segunda-feira, 25 de abril de 2016

Game of Thrones e o Grande Conflito


Após um longo ano de espera, a série Game of Thrones está de volta à HBO. GoT, como é conhecida, é uma trama épica sobre a disputa do Trono de Ferro dos Sete Reinos, localizado no continente fictício de Westeros. Por isso, o nome, que em português quer dizer Guerra dos tronos.

É de uma das personagens da série, Cersei Lannister, a frase de onde sai o título da série: 

“Quando você joga o jogo dos tronos, ou você ganha, ou você morre”. 

Jesus e Satanás jogam, de certo modo, o jogo dos tronos. Satanás quis subir acima das estrelas do Céu (lembrando que as estrelas são uma figura para anjos na simbologia bíblica), colocar seu trono nas extremidades do norte e assim ser “semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14). 

Jesus, jogando o jogo dos tronos, “abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, Ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz” (Filipenses 2:7 e 8). 

A lógica de Cersei Lannister parece funcionar até certo ponto na verdadeira batalha pelo trono que está acontecendo agora. Jesus de fato morreu. Mas Satanás não ganhou. Ao contrário, graças à atitude de Jesus, tão diferente da de seu oponente, “por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos” (Filipenses 2:9 e 10). 

Uau. E, se você considera que aí, do lado esquerdo de seu peito, há um trono, e que esses dois paradigmas (inflar-me até eu ser semelhante ao Altíssimo x esvaziar-me até ser um servo) estão disputando para assentar-se nele, saiba de uma coisa, amigo: quando se joga o jogo dos tronos, ou você escolhe o lado certo ou você morre. Não dá pra ficar em cima do muro. 

Adaptado de "O jogo dos tronos" de Marco Aurélio Brasil 

Nota: A humanidade, na visão de muitos guias religiosos ao longo da História, vive um perpétuo conflito entre as forças do bem e do mal. Uma das versões desse conflito é a da Igreja Adventista do Sétimo Dia, constituída com base em certa interpretação da Bíblia. Em 1858, Ellen G. White, uma de suas fundadoras, escreveu O Grande Conflito, uma narrativa do ‘grande embate entre Cristo e Satanás’ que existe desde a criação do mundo e perdurará até o dia de sua destruição final. 

Na versão adventista, o pecado passou a existir quando Satanás, um anjo criado para viver no Céu em comunhão com Deus, encheu-se de orgulho e insatisfação com a vida sob as leis do Senhor. Movido pela ânsia de autonomia e igualdade com Deus, ele liderou uma rebelião que resultou em sua expulsão do Paraíso. O campo de batalha deslocou-se, então, para a Terra, onde Satanás infectou Adão e Eva com seu orgulho e persuadiu-os a desobedecer a Deus, que, como castigo, privou-os do domínio que lhes fora concedido sobre a Terra. Depois de outorgar-se o título de ‘príncipe deste mundo’, Satanás deu continuidade à sua rebelião a partir da nova base de operações terrena, onde sua queda foi, finalmente, decidida pelo abnegado sacrifício de Cristo na cruz. 

Para os adventistas do sétimo dia, o grande conflito envolve o caráter, a soberania e o governo de Deus sobre todo o Universo. A rebelião de Satanás contesta a lei de Deus, denunciando-a como arbitrária e opressiva. Questiona, também, o caráter de Deus como imperfeito e nega-lhe o direito de governar o Universo. E esse conflito permanente afeta todos os aspectos da nossa vida.

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