O Dia do Nutricionista é celebrado em 31 de agosto, data da criação da Associação Brasileira de Nutricionistas – ABN, no ano de 1949. Profissionais e pacientes devem se alinhar ainda mais para que a saúde fique em primeiro lugar, e as dietas malucas e os modismos façam menos vítimas.
Dieta dos Adventistas do Sétimo Dia
Entre as dietas de hoje, o vegetarianismo tem sido a escolha de cada vez mais pessoas, tendo o veganismo também crescido mundialmente. Algumas pessoas, por ética, outras em defesa aos animais ou por um estilo de vida mais saudável. Há também o crudivorismo, que se baseia na premissa de que os alimentos devem ser consumidos sempre em seu estado natural e não cozidos.
Dentre essas e muitas outras dietas, talvez você esteja se perguntando: “Por que um artigo para introduzir mais uma dieta?”. Primeiramente, é importante definirmos o que é uma dieta. E então entendermos qual a composição da dieta estabelecida por Deus e por que foi estabelecida dessa maneira. Uma definição médica comum para dieta é “um regime de comida/bebida com o objetivo de emagrecimento”. Mas seria só isso? Do grego diaita, a palavra dieta significa, literalmente, “maneira de se viver”, isto é, como guiamos nossa vida em termos de alimentação.
Princípios da dieta
É importante entendermos quais são os dois princípios estabelecidos por Deus para nosso regime alimentar. O primeiro princípio é a simplicidade:
“Devemos sentir-nos satisfeitos com alimento simples, puro, preparado da maneira mais simples. Este deve ser o regime de grandes e humildes.” (Ellen G. White - Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 85)
“[...] crianças devem aprender que têm de comer para viver, e não viver para comer.” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 230)
“O verdadeiro jejum que se deve recomendar a todos, é a abstinência de toda espécie de alimento estimulante, e o uso apropriado de alimentos simples e saudáveis, por Deus providos em abundância. Os homens precisam pensar menos sobre o que comer e o que beber, com relação a alimentos temporais, e muito mais com respeito ao alimento do Céu, que dará tono e vitalidade a toda a experiência religiosa.” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 90)
Deus deseja que nós, seus filhos, tenhamos simplicidade ao comer, pois nosso foco não deve estar em tesouros e posses terrenas, mas sim nos tesouros celestes que Cristo tem reservado. Por isso, se nosso foco estiver no que comer ou beber, jamais entenderemos e apreciaremos as verdadeiras maravilhas que Deus quer nos dar. Devemos utilizar o alimento simples para dispor de boa saúde física e mental, o que nos tornará mais aptos para entender suas mais profundas verdades. Não porque merecemos ou pelos nossos esforços em comermos isso ou aquilo, mas porque essas são as leis da natureza estabelecidas pelo Criador! Quando violamos o princípio da simplicidade no comer e beber, não podemos estar em harmonia com as leis da natureza.
O segundo princípio fundamental é utilizarmos a inteligência dada a nós, pelo Criador, para raciocinarmos da causa para efeito:
“É nosso dever agir prudentemente no que concerne a nossos hábitos de comer, ser temperantes, e aprender a raciocinar de causa para efeito. Caso façamos nossa parte, o Senhor fará a Sua em conservar-nos a energia cérebro-nervosa.” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 492)
“Deveis compreender que cada órgão do corpo deve ser tratado com respeito. Em questão de regime alimentar, deveis raciocinar da causa para o efeito.” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 112)
E o que isso significa? Que antes de comer ou beber qualquer coisa, devemos raciocinar qual será o efeito daquele alimento em nosso organismo. Devemos levantar perguntas à nossa razão: “Necessito realmente deste alimento agora? A combinação que estou fazendo fará bem aos meus órgãos? Este alimento causará algum tipo de barreira física e/ou mental para compreender e realizar a vontade de Deus?” E ao pensar na resposta, devemos estar constantemente orando a Deus para que Ele nos ilumine e nos dê força para fazer a melhor escolha! E tenha a certeza que Ele não nos abandonará.
Povo peculiar, dieta peculiar
Com esses princípios em mente qual seria a dieta mais apropriada, então? O veganismo, por não conter nenhum alimento de origem animal? O crudivorismo, devido a seu apelo à uma alimentação com base em alimentos não cozidos ou processados? Ou simplesmente o vegetarianismo?
Ao invés de tentarmos descobrir qual o regime mais apropriado ou tentar estabelecer uma combinação das dietas, Deus, em Sua infinita sabedoria, para evitar o preconceito em relação a qualquer regime alimentar existente, nos leva a uma dieta que difere das outras, não só pelo alimento que é abrangido pela dieta, mas pelo objetivo: um povo peculiar na terra (veja Deuteronômio 14:2 e 1 Pedro 2:9), que anuncia a segunda vinda de Jesus e que guarda Seus mandamentos. Ser o povo peculiar de Deus não significa ser superior a alguém, mas simplesmente viver de acordo com os princípios divinos, esvaziar-se de si mesmo e levar a mensagem de que nosso foco não é comida e bebida, mas, sim, o reino de Deus.
Você está disposto(a) a seguir em frente com a dieta divina? É sua saúde, sua escolha.
“Nossos hábitos de comer e beber mostram se somos do mundo ou do número daqueles a quem o Senhor, por Seu poderoso cutelo da verdade separou do mundo. Estes são Seu povo peculiar, zeloso de boas obras.” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 379)
Tháles Oliveira (via Tudo para Vegetarianos)