quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"As Sufragistas": Elas não tinham hashtags, mas fizeram muito barulho


Depois de meses em que a luta pelos direitos das mulheres esteve na boca do povo --do Enen às hashtags #meuprimeiroassedio e #meuamigosecreto, passando pelos protestos contra os projetos de lei do deputado Eduardo Cunha-- é bastante oportuno que 2015 termine com a estreia de "As Sufragistas", filme que resgata uma das primeiras vezes em que as mulheres se organizaram como movimento social para reivindicar seus direitos.

Os direitos, no caso, eram coisas tão básicas quanto o voto, a participação na vida política, a guarda dos filhos e a possibilidade de ter propriedades em seus nomes, coisas que ainda eram negadas às mulheres na Inglaterra do início do século 20, onde o filme se passa, e também no resto do mundo.

Mesmo o direito ao voto não é algo conquistado há tanto tempo. Na Inglaterra retratada no filme, ele foi obtido em 1928; no Brasil, em 1932; enquanto em países do Oriente Médio a conquista é ainda mais recente, com a Arábia Saudita permitindo apenas este ano que as mulheres votassem e se candidatassem a cargos políticos.

Ainda que fique no meio termo entre o documentário e o drama, As Sufragistas acerta em cheio ao instigar, acima de tudo, o incômodo no telespectador em frente à injustiça contra as mulheres e ao mostrar que, apesar de todas as conquistas, a luta ainda continua.

Lançamento no Brasil: 24 de dezembro de 2015
Direção: Sarah Gavron
Roteiro: Abi Morgan
Com: Carey Mulligan, Helena Bonham Carter, Meryl Streep, Ben Whishaw, Brendan Gleeson



Nota do Blog: No relato bíblico da vida de Cristo, as mulheres nunca são discriminadas. Não há nada que respalde a visão cultural e religiosa da Sua época que via a mulher como inferior. Pelo contrário, a atitude e a mensagem de Jesus significaram uma ruptura com a dominante visão mundial. Jesus não identificou as mulheres em harmonia com as normas do sistema patriarcal de seu tempo nem tomou parte no sistema como era, por definição, repressivo para as mulheres. Abertamente, mas sem fanfarra, Jesus proferiu um golpe mortal na praga da tradição que negava dignidade às mulheres. Através de Seu exemplo e ensino, Jesus reclamou para Seu novo reino as bênçãos de Sua criação original, a igualdade dos dois gêneros à vista de Deus.

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