sexta-feira, 20 de maio de 2016

House of Cards: sabedoria demoníaca


Na premiadíssima série House of Cards, encontramos uma trama que se desenvolve nos bastidores do cenário político americano. Após fazer várias manobras para eleger um candidato à presidência, o congressista Frank Underwood é traído e não recebe a posição política que lhe havia sido prometida.

Através da série, Frank nos conduz em uma longa jornada de retribuição e vingança sobre aqueles que o passaram para trás, mirando em seu próprio gabinete de membros e até no presidente. De forma impetuosa, astuta, metódica e viciosa, Frank, junto com sua igualmente manipuladora e ambiciosa esposa, Clair, percorrem os corredores políticos de Washington, derrubando peça por peça e subindo a escada hierárquica por poder nesse delicado castelo de cartas.

A reação que alimentamos ao assistir a série, varia entre a admiração e a repulsa pelo personagem. Mas é importante observarmos que em nosso dia a dia da famosa vida real, nosso comportamento não costuma ser muito diferente, por menor que seja a escala. Nós manipulamos, omitimos, dobramos, colocamos a mão na consciência e inventamos algo para disfarçar, mas no apagar das luzes, dia sim e dia também, sempre estamos pensando em nós mesmos e em nosso próprio ganho.

Ao se dirigir à sua igreja, Tiago usa uma descrição muito intrigante a respeito da suposta sabedoria que aquelas pessoas desenvolveram. No capítulo 3, versos 14 a 17, ele elucida da seguinte forma:
“…se vocês abrigam no coração inveja amarga e ambição egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade. Esse tipo de “sabedoria” não vem do céu, mas é terrena, não é espiritual e é demoníaca. Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males. Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera.”
Tiago destaca que uma sabedoria que age sempre em favor de si mesma, é uma sabedoria demoníaca. Para ele, a sabedoria que vem de Deus produz paz, amor, compreensão, misericórdia e perdão. No capítulo 4 ele vai dizer que as guerras e intrigas que acontecem no mundo, ocorrem por causa da ambição de nossos corações e de nossos desejos egoístas.

Mas ele completa explicando que Deus concede graça maior. Se nos humilharmos e nos afastarmos de nossa ambição, e purificarmos nosso coração dividido buscando a Deus, ele nos exaltará. Que nossa sabedoria e capacidade seja sempre usada para gerar frutos de amor, justiça e paz.

Isaque Resende (via Cinegoga)

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