Enrico de Pedis |
Um informante da Santa Sé disse que a viúva do mafioso Enrico de Pedis, do grupo Banda Magliana, pagou ao Vaticano US$ 1 milhão (R$ 1,9 milhão), em valores atuais, para que os restos mortais do marido fossem enterrados na basílica de São Apolinário, em Roma, local reservado a papas e cardeais.
O cardeal Ugo Poletti (1914-1997), vigário-geral de Roma na época, teria de início recusado o pedido da viúva, mas concordou diante da oferta “de um montante tão conspícuo”. Pela moeda italiana à época, a quantia foi de 1 bilhão de liras.
Até agora, o Vaticano não negou nem confirmou a doação, que teria sido usada, em parte, para restaurar a basílica.
Túmulo do mafioso virou atração turística |
Pedis nasceu em 1954 e foi morto a tiros em 1990 por antigos comparsas. O motivo pelo qual a Santa Sé se mantém em silêncio sobre o sepultamento do mafioso em solo sagrado seria a suspeita de que o grupo Banda Magliana tinha investimentos no Banco do Vaticano. O caso do sepultamento teria conexão com essas aplicações financeiras.
Emanuela Orlandi |
A Justiça italiana poderá abrir a cripta de Pedis para buscar prova que possa ser anexada ao processo que investiga o envolvimento do mafioso no sequestro de Emanuela Orlandi, filha de um funcionário da Santa Sé. A garota desapareceu aos 15 anos em 1983 por supostamente saber do envolvimento da máfia com o Vaticano.
Turistas têm ido à basílica tirar foto do “túmulo indigno”. A imprensa italiana informou que o Vaticano deverá transferir os restos mortais do mafioso para o cemitério de Verano, na paróquia de São Apolinário.
Fonte: Paulopes
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