O cientista e militante ateu Richard Dawkins (foto), 70, apoia a intenção de Michael Gove, secretário da Educação da Grã-Bretanha, de distribuir exemplares da Bíblia aos estudantes das escolas públicas.
O The Guardian afirmou que se trata de “uma das alianças mais improváveis dos últimos anos”. Talvez nem tanto, porque Gove acredita que a Bíblia servirá aos estudantes como um guia de moralidade, mas para Dawkins tem certeza de que o livro sagrado dos cristãos passa muito longe disso.
Dawkins argumentou que a Bíblia não faz restrição ao roubo, assassinato e mutilação, entre outras atitudes condenáveis. “O caminho certo para se desiludir dessas falsidades é ler a própria Bíblia.”
Independentemente disso, ele admitiu que a Bíblia tem qualidades literárias e que, por isso, deve fazer parte da formação geral dos estudantes. Observou que muitas expressões do dia-a-dia saíram dela. Citou como exemplo "não há paz para os ímpios".
No ano passado, ao comentar os 400 anos da Bíblia King James, o autor do best-seller “Deus – um Delírio” disse que esses textos são uma herança cultural que foi roubada pelas religiões. King James é o nome da tradução feita pela Igreja Anglicana e é ela a de maior tiragem no Reino Unido. É essa versão que Gove pretende enviar para as escolas.
A Nacional Sociedade Secular discorda de Gove e de Dawkins. Para ela, a distribuição da Bíblia significaria um desperdício de dinheiro, além de favorecer o cristianismo nas escolas, onde nenhum credo deve merecer atenção especial.
A polêmica continua porque alguns cristãos se ofereceram para assumir os custos.
Com informação do The Guardian
Fonte: Paulopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário