sexta-feira, 26 de julho de 2024

A BONDADE DOS FARISEUS

"Pois Eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus" (Mateus 5:20).

Essa é a afirmação mais assustadora em todo o repertório de ideias de Jesus. Deve ter deixado Seus discípulos e demais ouvintes muito perplexos.

Como poderia alguém ter mais justiça do que os escribas e fariseus? Tal pensamento parecia a maior impossibilidade na mente dos judeus do primeiro século.

Os escribas eram uma classe de pessoas que passavam todo o seu tempo ensinando e expondo a lei de Deus. Sua vida inteira era dedicada ao estudo da Palavra de Deus. Dedicação — os escribas a tinham em abundância.

Nos tempos de Jesus, os fariseus eram uma classe seleta de aproximadamente 6 mil homens. A vida deles era totalmente dedicada a promover a vinda do Messias (a palavra grega equivalente a Messias é traduzida como “Cristo”) por meio de um viver perfeito.

A maioria dos cristãos precisa revisar sua concepção dos fariseus. Eles não eram simplesmente bons homens; eram os melhores homens. Não só eram moralmente retos, mas extremamente sinceros em buscar a Deus e na veneração e defesa do Seu santo nome, Sua lei e Sua Palavra. Certamente, a igreja e o mundo estariam infinitamente melhores se um maior número de nós viesse a Deus diariamente com a principal pergunta farisaica: “Que farei para herdar a vida eterna?” (Mateus 19:16; Lucas 10:25). Aqui estava um povo totalmente dedicado a servir a Deus, desde o momento em que se levantavam de manhã até quando se deitavam à noite.

Deturparemos a imagem do Novo Testamento se deixarmos de ver a bondade dos escribas e fariseus.

Quanto poderia a igreja fazer se cada um de nós fosse tão dedicado como eles eram! Isso, porém, não quer dizer que eles faziam tudo certo, embora pareça sugerir que sua dedicação e devoção a Deus eram incontestáveis.

"Jesus respondeu: “‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’”. Disse-Lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?” (Mateus 19:18-20).

Jesus não contradisse o jovem fariseu que alegava ter guardado os mandamentos desde sua infância. Ele também não discutiu com o fariseu que orava, em Lucas 18, agradecendo a Deus por não ser “como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros” (verso 11).

Podemos aprender uma lição examinando o lado “bom” desse dedicado grupo. Vamos observar suas qualidades dignas de louvor.

Em primeiro lugar e acima de tudo, eles eram amantes e defensores da Bíblia como a Palavra de Deus. Sua tradição oral se estabelecera para preservar o verdadeiro significado das Escrituras.

Em segundo lugar, os fariseus eram totalmente dedicados à lei de Deus. Amavam a lei de todo o coração. R. Travers Herford apresenta esse aspecto do farisaísmo de maneira concisa, quando afirma que “a preocupação principal dos fariseus era fazer da Torá (lei) o guia supremo da vida, em pensamento, palavra e ação, através do estudo do seu conteúdo, da obediência aos seus preceitos, e, como base de tudo, um serviço consciencioso a Deus, o qual dera a Torá”.

Sua dedicação para guardar a lei de Deus os inspirara a desenvolver milhares de diretrizes, para nem sequer chegarem perto da aparência do mal. Assim, eles tinham cerca de 1.521 regras orais sobre como observar o sábado. Essas leis abordavam todos os aspectos de sua vida.

Além dessas qualidades, os fariseus eram cheios de zelo missionário e evangelístico e eram bons “adventistas”. Quer dizer, esperavam a vinda do Messias com grande expectativa. Muitos deles criam que o Messias (Cristo) viria se a Torá (lei) fosse observada com perfeição por um dia.

Os fariseus se assemelham a alguns membros da igreja. Eles acreditam em todas as coisas boas e desejam fazer o bem.

Mas aqui está a tragédia: eles não alcançavam o reino. Precisamos estar alerta para não acabarmos sendo como os fariseus. Sabe, de alguma forma eles não eram suficientemente bons.

George R. Knight (Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças, p. 112-113)

Um comentário:

  1. BOA TARDE! É VERDADE QUE OS FARISEUS ERAM UM POVO DA LEI, MAS, JESUS, NOS ALERTOU SOBRE ELES DE QUE NÃO NOS ENCHESSEM DE SEU FERMENTO, POIS, ERA PREJUDICIAL.

    ResponderExcluir