O feriado de 7 de setembro recebeu um tom de insegurança este ano por protestos pró e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcados e pela instabilidade política no Brasil.
"Com flores não se ganha a guerra. Se você fala de armamento (…) Se você quer paz, se prepare para a guerra", disse o presidente nesta última quarta-feira (1º). A declaração foi dada no Rio de Janeiro, em um evento em homenagem a atletas militares que ganharam medalhas durante a Olimpíada de Tóquio. A fala acontece a menos de uma semana das manifestações convocadas por bolsonaristas para o feriado de sete de setembro.
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entidade ligada à Igreja Católica, Walmor Oliveira de Azevedo, disse que os cristãos devem ser agentes da paz e que é um absurdo defender o armamento da população. Ele não citou em nenhum momento o presidente Jair Bolsonaro ou o governo federal, mas a mensagem é um recado contra as políticas e condutas adotadas por Bolsonaro. "O Brasil está sendo contaminado por um sentimento de raiva e de intolerância. Muitos, em nome de ideologias, dedicam-se a agressões, ofensas, chegando ao absurdo de defender o armamento da população. Ora, quem se diz cristão ou cristã deve ser agente da paz, e a paz não se constrói com armas. Somos todos irmãos", disse o presidente da CNBB.
“Não há outra base de paz senão essa. A graça de Cristo recebida no coração subjuga a inimizade; afasta a contenda e enche de amor o coração. Aquele que se acha em paz com Deus e seus semelhantes não se pode tornar infeliz”, descreve Ellen White. “O coração que se encontra em harmonia com Deus compartilha da paz do Céu, e difunde ao redor de si sua bendita influência” (O Maior Discurso de Cristo, p. 28).
Jesus também lembrou que são “bem-aventurados os pacificadores” (Mt 5:9). Na mesma página, Ellen White completou: “Os seguidores de Cristo são enviados ao mundo com a mensagem de paz. Qualquer ser humano que, pela serena, inconsciente influência de uma vida santa, revela o amor de Cristo; qualquer ser humano que, por palavras ou ações, leva outro a abandonar o pecado e entregar o coração a Deus é um pacificador”. Isso não significa uso de armas nem conflitos de rua. Tem que ver com o cumprimento de nossa missão. Compartilhamos a paz por meio da Palavra de Deus, do testemunho pessoal e de uma vida exemplar.
Por outro lado, não podemos nos esquecer de que nunca haverá paz verdadeira enquanto os homens lutarem pelas conquistas exteriores que não comecem com a transformação interior. Os ditadores podem ser derrubados, novos direitos podem ser conquistados e ideias podem ser impostas, mas o coração continuará dominado pelo pecado, e o mal ressurgirá de outra forma. Essa paz é ilusória e passageira.
Diante de um mundo em permanente convulsão, em que os fatos e as notícias negativas se repetem todos os dias perto e longe de nós, precisamos buscar, receber e compartilhar a paz que só Cristo pode dar.
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