Andam circulando pela internet comentários a respeito de um “decreto dominical” na Argentina. Tudo leva a crer que, num futuro próximo, a profecia relacionada com esse evento terá cumprimento, mas é preciso que se evitem certos exageros e certas distorções devidos, possivelmente, à falta de compreensão do que realmente a profecia anuncia.
Primeiro ponto: o decreto dominical será uma lei promulgada nos Estados Unidos, com a anuência e o apoio direto do Vaticano (e se você duvida disso, aguarde para ver). Antes que isso aconteça, haverá ampla divulgação do assunto na mídia secular, uma vez que uma lei de tamanha importância não será aprovada sem que haja discussões (e quando isso começar a acontecer, lembre-se do que eu disse aqui e tome uma decisão do lado certo).
Segundo, os que insistirem em guardar outro dia de repouso que não o domingo certamente serão alvo de interesse dos jornais, o que lhes dará uma boa oportunidade de testemunhar de sua fé e prática - de que são criacionistas e adoradores do Deus Criador que fez o céu, a Terra, o mar e tudo o que neles há (Apocalipse 14:6, 7).
Terceiro, leis dominicais locais, em cidades, estados e até outros países, podem ser vistas como um ensaio do que virá, uma espécie de teste e de condicionamento da opinião pública. Isso já aconteceu no Parlamento Europeu, que apoia o movimento European Sunday Alliance, e até mesmo em cidades brasileiras, nas quais o comércio não mais abre aos domingos. O que está acontecendo na Argentina é exatamente isso. É uma questão que envolve províncias e não o país todo. E mesmo que fosse uma lei federal, não se trataria do decreto dominical, ainda que fosse mais uma peça importante no panorama profético.
Precisamos acompanhar com atenção o que vem acontecendo em nosso planeta – com um olho na Bíblia e outro nos sinais –, mas é preciso, também, evitar alarmismos que apenas criam sensacionalismo e que, no fim das contas, quando tudo passa, deixam um rastro de frustração. Lembremo-nos sempre de que, mais importante do que os sinais em si é a pessoa para a qual os sinais apontam: Jesus Cristo. Devemos amar a vinda dEle, mas sem descuidar da nossa comunhão com Ele agora e da missão de falar do amor e da salvação que Ele ainda oferece. Ele voltará em breve? Sim, eu creio nisso. Mas minha vida pode ser ainda mais breve do que esse grande evento, posto que tão frágil e incerta. Isso é um lembrete de que nosso preparo tem que ser diário; nossa ligação com Deus tem que ser constante, e não dependente de acontecimentos e circunstâncias.
Comentário de Michelson Borges (via Criacionismo)
Nota: Alguns, infelizmente, veem a lei dominical escondida em toda manchete. Ao longo da história da Igreja, e até nossos dias, surgiram, repetidas vezes, situações que certamente podem estar preparando o caminho para a lei dominical, a qual nós, adventistas, aguardamos por mais de um século. Devemos, porém, ser extremamente cautelosos em nossas especulações. Necessita-se equilíbrio nesse assunto. Precisamos de uma religião que esteja atenta aos sinais dos tempos, ao mesmo tempo que resista à tendência de criar sinais com base em acontecimentos que não merecem tanto significado. Para saber mais sobre esse assunto, leia o capítulo Leis Dominicais do livro Eventos Finais de Ellen G. White, baseado na profecia apresentada em Apocalipse 13. Em síntese, ela diz que a besta semelhante a um cordeiro são os Estados Unidos, nação fundada sobre os princípios do protestantismo. A questão em jogo é a lealdade centralizada no dia de adoração. Um pouco antes do retorno de Jesus, ela diz, o protestantismo e o catolicismo se unirão com o objetivo de forçar a observância universal do domingo. Uma lei dominical nacional será promulgada nos Estados Unidos, seguida de uma lei dominical internacional. Todos os que concordarem com a união católico-protestante e prestarem homenagem ao dia de adoração espúrio, receberão a marca da besta. Toda cristandade estará dividida em duas grandes classes: os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal.
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