Vereadores de diversas capitais brasileiras têm apresentado propostas para incluir a Bíblia como material de apoio nas escolas. As iniciativas, que incluem a criação de "intervalos bíblicos" e cultos, geram polêmica sobre a laicidade do Estado e a constitucionalidade dessas leis.
Em São Luís, por exemplo, há um projeto que visa criar "espaços para meditação religiosa". Em Belo Horizonte, a Câmara aprovou uma proposta que libera a Bíblia como material didático. A vereadora Flávia Borja (DC) defende que a Bíblia é o livro mais lido no mundo e afirma que a lei não fere a laicidade, pois a participação é voluntária.
Vereadores de seis capitais estão tentando aprovar projetos semelhantes. O vereador João Padilha (PL), de Florianópolis, argumenta que a proposta visa proteger professores que desejam usar a Bíblia nas aulas. Ele destaca que setenta por cento da população se declara cristã, o que, segundo ele, justifica a iniciativa.
Os defensores das propostas acreditam que elas podem promover a cultura de paz e reduzir o bullying nas escolas. O vereador Cézar Leite (PL), de Salvador, afirma que é um direito do cidadão professar sua fé. No entanto, especialistas consideram essas iniciativas inconstitucionais, citando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que assegura a laicidade nas escolas públicas.
Críticos apontam que não há evidências de que a inclusão da Bíblia nas escolas reduza a violência. João Marcelo Borges, consultor sênior de educação da União Europeia, ressalta que a proposta pode desviar o foco da educação de qualidade. Ele destaca que a leitura de textos religiosos não contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico.
Em anos anteriores, o Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou inconstitucionais leis semelhantes, como a de Mato Grosso do Sul, que tornava obrigatória a disponibilização da Bíblia nas escolas. O debate sobre a presença de conteúdos religiosos nas instituições de ensino continua a ser um tema controverso no Brasil.
Para o diretor de Liberdade Religiosa e Assuntos Públicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Hélio Carnassale, a opção pelo ensino religioso deve ser livre e “sem nenhuma participação ou interferência do Estado”. “[a decisão] deve ser impulsionada unicamente por foro íntimo, a fim de buscar a orientação religiosa para seus filhos, se assim livremente desejarem. E se o fizerem, que o façam segundo suas próprias convicções religiosas, por livre iniciativa, sem coerção ou indução de quem quer que seja”, afirmou.
Apesar de reconhecermos que a presença da Bíblia nas escolas públicas é vista como um potencial conflito com a liberdade religiosa dos alunos e com a neutralidade do Estado em relação às religiões, defendemos a importância da Bíblia como um livro sagrado e como uma fonte de sabedoria e direção para a vida. Também valorizamos o estudo da Bíblia como um meio de fortalecer a fé, cultivar valores cristãos e promover o desenvolvimento integral dos indivíduos.
O apóstolo Paulo, inspiradamente, deu sua posição sobre a Bíblia e a educação: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra” (2 Timóteo 3:16 e 17). Ellen G. White igualmente realça o benefício intelectual do estudo da Bíblia, e recomenda que, para se alcançar tal intento, o livro seja objeto de estudo por parte das pessoas a fim de compreendê-lo e adotá-lo como regra de vida. Ela afirma que “a Bíblia é a única regra de fé e doutrina. E não há nada mais apropriado para vigorizar a mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Não há outro livro que seja tão poderoso para elevar os pensamentos e dar vigor às faculdades como as vastas e enobrecedoras verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deveria ser, as pessoas teriam uma mente mais esclarecida, um caráter mais nobre e firmeza de propósito, coisas raramente vistas nos dias de hoje.” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 126).

BOA TARDE IRMÃOS EM CRISTO JESUS!
ResponderExcluirUMA ÓTIMA INICIATIVA POR PARTE DE ALGUNS DEPUTADOS. ASSIM, ESTARÁ ACONTECENDO O QUE A PRÓPRIA PALAVRA DE DEUS VEM ANUNCIANDO QUE O EVANGELHO SEJA PREGADO A TODA LÍNGUA E CRIATURA, COMECANDO PELAS ESCOLAS ONDE EXISTE MUITA DIFERENÇA DE FAMÍLIAS. AMÉM E GLÓRIA A DEUS. ALELUIA!
RAIMUNDO.
BRASÍLIA/DF.