Filhos fora da igreja. Que triste! Mas ainda dentro do coração imenso de uma mãe que ora. Do pai também. É de cortar a alma. Enquanto isso, lágrimas escrevem a palavra “saudade” com os leitos dos seus rios serpenteando até os joelhos calejados.
O coro silencioso de pais intercessores jamais ficará mudo aos ouvidos de Deus. A Onipotência ouve porque se importa, e responde pelo tanto que ama.
Desta vez, conclamo este exército de leitores sentir empatia genuína pelos colos vazios de filhos crescidos. Se a liberdade de escolha virou o Éden do avesso, a escolha de perder a liberdade também é um direito. Afinal, ninguém consegue ser livre longe do Senhor. É prisão na escuridão.
Se você está no grupo dos madrugadores de plantão, clamando pelo retorno de uma filha aos braços de Jesus, continue até o sol raiar. Persista enquanto as pedras não clamam. Nada move mais a volta de um bumerangue do que a força do vento contrário do Espírito.
Chega o momento em que deixar ir também é uma expressão de amor, ainda que devastadora. E se a camisa-de-força não serve de modelo para as vestes celestiais, o brado de uma prece ecoa até os fundamentos do abismo.
“Pais e mães deveriam muitas vezes erguer seu coração a Deus em humilde súplica por si e por seus filhos” (Ellen G. White, Orientação da Criança, p. 518). E quer algo ainda mais poderoso? “As orações das mães cristãs não são desatendidas pelo Pai de todos” (p. 526).
Sobre a parábola mais conhecida de Jesus? A Bíblia omitiu uma personagem que eu peço permissão para acrescentar. Posso imaginar? O pai do filho pródigo estava no portão todos os dias enquanto a mãe dele orava lá no quarto todas as noites. Ambos gemeram pela falta do filho tão amado.
Faço um urgente apelo: não desanimem ainda que o inferno pareça zombar. Existe aí um lugar vazio gritando a falta de alguém no Lar do Céu? Vamos orar. Interceder. Suplicar. Eles voltarão. A oração pode impossíveis.
Odailson Fonseca (via instagram)
Deixo mais dois lindos pensamentos de Ellen G. White:
“O amor de Deus anela sempre aquele que dEle se afastou, e põe em operação influências para fazê-lo tornar à casa paterna. [ … ] Uma cadeia dourada, a graça e compaixão do amor divino, é atada ao redor de toda pessoa em perigo” (Parábolas de Jesus, p. 202).
“O Céu aguarda e anela a volta dos pródigos que vagueiam longe do rebanho. Muitos dos que se extraviaram podem ser trazidos de volta, pelo amoroso serviço dos filhos de Deus” (Nos Lugares Celestiais, p. 10).
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