sábado, 8 de agosto de 2020

Neste próximo domingo...

Neste próximo domingo, por conta de todas as restrições e recomendações relativas à pandemia do novo coronavírus, o Dia dos Pais terá que ser celebrado de uma maneira diferente. Os abastados banquetes, churrascos e a reunião familiar darão espaço para encontros virtuais, seja por meio de troca de mensagens ou chamadas de vídeo. Alguns, é bem verdade, promovidos simplesmente pela conveniência de uma tradição ou pela insistência da propaganda; outros, pela força do sentimento que une corações que bombeiam um mesmo tipo de sangue.

Neste próximo domingo, alguns sorrisos irão se apagar, dando lugar à saudade chorosa. Alguns irão esbarrar na cadeira vazia da mesa de jantar. Outros irão buscar retratos, bilhetes, como se fossem pedaços ainda vivos de alguém que foi e não volta mais.

Neste próximo domingo, alguns irão visitar os arquivos empoeirados da lembrança à procura dos momentos que viveram ao lado do homem a quem chamavam pai. Para o mundo, só mais um homem. Mas para o filho, o maior herói.

Neste próximo domingo, alguns irão lembrar, outros irão preferir esquecer.

Não sei como foi sua infância. Não sei qual é o tipo de temperamento de seu pai. Não sei se neste próximo domingo, seu dia será de festa ou de luto, nem se estas linhas foram o lembrete que lhe faltava. Mas tenho uma ideia: você que tem um pai vivo, não seja tolo. Pegue o celular, escreva uma mensagem, grave um vídeo, marque uma visita pra quando a pandemia passar, diga que o ama. Ofereça-lhe um lugar especial no coração. Peça perdão, se for preciso. E perdoe... vai ser bom para você.

Se você é um refém da saudade, se já perdeu seu pai... nunca esqueça: o céu lhe assiste, e lá é a casa de um Deus a quem podemos chamar de pai.

Ellen G. White diz:

"Os pais têm direito ao amor e respeito em certo grau que a nenhuma outra pessoa é devido. O próprio Deus, que pôs sobre eles a responsabilidade pelas almas confiadas aos seus cuidados, ordenou que durante os primeiros anos da vida estejam os pais em lugar de Deus em relação aos seus filhos. E aquele que rejeita a lícita autoridade de seus pais, rejeita a autoridade de Deus. O quinto mandamento exige que os filhos não somente tributem respeito, submissão e obediência a seus pais, mas também lhes proporcionem amor e ternura, aliviem os seus cuidados, zelem de seu nome, e os socorram e consolem na velhice. Tenho visto filhos que não parecem possuir afeição para dar a seus pais, nem expressões de amor e carinho que lhes são devidas e que eles apreciariam; mas esbanjam abundância de afeição e cuidado na seleção daqueles por quem mostram preferência. É isto o que Deus deseja? Não, não. Levai toda alegria, amor, e afeição ao círculo do lar. Vossos pais apreciarão essas pequenas atenções que podeis dar" (O Lar Adventista, pp. 293, 295).

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