quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O que o ciclo constante de notícias violentas está fazendo conosco?


Veja apenas algumas das manchetes violentas que dominaram os noticiários em 2016:

- Vendedor ambulante é espancado até a morte dentro de estação do metrô.
- Caminhão invade feira de Natal em Berlim e deixa mortos e feridos.
- Ataque em boate gay deixa 50 mortos em Orlando, nos EUA.
- Ataques terroristas na Bélgica deixam dezenas de mortos e feridos.
- Andrei Karlov, embaixador russo, morre após ataque na Turquia.
- Polícia conclui inquérito de estupro coletivo no Rio com sete indiciados.
- Número de mortos em ataque a aeroporto de Istambul sobe para 42.
- Ataque com caminhão deixa dezenas de mortos em Nice, no sul da França.

É indiscutível que os meios de comunicação de massa tornam o acesso a informações de todas as partes do mundo praticamente instantâneo, mas como lidar com todas essas notícias, especialmente as sobre violência? Enquanto alguns autores e especialistas defendem que essa exposição exagerada está deixando a população anestesiada e insensível em relação a esses temas, outros observam que esse tipo de notícia causa ansiedade e até depressão em outras pessoas. “Com a grande frequência de ataques terroristas e tiroteios, há uma sensação de ansiedade crescendo nas pessoas. Uma sensação de vulnerabilidade e impotência”, diz a psicóloga Anita Gadhia-Smith.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Bradford (Inglaterra) relatou em um congresso de psicologia em 2015 que a exposição a imagens violentas nas redes sociais pode causar sintomas semelhantes ao transtorno de estresse pós-traumático. Esse transtorno é definido como uma reação emocional persistente a um evento traumático que trouxe grande impacto na vida de uma pessoa.

Segundo a psicóloga e diretora do departamento de Transtornos de Ansiedade da Universidade de Columbia (EUA) Anne Marie Albano, uma das maiores preocupações dos psicólogos é que as pessoas fiquem com tanto medo que se fechem em um mundinho solitário em busca da sensação de segurança. Albano sugere diminuir o tempo de exposição aos meios de comunicação. 

Se você tem filhos, a Associação Americana de Psicologia recomenda conversar com eles sobre como estão se sentindo em relação às notícias violentas. Afinal de contas eles também prestam atenção nos meios de comunicação e nas conversas dos adultos com quem convivem. 

(Com informações do The New York Times e Hypescience)

Nota: A Palavra de Deus diz: "O que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue, e fecha os seus olhos para não ver o mal. Este habitará nas alturas." (Isaías 33:15, 16)

Ellen White também nos deixou conselhos para que evitemos ter acesso a esse tipo de notícias:

"Devemos fazer todo o possível para nos colocarmos, e a nossos filhos, em posição onde não vejamos a iniquidade que é praticada no mundo. Devemos guardar cuidadosamente nossa habilidade de ver e ouvir, para que essas coisas más não entrem em nossa mente. Quando os jornais chegam em casa, quase desejo escondê-los, para que as coisas ridículas e sensacionalistas não sejam vistas. Parece que o inimigo é responsável por muitas coisas que aparecem nos jornais. Todo mal que pode ser encontrado é descoberto e desnudado perante o mundo." (Fundamentos do Lar Cristão, p. 133)

"Satanás está empregando todos os meios para tornar populares o crime e o vício aviltante. A mente é educada de maneira a familiarizar-se com o pecado. A conduta seguida pelos que são baixos e vis é posta perante o povo nos jornais do dia, e tudo que pode provocar a paixão é trazido perante eles em histórias excitantes. Ouvem e leem tanto acerca de crimes aviltantes que a consciência, que já fora delicada, e que teria recuado com horror de tais cenas, se torna endurecida, e ocupam-se com tais coisas com ávido interesse." (Patriarcas e Profetas, p. 336)

"Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à mente; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a mente vagará em trevas." (Fundamentos do Lar Cristão, p. 133)

"Sabes que nosso corpo é composto do alimento que assimila. Ora dá-se o mesmo com a nossa mente. Se fazemos a mente demorar-se nas coisas desagradáveis da vida, não teremos nenhuma esperança. Precisamos demorar-nos nas cenas prazenteiras do Céu." (Manuscrito 7, 1888)

"Em confiar continuamente em Deus há segurança; não haverá o constante temor de um mal futuro. Esse cuidado e ansiedade tomados emprestados, cessarão. Temos um Pai celestial que cuida de Seus filhos, e deseja tornar, e tornará, Sua graça suficiente em todos os tempos de necessidade." (Testimonies, vol. 2, p. 72)

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