domingo, 19 de dezembro de 2021

VOCÊ É ALTRUÍSTA OU EGOÍSTA?

Altruísmo é um tipo de comportamento em que as ações voluntárias de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filantropia. No sentido comum do termo, é, muitas vezes, percebida como sinônimo de solidariedade. A palavra "altruísmo" foi criada em 1831 pelo filósofo francês Auguste Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou coletivas). 
Egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona. Neste sentido, é o antônimo de altruísmo.

Altruísta ou egoísta?
A obra de Cristo deve ser nosso exemplo. Ele andava continuamente fazendo o bem. No templo e nas sinagogas, nas ruas das cidades, nas praças e nas oficinas, na praia e na encosta dos montes, pregava o evangelho e curava os doentes. Sua vida foi de serviço desinteressado, e nos deve servir de modelo. Seu terno e compassivo amor constitui-nos uma censura ao egoísmo e falta de coração.1

O Senhor Jesus veio na natureza humana a nosso mundo para dar Sua preciosa vida como um exemplo do que nossa vida deveria ser. Ele é o modelo, não de indulgência espiritual, mas de uma vida constantemente diante de nós como exemplo de altruísmo, abnegação. Temos a visão correta do que Cristo, nosso Modelo, veio nos dar. Está diante de nós o Príncipe do Céu, o Filho de Deus. Ele pôs de lado a coroa real e a veste de príncipe e veio assumir Sua posição em nosso mundo como um Homem de Dores e familiarizado com o sofrimento. Quão poucos assimilam isto!2

O motivo que nos dispõe ao trabalho por Deus não deve ter em si coisa alguma que lembre serviço a si próprio. Abnegada devoção e espírito de sacrifício têm sido e serão sempre o primeiro requisito do culto aceitável. Nosso Senhor e Mestre deseja que nenhum fio de egoísmo seja entretecido em Sua obra. A nossos esforços devemos acrescentar o tato e habilidade, a precisão e sabedoria que o Deus da perfeição exigiu dos construtores do santuário terrestre; contudo, em todos os nossos trabalhos devemos lembrar que os maiores talentos e os mais esplêndidos serviços são aceitáveis somente quando o eu é posto sobre o altar para consumir-se como um sacrifício vivo.3

De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados.4

As pequenas e grandes correntes de beneficência devem ser mantidas sempre fluindo. A providência de Deus vai muito adiante de nós, movendo-se muito mais depressa que a nossa liberalidade. O caminho para a edificação e progresso da causa de Deus é bloqueado pelo egoísmo, orgulho, cobiça, extravagância e amor à ostentação. Sobre toda a igreja recai a solene responsabilidade de fazer prosperar cada setor da obra. Se seus membros seguirem a Cristo, negarão a inclinação ao exibicionismo, o amor à moda, às casas elegantes e custosos mobiliários. 

É preciso que haja muito maior humildade, muito maior distinção do mundo, entre os adventistas do sétimo dia, doutro modo Deus não nos aceitará, seja qual for nossa posição ou o caráter da obra em que estivermos empenhados. Economia e abnegação proverão para muitos, em condições medianas, os meios para beneficência. É dever de todo discípulo de Cristo andar humildemente na trilha da abnegação palmilhada pela Majestade do Céu. Toda a vida do cristão deve ser de altruísmo, para que, ao serem feitos pedidos de auxílio, ele possa responder prontamente.5

E esta é a obra que também nós devemos realizar no mundo. Em simpatia e compaixão devemos ministrar aos que estão em necessidade de auxílio, procurando com fervente altruísmo aliviar as dores da humanidade sofredora. Empenhando-nos nesta obra seremos grandemente abençoados. Sua influência é irresistível. Por ela almas são conquistadas para o Redentor. A promoção prática da comissão dada pelo Salvador demonstra o poder do evangelho. Esta obra reclama laborioso esforço, mas é compensadora, visto que por ela almas a perecer são salvas. Por intermédio de sua influência homens e mulheres de talento devem ser levados à cruz de Cristo.6

Todos podem fazer alguma coisa na obra. Ninguém será declarado sem culpa perante Deus, a menos que tenha trabalhado fervorosa e altruisticamente pela salvação de almas.7

O pecado com que mais se condescende, e que nos separa de Deus e produz tantas contagiosas perturbações espirituais, é o egoísmo.8 Os perigos dos últimos dias estão a alcançar-nos. Os que vivem para agradar-se e satisfazer-se a si mesmos estão desonrando ao Senhor. Ele não pode operar por intermédio deles, pois O representariam mal perante os que são ignorantes da verdade. Quem nos dera amor, sagrado, santo e altruísta amor! Reconheçamos, como representantes do Senhor, que terrível coisa é representar falsamente o Salvador, revelando egoísmo.9

Referência dos textos de Ellen G. White
1. Testemunhos Seletos 3, pp.298, 299. 
2. Olhando para o Alto, p. 236
3. Profetas e Reis, p. 65. 
4. A Ciência do Bom Viver, p. 157.
5. Testemunhos para a Igreja 7, p. 296.
6. Beneficência Social, p. 117.
7. Serviço Cristão, p. 100.
8. Conselhos para a Igreja, p. 81.
9. Mente, Caráter e Personalidade 1, p. 273

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