terça-feira, 3 de novembro de 2015

Pesquisa inédita revela dados sobre orientação religiosa da Geração Y


Um grupo de pesquisadores da PUC–RS fez, durante três anos, uma ampla pesquisa sobre o comportamento da chamada geração Y. A pesquisa “Ideias e Aspirações do Jovem Brasileiro sobre Conceitos de Família” foi realizada com 1,5 mil pessoas com idades entre 18 e 34 anos, de todas as regiões do país, entre 31/03 e 27/04/2015. A margem de erro é de 2% para baixo ou para cima. 

A pesquisa revela no item religião que os ateus são o segundo maior grupo, representando 19,3% desse extrato da população, abaixo dos católicos, com 34,3%. Em terceiro lugar estão os evangélicos (14,9%), seguidos pelos espíritas (14,9%), pelo com fé sem religião (6,7%) e agnósticos (6,2%). Os jovens ateus estão concentrados no Sul e Sudeste. Ateísmo, agnosticismo e fé sem religião representam, juntos, 32,14% ou quase um terço do total do segmento.


Geração Y é um conceito sociológico para delimitar as pessoas que nasceram na época da explosão da internet, com abundância de informação e facilidade em seu acesso. Para 92,9% desses jovens, de acordo com a pesquisa da PUC, o item mais importante no dia a dia é ter acesso à internet. Esses jovens também são chamados de Geração Digital ou Geração do Milênio. Ela sucedeu a Geração X e está sendo substituída pela Geração Z.

Do total dos jovens Y, 74,3% acham que cada integrante de uma família não precisa ter uma crença em comum com os demais porque o que vale é ter uma filosofia de vida. Apenas 12,5% são de opinião de que os membros de uma família precisam ter a mesma religião.

A maioria dos jovens de todas as regiões do país demonstrou ter tolerância em relação à religião e a outros aspectos, como família formada por casais gays.

A pesquisa concluiu que até entre as pessoas ligadas às principais religiões, como a católica e a evangélica, consideram desnecessário possuir uma religião.

Algumas pesquisas anteriores indicavam que o Brasil poderia se tornar nas próximas décadas um país de maioria evangélica, tomando a hegemonia dos católicos. Contudo, pelo que foi apurado pela PUC, em que pese as diferentes metodologias adotadas pelos institutos, incluindo o IBGE, o numero de descrentes e o de pessoas com fé e sem religião tendem a suplantar os evangélicos, o que já é um fato em relação à Geração Y.

Na avaliação do professor Ilton Teitelbaum, coordenador da pesquisa, e sua equipe, as instituições religiosas, se quiserem adeptos entre os jovens e assim garantir sua sobrevivência nos próximos anos, elas “terão de aceitar mais a pluralidade”.

Veja aqui a íntegra da pesquisa.

Assista aqui a reportagem do Fantástico sobre a pesquisa

Com informações de G1Band e Paulopes

2 comentários:

  1. Uma amostra de apenas 1500 pessoas consegue representar um universo de milhões e milhões de pessoas nessa faixa etária no Brasil?

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