segunda-feira, 2 de setembro de 2024

AS APOSTAS ONLINE E O CRISTÃO

As apostas online são uma das tendências da era digital para apostar em eventos esportivos, cassinos, loterias e outros tipos de jogos de azar por meio da internet. Com a popularização dos dispositivos móveis (celulares, tablets etc.), as apostas online se tornaram extremamente acessíveis, permitindo que quase qualquer pessoa participe delas.

Por que são perigosas?
As apostas online são perigosas por várias razões. Primeiramente, a facilidade de acesso e a disponibilidade 24 horas por dia podem levar ao desenvolvimento de comportamentos compulsivos e ao vício. Além disso, a ilusão de controle e a promessa de ganhos fáceis aumentam o risco de se gastar dinheiro de forma irresponsável.

Embora existam histórias de pessoas que ganharam grandes quantias, a realidade é que a maioria dos apostadores perde dinheiro. As casas de apostas são projetadas para garantir lucro aos operadores, e as probabilidades são sempre desfavoráveis ao jogador. A esperança matemática de quem aposta é extremamente baixa, e os prêmios pagos pelas casas não chegam, em média, a 10% do valor arrecadado por elas.

As casas de apostas utilizam complexos programas de computador e análises estatísticas para garantir que sempre saiam ganhando. Mesmo que um apostador tenha um conhecimento profundo sobre um esporte no qual aposta, as chances reais de ganhar dinheiro são mínimas.

“Iscas” para os apostadores
As casas de apostas utilizam várias estratégias para atrair e manter os apostadores. Propagandas com celebridades, bônus de boas-vindas, apostas grátis e promoções são algumas das iscas comuns. Além disso, a gamificação das plataformas de apostas, com gráficos atraentes e a possibilidade de apostas ao vivo, aumenta a excitação e o envolvimento dos usuários, tornando mais difícil para eles pararem de apostar.

Associação com organizações criminosas
Infelizmente, o setor de apostas online também tem mostrado diversos casos de associação a atividades criminosas. A natureza dessa atividade facilita práticas como a lavagem de dinheiro e outras ações ilícitas.

Esquemas de manipulação de resultados em eventos esportivos já foram descobertos em ligação com sistemas de apostas online. Por exemplo, a Operação Penalidade Máxima, liderada pelo Ministério Público de Goiás, descobriu que atletas profissionais eram pagos para influenciar o resultado de jogos de futebol. Em apenas uma das partidas investigadas, a organização criminosa envolvida faturou mais de R$ 2 milhões.

Além disso, há casos de sites fraudulentos de apostas que desaparecem com o dinheiro dos apostadores. Uma operação recente da polícia descobriu que até mesmo as máquinas de “pescar” bichinhos de pelúcia não estão imunes às fraudes. Muitas delas possuíam um microchip para dificultar a obtenção do prêmio, e outras utilizavam brinquedos “piratas”.

Nos últimos anos, o poder público promulgou leis e estabeleceu regulamentações para as apostas esportivas no Brasil. Porém, mesmo que as autoridades tenham legalizado algumas dessas atividades, como cristãos, elas não nos “convêm” (1 Coríntios 6:12).

Por que a Bíblia não aprova os jogos de azar?
Apostar em jogos de azar ou em qualquer empreendimento de retorno duvidoso é condenado pela Bíblia e pelos escritos de Ellen White. Apostas podem ser uma forma de idolatrar o dinheiro, enquanto as Escrituras Sagradas dão importância a valores como trabalho honesto e contentamento com o que se tem. Ellen White afirma no livro Mente, Caráter e Personalidade, volume 2, página 736, que “esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são benéficos em sua tendência e têm uma influência excitante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por esses jogos que levam ao jogo de azar e à dissipação. Todos esses jogos devem ser condenados pelos cristãos”.

Na Bíblia, Deus disse a Adão: “No suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gênesis 3:19). Longe de ser uma maldição, nosso Pai Celeste deseja que Seus filhos sejam felizes ao receber um salário honesto, ganho não às custas das esperanças vazias de milhares de apostadores, mas como fruto de trabalho útil que agrega valor à sociedade.

Por fim, o Senhor também não deseja que arrisquemos perder os bens que Ele nos deu, trazendo sofrimento para nós e nossas famílias. “A riqueza obtida de forma desonesta diminuirá, mas quem a ajunta aos poucos terá cada vez mais.” (Provérbios 13:11)

Alexander D. da Silva (via Notícias Adventistas)

Nota do blog: Querido amigo leitor, desejo que Deus abençoe a sua vida. Se estás passando por dificuldades e estás sendo tentado, o conselho bíblico não é de lançar sortes, mas de lançar tudo sobre o Senhor porque Ele tem cuidado de vós (1Pe 5:7). A promessa de Deus é que Ele nunca nos deixará nem nos desamparará (Hb 13:5). Este Senhor bondoso e poderoso sabe o que necessita o Seu filho comprado pelo sangue de Cristo (Mt 6:32), e, com amor, suprirá “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos; segundo o poder que em nós opera” (Ef 3:20). Sem dúvida, Deus pode suprir as nossas necessidades de maneiras extraordinárias, mas deve ser observado que é Ele quem faz tais prodígios. Espere no Senhor e achará alivio em Seu tempo para a glória de Deus (Is 40:31). Ele exorta-nos a buscarmos em primeiro lugar o Seu reino e Sua justiça: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6:33).

Ellen G. White adverte: "[...] as apostas, o jogo de azar... são todas de sua [de Satanás] própria invenção, e ele tem induzido homens a levarem avante esses divertimentos com tanto zelo como se estivessem ganhando para si a própria dádiva da vida eterna. Despendem os homens somas imensas em busca desses prazeres proibidos; e o resultado é que, as faculdades que Deus lhes deu, que foram compradas pelo precioso sangue do Filho de Deus, são degradadas e corrompidas. As faculdades físicas, morais e mentais que por Deus são dadas aos homens, e que pertencem a Cristo, são zelosamente usadas em servir a Satanás, e para desviar os homens da justiça e da santidade" (Conselhos sobre Mordomia, p. 84).

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