Mesmo sendo um experiente nadador, apesar de não ser profissional, o jovem Daniel Ferreira, conhecido como Daniel, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Arapiraca, viveu momentos de muita esperança e acima de tudo, fé em Deus, quando no último domingo, 30, por uma força divina, ele conseguiu sobreviver dentro das águas da Foz, no encontro do rio São Francisco com o Oceano, durante seis horas, após ser levado pela correnteza.
Segundo ele, em testemunho dado durante o culto realizado na Igreja Adventista do Sétimo Dia, no bairro do Capiatã, na Virada de Ano, que é comemorado no pôr do sol, tudo aconteceu em torno das 11 horas da manhã, quando ele foi passar o final de semana em uma praia com os amigos da igreja.
Em seu relato, Daniel disse que estava apenas a dez metros de distância da mudança do rio para o Oceano, quando inesperadamente foi puxado por uma força a qual ele não soube distinguir. Com uma boia de isopor, de aproximadamente 20 centímetros e apenas um pedaço de corda, o jovem que já não tinha forças para nadar, se deixou levar pela correnteza.
Sem conseguir mais avistar os irmãos da igreja que estavam à margem do rio, ele começou a se desesperar e orar a Deus, pedindo para não morrer. “Mesmo com minha pouca experiência como nadador, naquele momento eu sentia que estava nadando ao encontro da morte, mas foi quando eu senti a presença de Deus ao meu lado”, disse ele.
Depois de duas horas em águas profundas e desconhecidas, já desidratado e há quatro horas sem se alimentar, ele começou a ter início de câimbras, o que no seu entender seria fatal para quem estava dentro do mar. “Neste momento, começou a passar uma espécie de filme em minha cabeça, onde lembrei de todos os irmãos e amigos que sempre estiveram ao meu lado”, desabafou ele.
Ainda de acordo com o testemunho de Daniel, já em total desespero, ele começou a ouvir vozes dentro do Oceano, porém, não via ninguém, quando se deu conta que eram as vozes de seus irmãos que já estavam em uma corrente de orações em seu favor, porque já tinham sido comunicados do seu desaparecimento por um dos membros da igreja que estava com ele na praia.
Em seguida, quando mais uma vez se viu sem forças e em um local com alto índice de ataques de tubarões, já na região de Sergipe, ele passou por mais um livramento de Deus, quando por baixo de seus pés viu chegando muitos golfinhos, enquanto cantava uma música com o título “Não Desistir”. Daniel diz ter passado por um livramento, porque cientificamente os tubarões não atacam os golfinhos, por serem menos ágeis.
E como ele estava em uma região onde os ataques de tubarões são frequentes, ao louvar a Deus, ele teve a certeza de ter sido Deus que enviou esses golfinhos para lhe proteger dos tubarões. No momento de pura aflição e angústia, por ser evangélico e conhecer a palavra de Deus, Daniel disse que lembrou dos milagres relatos na Bíblia, especialmente sobre Sansão, que quando em momentos difíceis orava a Deus e recebia seu espírito dando-lhe forças para vencer.
E nesta hora, segundo relatos de Daniel, ele orou a Deus pedindo apenas 1% da força de seu Anjo da Guarda, quando neste momento, há mais de quatro horas em alto mar, sem forças nas articulações ele começou a nadar como nunca havia nadado antes em sua vida. “Senti como se estivesse anestesiado pelo Espírito de Deus”, disse ele.
Após nadar por quilômetros, Daniel consegue avistar a terra e nada em direção as ondas, que o levariam a terra firme e nesta hora, mais uma vez algo sobrenatural aconteceu. Ele viu nas dunas do seu lado direito, uma pessoa de roupa branca como se estivesse lhe esperando. Daniel, então chega às margens do rio, onde se ajoelha em agradecimento a Deus.
Neste momento, o seu primeiro pensamento foi ir ao encontro desta pessoa, mas ao chegar às dunas, ele não encontra ninguém, quando então se senta embaixo de um coqueiro para descansar e, avistando um pescador pede-lhe ajuda.
Daniel disse que ouviu deste pescador as seguintes palavras: “vou lhe dar o que comer, vou lhe dar o que vestir, vou lhe tirar desta ilha e esta noite você será como um filho para mim”. Ao amanhecer, segundo Daniel, este pescador o leva até um local onde Daniel poderia pegar um barco e retornar para sua casa, além de lhe dar dinheiro para a viagem.
Enquanto retornava para o local de onde iniciou o seu sofrimento, Daniel ouviu de alguns pescadores, que durante toda a vida em alto mar, jamais alguém sobreviveu a uma experiência como esta na Foz. Ainda de acordo com Daniel, ao tomar conhecimento sobre o fato, um sargento do Corpo de Bombeiros, olhou para ele e disse: "Deus existe, porque Ele lhe salvou de algo improvável”, ao se referir que naquele local, ninguém jamais sobreviveu a um afogamento.
Fonte: Alagoas em Tempo Real
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