Nas últimas semanas, três mortes ligadas a procedimentos cirúrgicos estéticos voltaram a ter destaque em discussões públicas no Brasil. Uma delas, a mais recente, foi a da bancária Lilian Calixto, que morreu após um implante nos glúteos em intervenção realizada no Rio de Janeiro. Além dela, Adriana Pinto morreu fazendo lipoescultura e Mayara Silva dos Santos faleceu ao fazer procedimento nos glúteos, coxas e abdômen.
Dados da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) mostram que houve aumento de cirurgias plásticas consideradas estéticas e reparadoras nos últimos dez anos. Em 2016, data da pesquisa mais recente, foram realizadas 839.288 cirurgias estéticas no Brasil e 664.809 consideradas reparadoras, totalizando 1 milhão, 472 mil e 435 cirurgias (contra 629 mil realizadas em 2009).
Como todo procedimento cirúrgico, essas operações trazem riscos à saúde. Os principais riscos cirúrgicos são de: hematomas, riscos anestésicos, sangramentos, diminuição ou perda de sensibilidade, punção inadvertida (no caso de colocação de gordura em vasos sanguíneos), riscos de trombose e de deformidades. Há, também, riscos de cicatrização não adequada.
Também são comuns a insatisfação e os sentimentos de frustração quando os resultados não alcançam as expectativas. Por outro lado, há casos em que as cirurgias plásticas deixam de ser somente estéticas e são justificadas e necessárias, como após um acidente, em caso de doenças congênitas, grandes deformidades ou imperfeições que prejudicam o funcionamento do corpo. Nesses casos, os benefícios superam os riscos.
Também são comuns a insatisfação e os sentimentos de frustração quando os resultados não alcançam as expectativas. Por outro lado, há casos em que as cirurgias plásticas deixam de ser somente estéticas e são justificadas e necessárias, como após um acidente, em caso de doenças congênitas, grandes deformidades ou imperfeições que prejudicam o funcionamento do corpo. Nesses casos, os benefícios superam os riscos.
A cirurgiã plástica Mariana Dias Dimitrov Francica, que também é membro da SBCP, frisa que a escolha de um local e de um profissional para fazer o procedimento não deve ser motivada apenas pelo preço ou condições de pagamento. Ela recomenda a procura de profissionais credenciados pela SBCP, atualmente com 6.200 associados.
Antes de se decidir por qualquer procedimento, é necessária muita reflexão sobre o assunto e cuidado para não agir por impulso ou pelas emoções. Procure identificar quais as reais motivações que levam você a pensar em se submeter a cirurgias. Você possui um "defeito" real e significativo, ou está criando tempestade em copo d'água por causa de uma pequena imperfeição?
Podemos aprender com a história de Salomão:
"Absorveu-se tanto com a ostentação exterior, que se esqueceu de elevar a mente pela constante ligação com o Deus da sabedoria. A perfeição e a beleza de caráter foram passadas por alto em sua tentativa de alcançar a beleza exterior. Vendeu a honra e a integridade do caráter na busca de glorificação própria diante do mundo (...) Primeiro, corrompeu-se no coração, depois se afastou de Deus e se tornou por fim adorador de ídolos" (Ellen G. White - Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 628).
Esse sofrimento é completamente evitável. Pense nisso e lembre-se de que a verdadeira beleza está no caráter. Enquanto o padrão de beleza muda a cada ano, o valor do caráter nunca sai de moda. E quando a motivação de uma pessoa para fazer a cirurgia é apenas vaidade, ela se tornou o próprio ídolo. Não há problema nenhum em se achar bonito ou bonita, mas cuidado pra não fazer disso sua razão de viver.
"Dói-me o coração ao ser-me mostrado quantos há que fazem do próprio eu seu ídolo. Cristo pagou o preço da redenção por elas. A Ele pertence o serviço de todas as suas faculdades. Seu coração, porém, está cheio de amor-próprio, e do desejo de se adornarem a si mesmas. Não refletem nas palavras: 'Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me' (Mc 8:34)" (Ellen G. White - Mensagens Escolhidas 1, p. 80).
A coisa mais importante que devemos fazer antes de decidir fazer ou não cirurgia é consultar ao Senhor sobre o assunto. A Bíblia nos diz que Deus se importa com tudo que nos preocupa, por isso devemos levar nossos problemas a Ele em oração (1 Pedro 5:7). Através da sabedoria e direção do Espírito Santo e da Palavra de Deus, temos a habilidade de fazer decisões que vão honrar e agradar a Ele.
"A beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus" (1Pe 3:4 NTLH).
Assista a entrevista no programa Vida & Saúde com os médicos Luiz Fernando Sella e Daniela Kanno:
[Com informações da ASN]
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