quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Imitadores de Cristo

"Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados" (Efésios 5:1).

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" (1 Coríntios 11:1).

Cristão: imitador de Cristo.

Tenho pra mim que o maior desafio dos cristãos não seja imitar a Cristo. Imitar a Cristo é relativamente simples e fácil, a saber: Quando Jesus foi indagado quanto ao pagamento de impostos o que Ele disse? "Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22:21). O que os cristãos devem fazer para imitá-lo? Pagar seus impostos corretamente, sem sonegar. 

Quando trouxeram a Jesus uma mulher pecadora para apedrejá-la, o que Ele disse? "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" (João 8:7). O que os cristãos devem fazer para imitá-lo? Não julgar a ninguém, não importa qual seja o seu pecado.

Eu sei que você deve estar se perguntando: Então qual é o maior desafio de um cristão? Eu respondo. Pra mim, o maior desafio dos cristãos é imitar a Cristo naquilo que Ele aparentemente não viveu. 

Eu sei que a Bíblia relata que: "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hebreus 4:15). E daí cabe a nós em todos os momentos da vida pensarmos: Se Jesus estivesse no meu lugar, nesse momento, o que Ele faria?

Vou direto ao ponto: se Cristo estivesse vivendo como homem aqui nesta terra, nesse momento de pandemia em que estamos vivendo, qual seriam suas preocupações e prioridades?

Eu acredito que Ele não estaria preocupado com o retorno dos cultos presenciais nas igrejas. Mas Jesus ia a igreja? Claro que ia! "Chegando a Nazaré, onde fora criado; entrou na sinagoga no dia de sábado, segundo o seu costume, e levantou-se para ler" (Lucas 4:16). O que os cristãos devem fazer para imitá-lo? Devem ir à igreja aos sábados. Porém é claro e notório que o ministério de Cristo não foi construído dentro de uma igreja. O seu ministério foi alicerçado nas ruas, em meio a pecadores e necessitados.

Por isso eu te digo, se hoje eu e você não estamos preparados para abandonar o ar condicionado, os bancos confortáveis, o sermão e a música boa das nossas igrejas, e irmos para as ruas onde as pessoas estão mais do que nunca necessitadas e carentes do amor incondicional desse Cristo a quem dizemos imitar, nós não somos dignos de sermos chamados de cristãos. 

Se eu e você nos arriscamos em meio a uma pandemia para nos reunir mesmo que em número reduzido em uma reunião que mais serve para nos ajudar e confortar, mas não estamos dispostos a nos arriscar da mesma forma para sairmos em auxílio daqueles que tem fome, sede, falta de amor ou até mesmo estejam doentes, nós não somos dignos de sermos chamados de cristãos.

Não há nenhum problema em sentir saudades da comunhão, dos irmãos, da igreja, pois isso a internet é plenamente capaz de nos conferir. Só não podemos achar que essa seja a nossa maior prioridade hoje. 

Sonho com o dia em que nos procurem nas igrejas, e não nos encontrem, pois estaremos pelas ruas espalhando as boas novas da salvação.

Igreja vazia e corações cheios é melhor que igreja cheia e corações vazios!
 
E você, quando pensa em Jesus vivendo esse momento, o que acha que Ele estaria fazendo?

"Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos" (1 Coríntios 6:19).

Ronaldo Barra (via facebook)

Nota: Fiquemos com mais estes sábios conselhos de Ellen G. White:

"A obra de recolher o necessitado, o oprimido, o aflito, o que sofreu perdas, é justamente a obra que toda igreja que crê na verdade para este tempo devia de há muito estar realizando. Cumpre-nos mostrar a terna simpatia do samaritano em acudir às necessidades físicas, alimentar o faminto, trazer para casa os pobres desterrados, buscando de Deus todo dia a graça e a força que nos habilitem a chegar às profundezas da miséria humana, e ajudar aqueles que absolutamente não se podem ajudar a si mesmos. Isto fazendo, temos favorável ensejo de apresentar a Cristo, o Crucificado" (Beneficência Social, p. 188-190).

"O homem deve cultivar a bondade e compaixão de Cristo; não deve distanciar-se dos tristes, dos aflitos, dos necessitados e angustiados" (Signs of the Times, 13 de junho de 1892).

"Há para ser feita por nossas igrejas uma obra da qual poucos têm alguma ideia. A missão de Cristo era curar os enfermos, encorajar os desesperançados, levantar o desalentado. Essa obra de restauração deve ser promovida entre os necessitados sofredores da humanidade. Deus pede não apenas nossa benevolência, mas nossa fisionomia alegre, nossas palavras de esperança, nosso aperto de mão. Aliviem alguns dos aflitos de Deus. Alguns estão enfermos, e a esperança os abandonou. Devolvam-lhes a alegria. Há pessoas que perderam a coragem; falem com elas; orem por elas. Há os que necessitam do pão da vida. Leiam para eles a Palavra de Deus. Há uma enfermidade do coração que nenhum bálsamo pode alcançar, nenhum remédio curar. Orem por esses e levem-nos a Jesus. E em todo o seu trabalho esteja Cristo presente para fazer impressões no coração humano" (Manuscrito 105, 1898).

Um comentário:

  1. De acordo, mas com uma reticência. Os que precisam de Deus estão na rua em grande número, e mesmo em tempo de culto presencial normal, deveríamos passar a outra parte do sábado e os outros dias, sempre que possivel, na rua a levar a salvação, mas... nas igrejas também existem os que necessitam continuamente de Jesus... infelizmente a fé é fraca e a igreja é como um termostato. Andamos a semana toda a fingir que somos cristãos, ou a ser cristãos verdadeiros e a gastar a nossa cristandade e precisamos, nos sábados ir à igreja para repor, para controlar o descontrole que a distância de Deus nos traz... não é por ir à igreja que estamos perto de Deus, quantas vezes lá estamos sentados e o nossos pensamento está em qualquer outro lugar, mas ainda precisamos estar lá, ir lá... ainda precisamos de um lugar físico para nos sentirmos mais próximos dEle.

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