Infelizmente, a história do mundo é permeada pelos conflitos desde a entrada do pecado. Nas páginas do Antigo e do Novo Testamento, encontramos discórdias familiares, brigas pelo poder, lutas entre povos e até mesmo tensão entre os primeiros cristãos. Certamente você já vivenciou ou talvez esteja vivenciando algum conflito na igreja. Mediar conflitos e propor soluções justas e equilibradas são desafios que só podem ser vencidos com muita sabedoria.
Para andarmos juntos, nem sempre temos de concordar em tudo, mas quando você se pegar iniciando uma discussão com outras pessoas, e se isto ocasionar divisões em sua igreja, use estas sábias orientações de Ellen G. White extraídas dos livros Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pp. 236-248 e Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, pp. 497-505:
"Deus é a personificação da benevolência, misericórdia e amor. Os que se acham verdadeiramente ligados a Ele não podem estar em divergência, uns com os outros. Seu Espírito reinando no coração, criará harmonia, amor e união.
Homens e mulheres que professam servir ao Senhor, contentam-se com ocupar tempo e atenção com assuntos de somenos importância. Satisfazem-se com estar em divergência uns com os outros. Se fossem dedicados à obra do Senhor, não estariam porfiando e contendendo qual família de meninos indisciplinados.
A união é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que creem na verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás bem compreende isso. Nunca se achou mais determinado do que agora para tornar de nenhum efeito a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor.
O mundo é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em breve serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se, é agora esse tempo. Deus nos confiou as verdades especiais para este tempo, a fim de as tornar conhecidas ao mundo. A última mensagem de misericórdia está sendo proclamada agora. Estamos lidando com homens e mulheres que rumam ao juízo. Quão cuidadosos devemos ser em cada palavra e ato para seguir de perto o Modelo, a fim de que nosso exemplo leve homens a Cristo. Com que cuidado devemos procurar apresentar a verdade de tal modo que os outros, contemplando-lhe a beleza e simplicidade, sejam levados a recebê-la. Se nosso caráter testifica de seu poder santificador, seremos uma contínua luz aos outros — epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos. Não podemos agora correr o risco de dar lugar a Satanás nutrindo desunião, discórdia e lutas.
Todos os que foram beneficiados pelos trabalhos do servo de Deus, devem, segundo sua habilidade, unir-se-lhe no trabalho pela salvação das pessoas. Essa é a obra de todos os verdadeiros crentes, pastores e povo. Devem conservar sempre em mente o grande objetivo, buscando cada qual preencher sua devida posição na igreja, e todos trabalhando conjuntamente em ordem, harmonia e amor. Vigiarão cuidadosamente a fim de que não seja dada oportunidade para se introduzirem diversidade e divisão.
Os que são designados para guardar os interesses espirituais da igreja devem ser cuidadosos em dar o exemplo devido, não dando ocasião a invejas, ciúmes ou suspeitas, manifestando sempre aquele mesmo espírito de amor, respeito e cortesia que desejam incentivar em seus irmãos. Atenção diligente deve ser dada às instruções da Palavra de Deus. Seja contida toda manifestação de animosidade ou falta de bondade, seja removida toda raiz de amargura. Quando surgem dificuldades entre irmãos, deve ser seguida à risca a regra do Salvador. Todo esforço possível deve ser feito para conseguir a reconciliação, mas se as partes persistirem obstinadamente em continuar em divergência, devem ser suspensas até que possam harmonizar-se.
Devemos buscar a verdadeira bondade, em vez da grandeza. Os que possuem a mente de Cristo terão de si mesmos opinião humilde. Trabalharão pela pureza e prosperidade da igreja, e estarão prontos a sacrificar os próprios interesses e desejos, em vez de causar dissensão entre os irmãos.
Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Quando os cristãos se desentendem, Satanás se insinua para tomar o controle. Quantas vezes teve ele êxito em destruir a paz e a harmonia nas igrejas! Que conflitos ferozes, que amargura, que ódio, se iniciaram por uma pequenina questão! Que esperanças se esfacelaram, quantas famílias foram divididas pela discórdia e contenda!
Divisões na igreja desonram a religião de Cristo diante do mundo, e dão ocasião aos inimigos da verdade para justificar seu procedimento. O que estamos fazendo para preservar a unidade, nos laços da paz?
Deu-nos o Senhor em Sua Palavra, instruções definidas e inequívocas, e na obediência a elas podemos preservar a união e harmonia na igreja. Irmãos e irmãs, estão dando ouvidos a essas ordens inspiradas? São leitores da Bíblia, e praticantes da Palavra? Estão lutando para cumprir a oração de Cristo, de que Seus seguidores sejam um?
Evitemos tudo o que possa criar dissensão e contenda, pois há um Céu diante de nós, e entre os seus habitantes não haverá contenda."
“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1 Coríntios 1:10).
“O Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 15:5, 6).
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