sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Black Friday, os cristãos e o consumismo


Um dos dias mais aguardados no ano por lojistas e consumidores, a Black Friday teve origem nos Estados Unidos e hoje é adotada em vários países do mundo, como o Brasil. Com início à 0h desta sexta-feira (27), o evento está na sua sexta edição por aqui. Durante 24 horas, empresas do comércio eletrônico e lojas físicas oferecerão descontos, num momento em que as vendas do varejo estão desaquecidas e, ao mesmo tempo, os brasileiros estão recebendo a primeira parcela do 13º salário.

Os consumidores precisam estar atentos para não cair em armadilhas e ter a Black Friday transformada no que se apelidou em edições passadas de “Black Fraude”. Entre denúncias relatadas em anos anteriores estavam alta de preços pouco antes da data do evento para depois baixá-los e nomeá-los como “superdescontos”, diferenças entre os preços anunciados no momento da compra e na hora do pagamento do pedido, além de desrespeito aos prazos de entrega dos produtos.

A força da propaganda consumista é alicerçada em promessas falsas. Mas as Escrituras não têm boas-novas para o consumismo. O Apocalipse 18 antecipa o colapso do comércio, da propaganda enganosa, das fraudes e mentiras.
"Os comerciantes, que se tornaram ricos negociando naquela cidade, ficarão de longe, com medo de serem castigados junto com ela. Eles vão gritar e lamentar." Ap 18:15
O consumo não é algo novo. Pode ser visto como o uso legítimo de recursos para a sobrevivência. Esse não é o caso do consumismo, que surgiu na esteira da Revolução Industrial, tornando-se um estilo de vida dominante em nossos dias. Até então, exceto pela elite rica, o consumo era baseado em necessidade. Luxos e gastos desnecessários eram tipicamente condenados, vistos como extravagâncias supérfluas.

A cultura atual, contudo, apresenta o quadro global de uma febre feroz e incontrolável para se ter e consumir. O poder de consumo é visto como um símbolo de superioridade social, sublinhando status profissional e econômico, mantendo distinção entre "aqueles que podem" e "aqueles que querem". Consumir é fashion, é ter estilo. Os hábitos de compra foram transformados, e extravagâncias parecem necessidades. O comércio, por meio da publicidade, conseguiu controlar as pessoas, ditando a elas o que vestir e comer, que tipo de móveis precisam comprar e como é o carro que devem ter. A propaganda passou a controlar o pensamento, e os produtos passaram a ser não apenas desejáveis, mas indispensáveis.

Para se criar a economia consumista, o crédito dos consumidores teve que ser expandido. O efeito disso foi o grande aumento do endividamento sobre pessoas e famílias. As consequências dessa Babilônia ainda não foram avaliadas em toda sua extensão. Desenvolveu-se até uma "religião materialista". Se no passado a resposta a questões essenciais, como "Quem somos nós?", vinha das Escrituras, hoje ela vem do mercado: "Somos o que consumimos." 

Querido leitor, descubra a vontade de Deus para sua vida, e confie em Suas promessas infalíveis. Aprenda a relativizar a voz da cultura e seus apelos.

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