O Relógio do Juízo Final, que mede simbolicamente o fim dos tempos, marcou, nesta terça-feira (24), que a humanidade jamais esteve tão perto do cataclismo planetário devido à guerra na Ucrânia, às tensões nucleares e à crise climática.
O Boletim dos Cientistas Atômicos, que descreve o relógio como uma "metáfora do quão próxima está a humanidade da auto aniquilação", moveu os ponteiros de 100 segundos para 90 segundos para a meia-noite.
A cada ano, a junta de ciência e segurança do Boletim e seus patrocinadores, entre os quais figuram 11 prêmios Nobel, tomam a decisão de reposicionar os ponteiros deste relógio simbólico. Até agora, o mais próximo que esteve da meia-noite, a hora fatídica que esperam que nunca chegue, tinha sido 100 segundos. O relógio permaneceu nessa posição por dois anos, desde janeiro de 2020.
Mas as coisas pioraram. Em um comunicado, o Boletim afirma que, neste ano, adianta os ponteiros "devido, em grande parte, mas não exclusivamente, à invasão da Ucrânia por parte da Rússia e ao maior risco de uma escalada nuclear". Também pesam "as ameaças contínuas representadas pela crise climática e o colapso das normas e instituições globais necessárias para mitigar os riscos associados com o avanço das tecnologias e as ameaças biológicas como a covid-19", acrescentou.
Quando o Relógio do Juízo Final foi criado, em 1947, depois da Segunda Guerra Mundial, faltavam sete minutos para a meia-noite. O relógio chegou a ficar a 17 minutos para o horário do apocalipse depois do fim da Guerra Fria, em 1991.
O Boletim dos Cientistas Atômicos foi fundado em 1945 por Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e outros cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan, que produziu as primeiras armas nucleares. (G1)
O pastor Odailson Fonseca analisou com muita sabedoria o comunicado dos cientistas:
"É só uma ilustração. No entanto, os cientistas estão realmente alarmados com o futuro. Nada novo para quem já sabe que será feito tudo novo (Ap 21:5), concorda? Mesmo assim, refletir profundamente sobre a nossa vida na balança virou uma emergência. “Visto que tudo será desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda” (2Pe 3:11,12). Que estes ponteiros também mexam com as nossas decisões. Já foi o tempo da soneca à beira do abismo. Despertemos agora enquanto o Altíssimo ainda segura os ventos... Chegou a hora. Se estamos a somente 90 segundos do Filho do Homem rasgar céus e terra, não é momento para distração, desunião, inveja, competição e incoerência. Guardemos as canetadas e afrouxemos as gravatas da retórica. Cristo está voltando! Foquemos no que importa. (via instagram)
Para nós, a vinda do fim tem a ver com a consumação do Reino de Deus (1Co 15:24), e não com guerras, epidemias e agitações políticas (“mas ainda não é o fim”; Mt 24:6; Lc 21:11) ou com riscos relacionados ao meio ambiente e às mudanças climáticas. Para isso, o evangelho do Reino será pregado por todo o mundo, “então, virá o fim” (Mt 24:14). A Bíblia enfatiza Cristo, Seu Reino, Sua Igreja e Sua missão. Para nós, Cristo é o ‘evento’ que mais importa nestes “últimos segundos para a meia-noite”.
"É necessário que os terrores do dia de Deus sejam mantidos diante de nós, a fim de sermos compelidos à ação correta pelo medo? Não devia ser assim. Jesus é atraente” (Ellen G. White, Review and Herald, 02/08/1881).
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