O papa Francisco enviou uma mensagem para parabenizar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela posse no cargo nesta quarta-feira, 20, e pediu a Biden o fomento à “reconciliação e à paz”. Biden é o segundo chefe de governo católico dos EUA, depois de John F. Kennedy, que ficou no poder entre 1961 e 1963, ano em que foi assassinado. “Peço a Deus, fonte de toda sabedoria e verdade, que guie seus esforços para fomentar o entendimento, a reconciliação e a paz nos Estados Unidos e entre as nações do mundo, a fim de promover o bem comum universal”, diz o texto da mensagem enviada à Casa Branca pelo pontífice.
“Que sob sua liderança, o povo americano continue a buscar força dos altos valores políticos, éticos e religiosos que inspiraram a nação desde a sua fundação”, completou o papa Francisco, que, quatro anos atrás, também parabenizou o antecessor de Biden, Donald Trump. O líder da Igreja Católica fez um alerta, dizendo que as “graves crises” que o mundo encara, “exigem respostas unidas e com visão de futuro”, por isso, reza para que as decisões do atual presidente dos EUA sigam a necessidade da construção de uma sociedade mais justa e livre.
Em março de 2013, Biden, então vice-presidente de Barack Obama, liderou uma delegação de representantes americanos presentes na missa que marcou o início do pontificado de Francisco. Dois anos depois, os dois voltaram a se encontrar, durante uma viagem do líder católico aos EUA. Em entrevista concedida em 2015, quando da passagem de Francisco pelos Estados Unidos, Biden falou de seu encontro com o papa, ocorrido dois anos antes: “Ele é a personificação da doutrina social católica com a qual fui criado.”
Em março de 2013, Biden, então vice-presidente de Barack Obama, liderou uma delegação de representantes americanos presentes na missa que marcou o início do pontificado de Francisco. Dois anos depois, os dois voltaram a se encontrar, durante uma viagem do líder católico aos EUA. Em entrevista concedida em 2015, quando da passagem de Francisco pelos Estados Unidos, Biden falou de seu encontro com o papa, ocorrido dois anos antes: “Ele é a personificação da doutrina social católica com a qual fui criado.”
Em novembro, já eleito presidente, o democrata conversou por telefone com o pontífice e manifestou intenção de trabalhar conjuntamente com o Vaticano para abordar a crise climática e dar acolhida aos imigrantes e refugiados. Os desejos se chocam com os do antecessor, Trump, com quem Francisco teve públicas diferenças em políticas migratórias ambientais, por exemplo. O papa chegou a dizer, ainda antes das eleições de 2016, que o republicano “não era cristão”, devido a política de “construir muros”.
Segundo o Pew Research Center, principal instituto de pesquisa a medir a divisão religiosa nos EUA, evangélicos compõem a maior fé do país: 25% da população – outras linhas do protestantismo são contadas à parte, como as igrejas históricas (metodista, batista etc.) e as de tradição negra (essas votaram em peso no democrata, aliás). 20% são católicos. Ateus, agnósticos ou “nada em particular”, somam 26%.
Eleito,
Joe Biden se
torna o segundo presidente católico da história dos Estados Unidos. Ele
foi à missa na igreja St. Joseph, em Wilmington, no Delaware, na manhã
deste domingo (8) acompanhado da mulher, Jill.... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2020/11/08/segundo-presidente-catolico-dos-eua-biden-vai-a-missa-depois-de-eleito.htm?cmpid=copiaecola
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Biden foi eleito o 46º presidente dos Estados Unidos na tarde do último
sábado (7) após vencer na Pensilvânia e em Nevada e derrotar Donald
Trump, que foi visto jogando golfe mais uma vez neste domingo. Entre os
presidentes que declararam ter religião, todos os outros também eram
cristãos, mas protestantes.... - Veja mais em
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Mas
o que Joe Biden tem a ver com as profecias? Seu nome não está
codificado em nenhuma das páginas milenares da Bíblia, mas uma
interpretação bíblica que vem se confirmando revela que a nação que ele
vai governar participará no cumprimento de uma das últimas profecias da
Bíblia. Essa profecia está em Apocalipse 13.
Neste capítulo há a descrição de duas potências que são inimigas dos
adoradores fiéis de Deus. Nos recuados tempos quando o Império Romano
governava o mundo, Deus revelou ao apóstolo João, autor do Apocalipse, o
surgimento de dois poderes de influência mundial. O primeiro é
representado por uma “besta que emerge do mar” (Ap 13:1). Os
reformadores protestantes identificaram a “besta do mar”. Para Martinho
Lutero, João Calvino e os grandes reformadores protestantes do século
16, todas as descrições proféticas de Apocalipse 13:1-10 aplicam-se
perfeitamente ao Império Romano em sua fase papal, ou seja, à hierarquia
religiosa mais poderosa do planeta. Seu histórico de intolerância para
com as ideias discordantes, evidente em episódios como o da Inquisição,
confirma que a Igreja Romana está representada na Bíblia como a primeira
besta de Apocalipse 13.
A segunda potência descrita no mesmo capítulo está figurada como “outra
besta que emerge da terra” (Ap 13:11). Segundo o relato bíblico, essa
“besta” “possuía dois chifres”, parecia “um cordeiro, mas falava como um
dragão”. Ela “exerce toda a autoridade da primeira besta na sua
presença”. Segundo Vanderlei Dorneles, em seu livro O Último Império,
o teólogo puritano Thomas Goodwin sugeriu em 1680 uma importante pista
que levou à posterior identificação do símbolo profético. Ele concluiu
que a segunda besta de Apocalipse 13 era a “imagem protestante do papado
nas igrejas reformadas”.
Mais de um século depois, em 1798 e 1799, Jeremy Belknap e John Bacon,
ambos da igreja congregacional, relacionaram os “chifres” da besta
apocalíptica aos valores formativos dos Estados Unidos. Bacon defendeu
que os dois chifres representavam a “liberdade civil e religiosa na
América”. Os Estados Unidos eram independentes havia apenas 23 anos, e a
Constituição americana vigorava há uma década.
Mas foi apenas em 1850 que essa interpretação se consolidou. George W.
Holt, Hiram S. Case, Tiago White e Hiram Edson analisaram todos os
elementos da profecia e concluíram que a segunda besta do Apocalipse é
“a república protestante dos Estados Unidos”. No ano seguinte, um jovem
de 22 anos chamado John Nevins Andrews destrinchou todas as evidências
que apontam ser a nação americana a potência representada em Apocalipse
13:11-18. Com base nisso, ele previu que os Estados Unidos se tornariam
um império mundial. Vale lembrar que, quando Andrews escreveu isso, a
bandeira americana tinha apenas 31 das 50 estrelas que tem atualmente.
Os 31 estados representados na flâmula compunham uma nação rural (apenas
15% da população vivia nas cidades). Ainda dependente da mão de obra
escrava, o país com expressão econômica tímida no cenário internacional
dava os primeiros passos de uma industrialização tardia em relação à
Europa ocidental e tentava se erguer dos resultados da depressão
econômica de 1837.
Hoje, é indiscutível a liderança norte-americana no panorama
internacional. Isso confirma a interpretação da profecia, que também
revela que a “besta da terra” (EUA) levaria as pessoas a se sujeitarem à
autoridade da “besta do mar” (Vaticano). Segundo a profecia, a nação
americana “faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira
besta” e “seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que
lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a
terra que façam uma imagem à besta”.
A autora cristã Ellen G. White escreveu em 1888 que, “a fim de formarem
os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal
ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja
empregada pela Igreja para realizar os próprios fins” (O Grande Conflito, p. 443).
Em suma, “a imagem da besta” é uma nova versão do que vigorou na Idade
Média: o papa mandava no rei, e o rei dava poder ao papa e executava a
vontade deste.
Em seu livro Liberdade Americana e Poderio Católico, escrito em
1948, o jurista estadunidense Paul Blanshard previu, após minuciosa
análise dos documentos históricos do catolicismo, que este pretendia
conquistar poder político nos Estados Unidos. Blanshard alertou que a
Igreja Católica, caso não mudasse sua postura, e caso os Estados Unidos
não se precavessem contra ela, avançaria rumo ao controle do país e à
supressão da liberdade religiosa.
Blanshard escreveu bem antes de 1984, quando os Estados Unidos
estabeleceram relações diplomáticas com a Santa Sé. A aproximação entre a
maior potência econômica e militar do planeta e a mais pujante
hierarquia religiosa do globo deve ser encarada como a concretização de
um perigoso cenário profético e apocalíptico. Segundo Ellen G. White,
“quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos
de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que
imponha seus decretos e lhes apoie as instituições, a América do Norte
protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a
aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável” (ibid., p. 445).
Três livros publicados pela Casa Publicadora Brasileira descrevem os
pormenores das profecias referentes ao papel que os Estados Unidos
desempenham no fim dos tempos. O livro Apocalipse 13: Isso Poderia Realmente Acontecer? apresenta a projeção do cenário social e religioso dos Estados Unidos, segundo as profecias bíblicas. Já a obra O Último Império: A Nova Ordem Mundial e a Contrafação do Reino de Deus revela
como as pretensões imperialistas dos Estados Unidos podem levar a nação
a impor leis religiosas em outros países. Além desses, o clássico O Grande Conflito reconta de uma perspectiva profética a história mundial e dá impressionantes previsões a respeito do futuro.
O cenário de união entre as potências religiosas e políticas do mundo é
um dos últimos sinais que antecederão a segunda vinda de Cristo e o fim
do mundo. Quando Cristo vier, as autoridades políticas e religiosas
perderão seus poderes, e Deus salvará o seu povo e será o único
governante do Universo, e “Ele reinará pelos séculos dos séculos”
(Apocalipse 11:15).
Portanto,
precisamos acompanhar com atenção o que vem acontecendo em nosso planeta
– com um olho na Bíblia e outro nos sinais –, mas é preciso, também,
evitar alarmismos que apenas criam sensacionalismo e que, no fim das
contas, quando tudo passa, deixam um rastro de frustração. Lembremo-nos
sempre de que, mais importante do que os sinais em si é a pessoa para a
qual os sinais apontam: Jesus Cristo. Devemos amar a vinda dEle, mas sem
descuidar da nossa comunhão com Ele agora e da missão de falar do amor e
da salvação que Ele ainda oferece. Ele voltará em breve? Sim, eu creio
nisso. Mas minha vida pode ser ainda mais breve do que esse grande
evento, posto que tão frágil e incerta. Isso é um lembrete de que nosso
preparo tem que ser diário; nossa ligação com Deus tem que ser
constante, e não dependente de acontecimentos e circunstâncias.
[Com informações de EFE e Revista Adventista]
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