Em 1844, Deus chamou uma jovem frágil, Ellen White, para ser a Sua mensageira. Que currículo de serviços prestados à igreja essa humilde mulher nos legou! Foi ela que, em 1898, apoiou Sarepta Myranda Irish Henry na organização do Ministério da Mulher. Conheça a história.
Sarepta Myranda Irish Henry nasceu num lar metodista. Casou-se com o professor James Henry, que faleceu dez anos depois, deixando-a com três filhos pequenos. Em 1874, soube que seu filho fora tentado a entrar num bar. Muito assustada, decidiu organizar as mulheres cristãs em Rockford, Illinois, numa campanha pró-temperança. Esse trabalho se ampliou tanto que ela se tornou evangelista da recém-organizada União de Temperança das Mulheres Cristãs (UTMC).
Sua dedicação ao extremo abalou sua saúde. Em 1895, com sérios problemas cardíacos, procurou ajuda no Sanatório Adventista de Battle Creek, onde aceitou os ensinos adventistas. Em 1896, enquanto orava, sentiu-se curada e reassumiu o trabalho na UTMC. Renunciou ao cargo, em 1898, para se dedicar integralmente à mobilização das mulheres adventistas para a obra de Deus.
Neste ano ainda, ela elaborou um plano que chamou de Ministério da Mulher, dando ênfase ao papel da mãe na educação moral da sociedade. Saiu então divulgando e arregimentando mulheres de costa a costa dos Estados Unidos e Canadá, com uma licença ministerial da Associação Geral, encorajada por Ellen White.
Sarepta percebia que muitas das mulheres adventistas eram um tanto apáticas, provincianas em sua perspectiva, não conheciam sua própria missão e possibilidades de ação na igreja. Assim, traçou um plano para engajar a força feminina no serviço a Deus. Preparou cartões de estudos bíblicos e um sistema de correspondência para que as mulheres pudessem receber instruções e respostas às suas dúvidas.
Em 1899, publicou uma coluna semanal na Adventist Review, intitulada “Mulheres na Obra do Evangelho”, com estudos bíblicos, poesias, cartas e conselhos práticos. Sarepta realizou um trabalho notável em seu país, recebendo destaque dos jornais das cidades por onde passava a fim de promover a obra dos Ministérios da Mulher. Compensa conhecer um trecho de uma carta que ela escreveu para Ellen White:
“Fiquei fora de casa por cinco meses; viajei mais de quatorze mil quilômetros; falei por duzentas e quatorze vezes; estive sujeita a quase todas as condições de vida e climáticas que poriam à prova a força dos mais robustos e, no entanto, voltei em boas condições... Após um dia de repouso, assumi o trabalho que me aguardava em meu escritório, sem qualquer senso de fraqueza especial e com um sentimento de força e coragem para tudo o que está diante de mim.”
Quanta dedicação! Obrigada, Sarepta, por tamanha lição de vida!
Odiléia Lindquist - Revista Adventista
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