Os apelos consumistas ficam mais aguçados em toda a população nessa época do ano em função das festas natalinas, Réveillon e férias. Para aproveitar esse período, a Black Friday se instalou no Brasil e tem trazido alegrias para o comércio. O bolso do consumidor, no entanto, pode sair penalizado pelas compras impulsivas e desnecessárias em virtude do evento, marcado para acontecer no próximo dia 25. A grande isca da Black Friday é o apelo do imediatismo.
Quando você se depara com uma enxurrada de promoções relâmpago, é como se uma sirene vermelha disparasse em seu cérebro, alertando para o curto período em que aquela "oportunidade" estará disponível. Nosso cérebro tem dificuldades para lidar com a escassez. Em tempos primitivos, quando precisávamos de nossos instintos para sobreviver, a escassez significava a possibilidade de morrer de fome e isso colocava o cérebro em alerta. Hoje, nossa sobrevivência é muito mais simples, mas esse traço de comportamento segue nos acompanhando.
Quando você se depara com uma enxurrada de promoções relâmpago, é como se uma sirene vermelha disparasse em seu cérebro, alertando para o curto período em que aquela "oportunidade" estará disponível. Nosso cérebro tem dificuldades para lidar com a escassez. Em tempos primitivos, quando precisávamos de nossos instintos para sobreviver, a escassez significava a possibilidade de morrer de fome e isso colocava o cérebro em alerta. Hoje, nossa sobrevivência é muito mais simples, mas esse traço de comportamento segue nos acompanhando.
Quando há a possibilidade de algo se esgotar rápido - como acontece em uma promoção relâmpago - nosso impulso para comprar fica mais forte. Combinado a esse fator de consumo irracional, há de se considerar ainda que as compras online parecem doer menos no bolso - mas só parecem.
Com isso, o risco de extrapolar na compra pela praticidade de simplesmente adicionar o produto em um carrinho virtual, sem o impacto de senti-lo realmente cheio, pode levá-lo a consumir em maior quantidade. Além disso, estudos mostram que compras com dinheiro em espécie são mais dolorosas do que aquelas feitas com o cartão de crédito. O ato de tirar o dinheiro da carteira causa um desconforto maior do que sacar o cartão, tendo em vista o que é chamado de aversão a perdas. É como se o cartão nos "aliviasse" do peso de sentir que o dinheiro está indo embora.
E não se engane: essas oportunidades não são tão "únicas" como anunciam as lojas. Aliás, muita gente não leva em consideração que pode conseguir descontos muito mais significativos nos saldões de janeiro. Com o agravamento da crise econômica e o aperto no orçamento das famílias, o interesse do público no evento tende a cair e provavelmente as lojas estenderão as promoções por mais tempo. Antes de se deixar seduzir pelos apelos da Black Friday, faça uma série de perguntas objetivas a si mesmo visando barrar seus apelos consumistas: você realmente precisa do produto? Pode esperar um pouco mais para comprá-lo? O desconto realmente é real? Para responder a essa última questão, é preciso saber o valor do produto em lojas que não aderiram à Black Friday e o valor do produto antes da promoção.
Fique de olho nas propagandas enganosas - as "black fraudes" ou "tudo pela metade do dobro". Na edição do ano passado, o site Reclame Aqui registrou 4.400 reclamações de consumidores a respeito da Black Friday. Cuide bem das suas finanças neste fim de ano. Controle-se com as compras e avalie que o dinheiro despendido com as promoções relâmpago pode ser usado para melhorar a sua reserva de emergência, fundamental para lidar com imprevistos como desemprego ou gastos exorbitantes inesperados. (Com informações de G1)
Nota: A força da propaganda consumista é alicerçada em promessas falsas. Mas as Escrituras não têm boas-novas para o consumismo. O Apocalipse 18 antecipa o colapso do comércio, da propaganda enganosa, das fraudes e mentiras.
"Os comerciantes, que se tornaram ricos negociando naquela cidade, ficarão de longe, com medo de serem castigados junto com ela. Eles vão gritar e lamentar." Ap 18:15
A cultura atual apresenta o quadro global de uma febre feroz e incontrolável para se ter e consumir. O poder de consumo é visto como um símbolo de superioridade social, sublinhando status profissional e econômico, mantendo distinção entre "aqueles que podem" e "aqueles que querem". Consumir é fashion, é ter estilo. Os hábitos de compra foram transformados, e extravagâncias parecem necessidades. O comércio, por meio da publicidade, conseguiu controlar as pessoas, ditando a elas o que vestir e comer, que tipo de móveis precisam comprar e como é o carro que devem ter. A propaganda passou a controlar o pensamento, e os produtos passaram a ser não apenas desejáveis, mas indispensáveis.
Para se criar a economia consumista, o crédito dos consumidores teve que ser expandido. O efeito disso foi o grande aumento do endividamento sobre pessoas e famílias. As consequências dessa Babilônia ainda não foram avaliadas em toda sua extensão. Desenvolveu-se até uma "religião materialista". Se no passado a resposta a questões essenciais, como "Quem somos nós?", vinha das Escrituras, hoje ela vem do mercado: "Somos o que consumimos."
Querido leitor, descubra a vontade de Deus para sua vida, e confie em Suas promessas infalíveis. Aprenda a relativizar a voz da cultura e seus apelos.
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