Fé e religião são dois conceitos distintos e esse é um ponto de partida importante para pensar nos efeitos que a crença em algo pode ter na saúde das pessoas. Há mais de um século, o ícone da medicina moderna William Osler afirmava que “a fé despeja uma inesgotável torrente de energia” e que tal processo poderia ajudar à humanidade a ter uma saúde melhor. No século 21, o médico Paulo de Tarso Lima afirmou em entrevista à Revista Superinteressante que “o paciente com fé tem mais recursos internos para lidar com a doença” e estudos feitos pela Santa Casa de Porto Alegre e a Universidade Duke, nos Estados Unidos, buscam justamente mensurar os efeitos biológicos da fé.
Uma pesquisa feita em 2009 endossa essa concepção ao mostrar que os frequentadores de cultos religiosos tem 29% de chances de aumentar seus anos de vida em relação àqueles que não o fazem, mas isso não significa que pessoas sem religião estão impossibilitadas de tais benefícios, uma vez que a fé é algo pessoal, independendo da religião. Dentre os grandes benefícios obtidos pelos religiosos estão a certeza de que algo melhor está por vir antes as adversidades pelas quais passam e a frequente companhia de amigos e familiares, isto é, o fato de que pessoas que se mantém unidas têm mais propensão a se ajudar do que outras, “sem religião”, que permanecem isoladas.
Atualmente, uma concepção cada vez mais consolidada é a de que a verdadeira felicidade só é real quando compartilhada com aqueles que amamos e isso também se expressa na religião, porém, não lhe é exclusivo. A fé torna as pessoas mais saudáveis, é o que mostram as pesquisas, contudo, embora ela se manifeste mais vezes em pessoas religiosas, isso não significa que somente as pessoas com algumas religião podem se beneficiar disso. Até mesmo um ateu que tenha hábitos semelhantes aos crentes em um poder divido podem ter uma saúde melhor em virtude disso.
O Programa Bem Estar da Rede Globo também abordou este assunto afirmando que ter uma crença poderia melhorar a qualidade de vida e bem-estar durante recuperação. O artigo também aborda um estudo mostrando que ter uma religião poderia reduzir o risco de morte em 30%. Veja a seguir em "Fé pode ajudar muito no tratamento e cura de doenças, defendem médicos".
Nota: A verdadeira religião tem que ver com a “religação” com Deus e uma vida harmoniosa em quatro áreas básicas: espiritual, mental, física e social. A base da religião de Cristo é o amor a Deus e ao próximo, o que resume/sintetiza os Dez Mandamentos. Quando vivemos a verdadeira religião bíblica, com seu foco na graça, no perdão e na obediência nascida do amor, a saúde mental e física é uma consequência natural. Vejamos alguns textos de Ellen White que ratificam esse pensamento:
"A influência do Espírito de Deus é o melhor remédio para as doenças. O Céu é todo saúde; e, quanto mais profundamente forem sentidas as influências celestiais, mais certa será a recuperação do crente inválido." (Conselhos sobre Saúde, p. 41)
"O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida." (A Ciência do Bom Viver, p. 241)
"A fé é o próprio fluido vital da alma. Sua presença comunica calor, saúde, coerência e saudável discernimento." (Conselhos sobre Educação, p. 211)
"A fé em Deus é necessária para que tenhamos saúde. A fim de que tenhamos saúde perfeita, deve nosso coração estar cheio de amor, esperança e alegria no Senhor." (Conselhos sobre Mordomia, p. 73)
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