"Ao anjo da igreja de Sardes escreva o seguinte: Esta é a mensagem daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Eu sei o que vocês estão fazendo. Vocês dizem que estão vivos, mas, de fato, estão mortos. Acordem e fortaleçam aquilo que ainda está vivo, antes que morra completamente; pois sei que o que vocês fizeram não está ainda de acordo com aquilo que o meu Deus exige. Portanto, lembrem do que aprenderam e ouviram. Obedeçam e se arrependam. Se não acordarem, eu os atacarei de surpresa, como um ladrão, e vocês não ficarão sabendo nem mesmo a hora da minha vinda. Mas alguns de vocês de Sardes têm conservado limpas as suas roupas. Vocês andarão comigo vestidos de roupas brancas, pois merecem esta honra. Aqueles que conseguirem a vitória serão vestidos de branco, e eu não tirarei o nome dessas pessoas do Livro da Vida. Eu declararei abertamente, na presença do meu Pai e dos seus anjos, que elas pertencem a mim. Portanto, se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam o que o Espírito de Deus diz às igrejas” (Apocalipse 3:1-6).
O terror é formado por diferentes vertentes e subgêneros, e uma das mais famosas é, sem dúvidas, a dos zumbis. Desde o início do século 20, os mortos-vivos têm espaço garantido nos cinemas, na TV e em várias outras mídias. A popularidade das criaturas também costuma oscilar bastante, sempre entre a popularidade e a saturação - talvez até morta ocasionalmente, mas nunca enterrada de vez.
Mas o que seria um zumbi? Segundo o wikipédia, zumbi ou zombie é uma criatura cujo estereótipo se define, nos livros e na cultura popular, como um cadáver reanimado usualmente de hábitos noturnos, que vive a perambular e a agir de forma estranha e instintiva; um morto-vivo; um ser privado de vontade própria, sem personalidade.
A igreja de Sardes orgulhava-se de sua produção de lã e tinturaria. Era o centro de adoração à deusa Cibele (deusa da religião de mistérios cuja imoralidade e degeneração eram notáveis), apesar de haver alguns naquela igreja que ainda permaneciam fiéis a Deus, retendo a fé e a vida piedosa como princípios fundamentais de sua religião. A maioria esmagadora estava insensível à espiritualidade, ao compromisso cristão. A falta de dedicação era notável. O ponto de apoio espiritual dos cristãos de Sardes era o inicio glorioso daquela igreja. Porém o Senhor conhecia as suas obras: "Eu sei o que vocês estão fazendo. Vocês dizem que estão vivos, mas, de fato, estão mortos".
Essa igreja era apática, sem vida e sem amor. Tinha aparência, mas carecia de poder. Que é uma igreja morta? Que é um cristão que ‘está morto’? Os membros da Igreja em Sardes tinham a reputação de que estavam espiritualmente vivos, mas não possuíam fé viva. Consequentemente, suas obras não podiam ser aceitas por Deus. A igreja de Sardes tornara-se indolente e letárgica, manifestando alarmante satisfação consigo mesma – uma forma de morte espiritual. Cristo não vivia mais no coração dos membros; sua fé era morta, e suas obras eram obras mortas, que Cristo não podia aceitar.
Estaria Deus falando a uma igreja de zumbis?
Na Martinica e no Haiti, zumbi poderia ser um termo geral para descrever um espírito ou um fantasma – qualquer presença perturbadora que assumiria uma miríade de formas à noite. Mas gradualmente foi se espalhando a crença de que feiticeiros poderiam fazer suas vítimas parecerem mortas – através de magia, hipnose ou até uma poção secreta – e aí reavivá-los para servir como seus escravos particulares. O zumbi, de fato, é o resultado lógico de ser um escravo: alguém sem vontade própria, sem nome e preso em uma espécie de morte em vida.
O que Cristo veio propor à humanidade? Segundo o apostolo Paulo, o cristão é alguém que morreu para o mundo e agora vive para Deus.
"Antigamente, por terem desobedecido a Deus e por terem cometido pecados, vocês estavam espiritualmente mortos. Naquele tempo vocês seguiam o mau caminho deste mundo e faziam a vontade daquele que governa os poderes espirituais do espaço, o espírito que agora controla os que desobedecem a Deus. De fato, todos nós éramos como eles e vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam. Assim, porque somos seres humanos como os outros, nós também estávamos destinados a sofrer o castigo de Deus. Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto, que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus vocês são salvos. Por estarmos unidos com Cristo Jesus, Deus nos ressuscitou com ele para reinarmos com ele no mundo celestial. Deus fez isso para mostrar, em todos os tempos do futuro, a imensa grandeza da sua graça, que é nossa por meio do amor que ele nos mostrou por meio de Cristo Jesus. Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la. Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus, ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós" (Efésios 2:1-10).
Cristo também tornou possível que todo filho de Adão pudesse, por uma vida de obediência, vencer o pecado e ressurgir também da sepultura, para receber sua herança de imortalidade adquirida pelo sangue de Cristo. Cristo fez reparação da culpa de todo o mundo, e todos os que se chegarem a Deus com fé, receberão a justiça de Cristo, que levou “Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes sarados” (1 Pedro 2:24).
E quais os sintomas de uma igreja morta? Simples, ela deixou de fazer as coisas que a igreja viva faz. A igreja viva guarda os mandamentos de Deus e tem fé em Jesus (Apocalipse 14:12). A igreja viva ama perdidamente o ser humano (João 13:35). A igreja viva é uma comunidade de conforto, consolo, estímulo, ânimo e paciência (I Tessalonicenses 5:14).
Em Lucas 12:42-46 Jesus nos apresenta a um mau servo, que perde de vista o espírito de vigilância, a noção de que seu senhor voltará de sua viagem ao estrangeiro a qualquer momento. Ele começa a espancar os seus conservos. Ele é um morto se alimentando da carne dos vivos, ferindo os vivos, tornando-os mortos como ele, mortos à sua imagem e semelhança.
Será que justamente quando acreditamos estar vivendo mais é que vamos concluir que nós somos os mortos? Será que a realidade é distante demais da nossa expectativa?
Ellen G. White declara: Muitos que complacentemente ouvem as verdades da Palavra de Deus estão mortos espiritualmente, embora professem estar vivos. Por anos têm eles ido e vindo em nossas congregações, mas parecem cada vez menos sensíveis ao valor da verdade revelada. Não estão famintos e sedentos de justiça. Não sentem o menor prazer nas coisas espirituais. Concordam com a verdade, mas não são santificados por ela. Nem a Palavra de Deus nem os testemunhos de Seu Espírito fazem qualquer impressão definitiva sobre eles" (Testemunhos para a Igreja 5, p. 76).
Em Ezequiel 37:5 eu leio estas palavras: "Diga que eu, o SENHOR Deus, estou lhes dizendo isto: Eu porei respiração dentro de vocês e os farei viver de novo”. Quem ouvir viverá. Quem ouvir a palavra do Deus vivo deixará de ser um morto. Guardará os mandamentos, exercitará fé, amará e cuidará dos que estão ao redor. Quem ouvir, viverá.
E aqui vale uma análise: o que temos sido? Cristãos verdadeiros ou apenas zumbis espirituais?
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