A palavra “complexo” foi recriada pela psicanálise, onde Sigmund Freud e Carl Jung trataram sobre o assunto. Em princípio, uma pessoa complexada é uma personalidade difícil de lidar, que tem algum tipo de complexo – que surge por causa – de uma compensação neurótica de um sentimento de superioridade ou inferioridade.
É importante dizer, se o complexo não for elaborado corretamente, ele pode gerar suposições que os indivíduos criam de si mesmos, que significa aumentar exageradamente a autoestima e se tiver o efeito contrário, tende a causar baixa estima. No entanto, não podemos ignorar que os complexos manifestam impulsos de proteção e agressão.
Hoje, o que mais chama atenção nas relações sociais é o complexo de superioridade, um conceito criado por Alfred Adler, que descreveu que esse complexo é um mecanismo de defesa que recorremos para lidar com os sentimentos de inadequação, que não correspondem às nossas expectativas internas.
Assim, os portadores do complexo de superioridade possuem atitudes desmedidas, que expõem que eles acreditam que são superiores aos outros. Entre suas características estão o desejo de dominar os fracos, desacreditar às opiniões alheias e projetar as coisas ruins sobre os demais, que julgam como seus subordinados.
Em geral, são sujeitos que se destacam por sua arrogância excessiva e ideias mirabolantes, que se refletem na maneira pensar, falar e agir, pois eles temem ser desprezados socialmente. É por isso, que recorrem ao complexo de superioridade como forma de sobreviver às exigências da sociedade.
Porém, são vistos, em certas ocasiões, como “bondosos” com seu próximo, já que conseguem ocultar que creem que são melhores que outrem. O que torna dificílimo conviver com eles, porque são relações que não abrem espaço para experiências positivas.
Em razão disso, o complexo de superioridade é uma reação neurótica como consequência do sentimento de inferioridade, que são expressões diferentes da mesma patologia. A insegurança desse comportamento – na maioria dos casos – são reflexos de traumas vividos na infância, como apontou Adler.
Não temos dúvidas, de que o complexo de superioridade apresenta construtos de “Complexo de Deus”, que é a crença de ser especial e de “Completo de Aristóteles”, que se refere às pessoas que acreditam que estão sempre certas.
Portanto, o caminho para compreender as origens desse problema é buscar a psicoterapia, que ajuda os sujeitos a se libertar da insegurança emocional, construir o amor-próprio e fortalecer a autoconfiança. Contudo, existem os que preferem continuar alimentando os efeitos danosos do complexo de superioridade.
Jackson César Buonocore (via Conti Outra)
Nota do blog: Confira alguns conselhos extraídos do livro Liderança Cristã de Ellen G. White com relação ao complexo de superioridade, conceito este que infelizmente pode ocorrer na obra de Deus:
"Nenhum homem foi feito um senhor, para governar a mente e consciência de um seu semelhante. Que nenhum homem sinta que sua posição lhe confere poder sobre a consciência de outros, ainda que seja opressivo em mínimo grau, pois Deus não aprovará coisa alguma desse tipo. Ele deve respeitar os direitos de todos.
Se um homem ansioso de exercer seus próprios poderes procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e ele perca a própria alma e ponha em perigo a alma de outros. 'Todos vós sois irmãos' (Mateus 23:8).
Às vezes um homem que foi colocado em posição de responsabilidade, como líder, concebe a idéia de que está numa posição de suprema autoridade, e que todos os seus irmãos, antes de fazerem qualquer movimento de avanço, devem primeiro dirigir-se a ele pedindo permissão para fazer aquilo que eles sentem que se deve fazer. Tal homem está numa posição perigosa. Perdeu de vista a obra do verdadeiro Líder do povo de Deus. Em vez de agir como sábio conselheiro, assume as prerrogativas de um governante exigente. Deus é desonrado em toda a exibição de autoridade e exaltação própria dessa natureza.
Homem algum deve colocar-se como ditador, como um senhor sobre seus semelhantes, para agir de acordo com seus impulsos naturais. Jamais deve permitir-se que a voz e a influência de um só homem se tornem um poder dominante.
Deus não justificará qualquer estratégia pela qual o homem, ainda que seja no mínimo grau, domine ou oprima os seus semelhantes. A única esperança do homem caído é olhar para Jesus e recebê-Lo como o único Salvador.
Que os homens nunca, nunca consintam em manter uma posição que só Deus deve ocupar."
Hahahaha...
ResponderExcluirVou começar a me policiar mais. Sempre que leio textos com descrições de coisas ruins, fico pensando que posso uma dessas pessoas e nem estar percebendo. As vezes, até me identifico. Agora, com informação, vou tentar me policiar.
Obrigada Ângelo