Geração nem-nem. O Brasil é vice no mundo. São 36% dos jovens de 18 a 24 anos que “nem” trabalham, “nem” estudam. Alerta acionado. Ah, o 1º lugar desta triste pesquisa é ocupado pela África do Sul. Curiosamente, estes dois países juntos dividem a primeiríssima posição como nações mais crédulas e teístas do planeta.
Isso nos obriga refletir. A religiosidade não tem sido sinônimo de extinção das problemáticas sociais. Como deveria! Mas onde “dizem crer em Deus” não parece que tem surtido efeito profilático contra os fantasmas existenciais da juventude.
Além disso, não são todos os jovens, destes que “nem estudam, nem trabalham”, que estão impedidos disso por limitações financeiras, sociais ou demográficas. O desinteresse, evasão e acomodação também aparecem como causas assustadoras.
A questão é que os jovens precisam de horizontes maiores. Isso custa um alto preço. A começar pela visão das gerações valorizando as novas gerações. E isso não é feito com mesada! É com apoio, presença, coerência, mentoria e muito discipulado.
“Melhor é um jovem pobre e sábio, do que um rei idoso e tolo, que já não aceita repreensão” (Ec 4:13). É desta flexibilidade vital que o tesouro da juventude se faz. A capacidade de aprender, mudar, melhorar e amadurecer, constrói um trampolim de sucesso que deveria ser possível a todos.
Se não é? Precisamos urgentemente fazer algo sobre isso. Vamos? Dos nem-nem para os posso-sim, ou vou-já. Não há dúvidas sobre os obstáculos urbanos e cotidianos de uma juventude muitas vezes injustiçada por berços de papelão ou privações inimagináveis. No entanto, se amarmos na prática, acima da teoria estatística, a revolução do bem pode acontecer.
Se você é jovem, acredite! Mesmo. Não limite seus sonhos com grades circunstanciais. Ouse mudar. Priorize estudar e trabalhar. Porém, superpriorize melhorar. Insista. Se a vida tem puxado seu tapete, avance ainda que cambaleando, ou rastejando.
Com Jesus, e na Bíblia, até a pobreza com sabedoria podem andar juntas. E isso sempre será momentâneo e passageiro. Basta romper destinos. Pronto para superar o tempo?
Odailson Fonseca (via instagram)
Nota: Reflita também nestas sábias palavras de Ellen G. White:
"A diligência é uma bênção para a juventude. A vida de ociosidade deve ser evitada pelo jovem como um vício. Por mais humilde que pareça a ocupação, uma vez que seja honesta, se os humildes deveres são cumpridos fielmente, ele não perderá seu galardão. A atividade é essencial à saúde. Caso sejam estimulados hábitos de operosidade, fechar-se-á uma porta contra mil tentações. Os que desperdiçam seus dias, não tendo finalidade ou objetivo na vida, são perturbados de tristezas e tentados a buscar divertimento em satisfações proibidas que enervam o organismo e sobrecarregam as forças físicas muitas vezes mais que o mais pesado trabalho. A indolência destrói mais que o árduo labor. Muitos morrem porque não têm a capacidade ou a inclinação de se pôr ao trabalho. 'Nada-que-fazer' tem matado milhares.
Alguns jovens pensam que se pudessem passar a vida sem fazer nada, seriam supremamente felizes. Invejam os filhos do prazer que dedicam a vida ao divertimento e à ruidosa alegria. Infelicidade e dores de cabeça são o resultado de tais pensamentos e conduta. Nada-que-fazer tem imergido muitos rapazes na perdição. Trabalho bem regulado é essencial ao êxito de cada jovem. Deus não poderia haver infligido maior maldição aos homens e mulheres, do que condená-los a viver uma vida de inatividade. A ociosidade destruirá a mente e o corpo. O coração, o caráter moral e as energias físicas são enfraquecidos. Sofre o intelecto, e o coração é aberto a tentações como um caminho franqueado para cair em todo vício. O homem indolente tenta o diabo a tentá-lo.
A religião demonstrar-se-vos-á uma âncora. A comunhão com Deus comunicará a todo santo impulso um vigor que tornará os deveres da vida um prazer. Tendes o Modelo: Cristo Jesus; segui os Seus passos e estareis habilitados para ocupar toda e qualquer posição que sejais convidados a desempenhar" (Nossa Alta Vocação, pp. 218-219).
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