OVNIs. Não é que o tema voltou à moda no fim de semana? Uma série de objetos voadores foi vista, e uma parte deles foi derrubada nos últimos dias na América do Norte. Quatro desses objetos voadores incomuns foram avistados e derrubados por caças dos Estados Unidos. Nos quatro casos, houve violação de espaço aéreo dos EUA e do Canadá. Os seguintes objetos voadores foram abatidos: um balão chinês supostamente usado para espionagem; o objeto do tamanho de um carro enquanto voava sobre o Alasca; um objeto cilíndrico no Canadá; um objeto em forma octagonal em um lago na fronteira entre EUA e Canadá.
A repetição dos casos obrigou integrantes do governo Biden a negar qualquer evidência envolvendo atividade extraterrestre. A informação é do jornal The New York Times. Mas as autoridades também reconhecem, em particular, o aumento desse tipo de especulação, em meio à incapacidade de explicar a proveniência dos objetos.
Há a suspeita de que outros objetos voadores estejam circulando pelo continente. Segundo o “Washington Post”, dirigentes do governo dos EUA afirmaram que há indícios de que um balão espião chinês teria sido avistado na América Latina e que, provavelmente, um terceiro estivesse operando em algum outro lugar.
Além disso, no domingo (12), autoridades da província de Shandong, no leste da China, anunciaram que avistaram um objeto não identificado sobrevoando o mar perto da cidade costeira de Rizhao. Nesta segunda, Pequim informou que também foi espionada por ao menos dez balões norte-americanos ao longo de 2022.
No Uruguai, o governo recebeu denúncias de que objetos voadores foram vistos na região de Paysandú, na fronteira com a Argentina, no sábado (11) Um comissão foi enviada para averiguação. Os relatos falavam em luzes intermitentes no céu em Termas de Almirón, uma região de termas de águas salgadas. As luzes seriam vermelhas e teriam voado baixo no céu.
Eis que surge novamente a pergunta: “Estamos sozinhos no Universo?” Como Carl Sagan muito bem disse certa vez, cogitar a possibilidade da existência de vida em outros planetas é algo tão assombroso quanto imaginar que ela não é possível.
O que diz a Bíblia sobre este tema?
Várias teorias têm sido propostas para explicar a natureza dos supostos OVNIs. Enquanto alguns acreditam serem mero fruto da imaginação humana, outros defendem a idéia de que são veículos espaciais conduzidos por seres extraterrestres. Mesmo não usando a expressão moderna OVNI, a Bíblia apresenta alguns princípios básicos que podem nos ajudar na compreensão desse tema intrigante.
As Escrituras deixam claro que todas as manifestações sobrenaturais e sobre-humanas, neste mundo de pecado, procedem de um dos dois grandes poderes conflitantes do Universo: a Trindade e os anjos leais, de um lado, e Satanás e outros seres demoníacos (Ap 12:7-9). Isto nos leva à conclusão de que, se os OVNIs existem, devem se enquadrar em uma das duas alternativas acima mencionadas.
Uma análise detida da Bíblia revela o fato de que grande parte das manifestações satânicas são confusas, indefinidas e enganosas. A ênfase repousa, frequentemente, mais no fascínio das emoções do que em um conteúdo proposicional concreto. Dentro desta categoria se enquadram as encarnações demoníacas na forma de animais (Gn 3:1-5; Ap 12:9), de pessoas já mortas (1Sm 28) e de seres angelicais (2Co 11:14).
Somos advertidos de que os poderes demoníacos haveriam de operar nos últimos dias “grandes sinais e prodígios” (Mt 24:24; Mc 13:22), de realizar “coisas espantosas e também grandes sinais do céu” (Lc 21:11), de se transformar em anjos de luz (2Co 11:14), e de fazer descer fogo do céu “à terra diante dos homens” (Ap 13:13). Esses sinais e maravilhas teriam por objetivo “enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mt 24:24; Mc 13:22; ver Jo 8:44; 2Ts 2:9 e 10).
Comparando-se os testemunhos sobre aparições de OVNIs com o relato bíblico, percebe-se nitidamente que tais aparições jamais podem ser consideradas, nem em forma nem em conteúdo, como manifestações divinas, ou de anjos bons, ou ainda de possíveis habitantes de outros mundos nãocaídos do Universo. Resta, portanto, a inevitável conclusão de que elas só podem ser consideradas como parte dos “grandes sinais e prodígios” que haveriam de acompanhar as fascinantes manifestações demoníacas dos últimos dias (ver Ap 16:14).
Os escritores americanos Myron Widmer e Sidney Reiners divisam, por trás das aparições de OVNIs, um plano mestre de engano satânico. Widmer declara que o “constante aumento de fé no sobrenatural continua preparando o cenário para os eventos finais, quando a mente do povo terá visto e ouvido tanto do sobrenatural que as ilusões e os enganos de Satanás parecerão muito naturais e acreditáveis”.
Já Sidney Reiners sugere que as aparições de “ufonautas” (supostos tripulantes dos discos voadores) hostis à vida na Terra poderiam precipitar “uma corrida rumo a um governo mundial, com a perda, num estado de pânico, dos princípios democráticos”. Ufonautas amigos, por outro lado, poderiam persuadir facilmente os seres humanos a “solucionar” os problemas da humanidade com seus planos enganosos.
Quer as hipóteses de Reiners se cumpram literalmente ou não, o verdadeiro cristão deve alicerçar sua fé sobre a Palavra de Deus, para não sucumbir aos enganos satânicos. Como Cristo enfrentou as tentações demoníacas no deserto com a autoridade das Escrituras (ver Mt 4:1-11), o verdadeiro cristão jamais se deixará seduzir por qualquer experiência visual, auditiva ou emocional que não esteja em perfeita harmonia com o claro ensino bíblico (ver Is 8:19 e 20; Gl 1:8).
Outros mundos
Sobre a existência de outros mundos habitados, encontramos algumas diretas evidências na Palavra de Deus. Há, porém, um número maior ainda de evidências indiretas, que no contexto geral das Escrituras nos levam a crer na existência de outros mundos.
Em 1 Coríntios 4:9 encontramos umas das evidências mais contundentes em favor do nosso ponto de vista. Temos que analisar em primeiro lugar, o contexto no original grego para descobrirmos o que estava na mente de Paulo e qual era para ele o significado das palavras “mundo”, ou “universo”.
Observe que na parte final do verso 9, lemos que “nos tornamos espetáculo ao “mundo”, aos anjos e aos homens”. A palavra “mundo” traduzida da palavra grega kosmos, tem o significado usual de “a terra habitada”, mas também significa “universo”. Por exemplo, W. C. Taylor, em seu “Dicionário do Novo Testamento Grego”, assim define a palavra kosmos: “O universo, o mundo, (a soma das coisas criadas); a Terra habitada, os habitantes da Terra toda, etc.” Está aí uma ideia muito interessante, perfeitamente cabível no texto analisado.
Também o autorizado “The Analytical Greek Lexicon”, analisando o sentido da palavra kosmos, conclui: “também significa universo material, e em 1 Coríntios 4:9, o agregado da existência sensitiva”.
Temos também a favor dessa tese, a confirmação de algumas versões bíblicas que traduzem kosmos como “universo” nessa passagem. Entre elas podemos citar a Bíblia espanhola Version Moderna, editada pelas Sociedades Bíblicas Unidas, e a New English Bible. Ambas dizem: “somos espetáculo a todo o Universo”. Diz Ellen G. White: "Cada olho no universo não caído está voltado para aqueles que manifestam ser seguidores de Cristo. Em nosso minúsculo mundo trava-se uma guerra intensa" (RH, 29 de setembro de 1891).
Entre as evidências indiretas podemos citar Jó 2:1, 2 e Romanos 8:19. Contudo, temos que cuidar para não sermos enganados com a onda de misticismo atual e a crença popular que seres de outros mundos estão nos “visitando”. Esses outros mundos criados por Deus são mundos que não caíram em pecado, portanto, eles não poderiam entrar em contato conosco. Os ovnis, extraterrestres, ou qualquer aparição alardeada, são brinquedos de Satanás, operando maravilhas entre os homens para desviá-los da verdade da Palavra de Deus, a qual é a nossa única fonte segura de informação, de salvação e de orientação em relação aos últimos acontecimentos da história desse mundo. Mais do que nunca devemos fundamentar nossa confiança na revelação inspirada de Deus.
Espírito de Profecia
E o que Ellen G. White fala sobre outros mundos e seus habitantes?
"Satanás era grandemente amado pelos seres celestiais, era forte sua influência sobre eles. Alguma atitude deveria ser tomada para afastá-lo da simpatia dos seres celestiais. O governo de Deus incluía não somente os habitantes do Céu, mas de todos os mundos que Ele havia criado; e Satanás pensou que se ele pôde levar consigo os anjos do Céu à rebelião, poderia também levar os outros mundos" (RH, 9 de março de 1886).
"Cristo veio em forma humana para mostrar aos habitantes dos mundos não caídos e do mundo caído, que amplas providências foram tomadas para habilitar os seres humanos a viverem em lealdade com seu Criador" (ME1, p. 227).
“Deus tem mundos inumeráveis que são obedientes a Suas leis, e que se conduzem de acordo com Sua glória” (The Faith I Live By, p. 61).
"Este mundo não é mais do que um pequenino átomo no vasto domínio sobre o qual Deus preside" (TM, p. 324).
"Todos os tesouros do Universo estarão abertos aos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alçarão voo incansável para os mundos distantes. Os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caídos e compartilham de tesouros de entendimento adquiridos durante séculos e séculos. Com visão clara, olham para a glória da criação — sóis e estrelas e sistemas, todos na sua indicada ordem, a circular em torno do trono da Divindade" (GCC, p. 293).
Para concluir, confira também esta espetacular visão dada a Ellen White:
“O Céu é um lugar agradável. Anseio ali estar, e contemplar meu amorável Jesus, que por mim deu Sua vida, e achar-me transformada a Sua imagem gloriosa. Oh! quem me dera possuir linguagem para exprimir as glórias do resplandecente mundo vindouro! Estou sedenta das águas vivas que alegram a cidade de nosso Deus. O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: 'Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra.' Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma. Então meu anjo assistente me disse: 'Ninguém aqui provou da árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam.' Então fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi ali o bom e velho Enoque, que tinha sido trasladado. Em sua destra tinha uma palma resplendente, e em cada folha estava escrito: 'Vitória.' Pendia-lhe da cabeça uma grinalda branca, deslumbrante, com folhas, e no meio de cada folha estava escrito: 'Pureza', e em redor da grinalda havia pedras de várias cores que resplandeciam mais do que as estrelas, e lançavam um reflexo sobre as letras, aumentando-lhes o volume. Na parte posterior da cabeça havia um arco em que rematava a grinalda, e nele estava escrito: 'Santidade.' Sobre a grinalda havia uma linda coroa que brilhava mais do que o Sol. Perguntei-lhe se este era o lugar para onde fora transportado da Terra. Ele disse: 'Não é; minha morada é na cidade, e eu vim visitar este lugar.' Ele percorria o lugar como se realmente estivesse em sua casa. Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: 'Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144 mil terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus'" (PE, pp. 39 e 40).
* A frase do título da postagem abria os capítulos de um seriado de muito sucesso que foi exibido de 1993 a 2002, "O Arquivo X". Apresentada em um tom neutro, despertava naqueles que a acompanhavam curiosidade e apreensão. Criava o necessário clima para as aventuras dos agentes Fox Mulder e Dana Scully, que geralmente envolvia conspirações, muito mistério e alienígenas.
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