Mesmo o mais complexo dos computadores funciona com base em componentes eletrônicos microscópicos chamados “transistores”, normalmente feitos de silício e outros materiais inorgânicos. Recentemente, porém, cientistas conseguiram produzir transistores a partir de um material biológico: DNA.
De modo similar aos transistores convencionais, os biológicos (nomeados “transcritores”) permitem operações lógicas do tipo “se a condição X for cumprida, deverá ocorrer Y”, que é uma das três funções básicas de um computador – junto com o armazenamento e a transmissão de informações. E, diferentemente de seus equivalentes inorgânicos, que lidam com impulsos elétricos, os transcritores controlam o fluxo de enzimas ao longo de sua cadeia de DNA – ao deixar passar determinados impulsos e impedir outros, eles permitem a criação de operações altamente complexas.
Além de controlar o fluxo de elétrons/enzimas, os transistores/transcritores amplificam os sinais recebidos (no caso dos componentes orgânicos, alterando a produção de enzimas na célula em que se localiza), para que eles atravessem os circuitos.
Daqui a algumas décadas, se estudos como esse forem levados adiante, é possível que tenhamos computadores literalmente “vivos”.
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