sexta-feira, 6 de maio de 2022

DEUS... NO LIMITE

O cristianismo passou séculos apresentando a graça de Cristo por meio do Seu sacrifício em nosso favor. Aprendemos que Deus está disposto a perdoar qualquer um, inclusive os piores de nós. Entendemos que no Reino de Deus o perdão é dez vezes infinito x infinito (70x7). E que “nada pode nos separar do amor de Deus” (Romanos 8:38-39). Portanto, não há quem possa me impedir de receber a salvação em Cristo e nada que eu possa fazer que seja maior que a graça de Jesus. Estas são verdades cristãs.

No entanto, há inúmeros momentos na Bíblia onde vemos Deus chegando a um limite. Acontece quando Ele destrói o mundo por um dilúvio, quando destrói Sodoma e Gomorra, quando devasta o Egito, quando devasta as terras canaanitas. Ou quando morrem Hofni e Finéias, os filhos de Eli, Coré, Datã e Abirão, o Espírito é retirado de Saul e quando morrem Ananias e Safira no Novo Testamento. Só para nomear alguns. Todos casos, em que tanto para nós quanto para Deus algum limite foi atingido, e o Senhor teve de pôr fim àquelas histórias. Sabemos, também, que um dia Deus dará um fim a todo o mal, indicando claramente que Ele tem sim um limite para o mal.

Vejamos abaixo essa questão sob a ótica de Ellen G. White:

"Com infalível precisão, o Ser infinito ainda mantém, por assim dizer, uma conta com todas as nações. Enquanto Sua misericórdia se oferece com convites ao arrependimento, esta conta permanecerá aberta; quando, porém, os algarismos atingem um certo total que Deus fixou, começa o ministério de Sua ira.

Quando chegar plenamente o tempo em que a iniquidade terá atingido o prescrito limite da misericórdia de Deus, cessará Sua clemência. Quando os números acumulados nos livros de registro do Céu indicarem que o total da transgressão está completo, virá a ira.

Ao mesmo tempo em que a misericórdia de Deus suporta longamente o transgressor, há um limite além do qual os homens não podem ir no pecado. Quando é atingido aquele limite, os oferecimentos de misericórdia são retirados, e inicia-se o ministério do juízo.

Tempo virá em que em suas fraudes e insolências os homens atingirão o ponto que o Senhor não permitirá que transponham, e aprenderão que há um limite para a longanimidade de Jeová.

Há um limite além do qual os juízos de Jeová não podem mais ser detidos.1

Hoje a voz da misericórdia está chamando, e Jesus está atraindo os homens com as cordas de Seu amor; chegará, porém, o dia em que Jesus porá as vestes de vingança. ... A iniquidade do mundo está aumentando diariamente, e quando for atingido certo limite, o registro será encerrado, e acertadas as contas. Não haverá mais sacrifício pelo pecado. O Senhor vem. Por muito tempo tem a misericórdia estendido a mão de amor, de paciência e tolerância a um mundo culpado. Foi feito o convite: “Que se apodere da Minha força e faça paz comigo” (Isaías 27:5) ..., mas os homens abusaram de Sua misericórdia e rejeitaram Sua graça.2

Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual, mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos já estão caindo sobre os que desprezam a graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são assombrosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância.3

Desabrigados da graça divina, não têm proteção contra o maligno. Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na antiguidade.4

O Senhor convida os que nEle creem a serem Seus cooperadores. Enquanto durar a vida, não devem achar que sua obra terminou. Deixaremos que os sinais do fim se cumpram sem advertir as pessoas do que sobrevirá à Terra? Consentiremos que elas pereçam nas trevas sem ter-lhes realçado a necessidade de se prepararem para o encontro com o Senhor? A menos que nós mesmos cumpramos o nosso dever para com os que nos rodeiam, o dia de Deus virá sobre nós como um ladrão. O mundo está cheio de confusão, e em breve apoderar-se-á dos seres humanos um grande terror. O fim está muito próximo. Nós, que conhecemos a verdade, nos devemos estar preparando para o que está prestes a irromper sobre o mundo como esmagadora surpresa.5

O fim está próximo. Que nossas igrejas se levantem! Seja o poder convertedor de Deus experimentado no coração dos membros individuais, e então veremos a profunda atuação do Espírito de Deus.6

Viva a vida de fé dia a dia. Não se torne ansioso e preocupado com o tempo da tribulação, sofrendo de antemão. Não fique pensando: "Estou com medo e não permanecerei no dia do grande teste". Você deve viver o presente, um dia de cada vez, pois o amanhã não lhe pertence. Hoje você vence o eu, hoje você deve ter uma vida de oração. Hoje você deve combater o bom combate da fé, hoje você deve crer que Deus o abençoa e, ao obter a vitória sobre as trevas e a descrença, você preencherá os requisitos do Mestre e se tornará uma bênção para aqueles ao seu redor."7

1. Eventos Finais, pp. 39-40
2. Maranata, o Senhor Vem, p. 50
3. Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 11
4. O Grande Conflito, p. 614
5. E Recebereis Poder [Meditações Matinais, 1999], p. 159
6. Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 154
7. Signs of the Times, 20 de outubro, 1887, p. 10

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