quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Hashtag #meuamigosecreto denuncia machismo no cotidiano


A hashtag #meuamigosecreto tomou conta do Twitter e Facebook nestes últimos dias. Mas, ao contrário do que o nome sugere, ela não tem nada a ver com a tradicional troca de presentes comum nas festas de fim de ano. Na nova campanha feminista das redes sociais, o que as mulheres compartilham são casos de machismo sofridos no cotidiano, mas sem revelar quem foi o autor. Muitas das indiretas são claramente direcionadas a amigos, ex-namorados, chefes, parentes, etc. Mas também há relatos de casos mais graves de abuso e assédio, semelhantes aos compartilhados na campanha #MeuPrimeiroAssédio, que surgiu em outubro. 

Segue alguns relatos que precisam ser lidos, confira:

#meuamigosecreto diz que trai porque a carne é fraca, coisa de homem. Mas não aceita ser traído em hipótese alguma.

‪#meuamigosecreto é cristão, antifeminista, 'pró vida' e casado... Mas, quando a amante engravidou, procurou cytotec (pílula abortiva) até na China.

#meuamigosecreto‬ vive mandando mensagens pra ex chamando ela de louca. Ignora solenemente que ele é o único responsável pela loucura dela.

#meuamigosecreto paga de defensor da igualdade nas redes sociais, mas humilha mulher nos grupinhos do whatsapp.

‪#‎meuamigosecreto‬ na época da faculdade afirmou que para mulher bonita é fácil tirar A nas disciplinas, principalmente se o professor fosse homem.

‪#‎meuamigosecreto‬ me excluiu do facebook porque não suportava ler sobre a opressão que ele exerce na sociedade e não queria refletir sobre sua parcela de culpa diária.

A violência contra a mulher tem se tornado pauta de discussão não apenas nas minorias – ativistas, feministas e vítimas -, mas, também, foi tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio no Brasil neste ano. Mais que isso, está latente em projetos públicos e privados e em iniciativas voluntárias de pessoas que se sensibilizam com o assunto no mundo todo. 

A postura da sociedade e da justiça em relação à violência denota que o crime contra a mulher é considerado repulsivo. Por esse motivo, a proposta para acabar com este problema é a educação, instruindo desde a maternidade, passando pelas escolas, ruas, igrejas e mídia. A educação contra a cultura machista e a violência é uma ferramenta que pode coibir as agressões praticadas na mulher, definitivamente. A religião também tem um papel imprescindível no combate à violência contra a mulher. Conheça o projeto educativo e de prevenção contra o abuso e a violência doméstica Quebrando o Silêncio, que é promovido anualmente pela Igreja Adventista.

Foram milhares de tweets e postagens no Facebook em relação à campanha #meuamigosecretoQue a discussão não pare por aqui.

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