Estava eu hoje cedo, nos meus momentos matutinos de reflexão e preparo para o dia, pensando em qual deverá ser a minha atitude, como cidadão, como pai e como cristão, para esse próximo final-de-semana, especialmente o Domingo, da grande votação na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Temos visto nas postagens na Web, ao longo de todo esse imbróglio político, muitas posturas hostis, raivosas, e até me arrisco a dizer, com bastante ódio se derramando das palavras. E, diga-se a bem da verdade, isso ocorre em qualquer dos lados dessa discussão. E uma coisa que muito me assusta, e que é por demais comum, é que vemos por aqui reações igualmente ferozes, agressivas e sarcásticas, mesmo quando tratando de assuntos religiosos e espirituais.
Quando não se tem afinidade com as coisas de Deus essa é mesmo a reação natural que temos em vista de tudo que está acontecendo. Os fatos revelados, os delitos, fraudes e mentiras praticados sem qualquer constrangimento, as manobras, os conchavos, as ameaças, a luta desenfreada pelo poder sem nenhuma preocupação com a nação, o país quebrado e quebrando, a falta de opções confiáveis, enfim, tudo desperta em nós o que de pior e mais assustador existe na natureza caída que herdamos. Mas, se eu conheço o evangelho, que é o poder de Deus para salvação, não devo agir assim. Se essa é a minha postura, ou o evangelho, absolutamente, não tem poder ou, o mais provável, não me submeti a ele. Não há outra hipótese.
Interessante é que por mais que leia esse evangelho, não consigo identificar em Jesus Cristo nenhuma atitude a se contrapor à ordem política vigente em seu tempo. Seu povo, que nunca mais teria de volta o respeito das demais nações, que jamais havia experimentado sequer um único ano de jubileu em sua história, estava morrendo política, material e espiritualmente. As únicas vezes em que Ele assumiu posturas audazes e firmes foi quando se defrontou com as hostes espirituais do mal a ameaçarem a Sua missão de salvar o homem pecador. Em outras ocasiões Ele se entristecia e até mesmo chorava sobre a cidade.
Sendo assim, recomendo à minha família e a quem mais queira refletir dessa forma, que nesse próximo Domingo, passemos o dia em atitude de reflexão, de oração, pedindo a Deus que ilumine as mentes daquelas pessoas que estarão decidindo essa difícil situação. Essa será a minha atitude. Isso não impede que qualquer um tenha a sua opinião, convicção sobre o que se decidirá, e queira este ou aquele resultado. Não temos que pensar da mesma forma, e é do confronto de posições opostas que temos alguma chance de chegar ao equilíbrio. Mas, a civilidade, e no caso de cristãos, a espiritualidade, deve balizar nossas palavras e ações.
E, se, por um lado, não podemos afirmar que tudo que acontece, com um povo ou com um indivíduo, seja propósito de Deus, por outro lado, sabemos que nada ocorre sem Sua permissão. Vamos, pois, cristãos e quem mais quiser, orar, rezar, rogar, pensar, torcer por uma bênção especial, já que tantas abominações, com certeza, estão sendo cometidas sobre a terra.
Mário Jorge Lima (via facebook)
Nenhum comentário:
Postar um comentário