a sua insuficiência, aceitam o presente que o Céu oferece – a vida eterna, através de Jesus Cristo: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23).

A salvação, portanto, é um presente que Deus oferece ao homem. Não se pode pagar esse Presente. Tudo o que se tem a fazer é aceita-Lo.

Podemos aceita-Lo assim como estamos, mas jamais permaneceremos como estamos. Porque Ele irá transformar-nos. Irá operar em nós “tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:13).
"Temo que estejamos em perigo de, pela angústia, fazer jugos para nosso pescoço. Não nos preocupemos, pois assim tornamos muito severo o jugo e pesada a carga. Façamos tudo que pudermos, sem nos preocupar, confiando em Cristo. Estudemos Suas palavras: 'Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis' (Mt 21:22). Essas palavras são o penhor de que tudo quanto um onipotente Salvador pode conceder será dado aos que nEle confiam. Como mordomos da graça do Céu, devemos pedir com fé, e então aguardar confiantes a salvação de Deus. Não devemos tomar-Lhe a dianteira, tentando, em nossas próprias forças, conseguir aquilo que desejamos. Em Seu nome devemos pedir, e então agir, crendo em Sua eficiência." (Ellen G. White - Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 466)

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