Não sou muito sentimental, embora não considere isso defeito. Prefiro encarar os sentimentos em outro plano, mais racional. É natural sentir, mas é vital saber. E na guerra do sentir versus saber, o que eu sei pode anular o que eu sinto. Não que seja simples ou que haja fórmula mágica. Acredito no poder da escolha.
É certo que sentimentos são bonitos, colorem a vida. Mas eles só se encaixam nas molduras que nós lhes damos. Só invadem o espaço que lhes permitimos ter.
Sentimentos são regidos por escolhas, por isso traçam destinos, escolhem fins e finais. Sentimentos somos nós escolhendo como viver. Sentimentos que decidem, que desistem, que resistem, que permitem que outros - sentimentos - vençam.
Sentimentos são como crianças. Não sabem direito quem são. Só sabem que sentem. Nascem pequenos, mas crescem, e ganham a força que lhes damos. Dependem de nós.
O amor não é assim.
O amor vem com o tempo, vence com o tempo, quando os erros dão à luz seus acertos. Amor é uma escolha sentida e sabida. É a soma de sentimentos escolhidos - a dedo e sem medo. É escolher o que faz sentir bem o outro. O amor prefere esquecer quem é. Não sabe bem o que vem, mas sabe bem o que quer. muitas vezes - e quase todas - desconhece os 'porquês', pois está além das explicações.
O amor vence o tempo, a distância, o cansaço e os outros sentimentos. O amor jamais acaba, ainda que mude sua direção.
Amor não se inventa, não se diz, não se pede, não se compara, não se aprisiona. Amor é uma pessoa, uma ação, um tempo, um fim. Em uns, é uma palavra, em outros, a própria vida. E o melhor de tudo: amor é uma força que produz amor.
Sentir é natural. Amar é uma decisão - de cada dia, hora e dor.
Quem não entende, que somente espere. O tempo passa e um dia, talvez, sinta o que eu sei.
Ouse amar.
"O amor jamais acaba" (1 Coríntios 13:8).
[via blog de Cândido Gomes]
Nesta quinta-feira (12), Tarcísio Meira morreu em decorrência de complicações da covid-19. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 6 de agosto, quando Glória Menezes, mulher do ator, também foi internada com a doença. Ela segue no hospital.
Tarcísio e Glória se casaram em 1962 e estavam juntos desde então, construindo uma carreira e uma família consolidada em uma das histórias de amor mais queridas pelo Brasil.
Em entrevistas e declarações nas redes sociais, os dois sempre demonstraram o amor que cultivaram juntos com o passar dos anos. "Foi amor à primeira vista", repetia Glória, sempre que perguntada sobre a relação de quase 60 anos com o marido. “Eu não sei nem traduzir o que é o nosso amor. É uma coisa tão diferente. Eu tenho um necessidade de estar perto dele. Eu preciso dele, e ele precisa de mim. ‘Amor meu’, eu tenho o meu jeito de chamar”, disse Glória.
Gloria ainda completou sobre a alegria de tantos anos juntos. “Olha, eu fui uma privilegiada nesse mundo de poder ter encontrado o grande amor da minha vida, viver com o grande amor da minha vida, dormir com o grande amor da minha vida, fazer um filho com o grande amor da minha vida”, disse ela, e contou: “O amor traz conhecimento, ele traz paciência, ele traz uma sequência de coisas dentro de você que é tranquilidade, bem-estar. Quando você saboreia uma coisa gostosa, a sensação que você tem do sabor. Tudo, todos os prazeres que você possa ter, você tem quando você ama uma pessoa”.
Fiquem com esses dois lindos pensamentos de Ellen G. White:
"O amor verdadeiro não é uma paixão forte, ardente, impetuosa. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das coisas meramente exteriores, sendo atraído unicamente pelas qualidades. É sábio e apto a discriminar, e sua dedicação é real e permanente" (Testemunhos Seletos 1, p. 208).
"Haja amor mútuo, mútua paciência. Então o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. Dê cada um amor, em vez de exigi-lo" (A Ciência do Bom Viver, pp. 360 e 361).
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