sexta-feira, 21 de junho de 2024

O INVERNO DO CRISTÃO

Penso que nosso prazer do tempo de estio é intensificado pela lembrança dos longos e frios meses de inverno; e por outro lado, a esperança do verão nos ajuda a suportar mais corajosamente o reino do inverno. Se permitíssemos que a mente demorasse na nudez e desolação com que o rei gelo nos circunda, poderíamos sentir realmente infelizes; mas, sendo mais sábios que isso, olhamos para o futuro, antecipando a próxima primavera que nos devolverá os pássaros, despertará as flores adormecidas, revestirá a terra com as verdejantes roupagens e encherá o ar de luz, fragrância e cânticos. A estada do cristão neste mundo pode-se com propriedade comparar a longo e frio inverno.

Aqui experimentamos provas, aflições e decepções, mas não devemos permitir que a mente aí repouse. Olhemos antes com esperança e fé o verão vindouro, quando havemos de ser acolhidos em nosso lar edênico, onde tudo é luz e alegria, onde tudo é paz e amor. Não houvessem nunca os cristãos experimentado as tempestades da aflição neste mundo, nunca seu coração se houvesse abatido ante a decepção ou oprimido ante o temor, mal saberia ele apreciar o Céu. Não fiquemos acabrunhados, se bem que muitas vezes fatigados, tristes, cheios de pesar; o inverno não há de perdurar para sempre. O estio da paz, da alegria e do prazer eterno está prestes a vir. Então Cristo habitará conosco e nos guiará às fontes de águas vivas, e enxugará toda lágrima de nossos olhos.1

Não permitais que coisa alguma vos prenda agora a atenção, impedindo de fazerdes obra cabal para a eternidade. A vida futura deve ser assegurada. Ricas, plenas e gloriosas são as promessas. Não haverá ali ventos enregelantes, nem frios hibernais, mas perpétuo estio. Há luz para o intelecto, amor sincero, permanente. Haverá saúde e imortalidade; para cada faculdade, vigor. Ali ficarão para sempre excluídos toda dor e todo pesar.2

A Terra é o lugar de preparação para o Céu. O tempo passado aqui é o inverno do cristão. Aqui os ventos gelados da aflição sopram sobre nós, e as ondas de angústias rolam contra nós. Mas no futuro próximo, quando Cristo vier, sofrimento e lamentação terão fim, para sempre. Então será o veraneio do cristão. Todas as provas terão findado e não haverá mais doença ou morte.3

A tristeza vem e vai; é o quinhão do homem; não devemos procurar aumentá-la, mas antes falar naquilo que é brilhante e aprazível. Quando o inverno estende sobre a terra sua gélida coberta, não deixamos nossa alegria enregelar-se juntamente com as flores e regatos, lamentando continuamente por motivo dos dias sombrios, e dos ventos minuanos. Ao contrário, nossa imaginação antecipa o verão próximo, com seu calor, vida e beleza. Ao mesmo tempo desfrutamos toda a luz do Sol que nos chega, e encontramos bastante conforto, apesar do frio e da neve, enquanto esperamos que a natureza se revista das roupagens novas, brilhantes, portadoras de alegria.4

Textos extraídos das seguintes obras de Ellen G. White:

1. Carta 13, 1875
2. Carta 4, 1885
3. Manuscrito 28, 1886
4. Nos Lugares Celestiais, p. 281

quinta-feira, 20 de junho de 2024

DIA MUNDIAL DO REFUGIADO

O Dia Mundial do Refugiado é uma data internacional designada pelas Nações Unidas para homenagear as pessoas refugiadas em todo o mundo. Ele ocorre todos os anos em 20 de junho e celebra a força e a coragem das pessoas que foram forçadas a deixar seu país de origem em razão de conflitos ou perseguições.

Neste ano, o Dia Mundial do Refugiado se concentra na resiliência das pessoas refugiadas frente às mudanças climáticas, suas ações na linha de frente da crise climática e a busca de soluções duradouras para pessoas deslocadas à força nesse contexto. 

Neste Dia Mundial do Refugiado, lembramos como Jesus experimentou em primeira mão a difícil situação de ser um refugiado. Depois que Maria deu à luz a Jesus em Belém, Mateus 2:13 compartilha que "um anjo do Senhor apareceu a José em sonhos e disse: 'Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te diga, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo.'"

A vida precoce de Jesus reflete a dura realidade que inúmeros refugiados enfrentam hoje ao fugir de seus lares em busca de um refúgio seguro para viver em paz.

Quando beneficiamos alguém, demonstramos nosso amor pelo próprio Cristo. “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes” (Mateus 25:35). Que linda oportunidade Deus nos dá para mostrar que assim como Sua misericórdia nos alcança dia após dia, esta se reflete em nós ao termos compaixão pelos sofredores.

Jesus, o personagem que permanece através dos séculos, nos deixou uma grande lição de amor ao próximo: estender nossas mãos aos sofredores, como pontes de consolo e esperança. Não é por acaso que o segundo mandamento, o mais importante da Bíblia, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo."

Embora a palavra 'refugiado' não se encontre nas Escrituras, o coração de Deus pelo estrangeiro, o forasteiro e o peregrino é claro, assim como Seu chamado para que Seus seguidores amem ao próximo como a si mesmos.

"Ele defende a causa do órfão e da viúva e ama o estrangeiro que reside entre vocês, dando-lhe alimento e roupa. Vocês também devem amar os estrangeiros, pois vocês mesmos foram estrangeiros no Egito" (Deuteronômio 10:18-19).

Por isso, eu apoio os refugiados e me uno a esta causa!

Na reunião de despedida com os discípulos, Jesus lhes deu uma garantia que ainda hoje aquece o coração de muitos peregrinos: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez…” (Jo 14:1-3; grifos acrescentados).

De acordo com o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), até o final de 2023, 117 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, buscando refúgio dentro ou fora de suas fronteiras nacionais. E receosas com um possível aumento desordenado da população, as autoridades de alguns países estão preocupadas com o alto fluxo de imigrantes e estão fechando cada vez mais suas fronteiras, porém, na Canaã celestial há espaço suficiente para todos os refugiados deste mundo.

Ellen G. White conclui: "Na Bíblia, a herança dos salvos é chamada um país. Há ali casas para os peregrinos da Terra. Estamos em caminho para casa. Aquele que nos amou de tal maneira que morreu por nós, construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lugar de repouso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Nenhum véu de infortúnio, nenhuma lamentação de esperanças frustradas e afeições sepultadas serão jamais ouvidas" (O Lar Adventista, p. 543).

[Adaptado de @adrabrasil]

terça-feira, 18 de junho de 2024

O SELO DE DEUS

Algumas pessoas tem dificuldade de harmonizar a função do Espírito Santo e o papel do sábado no selamento final do povo remanescente de Deus. Não resta dúvida de que a habitação do Espírito Santo na vida do crente é a maior evidência de que este se encontra em estado de salvação (ver Romanos 8:1-17; Gálatas 5:16-26). Por esse motivo, o apóstolo Paulo se referiu ao Espírito Santo como “penhor” (2 Coríntios 1:21-22) e “selo” (Efésios 1:13; 4:30) da salvação. Ellen G. White acrescenta que “a todos os que aceitam a Cristo como um Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha” (Atos dos Apóstolos, p. 49).

Além disso, o Espírito Santo é também o agente selador e capacitador dos crentes para o cumprimento da missão evangélica. Comentando os derradeiros momentos antes da ascensão de Cristo, Ellen G. White diz que “a visível presença de Cristo estava prestes a ser retirada dos discípulos, mas uma nova dotação de poder lhes pertencia. O Espírito Santo ser-lhes-ia dado em Sua plenitude, selando-os para a sua obra” (Atos dos Apóstolos, p. 30). Em relação ao Pentecostes, a mesma autora afirma que “os que creram em Cristo foram selados pelo Espírito Santo” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 6, p. 1055).

O processo de restauração das verdades bíblicas pelos pioneiros adventistas do sétimo dia também foi selado, ou seja, aprovado pelo Espírito Santo. “Muito bem sabemos nós como foi estabelecido cada ponto da verdade, e sobre ele posto o selo pelo Espírito Santo de Deus” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pp. 103-104). Descrevendo sua participação em algumas reuniões em South Lancaster, Massachusetts, na década de 1880, Ellen G. White menciona que “o Senhor ouviu nossas súplicas, e Seu Espírito colocou o Seu selo à nossa obra” (Review and Herald, 15 de janeiro de 1884, p. 33). Ainda hoje, Deus “deseja que Sua obra seja levada avante com proficiência e exatidão, de modo que possa pôr sobre ela o selo de Sua aprovação” (Atos dos Apóstolos, p. 96).

Mas a função seladora do Espírito Santo no plano da salvação não conspira contra a identificação do sábado como “o selo do Deus vivo” (Apocalipse 7:2; 9:4) no desfecho da grande controvérsia entre a verdade e o erro (ver Apocalipse 12:17; 14:9-12). Em realidade, o Espírito Santo é concedido aos que obedecem a Deus (Atos 5:32) e, por essa razão, Ele é chamado por Cristo de “o Espírito da verdade” (João 14:17; 15:26; 16:13). Sua obra é conduzir os seguidores de Cristo “a toda a verdade” (João 16:13), da qual faz parte o quarto mandamento do decálogo, que ordena a observância do sábado (Êxodo 20:8-11; conforme Salmos 119:142).

Ellen G. White afirma que “o sábado foi inserido no decálogo como o selo do Deus vivo, identificando o Legislador, e tornando conhecido o Seu direito de governar. Era o sinal entre Deus e Seu povo, um teste de sua obediência a Ele. Moisés foi ordenado a lhes dizer da parte do Senhor: ‘Certamente, guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica’ [Êxodo 31:13]. E quando alguns do povo saíram no sábado a recolher o maná, o Senhor indagou: ‘Até quando recusareis guardar os Meus mandamentos e as Minhas leis?’ [Êxodo 16:28]” (Sings of the Times, 13 de maio de 1886, p. 273).

“A obra do Espírito Santo é convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. O mundo só será advertido ao ver os que creem na verdade sendo santificados pela verdade, agindo por princípios altos e santos, demonstrando em sentido alto e elevado a linha divisória entre aqueles que guardam os mandamentos de Deus e aqueles que os pisoteiam a pés. A santificação do Espírito demarca a diferença entre aqueles que tem o selo de Deus e aqueles que guardam um dia de repouso espúrio” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 7, p. 980).

Portanto, a habitação santificadora do Espírito Santo na vida é o selo da salvação do crente, que permanece nele enquanto este permitir que o Espírito Santo o conduza “a toda a verdade” (João 16:13). No conflito final entre a verdade e o erro, a humanidade acabará se polarizando entre os que observam o sábado bíblico instituído por Deus e os que veneram o domingo de origem pagã. Nesse contexto, o sábado assumirá a função de sinal escatológico de lealdade incondicional a Deus.

Alberto Timm (via Centro White)

segunda-feira, 17 de junho de 2024

O CÉU É UMA ESCOLA

O Céu é uma escola; o campo de seus estudos, o Universo; seu professor, o Ser infinito. Uma ramificação dessa escola foi estabelecida no Éden; e, cumprindo o plano da redenção, será reassumida a educação na escola edênica. 

“As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam” (1 Coríntios 2:9). Unicamente pela Sua Palavra se pode obter conhecimento dessas coisas; e mesmo ela oferece apenas uma revelação parcial. 

O profeta de Patmos assim descreve a localização da escola do futuro: “Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram. ... E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do Céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Apocalipse 21:1, 2). 

“A cidade não precisa nem do Sol, nem da Lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21:23).

Entre a escola estabelecida no Éden, no princípio, e aquela do futuro, situa-se todo o lapso da história deste mundo — a história da transgressão e sofrimento humanos, do sacrifício divino e da vitória sobre a morte e o pecado. Nem todas as condições daquela primeira escola edênica se encontrarão na escola da vida futura. Nenhuma árvore da ciência do bem e do mal oferecerá oportunidade para a tentação. Não haverá ali tentador, nem possibilidade para o mal. Todos os caracteres resistiram à prova do mal, e nenhum será jamais susceptível ao seu poder. 

“Ao que vencer”, diz Cristo, “dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus” (Apocalipse 2:7). A concessão da árvore da vida, no Éden, era condicional, e finalmente foi retirada. Mas os dons da vida futura serão absolutos e eternos. 

O profeta contempla “o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. ... De uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida” (Apocalipse 22:1, 2). “E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Apocalipse 21:4). 

“Todos os do Teu povo serão justos,
Para sempre herdarão a Terra;
Serão renovos por Mim plantados,
Obra das Minhas mãos,
Para que Eu seja glorificado” (Isaías 60:21). 

Restabelecidos à Sua presença, de novo os homens serão, como no princípio, ensinados por Deus: “O Meu povo saberá o Meu nome, ... naquele dia, porque Eu mesmo sou o que digo: Eis-me aqui” (Isaías 52:6). 

“Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Apocalipse 21:3). 

“Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo. ... Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida” (Apocalipse 7:14-17). 

“Agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13:12). 

“Verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome” (Apocalipse 22:4).

Ali, quando for removido o véu que obscurece a nossa visão, e nossos olhos contemplarem aquele mundo de beleza de que ora apanhamos lampejos pelo microscópio; quando olharmos às glórias dos céus hoje esquadrinhadas de longe pelo telescópio; quando, removida a mácula do pecado, a Terra toda aparecer “na beleza do Senhor nosso Deus” — que campo se abrirá ao nosso estudo! Ali o estudante da ciência poderá ler os relatórios da criação, sem divisar coisa alguma que recorde a lei do mal. Poderá escutar a melodia das vozes da natureza, e não perceberá nenhuma nota de lamento ou tristezas. Poderá enxergar em todas as coisas criadas uma escrita; contemplará no vasto Universo, escrito em grandes letras, o nome de Deus; e nem na Terra, nem no mar ou no céu permanecerá um indício que seja do mal. 

Ali se viverá a vida edênica — entre o jardim e o campo. “Edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos” (Isaías 65:21, 22). 

Não haverá coisas que “farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor” (Isaías 65:2). Ali o homem será restaurado à sua perdida realeza, e a ordem inferior de seres de novo reconhecerá o seu domínio; os animais ferozes tornar-se-ão mansos e os ariscos, confiantes. 

Ali se revelará ao estudante, uma história de infinita amplitude e riqueza inexprimível. Tomando por base a Palavra de Deus, o estudante obterá uma visão do vasto campo da História, e poderá alcançar algum conhecimento dos princípios que influem na marcha dos acontecimentos humanos. Mas a sua visão ainda estará nublada, e incompletos os seus conhecimentos. Não verá todas as coisas de uma maneira clara antes que chegue à luz da eternidade. 

Então se revelará diante dele o decurso do grande conflito que teve sua origem antes que começasse o tempo e terminará apenas quando este cessar. A história do início do pecado; da fatal falsidade em sua ação sinuosa; da verdade que, não se desviando das suas próprias linhas retas, se defrontou com o erro e o venceu; sim, tudo isso será manifesto. O véu que se interpõe entre o mundo visível e o invisível será removido e reveladas coisas maravilhosas. 

Não compreenderemos o que devemos aos cuidados e interposição dos anjos antes que se vejam as providências de Deus à luz da eternidade. Seres celestiais têm tomado parte ativa nos negócios dos homens. Eles têm aparecido em vestes que resplandeciam como o relâmpago; têm vindo como homens, no aspecto de viajantes. Têm aceitado hospitalidade nos lares humanos, agido como guias de viajantes nas trevas da noite. Têm impedido aos intentos do espoliador e desviado os golpes do destruidor. 

Embora os governadores deste mundo não o saibam, em seus conselhos têm os anjos muitas vezes sido oradores. Olhos humanos os têm visto. Ouvidos humanos têm ouvido seus apelos. Nos conselhos e cortes de justiça, mensageiros celestiais têm pleiteado a causa dos perseguidos e oprimidos. Têm eles combatido propósitos e detido males que teriam acarretado ruína e sofrimento aos filhos de Deus. Tudo isso se desdobrará ao estudante na escola celestial. 

Todo remido compreenderá a atuação dos anjos em sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que foi o seu guardador desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que o protegeu no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celestial em toda a obra em favor da humanidade. 

Todas as perplexidades da vida serão então explicadas. Onde para nós apareciam apenas confusão e decepção, propósitos frustrados e planos subvertidos, ver-se-á um propósito grandioso, predominante, vitorioso, uma harmonia divina. 

Ali, todos os que trabalharam com um espírito desinteressado contemplarão os frutos de seus esforços. Ver-se-á o resultado de todo princípio correto e nobre ação. Alguma coisa disso aqui vemos. Mas quão pouco dos resultados dos mais nobres trabalhos deste mundo é o que se manifesta nesta vida aos que os fazem! 

Quantos labutam abnegadamente, incansavelmente por aqueles que ficam além de seu alcance e conhecimento! Pais e professores tombam em seu último sono, parecendo o trabalho de sua vida ter sido feito em vão; não sabem que sua fidelidade descerrou fontes de bênçãos que jamais poderão deixar de fluir; apenas pela fé veem as crianças que educaram tornarem-se uma bênção e inspiração a seus semelhantes, e essa influência repetir-se mil vezes mais. Muito obreiro há que envia para o mundo mensagens de alento, esperança e ânimo, palavras que levam bênçãos aos corações em todos os países; mas, quanto aos resultados, nada sabe, afadigando-se ele em solidão e obscuridade. Assim se concedem dons, aliviam-se cargas, faz-se trabalho. Os homens lançam a semente, da qual, sobre as suas sepulturas, outros recolhem a abençoada colheita. Plantam árvores para que outros comam o fruto. Aqui estão contentes por saberem que puseram em atividade forças para promover o bem. No futuro serão vistas a ação e reação de todas estas forças. 

De todo dom que Deus outorgou, encaminhando o homem para o esforço abnegado, conserva-se no Céu um relatório. Examinar esses dons em suas extensas linhas, olhar para aqueles que mediante nossos esforços se reergueram e enobreceram, contemplar em sua história o efeito dos verdadeiros princípios — eis um dos estudos e recompensas da escola celestial. 

Ali conheceremos como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na pessoa encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício. A pura comunhão com seres santos, a vida social harmoniosa com os santos anjos e com os fiéis de todos os tempos, a santa associação que reúne “toda a família nos Céus e na Terra” (Efésios 3:15), tudo fará parte da experiência futura. 

Haverá ali música e cânticos; música e cânticos que ouvidos mortais jamais ouviram nem o espírito humano concebeu, com exceção do que em visões de Deus se tem revelado. 

“Os cantores e tocadores de instrumentos entoarão” (Salmos 87:7). “Alçarão a sua voz e cantarão com alegria; por causa da glória do Senhor” (Isaías 24:14). 

“Porque o Senhor consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden e a sua solidão, como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ações de graças e voz de melodia” (Isaías 51:3). 

Ali toda faculdade se desenvolverá, e toda capacidade aumentará. Os maiores empreendimentos serão levados avante, as mais altas aspirações realizadas, as maiores ambições satisfeitas. E, todavia, surgirão novas elevações a galgar, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos assuntos a apelarem para as forças do corpo, mente e espírito. 

Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. ... Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participam dos tesouros do saber e entendimento adquiridos durante séculos e séculos, na contemplação da obra de Deus. ... E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. “Muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Efésios 3:20) será, para todo o sempre, a concessão dos dons de Deus. 

“Os Seus servos O servirão” (Apocalipse 22:3). A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. 

“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mateus 20:28). A obra de Cristo neste mundo é Sua obra nos Céus, e a nossa recompensa por trabalhar com Ele neste mundo será o maior poder e mais amplo privilégio de com Ele trabalhar no mundo vindouro. 

“Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor; Eu sou Deus” (Isaías 43:12). Isso também seremos na eternidade. 

Para que foi permitido continuar o grande conflito através dos séculos? Por que foi que se não eliminou a existência de Satanás no início de sua rebelião? — Foi para que o Universo se pudesse convencer da justiça de Deus ao tratar com o mal, e para que o pecado pudesse receber condenação eterna. No plano da salvação há detalhes e profundezas, que a própria eternidade jamais poderá compreender completamente, maravilhas para as quais os anjos desejam atentar. Apenas os remidos, dentre todos os seres criados, conheceram em sua própria experiência o conflito com o pecado; trabalharam com Cristo e, conforme os mesmos anjos não o poderiam fazer, associaram-se em Seus sofrimentos; não terão eles qualquer testemunho quanto à ciência da redenção, algo que seja de valor para seres não caídos? 

Mesmo agora, aos “principados e potestades nos Céus”, “a multiforme sabedoria de Deus” se faz conhecida “pela igreja” (Efésios 3:10). “E nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais; ... para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus” (Efésios 2:6, 7). 

“No Seu templo cada um diz: Glória!” (Salmos 29:9) e o cântico que os resgatados entoarão, cântico este de sua experiência, declarará a glória de Deus: “Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor, Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos! Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque só Tu és santo” (Apocalipse 15:3, 4). 

Em nossa vida aqui, posto que terrestre e restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se encontram no serviço em favor de outrem. E no futuro estado, livres das limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação — testemunhando (e aprendendo, novamente, sempre que assim o fizermos) “as riquezas da glória deste mistério, ... que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossences 1:27). 

“Ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos” (1 João 3:2). 

Então, nos resultados de Sua obra, Cristo contemplará Sua recompensa. Naquela grande multidão que ninguém pode contar, apresentada como “irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória” (Judas 24), Aquele cujo sangue nos redimiu e cuja vida nos ensinou, verá o “trabalho da Sua alma... e ficará satisfeito” (Isaías 53:11).

[Ellen G. White, Visões do Céu, pp. 146-154]

sexta-feira, 14 de junho de 2024

ABORTO = HOMICÍDIO?

Tem deputado por aí mentindo pra você. Estão dizendo que se importam com a vida, mas veja bem. Esse suposto projeto de defesa da existência, o PL 1904, de autoria de um negacionista da ciência, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) (da bancada evangélica) pode causar a morte de meninas e mulheres.

Isso porque, em vez de garantir que todas tenham o direito ao aborto legal de forma rápida e segura, a proposta vai na via contrária: criminaliza vítimas de estupro e mulheres que correm o risco de morrer ao parir.

Explico: o projeto de lei que está sendo levado a plenário em caráter de urgência (urgência pra quem?) equipara o aborto — hoje legal — acima de 22 semanas ao crime de homicídio.

Trocando em miúdos, poderão ser presas por até 20 anos as mulheres que interromperem a gravidez por um desses três motivos: porque correm risco de morrer; o feto é anencéfalo e inviável fora da barriga; a gestação foi causada por um estupro.

O que pode acontecer, então, se esse projeto for aprovado?

Vou desenhar três situações:

- Na primeira, os médicos avisam à gestante: a partir de agora, sua gravidez é de risco, e você pode morrer no parto. A barriga já passa de 22 semanas, e ela é impedida de fazer o aborto que hoje é seu direito por lei. Ela morre, o bebê nasce e é abandonado.

- Uma mulher é estuprada por um desconhecido, com uma arma na cabeça. Ela engravida. Tenta abortar legalmente antes das 22 semanas, mas não encontra médico que garanta seu direito. Mora em uma cidade pequena, e eles alegam "razões morais" para não atendê-la. Desesperada, já com a gravidez avançada, ela procura um serviço ilegal, e consegue abortar. Tem uma complicação de saúde e acaba sendo denunciada. É condenada e pega pena de prisão de 20 anos. Seu estuprador também é denunciado, mas a pena máxima que pode pegar é metade da dela.

- Uma criança de 11 anos é estuprada por seu próprio pai. Ele a engravida, mas ela só percebe a gestação quando já está avançada. Até conseguir pedir ajuda, o feto passa das 22 semanas. Com medo de ser criminalizado, nenhum médico aceita fazer o aborto. A gestação vai até o fim, e a menina morre no parto. O pai dela fica com o bebê, que também será violentado.

Esses são alguns exemplos do que pode acontecer caso o PL 1904 seja aprovado. Sob o pretexto de "proteger a vida", os deputados que defendem a mudança no Código Penal estão colocando crianças e mulheres sob risco de morrer.

Nesta semana, Arthur Lira, ele mesmo acusado de violência física e estupro por sua ex-companheira, deu mais uma prova de sua preocupação com as mulheres. (UOL)
"O Projeto de Lei que propõe equiparar o aborto legal acima de 22 semanas de gestação ao crime de homicídio é uma imoralidade, uma inversão dos valores civilizatórios mais básicos. É difícil acreditar que sociedade brasileira, com os inúmeros problemas que tem, está neste momento discutindo se uma mulher estuprada e um estuprador têm o mesmo valor para o direito. Ou pior: se um estuprador pode ser considerado menos criminoso que uma mulher estuprada. Isso é um descalabro, um acinte" (Silvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos).
Antes que os conservadores fundamentalistas fanáticos religiosos venham me atacar: Não, eu não sou a favor do aborto. Não, eu não faço apologia ao aborto. Não, eu não desejo que nenhuma mulher precise de tal procedimento. Mas eu não posso impedir a liberdade ou o direito de uma mulher em recorrer a este procedimento por alguma necessidade. Não cabe a mim este tipo de escolha ou julgamento. Minha fé ou meus desejos pessoais não devem violar o direito ou a liberdade de consciência de alguém. Minhas convicções religiosas não devem se sobrepor ao Estado Democrático de Direito. O país é laico.

Quando a gente encara uma realidade onde há uma proposta de que o aborto tem uma pena maior do que o homicídio, a gente deixa claro a ausência de valores e a ausência de respeito aos direitos, aos corpos e à autodeterminação de todas as mulheres, deixando claro que se valoriza o nascimento e não a vida. Mas eis a reflexão: será que esses deputados da bancada evangélica tão preocupados com o feto, se importam quando eles, de fato, nascem? E quanto a vida das crianças e mulheres?

Abaixo, o posicionamento mais coerente que a Igreja Adventista do Sétimo Dia já teve sobre o tema, diante da cosmovisão religiosa da mesma:

"A igreja não deve servir como consciência para os indivíduos; contudo, ela deve oferecer orientação moral. O aborto por motivo de controle natalício, escolha do sexo ou conveniência não é aprovado pela igreja. Contudo, as mulheres, às vezes, podem se deparar com circunstâncias excepcionais que apresentam graves dilemas morais ou médicos, como: ameaça significativa à vida da mulher gestante, sérios riscos à sua saúde, defeitos congênitos graves cuidadosamente diagnosticados no feto e gravidez resultante de estupro ou incesto. A decisão final quanto a interromper ou não a gravidez deve ser feita pela mulher grávida após e devido aconselhamento. Ela deve ser auxiliada em sua decisão por meio de informação precisa, princípios bíblicos e a orientação do Espírito Santo. Por outro lado, essa decisão é mais bem tomada dentro de um contexto saudável de relacionamento familiar." (Comissão Executiva da Associação Geral em 12 de outubro de 1992, durante o Concílio Anual realizado em Silver Spring, Maryland, EUA).

A vida é sagrada, maravilhosa e frágil. Por vir de Deus, está acima das convenções culturais. Por isso, deve ser tratada com o maior cuidado. Se for inevitável, o aborto deveria ser legal, rápido e seguro.

Ilustração: @desenhosdonando

quarta-feira, 12 de junho de 2024

TENDÊNCIAS PARA AS RELAÇÕES AMOROSAS EM 2024

"Micro-paquera", "contra-dating" e "slow-dating" são algumas das "tendências" para as relações amorosas em 2024, explicam pesquisadores e especialistas no tema, nesta matéria, bem interessante, do UOL. Outra tendência é a de evitar comportamentos de "Ghosting" nas relações, como explica a matéria. Um dos pontos salientados é a resistência na construção gradual dos vínculos, muitas vezes pelo temor de novos impactos à saúde mental, como no caso de quem sofreu "Ghosting" ou outras formas de abuso emocional. 

Há uma resistência à entrega de forma progressiva, que leve à construção e permanência dos vínculos, e isso parece ser uma tendência de fato mundial. Precisamos de uma alfabetização para os afetos? Tenho escutado e lido inúmeros depoimentos de vivências afetivas como se fossem "experiências de imersão de 4 dias", sem continuidade e com interrupções abruptas sem qualquer explicação. Mas tenho visto também mais atenção aos padrões tóxicos e busca por relações amorosas sadias - ainda bem!

O que me preocupa é o avanço de nomenclaturas para o que deveria ser natural. Acredito que sim, seja importante estarmos a par dos nomes destes novos padrões, mas será que rotular tudo não acaba por retirar das aproximações sua natureza espontânea e instintiva? Estamos construindo uma enciclopédia de termos que marcam padrões, e até onde isso é de fato benéfico? Sim, chamamos a atenção para o tóxico, para o abusivo, a fim de alertar sobre a característica desses funcionamentos, chamamos atenção para novos padrões funcionais e positivos, nomeando-os também. 

Eu me pergunto se tantos nomes, tantos padrões decodificados, tantos alarmes não estão adoecendo ainda mais nossa capacidade relacional. As relações amorosas estão sim em grande parte mais liquidas, mais efêmeras, mas "patologizar" ou rotular tudo, nomeando até mesmo o "flerte sutil", como aponta a matéria, me preocupa. Há muito a compreender sobre os vínculos em sua naturalidade biológica, o papel do cortejamento que tem raiz em nossa biologia, e por aí vai. Será que ao invés de dar nomes a tudo não seria oportuno observarmos os fenômenos humanos por trás dos nomes, sem torna-los termos de um catálogo?

A resistência em firmar e manter um vínculo sólido, apesar dos pesares, é um talento nos dias de hoje. O amor, uma habilidade a ser treinada. Agamia, poliamor, infidelidades e toda sorte de comportamentos de "amor livre" parecem novos nomes para o medo de vincular-se e construir um laço, enfrentando o cotidiano em casal, com suas alegrias e dificuldades. Mais fácil é o "amor" de uma noite, mais facil é passar pela vida sem construir afetos para "não ter nada a perder". 

Não há certo e errado nas relações, mas um ponto é essencial: que ambos estejam na mesma página. Que o que valha para um, valha para o outro, que se um deseja que a relação seja aberta, deve avisar ao par e oferecer a possibilidade de que este permaneça ou desista. Em plena era da liberdade, em que as pessoas estão juntas porque escolhem, a responsabilidade afetiva de ser transparente na relação é primordial. Todos adultos, aqui. O Século XXI chegou com tudo, trazendo os padrões líquidos do Zygmunt Bauman na mala de mão. Viagem curta, para qualquer lugar, para qualquer pessoa.

Vamos um dia reaprender a amar, como fenômeno coletivo? Sem entender que amar não é o mesmo que "AMARRAR", mas sim unir. Amar não tem a ver com simbiose, e sim com autonomia, escolha, conhecimento do outro ao longo do tempo, tolerância, parceria, química. Não é tampouco uma poção, que se pode tomar e, "PLIM", vem o amor. Precisa de tempo para se desenvolver, de resiliência e aceitação sem, com isso, submeter-se, subjugar-se. Mostrar os próprios limites no que é essencial para nós. Respeitar o outro e fazer-se Respeitar.

Amar é coisa de gente grande. Grande por dentro, com espaço onde caiba mais um no coração. Aos pequenos de alma, em quem não cabe mais ninguém além de si mesmo lamentemos. Amar, amar de verdade, amplia e enriquece o ser com muitas forças e virtudes. É uma experiência humana única: não há como narrar, apenas como viver.

Mas há o outro lado, cada vez mais prevalente nos consultórios de Psiquiatria e Psicoterapia: a "epidemia" de relações abusivas, de comportamentos de padrão narcisista, de atitudes que buscam invalidar o par amoroso, colocando-o em dúvida sobre a própria sanidade mental (gaslighting). Do "Love bombing" ao descarte, passando pelas triangulações, tratamentos de silêncio, "hoovering" (puxando o parceiro de volta pelo 'gancho' dos arsenais de reconquista), estelionato afetivo, desqualificação, "ghosting", "breadcrumbing", "pocketing" e todo um glossário de novos termos do discurso amoroso, apenas uma palavra faz eco: o desrespeito.

É claro que nenhuma relação vai ser perfeita, crescemos um com o outro, melhoramos como pessoas, aprimoramos a vida a dois. Mas quando o namoro passa a trazer mais sofrimento do que bem-estar, mais desvalia do que percepção de autovalia e de admiração entre o par, está na hora de parar para pensar. A relação está valendo a pena? Traz mais dor do que bons momentos juntos e crescimento individual e do casal? Restringe a autonomia em prol de uma unidade que diminui a liberdade de um dos membros do par? Confunde nas mensagens de amor X desinteresse?

Nem sempre as relações abusivas vêm através da agressão física: muitas vezes, o que toma lugar são os gritos, o silêncio, a desvalorização, as traições, a necessidade de cobrar a atenção que não vem do outro, que, por sua vez, controla a relação com intermitentes afastamentos e aproximações apaixonadas. O grito, a aspereza, o controle excessivo por ciúme, a desqualificação do par, o silêncio como resposta a frustração: todos estes, e muitos outros elementos, são as chamadas "Red flags", sinais para prestar atenção e impor limites de respeito. Não permita que estes comportamentos avancem e se perpetuem: defina o que você aceita e o que você não aceita.

O amor, por mais dificuldades e crises que possa ter ao longo do tempo, é uma oportunidade de crescimento individual e em conjunto, com mais prazer do que dor. Defina o que vale a pena.

Betina Mariante é médica psiquiatra e psicoterapeuta (via facebook)

Segue abaixo alguns textos de Ellen G. White para refletirmos extraídos do livro Carta a Jovens Namorados:

- O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado.

- O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído pelas qualidades apenas. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente.

- É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro, não são irrazoáveis nem cegos.

- A brandura, a gentileza, a paciência e a longanimidade, o não se ofender facilmente, o sofrer tudo, esperar tudo, tudo suportar — estes são os frutos dados pela preciosa árvore do amor, árvore de origem celeste. Esta árvore, se nutrida, demonstrar-se-á daquelas que estão sempre verdes. Seus ramos não secarão, não lhe murcharão as folhas. É imortal, eterna, continuamente regada pelos orvalhos celestes.

terça-feira, 11 de junho de 2024

16 MANEIRAS DE ENCONTRAR UMA ESPOSA SEGUNDO A BÍBLIA

A Bíblia não diz muito sobre como encontrar uma esposa – ou ela diz? 
Aqui está uma lista com 16 maneiras de encontrar uma esposa segundo a Bíblia:

1. Encontre uma prisioneira de guerra atraente, traga para casa, raspe a cabeça dela, corte as unhas dela, e dê novas roupas. Então ela é sua. (Dt 21:11-13)

2. “Encontre” uma virgem que não é desposada, e a “conheça”, mas depois pague a seu pai uma quantia de dinheiro. Então ela é sua. (Dt 22:28,29)

3. Encontre uma prostituta e case-se com ela. (Os 1:1-3)

4. Encontre um homem com sete filhas, e impressione-o ao dar de beber ao rebanho – Moisés. (Êx 2:16-21)

5. Compre uma propriedade, e ganhe uma mulher como parte do negócio – Boaz. (Rt 4:5-10)

6. Vá a uma festa e se esconda. Quando as mulheres vierem dançar, pegue uma e leve ela para ser sua esposa – Benjamitas. (Jz 21:19-25)

7. Deixe que Deus crie uma esposa enquanto você dorme. Nota: isso te custará uma costela – Adão. (Gn 2:19-24)

8. Concorde em trabalhar por sete anos em troca da mão de uma mulher em casamento. Seja enganado e se case com a mulher errada. Então, trabalhe outros sete anos pela mulher que você queria casar. Isso aí. Quatorze anos de labuta por uma mulher – Jacó. (Gn 29:15-30)

9. Corte 200 prepúcios dos inimigos do seu futuro sogro e consiga sua filha como esposa – Davi. (1Sm 18:27)

10. Mesmo que não haja ninguém por aí, apenas vague por um tempo e você definitivamente encontrará alguém – Caim. (Gn 4:16,17)

11. Torne-se imperador de uma enorme nação e realize um concurso de beleza – Xerxes ou Assuero. (Et 2:3,4)

12. Quando avistar alguém de quem você goste, vá para casa e diga aos seus pais: “Eu vi uma mulher; consigam ela pra mim”. Se seus pais questionarem sua decisão, simplesmente diga: “Consigam ela pra mim. Ela é a pessoa certa!” – Sansão. (Jz 14:1-3)

13. Mate um marido e fique com a esposa DELE. (Prepare-se para perder quatro filhos, entretanto) – Davi (2Sm 11).

14. Espere seu irmão morrer. Fique com a esposa dele. (Não é apenas uma ideia boa, é a Lei!) – Onã ou Boaz (Dt, Lv, e um exemplo em Rute)

15. Não seja tão exigente. Troque qualidade por quantidade – Salomão. (1Rs 11:1-3)

16. Uma esposa? – Paulo. (1Co 7)

Obviamente, essa lista foi escrita com humor em mente, e algumas dessas “maneiras” não são prescritivas, mas apenas descritivas dos caminhos pecaminosos em que o povo de Deus se conduziu no passado – elas não são, de forma alguma, exemplares. Então, caso não queira se encaixar em nenhuma destas "maneiras", descanse na soberania de Deus, sabendo que há tempo para todo propósito debaixo do céu. Ah e, por favor, descanse, mas aproveite as oportunidades que Deus te conceder. Deixo aqui este inspirado texto de Ellen G. White, encontrado no livro Fundamentos do Lar Cristão, p. 24, que fala sobre o preparo para um casamento feliz:

"Caso aqueles que pensam em casar-se não queiram fazer amargas, infelizes reflexões depois do casamento, precisam torná-lo objeto de considerações sérias, atentas agora. Dado precipitadamente, esse passo é um dos meios mais eficazes para arruinar a utilidade de rapazes e moças. A vida se torna um fardo, uma maldição. Pessoa alguma pode com mais eficácia estragar a felicidade e a utilidade de uma mulher, e tornar-lhe a vida mais pesado fardo, que seu marido; e ninguém pode fazer a centésima parte para despedaçar as esperanças e aspirações de um homem, para lhe paralisar as energias e arruinar-lhe a influência e as perspectivas, como sua própria esposa. É da hora de seu enlace matrimonial que muitos homens e mulheres datam seu êxito ou fracasso nesta vida, e suas esperanças de existência futura. Quisera poder fazer com que a juventude visse e sentisse seu perigo, especialmente o de fazerem casamentos infelizes. O casamento é algo que influenciará e afetará sua vida tanto neste mundo como no futuro. Um cristão sincero não levará avante seus planos sem saber se Deus lhe aprova as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. O mais importante não é agradar a nós mesmos, pois Cristo não agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deve casar com uma pessoa a quem não ama. Isso é pecado. Porém, a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de arrastar alguém para a ruína. Deus requer integralmente o coração, o supremo afeto."

Seja todo passo em direção ao casamento caracterizado pela modéstia, simplicidade e sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar.

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

Existem muitas orações registradas na Bíblia, mas sem dúvida a mais conhecida é a chamada "Oração do Pai Nosso".

Os discípulos de Jesus frequentemente O viam em oração e testemunhavam o impacto disso em Sua vida e ministério. Um dia, ao ouvirem Jesus orar, os discípulos ficaram especialmente comovidos e, sentindo sua própria necessidade, pediram a Ele que os ensinassem a orar.

Em resposta, Ele apresentou novamente a oração familiar que proferiu pela primeira vez em Seu Sermão da Montanha, registrada em Mateus 6:9-13. Era como se Cristo estivesse dizendo: "Vocês devem compreender o que já lhes dei. Isso encerra uma profundeza de sentido que vocês ainda não sondaram" (O Maior Discurso de Cristo, p. 103).

O Pai Nosso nos ensina a fazer parte da família do Céu
A oração do Pai Nosso oferece ricas recompensas para aqueles que a consideram cuidadosamente. Em vez de uma oração estereotipada em que simplesmente repetir as palavras de cor concederá nossos desejos, Jesus ensina princípios celestiais que nos aproximam da família celestial e uns dos outros.

Ele começa com a bela invocação de "Pai Nosso", assegurando-nos que Deus é realmente nosso Pai, somos Seus filhos e filhas e, como tal, todos os Seus filhos são nossos irmãos e irmãs.

"Mas se chamais a Deus vosso Pai," escreve Ellen White, "vós vos reconheceis Seus filhos, para ser guiados por Sua sabedoria, e ser obedientes em todas as coisas, sabendo que Seu amor é imutável. Aceitareis Seu plano para vossa vida...mantereis, como objeto de vosso mais elevado interesse Sua honra, Seu caráter, Sua família, Sua obra" (O Maior Discurso de Cristo, p. 105).

O Pai Nosso nos convida à santidade
A oração de Jesus continua, "santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" (Mateus 6:9-10). Quando oramos, devemos falar o nome de Deus com reverência. "Santo e tremendo é o seu nome," nós lemos em Salmo 111:9. Mas significa mais do que isso. Quando oramos: "Santificado seja o teu nome", estamos pedindo que seja santificado em nós. Nós lemos, "Deus vos envia ao mundo como representantes Seus. Em cada ato da vida deveis tornar manifesto o nome de Deus. Esta petição é um convite para que possuais o caráter dEle... Isto só podereis fazer mediante a aceitação da graça e justiça de Cristo" (O Maior Discurso de Cristo, p. 107).

O Pai Nosso pede a vinda do reino de Deus
Nós ansiamos pela vinda de Jesus, e o fato de que Jesus ensinou Seus discípulos a orar "Venha o teu reino" é evidência de que um dia certamente virá. E temos uma parte em apressar Sua vinda, pois nos é dito, "quando nos entregamos a Deus, e ganhamos outras almas para Ele, apressamos a vinda de Seu reino" (O Maior Discurso de Cristo, p. 108).

A petição, "seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu" é um apelo para que o reinado do mal nesta terra termine, o pecado seja destruído para sempre e o reino da justiça de Deus estabelecido - algo que pela fé esperamos ansiosamente!

O Pai Nosso é certeza de que Deus sustenta completamente
Depois de focar no nome, reino e vontade de Deus, a oração se volta para nossas necessidades.

"O pão nosso de cada dia nos dá hoje" inclui não só o alimento físico, mas também o pão espiritual que alimenta a alma. Jesus disse, "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente" (João 6:51). E assim como precisamos de alimento físico, precisamos desse alimento espiritual todos os dias.

O Pai Nosso nos convida a perdoar e ser perdoados
"Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve" (Lucas 11:4). Aqui somos convidados a pedir perdão a Deus, que será "rico em perdoar" (Isaías 55:7). Jesus explica que também devemos perdoar aqueles que nos ofenderam. Isso nem sempre é fácil, mas quando percebemos o amor e o perdão que Deus nos mostrou, Ele nos ajuda a mostrar compaixão e perdão aos outros.

O Pai Nosso nos ensina que Deus está no controle
Satanás procura nos levar à tentação, para que nos reivindique como seus, mas ao nos voltarmos para Deus em oração, Ele nos livrará. Devemos orar, "e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal" (Mateus 6:13).

Embora não devamos nos colocar deliberadamente em situações que levem à tentação, devemos orar para que Deus não permita que sejamos levados para onde seremos atraídos pelos desejos de nossos próprios corações malignos. Nós lemos, "Ao fazer a oração que Jesus nos ensinou, submetemo-nos à guia de Deus, pedindo-Lhe guiar-nos por caminhos seguros... Esperaremos Sua mão para nos conduzir; escutar-Lhe-emos a voz, dizendo: 'Este é o caminho, andai nele' (Isaías 30:21)" (O Maior Discurso de Cristo, p. 117).

Cristo termina Sua oração como começou — apontando para nosso Pai Celestial. "Pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém" (Mateus 6:13).

Essa garantia maravilhosa nos dá confiança de que Deus está no controle e que o que Ele promete será cumprido. Lemos esta magnífica promessa no final deste capítulo em O Maior Discurso de Cristo: "A Majestade do Céu tem a Seu cargo o destino das nações, bem como os interesses de Sua igreja... Aquele que não tosqueneja, que opera continuamente pelo cumprimento de Seus desígnios, há de levar avante a Sua obra... Quando forem derribadas as fortalezas dos reis, quando as setas da ira penetrarem o coração de Seus inimigos, a salvo se encontrará Seu povo em Suas mãos" (O Maior Discurso de Cristo, p. 121).

Oração
Que Deus maravilhoso! E que privilégio temos de orar a Ele. Convido você a inclinar sua cabeça comigo agora.

Pai nosso que estás nos céus, obrigado por nos dares instruções sobre como orar, como formular nossas petições ao céu, como orar sinceramente de coração. Senhor, nós Te pedimos que agora aceites esta oração, pois ela representa nossos desejos mais queridos e calorosos de nos conectarmos Contigo em todos os momentos, seja em oração silenciosa ou em oração oral pública. Senhor, nós nos colocamos sob Teu cuidado, sabendo que Tu nos responderás pelos sussurros do Espírito Santo, e também nos darás até mesmo as palavras para dizer em nossas orações. Obrigado por nos ouvir! Em nome de Cristo, amém.

Ted Wilson (via Notícias Adventistas)

segunda-feira, 10 de junho de 2024

DEUS, TRUMP E BIDEN

"É Deus quem põe os reis no poder e os derruba" (Daniel 2:21).

Chegou ao fim no sábado (8) as prévias eleitorais para a disputa presidencial dos Estados Unidos. Tradicional no calendário eleitoral norte-americano, o processo foi uma mera formalidade do início ao fim. Desde março, o presidente Joe Biden e seu antecessor, Donald Trump, sequer tinham adversários reais na corrida à Casa Branca. Mesmo condenado por fraude ao comprar silêncio da atriz pornô Stormy Daniels nas eleições de 2016, Trump, do Partido Republicano, concorrerá com o atual presidente dos EUA Biden, do Partido Democrata, nas eleições de 5 de novembro. Ambos estão praticamente empatados nas pesquisas.

As eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2024 prometem ser um dos pleitos mais turbulentos e imprevisíveis da história recente. 

Falando em um fórum para emissoras cristãs em Nashville, Trump comparou os riscos da eleição ao Dia D e à Batalha do Bulge e disse que o envolvimento de Deus é necessário para resgatar o país. Trump tem procurado, às vezes, retratar a escolha que os norte-americanos enfrentarão em novembro como uma escolha do bem contra o mal, expressando sua retórica em uma linguagem que apela aos eleitores cristãos conservadores que formam o núcleo de sua base de apoio. Já Joe Biden, católico praticante, não hesita em mencionar sua fé para justificar seu desejo de "curar" um país profundamente dividido. Biden raramente falta à missa de domingo em uma pequena igreja, quando está em sua cidade-natal de Wilmington, em Delaware. Durante a campanha, evoca a religião com frequência, prometendo travar uma "batalha pela alma" dos Estados Unidos.

Em mais do que uma ocasião, vi crentes duvidarem se Deus está verdadeiramente no controle deste mundo. Apesar de tudo o que possa acontecer nestas próximas eleições, esse texto de Ellen White nos traz consolo e conforto:

"Nos anais da história humana o crescimento das nações, o levantamento e queda de impérios, aparecem como dependendo da vontade e façanhas do homem. O desenvolver dos acontecimentos em grande parte parece determinar-se por seu poder, ambição ou capricho. Na Palavra de Deus, porém, afasta-se a cortina, e contemplamos ao fundo, em cima, e em toda a marcha e contramarcha dos interesses, poderio e paixões humanas, a força de um Ser todo misericordioso, a executar, silenciosamente, pacientemente, os conselhos de Sua própria vontade. A Bíblia revela a verdadeira filosofia da História. [...] O poder exercido por todo governante sobre a Terra, é-lhe comunicado pelo Céu; e depende seu êxito do uso que fizer do poder que assim lhe é concedido. [...] Reconhecer a operação destes princípios na manifestação do Seu poder que 'remove os reis e estabelece os reis' corresponde a entender a filosofia da História" (Educação, pp. 173-175).

Em toda a história humana, aparentemente casual, nações levantam-se e caem sujeitas ao tempo, ao acaso e à mudança. Essa é a perspectiva humana, míope. Mas a Bíblia mostra Deus no controle, dirigindo os acontecimentos na terra, levando a cabo seus propósitos em direção a um fim beneficente. Ele é o que “remove reis e estabelece reis”, “o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer” (Dn 2:21; 4:32).

Assim, o Deus da Bíblia está tão estreitamente associado à Sua obra que não se pode passar os olhos sobre a história do mundo sem relembrar ao mesmo tempo a história da própria providência divina. Não existe nada tão bem estabelecido como a finalidade providencial para a qual a humanidade se encaminha. A filosofia providencialista da história ensina-nos que a existência humana tem uma razão de ser, que Deus governa a história e que o Seu objetivo será realizado. Os planos divinos nos são revelados na Bíblia, a qual não é outra coisa senão o relato dos atos sucessivos de Deus na Terra, atos esses que conduzem ao ato redentor da encarnação e culminam no estabelecimento do Seu reino.

Ellen White continua: "Conquanto as nações rejeitassem os princípios de Deus, e com esta rejeição operassem a sua própria ruína, todavia era manifesto que o predominante propósito divino estava agindo através de todos os seus movimentos" (Idem, p. 177).

Este sentido escondido da história permite-nos descobrir com esperança que, apesar do mau uso que os homens fazem frequentemente da liberdade e das oportunidades que Deus nos dá, o leme desta nave está nas mãos do Pai celestial, que faz de cada ser humano, criado à Sua imagem, o objeto da Sua solicitude, do Seu amor e providência.

Ellen G. White conclui: "A história das nações que, uma após outra, têm ocupado seus destinados tempos e lugares, testemunhando inconscientemente da verdade da qual elas próprias desconheciam o sentido, fala a nós. A cada nação, a cada indivíduo de hoje, tem Deus designado um lugar no Seu grande plano. Homens e nações estão sendo hoje medidos pelo prumo que se acha na mão dAquele que não comete erro. Todos estão pela sua própria escolha decidindo o seu destino, e Deus está governando acima de tudo para o cumprimento de Seu propósito" (Idem, p. 178).

Deus é Senhor de tudo, inclusive da história. Através da sua morte e ressurreição, Jesus triunfou sobre os poderes deste mundo. O que quer que aconteça no curso dos acontecimentos humanos não irá anular o propósito final de Deus. Quer Donald Trump ou Joe Biden ganhe as próximas eleições, a Sua vitória está assegurada. O reino de Deus virá, não importa o que aconteça. 

Hoje te convido a reconhecer que há um Deus nos Céus que está no controle deste planeta. As Suas promessas são seguras. Decide ser-Lhe fiel. "O mundo não está sem um governante. O programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja" (Eventos Finais, p. 29).

sexta-feira, 7 de junho de 2024

MÁSCARA DE DEUS

Nunca estive em um baile de mascarados, mas sempre achei interessante o fascínio que as pessoas têm pelas máscaras. Talvez como proteção, para esconder certas características negativas; talvez pelo desejo inconsciente de experimentar outra identidade... não sei ao certo. São máscaras de plástico, de papel, de palavras, de atos... até aqui, nada de novo.

A novidade vem agora: Deus também usa máscaras.

Um dia, no passado, um homem chamado Moisés fez um pedido ousado: "Deus, mostra-me a tua glória" (Êxodo 33:18). Ele queria ver o brilho do rosto de Deus. Mas a resposta recebida foi: "Diante de você farei passar toda a minha bondade" (Êxodo 33:19). Ou Deus não ouvia muito bem ou tinha algo a ensinar a Moisés e a nós.

A Bíblia afirma que "ninguém jamais viu a Deus" (João 1:18) e mesmo que a alguém fosse concedido um privilégio desses, não haveria como registrar a visão. Particularmente, não creio que a visão limitada que temos seja capaz de visualizar o infinito. Nem do rosto de Jesus, Deus encarnado, temos um retrato... talvez até mesmo isto cumpra um propósito.

Hoje, a pergunta do patriarca é repetida em muitos lugares, por pessoas sinceras. Gente que quer ver o rosto de Deus, quer ver sua glória. O interessante é que enquanto o homem usa máscaras para se esconder, Deus usa máscaras para se revelar.

A resposta divina ao pedido de Moisés nos ensina o que significa glória para Deus. Para muitos "glória" é um brilho, uma luz, um efeito especial, mas para Deus "glória" é "bondade". A glória de Deus é mais que uma manifestação física é uma revelação vivenciada de seu caráter. Assim, dar glória a Deus é refletir o caráter de Deus.

A história de Moisés mudou completamente quando ele entendeu isso. Um belo dia, as pessoas passaram a ver no rosto daquele velho homem a glória de Deus (Êxodo 34:29), pois o caráter divino era revelado em sua vida.

Agora mesmo, Deus continua sua busca por novas máscaras - rostos e corações que se ofereçam como palco para o espetáculo da graça restauradora. Não importa quem você seja ou onde esteja, Deus quer contar com seu sorriso na missão divina de alegrar o mundo. Quer contar com seu abraço para confortar alguém ferido ou rejeitado. Quer ter suas mãos para ajudar o vizinho. Quer alcançar com suas palavras alguém sem fé. Quer usar seu jeito de ser para revelar ao mundo o jeito que Ele é. Deus quer você, porque enquanto refletimos a Deus, o céu toca a terra.

Quando as pessoas olham para você, o que elas vêem? Uma máscara de Deus?

Cândido Gomes (via Uma janela aberta para reflexão)

"A glória refletida no semblante de Moisés ilustra as bênçãos a serem recebidas, pela mediação de Cristo, pelo povo que guarda os mandamentos de Deus. Testemunha que, quanto mais íntima for nossa união com Deus, e mais claro o nosso conhecimento de Suas ordens, tanto mais plenamente nos adaptaremos à divina imagem, e mais facilmente nos tornaremos participantes da natureza divina" (Ellen G. White - Patriarcas e Profetas, p. 234).

quinta-feira, 6 de junho de 2024

80 ANOS DO DIA D

A invasão surpresa na França ocupada pelos nazistas, mais conhecida como Dia D, completa 80 anos nesta quinta-feira (6). A operação das tropas aliadas nas praias da Normandia, nas primeiras horas da manhã de 6 de junho de 1944, desafiou as linhas de defesa de Adolf Hitler na Europa Ocidental, foi histórica e teve papel fundamental para mudar o curso da 2ª Guerra Mundial.

Quase 160 mil tropas aliadas desembarcaram na Normandia. Dessas, 73 mil eram dos Estados Unidos e 83 mil da Grã-Bretanha e Canadá. Forças de vários outros países também estavam envolvidas, incluindo tropas francesas lutando com o General Charles de Gaulle. Os Aliados enfrentaram cerca de 50 mil forças alemãs. Mais de 2 milhões de soldados, marinheiros, pilotos, médicos e outras pessoas de dezenas de outros países estiveram envolvidos na Operação Overlord, a batalha para libertar o oeste da França do controle nazista que começou no Dia D.

O presidente norte-americano Franklin Roosevelt convidou o general Dwight Eisenhower para comandar esta operação. Veja na sequência as palavras do general em resposta ao convite: “Senhor presidente, compreendo que tal designação implica decisões difíceis (...) Espero que o senhor não se decepcione."

E Roosevelt não se decepcionou. O fator surpresa auxiliou a operação. Os alemães achavam que seria impossível qualquer ataque através do canal enquanto as ondas estivessem altas e que muito provavelmente as manobras aconteceriam na época de lua nova e maré alta. O final da história você conhece – derrota alemã na Segunda Guerra Mundial.

Contudo, examinando a Bíblia, vamos encontrar impresso o "Dia do Senhor", que poderíamos resumir como sendo o “Dia D”, o dia da intervenção de Deus na história da humanidade, envolvendo salvação e julgamento do homem, referindo-se também à Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo.

A frase “Dia do Senhor” é usada dezessete vezes no Velho Testamento (Isaías 2:12; 13:6,9; Ezequiel 13:5, 30:3; Joel 1:15, 2:1,11,31; 3:14; Amós 5:18,20; Obadias 15; Sofonias 1:7,14; Zacarias 14:1; Malaquias 4:5) e quatro vezes no Novo Testamento (Atos 2:20; 1 Tessalonicenses 5:2,3; 2 Tessalonicenses 2:2; 2 Pedro 3:10). O Novo Testamento também alude a tal frase em outras passagens (Apocalipse 6:17; 16:14).

No Antigo Testamento, vejamos o que os profetas Isaías e Sofonias escrevem sobre o "Dia D":

“Uivai, porque o Dia do Senhor está perto; virá do Todo-Poderoso como assolação” (Isaías 13:6).

“O grande Dia do Senhor está perto; sim, está perto, e se apressa muito; hei-la, amarga é a voz do Dia do Senhor; clama ali o homem poderoso. Aquele dia é dia de indignação, dia de tribulação e de angústia, dia de alvoroço e de assolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas” (Sofonias 1:14-16).

Estes versos não deixam dúvidas sobre o julgamento de Deus que acontecerá no “Dia do Senhor”. Este dia será marcado por acontecimentos indescritíveis, ou seja, agonia, alvoroço, densas trevas e outros sinais narrados na Bíblia. Já no Novo Testamento, Lucas, Mateus e Paulo escrevem:

“Pois, assim como o relâmpago, fuzilando em uma extremidade do céu, ilumina até a outra extremidade, assim será também o Filho do homem no seu dia” (Lucas 17:24).

"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mateus 24:30, 31).

"Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite; Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão" (1 Tessalonicenses 5:2,3).

Quando Jesus estava no monte das Oliveiras, ministrando sobre escatologia, chegaram-se a Ele os seus discípulos em particular dizendo: Quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda, e do fim do mundo? Jesus respondendo disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Fiquem atentos sobre os fatos que antecederão a minha vinda. Vou citá-los alguns: falsos cristos, guerras, rumores de guerras, nação se levantará contra nação, reino contra reino, haverá fomes, pestes, terremotos em vários lugares, os cristãos serão perseguidos, alguns serão mortos, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, haverá ódio, surgirão falsos profetas e enganarão a muitos, o amor se esfriará, não obstante, o evangelho será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim [O Dia D] – (Mateus 24:1-14).

Não seja você surpreendido como foram os alemães na Segunda Guerra, achando que Jesus não voltará nesta época. Não subestime a influência que o inimigo do homem exerce nesta batalha travada entre o bem e o mal, neste grande conflito que cessará somente no Dia do Senhor. Creia que o homem que está em Cristo não tem porque temer o Dia do Senhor. Por quê?

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4:16,17).

A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da Igreja, o grande ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu, mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da maioria dos aspectos da profecia, bem como a condição atual do mundo, indica que a vinda de Cristo é iminente. O tempo exato não foi revelado, e somos portanto exortados a estar preparados em todo o tempo.

Na segunda vinda de Cristo, finalmente teremos a completa realidade da nossa salvação: “De maneira que nenhum dom vos falte, enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 1:7-8).

“Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hebreus 9:28).

Concluindo, vejamos esta importante mensagem que Ellen G. White nos deixa: "Fazei ressoar um alarme. Dizei às pessoas que o Dia do Senhor está perto, e apressa-se grandemente... Não temos tempo a perder" (Evangelismo, p. 218).

Uma das principais evidências de que estamos perceptivos à breve volta de Jesus é a intencionalidade que demonstramos ao falarmos aos outros de Jesus. Testemunhe!

quarta-feira, 5 de junho de 2024

ÉTICA DO SEXO PARA SOLTEIROS

É cada vez mais comum a atividade sexual entre os jovens cristãos solteiros. É lamentável saber que muitos dos nossos adolescentes e jovens mantém uma vida sexualmente ativa, mesmo sabendo que o plano de Deus para o sexo é que ele deve ser praticado dentro do matrimônio (Gn 1:28; 2:24; 1Co 7:4). Deus disse: “Vocês serão uma só carne” – carne, na Bíblia, quer dizer natureza humana, e esta união se dá também no plano físico. Então, o ato sexual é a celebração mais profunda do amor conjugal, o ápice – “o meu corpo é da minha mulher, pois fiz uma aliança com ela”. Mas Deus Pai deixa bem claro: o sexo é no casamento. Não obstante, vez por outra ouvimos falar de jovens cristãos que já mantiveram relações sexuais com vários parceiros, bem como de adolescentes que ficaram grávidas, sem o menor preparo e maturidade para serem mães.

Diversos são os fatores que levam nossa juventude à prática do sexo pré-marital. Além do fator biológico, em que os hormônios sexuais estão em plena atividade nessa fase da vida, produzindo fortes impulsos sexuais, muitos deles se entregam aos desejos sexuais influenciados pelos colegas, por pura diversão, curiosidade. Outros para provar sua masculinidade ou feminilidade. Não desejando ser visto por seus colegas como esquisitos, alguns sentem-se pressionados a experimentar as relações sexuais. Afora isso, vivemos em uma era de liberdade de expressão e de um estilo "livre" de vida. Hoje, vemos nas séries, nos filmes, nas novelas, nas músicas, nas danças, nas roupas da moda, nas publicidades, entre outros, uma comercialização do sexo.

Contudo, nem todos os jovens têm pressa em deixar de ser virgem. Eles obedecem a admoestação bíblica: “(...) O corpo, porém, não é para a imoralidade [que inclui a fornicação] (...) Fujam da imoralidade sexual” (1 Coríntios 6:13, 18). Certamente, eles reconhecem o sexo pré-marital como um grave pecado contra Deus! O apóstolo Paulo há dois mil anos já ensinava aos tessalonicenses: “A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual” (1 Tessalonicenses 4:3).

A escritora cristã Ellen G. White, falando da responsabilidade sexual de jovens cristãos, escreveu:

As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação.[1]

Um pouco de tempo passado a semear joio, queridos amigos jovens, produzirá uma colheita que lhes fará amarga a vida inteira; uma hora de irreflexão — o ceder uma vez à tentação — pode lhes desviar todo o curso da vida para uma direção errada. Não podem ser jovens senão uma vez; tornem útil essa juventude. Uma vez passado o caminho, não poderão retroceder para retificar os erros cometidos. Aquele que se recusa a ligar-se a Deus, colocando-se no caminho da tentação, há de infalivelmente cair. Deus está provando cada jovem.[2]

A sensualidade é o pecado da época. A religião de Cristo, porém, manterá as linhas de controle sobre todas as espécies de liberdade ilegal; os poderes morais manterão as linhas de controle sobre cada pensamento, palavra e ato. O engano não será encontrado nos lábios do verdadeiro cristão. Não condescenderá com nenhum pensamento impuro, palavra alguma pronunciada que se aproxime da sensualidade, nenhum ato que tenha a menor aparência do mal. Não procurem saber quão perto podem andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitem a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Seu capital é seu caráter. Acariciem-no, como fariam a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder da resistência têm de ser acariciado firme e constantemente.[3]

Toda paixão não santificada deve ser mantida sob o domínio da razão santificada através da graça que Deus outorga abundantemente em cada emergência. Porém, que não se crie uma emergência, que não haja ato voluntário que coloque alguém onde será assaltado pela tentação, nem dê o menor motivo para que outros o achem culpado de imprudência.[4]

Enquanto a vida durar, há necessidade de resguardar as afeições e paixões com firme propósito. Há corrupção interior, há tentações exteriores, e sempre que a obra de Deus deve avançar, Satanás traça um plano para dispor das circunstâncias para que a tentação venha com força opressora sobre a alma. Em nenhum momento podemos estar seguros, a menos que confiemos em Deus, a vida oculta com Cristo em Deus.[5]

É importante ressaltar que as restrições da Bíblia não estão ali porque Deus quer nos impedir de sentir prazer. Em vez disso, elas nos protegem dos danos físicos, emocionais e espirituais que ocorrem como resultado da imoralidade sexual. Manter a pureza sexual antes do casamento tem inúmeras vantagens. São as econômicas (não precisa gastar com anticoncepcionais, camisinha, testes de gravidez e nem lingeries caras e sensuais), é de grande vantagem emocional (não se convive com o medo de uma gestação precoce, não há medo de doença sexualmente transmissível, não tem o medo de perder depois de ter cedido, etc.), sem falar que não há constrangimento ao encontrar ex-namorados (as), pois não se mostrou nada que outras pessoas também não vissem.

Saber onde existe a fraqueza é o primeiro passo para montar guarda. Lembre-se que a tentação não é só sua e se eu e tantas pessoas resistimos, você também pode resistir. Não caia nesta conversa de que é “normal” e de que “todos fazem”. Mentira! Tem muita gente reagindo contra esta ditadura sexual que se impõe e não há melhor idade para lutar contra ditaduras do que na juventude.

Em última análise, o sexo afeta nosso relacionamento com Deus. São os incrédulos, que não conhecem a Deus, que vivem “com o desejo de lascívia”. É a ignorância de Deus que produz comportamento imoral. Os que ignoram os ensinamentos da Bíblia sobre esse assunto rejeitam não apenas esses ensinamentos, mas também o chamado de Deus, e até mesmo o próprio Deus.

O sexo no lugar certo, no plano de Deus, na família, no casal é uma bênção, mas, fora do casamento acarreta graves problemas. É preciso que os nossos jovens entendam porque Deus diz que o sexo é só no casamento: é porque Ele nos ama muito.

Diante do quadro atual dos jovens cristãos, urge que a igreja estabeleça um programa contínuo com as famílias. Mais do que programas na igreja, a médio e longo prazo, baseados em sólida teologia, as famílias precisam receber suporte para transmitir uma sexualidade saudável aos filhos. É urgente que os cristãos, pais, professores e educadores, tenhamos a coragem de ensinar novamente a castidade aos jovens. Um jovem que se mantém casto até o casamento, além de tudo, prepara a sua vontade e exercita seu auto domínio para ser fiel ao seu cônjuge no casamento. É preciso mostrar urgentemente aos jovens, os valores da castidade, tanto em pensamentos como em atos.

Oh, se todo membro da igreja, todo obreiro de nossas instituições compreendesse que esta vida é uma escola na qual nos preparamos para o exame do Deus do Céu, quanto à castidade, pureza de pensamento, abnegação nas ações! Cada palavra e ato, cada pensamento, é anotado nos livros de registro do Céu.[6]

Que Deus ajude a todos, juvenis, jovens e adultos a fazerem as melhores escolhas para honra e glória de Jesus.

Referências
1. Mensagens aos Jovens, 452.
2. Mensagens aos Jovens, 429.
3. Medicina e Salvação, 142, 143.
4. Carta 18, 1891.
5. The S.D.A. Bible Commentary 2:1032.
6. Mensagens aos Jovens, 391