segunda-feira, 9 de julho de 2018

Anti-Amarelo: um preconceito "invisível" aos brasileiros

O Brasil é o segundo em número de japoneses fora do país asiático. Registros históricos dão conta de que os primeiros chegaram em portos brasileiros no início do século 20, em 1908 para ser mais exato.

De lá pra cá, os nipo-brasileiros se estabeleceram e prosperaram, se caracterizando por bairros como o da Liberdade, localizado na Zona Sul de São Paulo. Apesar de condições distintas dos negros escravizados que aqui também aportaram, os japoneses são alvos recorrentes de preconceitos. Em função do avanço das redes sociais como espaço de discussões e mudanças de hábitos históricos, surge o debate sobre o anti-amarelo.

Para jogar luz sobre o tema, Jessica Yumi, estudante de psicologia na Universidade Estadual de Londrina, produziu ao lado da colega Celina Tanaka, um ensaio impactante sobre o tema. As fotografias são repletas de questões sobre palavras naturalizadas pela sociedade brasileira.

“As próprias vítimas nem percebem que estão sofrendo bullying ou um tipo de preconceito. Levam na esportiva mas são chamados de ‘japa’ ao invés do nome ou não são reconhecidos pelos seus esforços por causa de uma descendência”, escreveu em longo relato publicado no Facebook.

A postagem deu o que falar e até o momento acumula mais de 16 mil curtidas. Jessica afirma que o objetivo não é reunir apenas descentes de japoneses, mas toda a comunidade asiática para uma levante sobre a realidade vivida o sentimento de não lugar destas pessoas. Isso se dá, pois ao mesmo tempo em que não são reconhecidos como brasileiros, no país de ascendência acontece o mesmo.

“Um descendente de japonês é praticamente considerado estrangeiro aqui no Brasil. No Japão ele é chamado de “gaijin” (estrangeiro). A que lugar pertencemos, afinal?”


Nota: Lembrando que em Cristo, todos os muros separatistas ruíram, e que homens e mulheres, brancos, negros e mestiços, empregados e patrões, índios e ameríndios, sacerdotes e leigos, somos todos iguais (Gálatas 3:28). Diferentes na cor da pele, ou nos papéis que desempenhamos, mas iguais em dignidade perante Deus e nossos semelhantes, as Escrituras ensinam claramente que todas as pessoas foram criadas à imagem de Deus, que “de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra” (Atos 17:26). A discriminação racial é uma ofensa contra seres humanos iguais, que foram criados à imagem de Deus. A norma para os adventistas está reconhecida na Crença Fundamental nº 14 da Igreja, “Unidade no Corpo de Cristo”, baseada na Bíblia. Ali é salientado: “Em Cristo somos uma nova criação; distinções de raça, cultura e nacionalidade, e diferenças entre altos e baixos, ricos e pobres, homens e mulheres, não deve ser motivo de dissenções entre nós. Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito nos uniu numa comunhão com Ele e uns com os outros; devemos servir e ser servidos sem parcialidade ou restrição.” Qualquer outra abordagem destrói o âmago do evangelho cristão.

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