sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Quando Jesus voltar, irá nos perguntar: “Onde estão os filhos que lhe dei?” O que iremos responder?

Há algum tempo, encontrei-me com uma pessoa que me fez o seguinte comentário: “Amo os meus filhos, mas foi muito trabalhoso decidir que curso queria fazer, para conseguir meu diploma e me posicionar profissionalmente na sociedade. Temo que se eu deixar de trabalhar para me dedicar a eles, perderei tudo o que conquistei profissionalmente, e que será difícil começar de novo”.

Então, eu a olhei diretamente nos olhos e lhe fiz algumas perguntas:
- Por quanto tempo seus filhos estarão com você? Cinco, dez, quinze anos?
- O que é mais importante: a educação de seus filhos ou seu desempenho profissional?
- O que acontecerá com sua profissão se seus filhos se tornarem rebeldes e mal-educados diante da sociedade?
- Sua profissão será capaz de tirar seus filhos dos vícios e da pressão social?
- A babá poderá substituir seus abraços, beijos, seu carinho e segurança?
- Eles trocarão os brinquedos, as roupas de marca que você lhes comprar com seu salário pelo tempo de qualidade que necessitam de você?
- Será que seu desempenho profissional lhes mostrará um modelo a seguir?
- Se Deus lhe permitiu ter filhos, você não acredita que Ele poderia recolocá-la profissionalmente, e até mesmo em situação melhor do que agora?
Naquele momento, como um raio, me veio à mente o verso de 2 Coríntios 4:18 que diz: “Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas”.

A educação de nossos filhos não depende da babá, dos avós, da escola, da igreja ou da sociedade. Especialmente nos sete primeiros anos da vida deles, quando é formado o caráter e eles começam a assentar os fundamentos das crenças e princípios que regerão sua vida. É necessário ter um lar bem constituído, onde seja oferecido suporte espiritual e um exemplo a ser seguido.

Ellen G. White esclarece esse assunto da seguinte forma no livro O Lar Adventista:

“Em Sua sabedoria o Senhor determinou que a família seja a maior dentre todos os fatores educativos. É no lar que a educação da criança deve iniciar-se. Ali está a sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, terá a criança de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida — lições de respeito, obediência, reverência, domínio próprio. As influências educativas do lar são uma força decidida para o bem ou para o mal. São, em muitos sentidos, silenciosas e graduais, mas, sendo exercidas na direção devida, tornam-se fator de grande alcance em prol da verdade e justiça. Se a criança não é instruída corretamente ali, Satanás a educará por meio de fatores de sua escolha. Quão importante, pois, é a escola do lar!” (p. 182).

Então, afirma: 

“Não devem os pais permitir que o cuidado dos negócios, costumes e regras mundanos e a moda tenham um poder controlador sobre eles, de maneira que negligenciem os filhos na infância e deixem de dar-lhes a devida instrução ao aumentarem em anos” (p. 183).

“Uma grande razão por que há tanto mal no mundo hoje, é os pais ocuparem a mente com outras coisas que não aquela da máxima importância, isto é, como se adaptarem à obra de paciente e bondosamente ensinar aos filhos o caminho do Senhor. Se a cortina pudesse ser afastada, veríamos que muitos, muitos filhos que se têm extraviado, perderam-se para boas influências por causa deste descuido. Pais, podeis permitir que isto aconteça em vossa experiência? Nenhum trabalho deveis ter mais importante que vos impeça de dar a vossos filhos em todo o tempo o que seja necessário para fazê-los compreender o que significa obedecer ao Senhor e nEle confiar inteiramente. …” (p. 183).

Creio que a primeira coisa que Deus nos perguntará quando Jesus voltar para nos buscar será:

“Onde estão os filhos que lhe dei?” O que iremos responder?

“Ah, Senhor, eu estava ocupada trabalhando para Ti! Veja quantas pessoas ajudei com minha profissão.”

O nosso primeiro ministério, como pais, é cuidar da educação de nossos filhos. Talvez você teve que renunciar a muitas coisas para conseguir o diploma que você tem, para exercer a profissão que você ama. Mas quando você decidiu ter filhos, decidiu também que iriam ser o mais importante para sua família e que tudo o mais passaria a ocupar um segundo lugar.

Temos que pôr de lado nossas prioridades egoístas, quer seja a realização profissional ou a boa situação econômica para nos dedicarmos à educação de nossos filhos. Muitos pais hoje se aproximam de mim pedindo socorro porque seus filhos adolescentes estão totalmente desviados e eles não sabem o que fazer.

Como diz o verso que lemos no início, devemos focar nas coisas que se não veem, nas que são transcendentes e eternas. O caráter de nossos filhos é eterno e pode levá-los à vida ou à morte. A educação que lhe damos também é eterna, e pode levá-los a tomar decisões para o bem ou para o mal. O tempo que dedicamos à educação transcendente de nossos filhos em seus primeiros anos de vida fará a diferença.

Como é importante que nós pais nos dediquemos às coisas que não se veem, às coisas que transcendem a passagem neste mundo; que transcendem o pecado e nossa própria individualidade. Se Deus nos abençoou com filhos, você não crê que este seja o momento de fazer deles nosso primeiro ministério?

Peçamos a Deus os frutos do Espírito: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5:22), para levar adiante esta tarefa com a Sua bênção. Asseguro-lhe que, quando seus filhos alçarem seu próprio voo, você sentirá a maior das satisfações e, além disso, Deus a recolocará profissionalmente de forma muito melhor do que antes!

Lía Treves (via Detalhes de Mulher)

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Câmara aprova direito de aluno se ausentar de prova por crença religiosa

Projeto de relevância para o respeito à crença religiosa teve importante avanço na tarde desta terça-feira, 27. Integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou Substitutivo do Senado ao Projeto de Lei da Câmara 130, de 2009 (originalmente Projeto de Lei número 2.171, de 2003, de autoria do deputado federal Rubens Otoni). O texto aprovado trata da aplicação de provas e atribuição de frequência a alunos impossibilitados de comparecer à escola por motivos de liberdade de consciência e de crença religiosa. O teor será incorporado, portanto, à legislação por meio da inserção do artigo 7-A na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Na prática, alunos da rede pública ou privada ganham um instrumento de respeito em função da sua consciência e crença. O texto prevê que seja assegurado o direito a estudantes em qualquer nível (exceto os de ensino militar) de se ausentar de prova ou aula marcada para um dia que, segundo seus preceitos religiosos, seja proibido o exercício deste tipo de atividade. Na aprovação da CCJ, estão previstas prestações alternativas como: prova ou aula de reposição, conforme o caso, realizada em data alternativa, no turno do estudo do aluno ou em outro horário agendado e trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino.

Em 1997, o então deputado federal Marcos Vinícius de Campos já havia encaminhado um projeto com o mesmo teor, porém, segundo registros da Câmara Federal, o mesmo havia sido arquivado em fevereiro de 1999.

Liberdade religiosa garantida
A relatora do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, deputada federal Maria do Rosário, ressaltou, então, o caráter de respeito à liberdade de expressão religiosa. Ela lembrou que a Constituição Federal, no seu artigo 5º, garante que este tipo de liberdade é inviolável e precisa ser garantido. Acrescentou, ainda, que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”.

O diretor de Assuntos Públicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, pastor Helio Carnassale, ressaltou que esta foi uma importante vitória para a liberdade religiosa, especialmente no caso de milhares de estudantes que observam dias religiosos. “Muitos contribuíram para chegarmos até aqui. Quero ressaltar o empenho e apoio dos deputados Rubens Otoni, senador Pedro Chaves, deputada Maria do Rosário, além de Uziel Santana, presidente da Anajure, deputado Leonardo Quintão e de apoios recentes do deputado Federal Aguinaldo Ribeiro e da senadora Daniela Ribeiro”, disse. Carnassale lembrou, ainda, o “papel do consultor parlamentar Adiel Lopes, além do advogado Vanderlei Viana e da administração adventista na América do Sul”.

A aprovação na CCJ teve caráter conclusivo, portanto não seguirá para o Plenário da Câmara, mas diretamente para ser ou não sancionada pelo presidente da República. É difícil precisar quantos alunos, por motivo de crença religiosa, serão beneficiados no Brasil com esta medida. Para se ter uma ideia, último levantamento realizado pelo Ministério da Educação apontou que, somente alunos guardadores do sábado, que prestavam o Exame Nacional de Ensino Médio, representavam em torno de 100 mil no País.

Veja íntegra da reunião deliberativa do dia 27.11 da Comissão Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara. (Notícias Adventistas)



Assista também este interessante vídeo do prof. Leandro Quadros:

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Quem tem charme não precisa de beleza

Haja vista a superficialidade que permeia os vários setores da vida em sociedade, hoje, a beleza estética tornou-se um visto de entrada na mídia, nos relacionamentos, entre outros. Com isso, é difícil assistir a algum programa televisivo cujos protagonistas não sejam magros, com rostos lisos e cabelos sedosos. No entanto, por mais que se invista na aparência, nada se compara ao charme natural que certas pessoas transpiram.

Quem de nós não conhece alguém que esbanja um charme todo seu, conquistando nossas atenções, sem nem nos importarmos em notar se seus traços são belos de fato? Sim, existem indivíduos que carregam, em si, uma elegância genética, uma simpatia sem esforços, um brilho que independe de maquiagem. Andam, sorriem, falam, olham de maneira sincera e especial. É o “it”, aquele “quê” inexplicável, um charme totalmente peculiar.

Interessante que o charme cai bem em quaisquer imperfeições físicas que possa haver, tornando um nariz adunco, um estrabismo, ou mesmo um queixo pronunciado, perfeitamente ajustados ao todo de quem encanta para além das aparências, de quem brilha por ser quem e como é. Não precisam se embelezar ou se preocupar demais com a roupa, uma vez que se destacarão onde e como estiverem.

Charme tem a ver com sinceridade, autenticidade, com aceitar-se e viver de acordo com aquilo que possui dentro de si. Charme tem a ver com a forma como se trata o próximo, com as palavras usadas para se expressarem opiniões, com o tanto que a pessoa consegue enxergar o outro, o mundo, além do próprio umbigo. Pessoas charmosas encantam porque olham nos olhos, riem de verdade, respeitam-se e respeitam quem quer que seja.

É por isso que algumas pessoas jamais conseguirão sustentar a beleza, por mais botox e cirurgias plásticas que comprarem, simplesmente porque essa beleza tão somente estética impacta somente de início, mas o que permanece mesmo é o todo, a harmonia entre a aparência e a essência. Preocupar-se exageradamente com o corpo, com as rugas, com os cabelos é inútil, afinal, quem tem charme não precisa de beleza.

Marcel Camargo (via Conti Outra)
"A beleza natural consiste da simetria ou da harmoniosa proporção das partes, de uma para com outra; mas a beleza espiritual consiste na harmonia ou semelhança de nossa alma com Jesus. Isso tornará seu possuidor mais precioso que o ouro fino, mesmo o ouro de Ofir. A graça de Cristo é, de fato, adorno de incalculável preço. Eleva e enobrece seu possuidor, reflete raios de glória sobre outros, atraindo-os também para a fonte de luz e bênçãos." (Ellen G. White - Orientação da Criança, pp. 423 e 424)
"A beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus." (1Pe 3:4 NTLH)

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Igreja Adventista celebra 191 anos do nascimento de Ellen White

Infância e adolescência 
Ellen Gould Harmon nasceu na cidade de Gorham, estado do Maine, localizado no nordeste dos Estados Unidos, no dia 26 de novembro de 1827. Seus pais se chamavam Robert e Eunice Harmon, e Ellen e a irmã gêmea Elizabeth eram as mais novas de uma família com oito filhos. Sua educação formal foi interrompida quando ela tinha apenas nove anos de idade, por causa de um incidente que quase lhe custou a vida. No início da adolescência, Ellen e sua família aceitaram as interpretações bíblicas apresentadas pelo pregador batista Guilherme Miller. Juntamente com Miller e outras 50 mil pessoas, ela passou pelo que ficou conhecido como “Grande Desapontamento”, pois esperavam a volta de Jesus no dia 22 de outubro de 1844, a data correspondente ao fim da profecia dos 2.300 dias de Daniel 8.

Chamada por Deus
Em dezembro de 1844, Deus concedeu a Ellen a primeira de um total de cerca de 2 mil visões e sonhos proféticos. Em agosto de 1846, Ellen casou com Tiago White, um pastor com 25 anos de idade que partilhava da mesma convicção de que Ellen fora chamada por Deus para realizar a obra de um profeta. Pouco tempo depois, Ellen e Tiago passaram a guardar o sábado como o dia de descanso ordenado por Deus, de acordo com o quarto mandamento.

Família
Como mãe de quatro filhos, Ellen experimentou a dor de perder dois deles. Herbert morreu com poucas semanas de vida e Henry com 16 anos. Os outros dois filhos, Edson e William, se tornaram pastores adventistas.

Os escritos
Durante sua vida, escreveu mais de 5 mil artigos e 49 livros. Após sua morte, mais de 70 obras foram compiladas e publicadas com textos ainda inéditos em sua maioria. Mais de 150 livros estão disponíveis em inglês, e cerca de 110 em português. Ellen G. White é a escritora mais traduzida em toda a história da literatura. Seus escritos abrangem uma ampla variedade de temas, incluindo religião, educação, saúde, relações sociais, administração, música e liderança. Seu best-seller sobre vida cristã, Caminho a Cristo, já foi publicado em mais de 150 idiomas. (Acesse aqui sua obra)

Comunicadora
Apesar de certa relutância e timidez inicial, Ellen White se tornou uma comunicadora bem conhecida nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália. Ela era convidada a falar não apenas em reuniões adventistas, mas também para o público em geral. Era muito requisitada principalmente para falar sobre temperança. Em 1876, ela falou para seu maior auditório – estimado em 20 mil pessoas – em Groveland, Massachusetts, durante mais de uma hora, e naquele tempo não havia microfone.

A mensagem de saúde
Em sua visão de 6 de junho de 1863, Ellen White recebeu instruções sobre assuntos relacionados à saúde, como o uso de drogas, tabaco, chá, café, alimentos de origem animal e a importância de atividades físicas, luz solar, ar puro e regime alimentar equilibrado. Seus conselhos sobre saúde, fundamentados nessa e nas demais visões, têm ajudado os adventistas a desenvolver um estilo de vida que lhes dá em média sete anos a mais de longevidade do que as pessoas em geral.

Leitora voraz
Ellen White lia muito. Ela descobriu que ler outros autores não apenas solidificava sua cultura, mas também a ajudava a apresentar em seus escritos os princípios da verdade a ela revelados em visão. Além disso, às vezes, o Espírito Santo a impressionava a citar em seus artigos ou livros verdadeiras joias literárias extraídas de outros autores. Ela jamais se considerou infalível nem colocava seus escritos em nível de igualdade com a Bíblia, mas cria firmemente que suas visões tinham origem divina e que seus artigos e livros eram produzidos sob a direção do Espírito de Deus. Evangelista por natureza, sua principal preocupação era a salvação das pessoas.

Generosidade
Ellen White era extremamente generosa e dava bom exemplo de cristianismo prático. Durante anos, ela mantinha em casa pedaços de tecido para fornecer a alguma mulher que estivesse necessitando de pano para fazer um vestido. Em Battle Creek (onde morava), ia a leilões para comprar móveis usados, que ela guardava para doar a vítimas de calamidades, como incêndios. Numa época em que ainda não existiam planos de aposentadoria, sempre que ouvia falar de algum pastor idoso que estava precisando de ajuda financeira, ela não hesitava em lhe enviar algum dinheiro, a fim de socorrê-lo naquela emergência.

Sua obra
Ellen White faleceu no dia 16 de julho de 1915. Durante 70 anos, ela apresentou fielmente as mensagens que Deus lhe confiou para Seu povo. Ela jamais foi eleita para alguma função administrativa na igreja, mas seus conselhos eram sempre ouvidos pelos líderes denominacionais. Suas mensagens colocaram em ação as forças que resultaram no amplo sistema educacional adventista, presente em todo o mundo, desde creches até universidades. Embora ela nunca tenha feito cursos na área de saúde, os resultados de seu ministério são notáveis na rede de hospitais adventistas, clínicas e outras instituições médicas presentes em todo o mundo. Ela não foi formalmente ordenada para a atividade pastoral, mas sua obra causou um impacto espiritual sem precedentes na vida de milhões.

Influência permanente
Em novembro de 2014, Ellen G. White foi incluída em uma lista com os nomes dos 100 norte-americanos mais influentes de todos os tempos. A listagem é um trabalho da Smithsonian Magazine. Ainda hoje, os livros de Ellen White continuam a ajudar as pessoas a encontrar o Salvador, aceitar Seu perdão, partilhar essas bênçãos com os outros e viver na expectativa do cumprimento da promessa do breve retorno de Cristo.

Os 10 pensamentos ansiosos mais comuns

Se em algum momento você teve que lutar contra a ansiedade, é provável que sua mente tenha sido bombardeada por uma série de pensamentos ansiosos que você não podia controlar. Esses pensamentos geram ainda mais ansiedade, geralmente porque amplificam as preocupações levando-os a limites catastróficos.

O problema é que, enquanto esses pensamentos ansiosos passam pela sua mente, você se sente sobrecarregado e confuso, de modo que não é capaz de pensar com clareza. É como se você vivesse em uma tempestade sem a possibilidade de vislumbrar quando a calma virá.

De fato, pessoas ansiosas são mais propensas a distorcer a realidade, em grande parte por causa desses pensamentos intrusivos. Esse mecanismo leva a um círculo vicioso porque você coloca em prática mecanismos de enfrentamento mal-adaptativos que geram mais problemas do que resolvem. Portanto, é importante ficar de olho nos pensamentos ansiosos que indicam que estamos superdimensionando o problema.

Os pensamentos ansiosos que geram ainda mais ansiedade:

1. Medo de estar errado
Uma das famosas leis de Murphy diz: “tudo o que pode falhar irá falhar”. No entanto, viver a cada minuto do dia pensando que algo pode dar errado é simplesmente desgastante e estressante. Uma coisa é se preparar para imprevistos e outra coisa é imaginar o fracasso a cada passo que damos. A longo prazo, um alto nível de ansiedade é gerado, o que realmente afetará nosso desempenho.

2. Medo de que algo ruim está prestes a acontecer
O medo nem sempre vem de nossas ações, também pode ser gerado a partir da imprevisibilidade das circunstâncias. Esse pensamento ansioso o coloca em constante tensão e faz você pensar em todos os possíveis e até impossíveis perigos, incluindo aqueles aos quais as pessoas que você mais ama pode se expor. Isso faz com que você viva em um estado de ansiedade e expectativa constante, como se estivesse constantemente esperando que as próximas más notícias lhe fossem comunicadas.

3. Esqueceu algo importante
Um dos pensamentos ansiosos mais recorrentes é acreditar que você esqueceu algo importante. Nos dias de tensão, você pergunta mil vezes se fechou a geladeira, apagou a luz ou passou a chave da fechadura. Isso, então desencadeia pensamentos catastróficos do tipo: “o que aconteceria se …?”. Às vezes, a tensão gerada por esses pensamentos ansiosos é tão grande que você não pode superar o impulso de controlar várias vezes para se certificar de que não esqueceu algo importante.

4. Medo de não conseguir controlar o que acontecerá no futuro
A ansiedade está totalmente ligada à incerteza, por isso não é de surpreender que muitos dos pensamentos ansiosos girem em torno da incapacidade de controlar o que pode acontecer nos próximos dias, semanas ou mesmo anos. A ansiedade sobre o futuro é simplesmente terrível porque, a menos que você aprenda a fluir com a vida, não pode fazer mais nada.

5. Medo de que os entes queridos estão chateados com você
“Por que demoram tanto para responder à minha mensagem? Eles vão ficar com raiva de mim? Talvez eu tenha incomodado eles”. Esse é um dos pensamentos ansiosos mais comuns, intimamente ligado ao sentimento de culpa. A pessoa ansiosa muitas vezes coloca toda a responsabilidade do mundo em seus ombros e fica preocupada com as consequências de suas ações.

6. Medo do julgamento social
“Você está rindo de mim?” Muitas vezes, a pessoa ansiosa também sofre de ansiedade social, pode se sentir desconfortável em situações sociais em que eles podem se sentir valorizadas ou julgadas. Como resultado, ele adota uma atitude hipervigilante e um pouco egocêntrica, tomando nota de tudo que os outros fazem de uma perspectiva autorreferente.

7. Ficar preso
Um pensamento ansioso comum refere-se ao medo de ficar preso. Assim que a pessoa ansiosa põe o pé no elevador, ela imagina que poderia ficar presa. A mesma coisa acontece se você necessita ir à uma reunião ou um compromisso, imediatamente acha que pode ficar preso no trânsito. Esse insegurança surge do medo de que algo o retenha e tire o controle do ambiente.

8. Pensar que você pode ficar doente de um momento para o outro
Todos nós nos preocupamos em ficar doentes, mas pessoas ansiosas transformam uma dor de cabeça emocional em um tumor cerebral. Ansiedade e medo os levam a se preocupar excessivamente, então eles sempre imaginam os piores cenários possíveis.

9. Luta contra o tempo
O tempo corre mais rápido quando nos sentimos ansiosos. Portanto, é normal que a ansiedade nos faça temer que não tenhamos tempo suficiente para enfrentar todas as tarefas que temos pela frente ou que chegaremos atrasados ​​para um compromisso importante. Essa sensação de lutar contra o tempo, que inevitavelmente escapa, gera ainda mais ansiedade e nos faz cometer erros que nos atrasam ainda mais.

10. Sentir-se ansioso por estar ansioso
A maior ansiedade geralmente vem da ansiedade, dessa tendência a examinar constantemente o interior. Muitas pessoas se perguntam por que se sentem ansiosas se não têm razões aparentes para isso. A perspectiva de responder com ansiedade ou que possa surgir a qualquer momento gera ainda mais ansiedade, o que fecha um círculo vicioso.

Tradução de CONTI outra, do original de Rincon Psicologia

Nota: Há algum tempo ouvi alguém dizer que ansiedade é falta de confiança em Deus. Infelizmente, entre os membros de nossa igreja esse é um pensamento muito recorrente, contudo é um pensamento muito errado também! É certo que a confiança em Deus é uma forma eficaz de prevenir e também combater a ansiedade, mas a ansiedade não pode ser reduzida apenas à falta de confiança! Pessoas que estão sofrendo de ansiedade não precisam de repreensão, mas de ajuda profissional e de amigos e familiares dispostos a auxiliar no que for possível. Deus é o maior psicólogo de todos. Ele está inteiramente disposto a curar-nos de nossas ansiedades doentias. Às vezes, Ele opera diretamente em nossa vida, às vezes usa profissionais para efetuarem Sua obra. Uma coisa é certa: Ele sempre está conosco!!! Confiemos nEle! Deixo abaixo, um sábio conselho de Ellen G. White:

"Achamo-nos num mundo de sofrimento. Dificuldades, provações e dores nos aguardam em todo o percurso para o lar celestial. Muitos existem, porém, que tornam duplamente pesados os fardos da vida por estarem continuamente antecipando aflições. Se têm de enfrentar adversidade ou decepção, pensam que tudo se encaminha para a ruína, que a sua situação é a mais dura de todas, e que vão por certo cair em necessidade. Trazem assim sobre si o infortúnio e lançam sombras sobre todos os que os rodeiam. A própria vida se lhes torna um fardo. Entretanto não precisa ser assim. Custará um decidido esforço mudar a corrente de seus pensamentos. Mas essa mudança pode acontecer. Sua felicidade, tanto nesta vida como na futura, depende de que fixem a mente em coisas animadoras. Desviem-se eles do sombrio quadro, que é imaginário, voltando-se para os benefícios que Deus lhes tem espargido na estrada, e para além destes, aos invisíveis e eternos." (A Ciência do Bom Viver, p. 247 e 248)

Assista também este vídeo do prof. Leandro Quadros com sete dicas muito importantes para lidarmos com a ansiedade:

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

O casamento de Leonardo Gonçalves e Glauce Cunha

O casamento do cantor adventista Leonardo Gonçalves com a apresentadora do programa Caixa de Música Glauce Cunha, da TV Novo Tempo, pegou muita gente de surpresa. A celebração aconteceu na Fazenda Vassoural, em Itu, interior de São Paulo, nesta quinta-feira (22). Entre os convidados estavam os parentes mais próximos do casal, amigos e colegas de trabalho. O casamento foi celebrado pelo pastor Edson Nunes. Cantores e músicos do meio gospel marcaram presença como Joyce Carnassale, Marcel Freire, Douglas e Marcelle, Fernando Rochael, Tiago Arrais, Tatiana Costa, Sonete e o maestro Williams Costa Jr.

A noiva cantou Amor de Índio, composição de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, durante a cerimônia.



"O calor da verdadeira amizade e do amor que une o coração de marido e mulher é um antegozo do Céu. Deus ordenou que houvesse perfeito amor e harmonia entre os que participam da relação matrimonial. Que o noivo e a noiva, em presença do universo celestial, se comprometam amar-se mutuamente como Deus lhes ordenou que fizessem." (Ellen G. White - Nos Lugares Celestiais, p. 202)

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Site vegano destaca Ellen White como defensora dos animais e do vegetarianismo

Vejam que interessante este artigo escrito pelo jornalista, historiador e especialista em jornalismo cultural, histórico e literário David Arioch (via Vegazeta):

Uma das fundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ellen Gould White, se tornou uma das personalidades mais controversas de seu tempo, inclusive pela sua defesa do vegetarianismo, o promovendo em escolas, hospitais e centros médicos. Entre as suas obras mais conhecidas, que também versam contra o consumo de animais, está o livro The Ministry of Healing, publicado em 1905. No entanto, Healthful Living, de 1896, foi uma das primeiras obras em que Ellen G. White abordou o vegetarianismo. Na página 97, ela declara que a dieta de muitos animais é baseada simplesmente em vegetais e grãos, e que o ser humano deveria seguir esse exemplo, já que não temos o direito de nos alimentarmos de criaturas mortas. Segundo Ellen, um animal que não seja essencialmente carnívoro não tem necessidade de destruir outro animal para se alimentar. No livro Counsels on Diet and Foods, de 1903, a autora diz que vegetais, frutas e grãos são o suficiente para uma alimentação saudável e bem completa. “Nem uma onça [28 gramas] de carne deve ser enfiada em nosso estômago. Devemos voltar ao propósito original de Deus na criação do homem”, defende na página 380.

Com livros publicados em mais de 140 línguas, Ellen Gould White se tornou bastante influente à sua época, tanto que há quem diga que ela também contribuiu para que o famoso médico John Harvey Kellogg, também adventista, criasse um dos mais famosos cereais matinais de todos os tempos – Corn Flakes. Sua influência também se deve ao fato de ela ter sido uma escritora prolífica, chegando a escrever mais de cinco mil artigos e a publicar 40 livros. Suas obras somam mais de 50 mil páginas manuscritas, conforme o artigo “Ellen G. White: A Brief Biography”, de Arthur L. White, publicado no The Official Ellen G. White Website, em agosto de 2000.

Em The Ministry of Healing, lançado em 1905, a escritora afirma que a dieta indicada ao ser humano no princípio não incluía alimento de origem animal. “Não foi senão depois do dilúvio, quando tudo quanto era verde na Terra havia sido destruído, que o homem recebeu permissão para comer carne”, escreveu. Porém, a escritora defendia que foi uma permissão temporária. Segundo Ellen, Deus escolheu a comida dos seres humanos quando os levou para viverem no Éden, o que não compreendia nada de origem animal.

Porém, na perspectiva da autora adventista, o ser humano insistiu no consumo de carne, e em decorrência disso teve de amargar inúmeras doenças e muitas mortes relacionadas a esse hábito: “Os que se alimentam de carne não estão senão comendo cereais e verduras, pois o animal recebe a partir desses alimentos a nutrição que garante o seu crescimento. A vida que havia no cereal e na verdura passa aos que os ingerem. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Melhor é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para o nosso uso.”

Outro ponto que, segundo a escritora, deveria ser o suficiente para desconsiderar a carne como alimento é o surgimento de doenças que só existem em decorrência da criação de animais para consumo. “A população come ininterruptamente carne cheia de germes de tuberculose e câncer. Assim são transmitidas essas e outras doenças. Muitas vezes são vendidas a carne de animais que estavam tão doentes que os donos receavam mantê-los vivos por mais tempo. E o processo de engorda para a venda produz enfermidades”, critica.

No final do século 19, Ellen G. White percebeu que já era comum os animais serem privados da luz do dia e do ar puro, respirando somente a atmosfera de estábulos imundos, e talvez sendo alimentados com comida deteriorada, o que facilitava a contaminação e proliferação de doenças:

“Animais são frequentemente transportados por longas distâncias e sujeitos a grande sofrimento até chegarem ao mercado. Privados dos campos verdes para viajar por longas milhas em estradas quentes e empoeiradas, dentro de veículos imundos e lotados, eles ficam febris e exaustos, e passam muitas horas em privação de água e comida. Essas criaturas são guiadas para a morte, para que os seres humanos se banqueteiem com as suas carcaças.”

Para Ellen G. White, a situação dos peixes não é diferente, levando em conta a contaminação das águas e a ausência de boa matéria orgânica como fonte de alimento. Além de sofrerem pela má intervenção humana, quando morrem tornam-se alimentos; um alimento que também ocasiona enfermidades. “Muitos [seres humanos] morrem de doenças devido ao uso da carne, e essa causa não é suspeitada por eles nem pelos outros”, enfatiza.

Além das questões envolvendo saúde e religião, a escritora também apontava como igualmente importante as implicações morais do consumo de carne. Quando discursava sobre o tema, ela pedia que os espectadores pensassem na crueldade por trás do consumo de carne, e os efeitos que isso desencadeia na vida em sociedade, onde a ternura para com as outras criaturas é majoritariamente desconsiderada.

No livro The Ministry of Healing, Ellen defende que a inteligência de muitos animais é tão semelhante à inteligência humana que chega a ser um mistério. Observa que os animais veem, ouvem, amam, temem e sofrem. Se servem de suas capacidades melhor do que os seres humanos. Manifestam simpatia e ternura em relação aos seus companheiros de sofrimento:

“Muitos animais demonstram aos seus uma afeição muito superior àquela manifestada por alguns seres humanos. Que homem, dotado de um coração humano, havendo já cuidado de animais domesticados, poderia fitá-los nos olhos tão cheios de confiança e afeição, e entregá-los voluntariamente à faca do açougueiro? Como lhes poderia devorar a carne como algo delicioso?”

No início do século 20, a autora já considerava um equívoco crer que a força muscular depende do uso de alimento de origem animal, já que podemos recorrer a cereais, frutas e oleaginosas, alimentos que contêm tudo o que é necessário à nossa nutrição. “Quando se deixa o uso de carne, há muitas vezes uma sensação de fraqueza ou falta de vigor. Muitos alegam isso como prova de que a carne é essencial. Mas é devido a esse alimento ser estimulante, deixar o sangue febril e os nervos estimulados, que assim lhes parece ser algo que faz falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne o quanto é para um bêbado deixar o álcool. Mas logo se sentirão muito melhor com a mudança”, garante.

Na defesa da abstenção de alimentos de origem animal, Ellen Gould White jamais viu o vegetarianismo como uma impossibilidade. Ela acreditava que mesmo em países com maiores índices de pobreza é possível implementar hábitos vegetarianos na população mais carente. Ela sugeria a realização de pesquisas e a discussão sobre meios de incentivar a produção de alimentos de origem vegetal mais baratos. “Com cuidado e habilidade, é possível preparar pratos nutritivos e saborosos, substituindo a carne. Em todos os casos, educai a consciência, aliciai a vontade, mostrai o caminho do bom e saudável alimento e a mudança acontecerá rapidamente, fazendo desaparecer a necessidade de carne. Já não é tempo de todos dispensarem a carne da alimentação?”, questionou no capítulo “A carne como alimento”, do livro The Ministry of Healing, publicado em 1905.

Hoje é Dia de Ação de Graças - Thanksgiving Day

O Dia de Ação de Graças, conhecido em inglês como Thanksgiving Day, é comemorado nos Estados Unidos na quarta quinta-feira do mês de novembro e sua celebração talvez seja mais significativa que o Natal. É observado como um dia de gratidão a Deus, com orações e festas, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. A festa tem suas raízes nos primeiros anos da colonização europeia na América do Norte, quando os europeus recém-chegados tinham a tradição de dar graças a Deus pela abundância da colheita e ajuda recebida por parte dos índios.

Em uma tradição anual de Ação de Graças, o presidente Donald Trump usou nesta terça (20) o poder de seu cargo para manter um par de perus fora da mesa no feriado de quinta-feira. O perdão de Trump significa que os dois perus - um pássaro de 39 quilos chamado Peas e um de 41 quilos chamado Carrots - vão viver o resto de suas vidas em uma fazenda na Virgínia. Histórias de perus poupados remontem à época da presidência de Abraham Lincoln. No dia de Ação de Graças, famílias se reúnem para jantar um peru assado.

Os peregrinos celebraram o primeiro Dia de Ação de Graças americano durante o segundo inverno que passaram no Novo Mundo. A bem da verdade, foi um Dia de Ação de Graças estranho, pois não havia muito pelo que ser grato. Aquele primeiro e tenebroso inverno havia matado quase metade dos membros da colônia de Plymouth. Mas uma nova esperança nasceu no verão de 1621. 

Uma abundante colheita de milho trouxe muita alegria. O governador William Bradford decretou que um dia fosse separado para festejos e oração para mostrar o agradecimento dos colonos por ainda estarem vivos. As mulheres da colônia passaram dias preparando-se para a festa. Elas cozinharam e assaram muita comida. Na hora de uma tragédia nacional, os colonos olharam para o que tinham, não para o que haviam perdido. Embora chorassem a perda dos entes queridos, sua fé os levou a alegrarem-se na maravilhosa bondade de Deus.

O Dia de Ação de Graças aponta para as coisas boas que temos. Ele eleva-nos acima de nossas perdas. Ele fala-nos de um Deus que supre nossas necessidades. Ele traz a alegria pelas bênçãos que Deus nos deu. Não é meramente um dia; é um estado mental. Não é um evento anual; é uma atitude diária. Praticar ações de graça o dia todo faz diferença. Uma atitude de gratidão ou de ação de graça transforma o estresse danoso à saúde em uma alegria que transforma a vida. 

A autora motivacional Melody Beattie escreveu: 
"A gratidão abre-nos para a plenitude da vida. Ela transforma o que temos em algo suficiente e até mais que suficiente. Ela transforma a negação em aceitação, o caos em ordem, a confusão em clareza. Ela pode transformar uma refeição em um banquete, a casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para hoje e cria uma visão para o amanhã."
O coração agradecido vê a vida através de novos olhos. Em vez de queixar-se pelo que falta, o coração agradecido celebra o que tem. Por que não fazer uma lista das bênçãos que Deus lhe deu? Escreva 10 coisas pelas quais você é agradecido. A leitura o deixará mais agradecido do que antes.
"Creio que temos algo por que agradecer a Deus. Devemos sentir-nos alegres e jubilosos em Deus, pois Ele nos tem concedido muitas bênçãos. […] Necessitamos que este Dia de Ação de Graças seja tudo que ele implica. Não permitamos seja ele pervertido, misturado com escória; seja o que o nome indica: ação de graças. Que nossas vozes ascendam em louvor. [...] Nosso Dia de Ação de Graças pode ser feito uma ocasião muito proveitosa a nossa própria alma bem como a outros, se aproveitarmos esta oportunidade para lembrar os pobres entre nós. Se se faz uma festa, seja-o em benefício dos necessitados."
(Ellen G. White - Review and Herald, 23/12/1884)
Adaptação de meditação de Mark Finley (via Sobre a Rocha)

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Justificativas injustificáveis em ‘La Casa de Papel’

Dona de uma direção de fotografia belíssima e de uma trama envolvente, inteligente e emocionante, a aclamada série espanhola ‘La Casa de Papel’, pela Netflix, que estreava na televisão espanhola em maio de 2017, é um grande sucesso, principalmente para os fãs do gênero de filmes de assalto.

Alex Pina, criador do enredo, conta a história de 8 assaltantes que se uniram para pôr em prática um, muito bem articulado, plano de assalto, concebido pelo pai de Sergio Marquina, conhecido na série como “Professor”. O Professor, então, é filho de um assaltante de bancos, morto à queima-roupa pela polícia, e herdou de seu pai, um ousado e detalhado plano para assaltar nada mais, nada menos, do que 2 bilhões de euros da Casa da Moeda da Espanha, o que configuraria o maior assalto da história do país. Para colocar o plano em prática, ele recruta 8 pessoas, com as habilidades e os perfis adequados para a missão, e os ensina ao longo de 5 meses de aulas constantes, todos os detalhes do mega assalto.

A trama é repleta de dramas pessoais pesadíssimos estampados na vida de praticamente todos os assaltantes, inclusive do próprio Professor, que vão sendo apresentados conforme os capítulos vão se desenrolando ao longo da história. São problemas familiares dos mais graves, principalmente envolvendo as relações entre maridos e esposas; pais, mães e filhos; e, problemas de ordem social, tais como pobreza, desigualdade de oportunidades, envolvimento com tráfico de drogas e a completa falta de acesso a um sistema de saúde minimamente digno.

São situações presentes na vida de milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo, que acabam gerando identificação imediata entre o espectador e o personagem ali apresentado. Certamente, muitos enxergaram seus próprios dramas e sofrimentos nas vidas de Tokyo, Denver, Nairóbi, Rio, Moscou, Berlim e cia limitada.

Além do que, os personagens são muito bem construídos, Pina faz questão de apresentá-los como seres humanos reais, em todas as suas virtudes e vergonhas. Não são meros bandidões caricatos facilmente odiáveis, muito ao contrário, em poucos capítulos, você se percebe num curioso conflito interno por estar torcendo pelo sucesso do maior assalto da história da Espanha, realizado por uma gang de criminosos.

E este é exatamente meu ponto. ‘La Casa de Papel’ trabalha muito discretamente – nem por isso menos eficazmente – na subjetividade do espectador, plantando no seu subconsciente uma pequena, quase que imperceptível semente de que a ilegalidade é justificável e vale a pena de acordo com as circunstâncias em que se vive. O perigo é que, como sabemos, uma semente não permanece semente para sempre.

De forma muito perspicaz, a série apresenta a vida como ela é, apresenta o ser humano como sendo essa tempestade de paradoxos e inconstâncias dos quais somos formados, apresenta homens e mulheres imersos em momentos de graciosidade, nobreza, generosidade, amor, loucura, estupidez, ignorância, violência e barbárie. Apresenta-nos uma fotografia fidedigna no interior do coração humano: essa constante inconstância irremediável.

Talvez, por essa franqueza e transparência, a série consiga arrebatar tantos corações! O espectador não se sente ludibriado, ao contrário, no bojo de um enredo altamente intrigante e surpreendente, enxerga verdadeiros aspectos da realidade bem diante de si e, por isso, toda subjetividade proposta pela série é altamente perigosa.

‘La Casa de Papel’ está errada. A solução encontrada para os sofrimentos e vulnerabilidades que passamos na vida proposta pelo Professor e seus amigos está dramaticamente equivocada. O enredo nos conduz a, em certo momento, posicionarmo-nos francamente contra o sucesso do trabalho da polícia frente aos assaltantes. Isso acontece porque somos levados a conjecturar coisas do tipo: inúmeras pessoas também são más e roubam, por que eles não deveriam também roubar? Eles não tiveram oportunidade alguma ao longo de suas vidas e este foi o único caminho que sobrou. Eles já passaram por tantas dificuldades, qual o problema de cometerem um crime a fim de darem um rumo na vida de uma vez para sempre? O sistema financeiro europeu é corrupto e extorque as pessoas que estão sob seu domínio, que mal há neles promoverem um “pequeno” rombo num sistema já altamente corrompido?

No fundo, no fundo, o argumento por trás de ‘La Casa de Papel’ é a justificação da minha delinquência com base na delinquência alheia. E o elemento alheio pode ser o governo, minha família, o sistema financeiro, o sistema de saúde, seja lá o que for, nunca eu mesmo e minhas próprias escolhas e responsabilidades. Se o sistema é corrupto e me causa sofrimento, minha resposta frente ao sofrimento é a promoção de mais corrupção. A lógica por trás de ‘La Casa de Papel’, definitivamente, não tem lógica.

Ao apresentarem a realidade do ser humano tal qual ela é, repleta de ambiguidades e fragilidades, aproveitam também para apresentar a moral e a noção de certo e errado igualmente frágeis e ambíguas, o que é absolutamente inapropriado. Claro que não fazem isso o tempo todo, pelo contrário, fazem-no de forma velada, quase que imperceptível.

A semente desse relativismo moral vem na esteira de histórias altamente emocionantes e, por vezes, admiráveis, mas que estão acontecendo dentro de uma proposta, como um todo, inaceitável para qualquer cidadão normal que comungue do senso comum de que assaltar é errado. É como se no meio de uma deliciosa refeição, tivesse ali um grãozinho de arroz venenoso e imperceptível, capaz de causar um estrago irreparável ao nosso sistema digestivo. É essa mistura silenciosa entre a inconstância da personalidade humana com uma suposta inconstante matriz moral como bússola para a boa convivência entre dos homens em sociedade que, para mim, configura-se na raiz do engodo de ‘La Casa de Papel’.

‘La Casa de Papel’ é uma pequena fração de uma gigantesca teia cultural silenciosa, engenhosamente planejada e alimentada há décadas, que tem como missão desconstruir absolutamente todas as coisas no campo moral. É um trabalho lento, premeditado e feito com cautela, de modo a que, ao termos todos os nossos antigos pilares comportamentais destruídos, tenhamos espaço aberto em nossos corações e mentes para novos pilares, moldados, sem que nos apercebamos, a uma nova forma de pensar, sem dogmas, sem regras, sem proibições, sem certo e sem errado. Claro que para se chegar num patamar tão ambicioso como esse, o trabalho é pesadíssimo e demorado, contudo, nem por isso deixa de ser constante e altamente elaborado.

Ao avaliarmos honestamente o cenário cultural brasileiro e as principais bandeiras defendidas atualmente em filmes, séries, músicas, novelas, programas de televisão e peças teatrais em geral, você sinceramente teria alguma dificuldade de concordar comigo?

Como cristãos, temos de ter a maturidade de relacionarmo-nos com a cultura, apreciando-a onde ela revela beleza e verdade e denunciando-a onde ela revela mentira e idolatria. A crítica contida na série em relação às mazelas sociais do mundo e dos abusos familiares presentes na sociedade como um todo, são justas e merecem atenção. Entretanto, elas não podem ser apresentadas como justificativas plausíveis para um comportamento delinquente por parte de nenhum cidadão.

É claro que o meio pode facilitar ou dificultar em muito a vida de um indivíduo, mas a premissa cristã é de que o homem, desde o nascimento, tem em sua gênese a semente da maldade, denominada pelos escritores bíblicos de pecado, e é exatamente esta, a rebeldia do homem frente ao seu Criador, a raiz de todo problema da raça humana. Assim, a forma correta de percebermos a ação da maldade humana no mundo não é de fora para dentro, mas de dentro para fora. Começa em nós, com uma escolha nossa, tanto para o bem, como para o mal.

A Bíblia Sagrada apresenta o homem como tendo pecado num ambiente perfeito, como tendo optado pelo mal, individualmente, e a partir disso, causado terríveis consequências a todo o meio em que estava e a todos os seus semelhantes. De modo que, a solução de Deus para a iniquidade humana nunca foi, nem nunca será mais iniquidade humana. A solução de Deus para o mal, não é a prática de mais maldades. A solução de Deus para as injustiças, não é prática de mais injustiças. A solução de Deus para todas as mazelas humanas foi pendurar seu Único Filho, Cristo Jesus, numa cruz a fim de que a gênese corrompida de cada ser humano pudesse ser consertada, redimida e restaurada.

Essa solução é paradigmática, inalterável, irremovível, eterna e infinitamente poderosa, ou seja, é daquelas verdades absolutas odiadas pela indústria cultural contemporânea, que faz e continuará fazendo de tudo para que verdades como estas sejam apagadas do imaginário humano.

A fé cristã é uma das últimas forças a serem subvertidas pelas ideologias vigentes no mundo atual, e, além da extensa e ignorada perseguição física que dezenas de milhares de cristãos têm sofrido ao redor de todo o mundo, seremos cada vez mais bombardeados no campo cultural, por isso, precisamos estar cada vez mais preparados e atentos. É a cooptação das mentes mais do que tudo, que interessa a esse desconstrucionista movimento cultural pós-moderno.

Meu alerta é para que nos ferramentemos para tal batalha. Comportemo-nos não como simples esponjas inanimadas que aceitam a tudo sem o mais mínimo senso crítico, mas que nosso olhar esteja preparado para apreciar o que é belo e denunciar o que é falso.

Que sejamos propositores, críticos e ativos no debate cultural, e não meros replicadores passivos de opiniões, sempre atrasados na formação de ideias e dispersos em relacionar os valores da fé que professamos com os valores encontrados nos artefatos culturais que encontramos.

Temos de ajudar as pessoas a identificar as falsas propostas de erradicação do sofrimento apresentadas em artefatos culturais atuais, e ao mesmo tempo, promover cultura, apresentando verdadeiros caminhos que ajudem estas mesmas pessoas a lidar com sabedoria frente às circunstâncias em que o sofrimento lhes bater à porta.

Temos todo um arcabouço teórico muito bem fundamentado para isso, nossa fé possui um norte para todos os campos da vida, resta-nos assumir corajosamente nosso espaço nesta sociedade esquizofrênica que clama por algo que lhe faça sentido.

Deus é o Criador do homem e ninguém melhor que Ele, conhece o estado desastroso da falência em que se encontra o mundo atual. Todavia também, ninguém melhor que Ele para restaurar plenamente o homem em todas as suas faculdades e habilidades perdidas, para isso, o caminho não está na promoção de ideologias políticas, falsos salvadores da pátria ou na adoção da barbárie pela barbárie, antes, passa inequivocamente, por confessarmos a Cristo, Seu Filho, como Senhor de todas as coisas e crermos que Ele, e somente Ele, tem poder de fazer com que todas as relações dos homens com seus semelhantes e com a Criação, voltem ao estado perfeito para o qual um dia foram por Deus, planejadas, culminando assim, naquele esperado estado de coisas onde não mais reinarão a injustiça e a perversidade, mas apenas a justiça, o direito e a verdade!

Que Deus nos alcance!

Lucas Freitas (via Minha Vida Cristã)

Igrejas que tomam dinheiro dos membros

A Bíblia ensina que os fiéis devem devolver ao Senhor o dízimo, ou seja, dez por cento de suas rendas (Ml 3:8-10; comparar com Mt 23:23). Além do dízimo, devem dar ofertas voluntárias. Essas dádivas devem ser proporcionais aos lucros obtidos, mesmo que estes sejam de pequeno valor. O exemplo da viúva pobre, registrado em Marcos 12:41-44, deixa claro que não apenas os abastados, mas também os pobres devem contribuir financeiramente, de acordo com suas posses, para o avanço da causa de Deus na Terra (1Co 9:13 e 14).

Existe hoje, porém, um número significativo de denominações cristãs que extrapolam os ensinamentos bíblicos, transformando-se em verdadeiras empresas de exploração financeira dos crentes. Certos pregadores da chamada “teologia da prosperidade” chegam a prometer aos fiéis que, se forem generosos em suas dádivas, poderão até escolher antecipadamente as “bênçãos” a serem reivindicadas de Deus. Entre as opções, estão o tipo de casa e a marca de carro que desejam ter, bem como o saldo da conta bancária que mais lhes agrada. Agora, se a tal “bênção” não acontece como prometida, a culpa é sempre atribuída aos próprios doadores que não exerceram a “fé” necessária para isso!

Valendo-se da credulidade do povo menos esclarecido, muitos pregadores populistas condicionam a satisfação de necessidades básicas de uma pessoa ao montante de donativos financeiros por ela entregue aos cofres da igreja. As “curas” das enfermidades e os “milagres” para melhorar a qualidade de vida são propagados como decorrentes de tais donativos. Apelos públicos acabam manipulando os doadores com perguntas como: “Você prefere uma bênção de apenas 50 reais ou uma de 500 reais? Mas por que você não reivindica de Deus, com fé, uma bênção equivalente a 5.000 reais?”

Algumas pessoas até poderão melhorar sua condição financeira seguindo esses apelos populistas. Mas a indiscutível realidade é que nem Cristo e nem os Seus apóstolos jamais se valeram desse tipo de manipulação psicossocial. Eles curavam os doentes e ressuscitavam os mortos sem nunca solicitar donativos de gratidão como recompensa pelos “serviços prestados”.

Embora os atuais pregadores da prosperidade se digam cristãos, eles são movidos bem mais pela postura gananciosa de Geazi do que pelo espírito altruísta do profeta Eliseu (ver 2Rs 5:1-27). Desconhecendo que Deus “faz nascer o Seu sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5:45), esses pregadores apresentam ao mundo um deus caricaturizado, nepotista e agiota.

Além disso, os “testemunhos” exibicionistas veiculados nos meios de comunicação, como propaganda das “bênçãos” que podem ser alcançadas em determinadas denominações cristãs, são claramente reprovados por Cristo no relato da oferta da viúva pobre (ver Mc 12:41-44; Lc 21:1-4) e na parábola do fariseu e do publicano (ver Lc 18:9-14). Em Mateus 6:2-4, Cristo adverte: “Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, ao dares a esmola, ignore a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.

Portanto, a teologia da prosperidade, com seus apelos e testemunhos populistas, não reflete o verdadeiro ensinamento bíblico sobre a fidelidade discreta nos dízimos e nas ofertas. A religião ensinada por muitos pregadores da prosperidade não passa de uma religião de marketing populista para conseguir aumentar, a qualquer custo, o número de adeptos e os recursos financeiros de suas igrejas.

Alberto R. Timm (via Novo Tempo)

Assista também esta palestra do prof. Leandro Quadros:

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Dia da Consciência Inclusiva e grandes negros adventistas

A melhor cor para se comemorar o Dia da Consciência Negra é a da inclusão. No Brasil, a data foi instituída por lei federal 12.519 em 10 de novembro de 2011, todavia, na contabilidade da Fundação Cultural Palmares, só é feriado em 1.072 dos 5.570 municípios brasileiros. Segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o feriado é observado em apenas seis dos 26 Estados, sendo que nove, o fazem de forma parcial e onze a vida toca normal, sem nada parar.

Deus criou a diversidade, por isso, o mundo é belo. A flora e a fauna se caracterizam por tons, matizes e pigmentos. No espectro humano, a diversidade é ainda mais bela. Cores de olhos, cabelos, tez de pele, deveriam tornar a convivência mais rica, mais humana e mais relacional. Neste contexto, o racismo é intolerável, porque em lugar de colorir, ele mancha, machuca e avilta.

No Dia da Consciência Inclusiva, Deus nos convida a olhar a paleta de cores e procurar a cor da inclusão, por ser a cor mais sensível, mais desejável, mais cristã. Quando se fala de cor, fala-se de percepção visual e de estímulos sensoriais no cérebro. Danger (1973), afirma que a “visão está tanto no cérebro como nos olhos, mas, é o olho que registra a imagem, e o cérebro constrói sentido ao que é visto. A percepção da cor é dirigida pelo cérebro”[1]. Por isso, relacionamentos saudáveis são aqueles em que o Espírito Santo atua na pessoa a ponto de transformá-la pela “renovação da mente”[2]. É desta forma que traços étnicos deixam de ser empecilhos sociais para se tornarem elos de aproximação.

Toda cor tem pigmentos ou substâncias que absorve, reflete ou refrata a luz. A cor inclusiva não é diferente. Entre os mais poderosos pigmentos desse espectro, se destacam a tolerância e o amor. O primeiro absorve os impactos nocivos da discriminação que envolve raça, origem étnica, nacionalidade, cor da pele ou gênero. A tolerância é fator de união das cores, que combinadas entre si, criam-se novos mosaicos, novas harmonias, novas possibilidades. A base da tolerância está no amor-princípio, aquele que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”[3]. Somente uma consciência mediada pelo Espírito Santo pode amar o outro verdadeiramente, sem interferência do status econômico ou racial.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia se posicionou quanto ao tema. Ao declarar que “a igualdade entre todas as pessoas é uma doutrina”, a Crença Fundamental 13 afirma que “em Cristo somos uma nova criação; distinções de raça, cultura e nacionalidade, e diferenças entre grandes e pequenos, ricos e pobres, homens e mulheres, não devem ser motivo de dissensões entre nós. Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito nos uniu numa comunhão com Ele e uns com os outros; devemos servir e ser servidos sem parcialidade ou restrição”[4].

Não há beleza plural sem diversidade, por isso, o Dia da Consciência Inclusiva tem uma cor: a da inclusão, com pigmento, matiz, brilho e saturação especiais. Que no manejo dos relacionamentos, o Espírito Santo nos ensine a escolher a cor, cujo pigmento seja a tolerância mediada pelo amor, que a matiz provenha do sangue de Cristo, a pureza de Seus incomparáveis méritos e o brilho seja unicamente da cruz. O maior ataque contra o racismo são os braços estendidos de Cristo na cruz do calvário, reconciliando o mundo, independente de raça e cor. Deus seja louvado!


Jael Enéas (via Notícias Adventistas)

Referências
[
1] DANGER, Eric P. “A Cor na Comunicação”. Rio de Janeiro: Fórum, 1973.
[2] BÍBLIA SAGRADA. Romanos 12: 2. Sociedade Bíblica Internacional. São Paulo: NVI, 1993.
[3] BÍBLIA SAGRADA. 1º. Coríntios 13: 7. Sociedade Bíblica do Brasil. São Paulo: 2012.
[4] DECLARAÇÕES DA IGREJA ADVENTISTA. Disponível em
http://www.adventistas.org.pt/statements/19


Grandes negros adventistas

Charles M. Kinny

Charles M. Kinny (1855-1951) foi o primeiro pastor negro ordenado da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Nasceu escravo, em Richmond, Virgínia, em 1855. Ele tinha dez anos, no final da Guerra Civil, e como um homem jovem, trabalhou na parte mais rudimentar da cidade de Reno, Nevada. Foi lá, em 1878, que ele assistiu a uma série de palestras evangelísticas por J. N. Loughborough. Durante estas palestras, Ellen G. White visitou Reno, e em 30 de julho, ela pregou à multidão de Loughborough para mais de 400 pessoas. Kinny nunca se esqueceu daquele sermão. Ele aceitou a mensagem adventista e foi batizado no último dia de setembro de 1878.

Anna Knight

Anna Knight (1874-1972) estudou no Battle Creek College, graduando-se como enfermeira. Em 1898, ela foi para Jasper County, Mississippi, onde trabalhou na área de temperança e fundou uma escola para os negros. 

Em 1901, ela viajou para a Índia como missionária, servindo por seis anos. 

Ela voltou para casa nos EUA e, em 1913, tornou-se Secretária de Missões da Conferência da União Sudeste. Seis anos mais tarde foi colocada no comando do Departamento de Missões. Ela manteve essa posição até sua aposentadoria em 1945.

Sojourner Truth

Sojourner Truth, nascida Isabella Baumfree por volta de 1797 em Swartekill, Nova Iorque, na condição de escrava, foi uma empregada doméstica e palestrante estadunidense. Ela fugiu para o Canadá em 1827, levando com ela o seu filho mais novo. Em 1829 regressou a Nova Iorque, após a abolição da escravatura nesse estado. Durante mais de uma década trabalhou como empregada doméstica. Nesse período de tempo juntou-se a Elijah Pierson, dando sermões evangélicos nas ruas.

Mais tarde tornou-se uma oradora famosa na defesa do abolicionismo e dos direitos das mulheres, sendo particularmente lembrada pelo célebre discurso 'Ain't I a Woman?'.

Em 1841, mudou-se para Northampton, no Massachusetts, juntando-se a uma comunidade utópica (a Northampton Association of Education and Industry). Quando a comunidade encerrou, ela permaneceu em Florence, no Massachusetts, onde trabalhou com Olive Gilbert na produção da auto-biografia Narrative of Sojourner Truth: A Northern Slave. Em 1857, Truth mudou-se para o Michigan, e aí continuou a defender os seus ideais. Depois da Proclamação de Emancipação mudou-se para Washington DC, onde conheceu o presidente Abraham Lincoln. Em 1867, voltou para Michigan e morreu na sua casa em Battle Creek (no dia 26 de novembro de 1883). 

Paul Rusesabagina

Paul Rusesabagina, nascido em 15 de Junho de 1954, é um cidadão de Ruanda internacionalmente reconhecido pela sua atuação humanitária durante o Genocídio de Ruanda em 1994. Paul era da etnia hutu enquanto sua mulher era da etnia tutsi. Durante os combates, ele abriga sua família no hotel Les Mille Collines em Kigali, de propridade do grupo belga Sabena, onde era gerente. Com a saída dos hóspedes do hotel, Paul o abre aos refugiados, salvando assim mais de 800 pessoas.

A história de Paul Rusesabagina ficou internacionalmente conhecida quando foi retratada no filme Hotel Ruanda de 2004, com atuação de Don Cheadle, nomeado ao Oscar. Em 2005, recebeu do presidente americano George W. Bush a "Presidential Medal of Freedom" dos EUA. Atualmente ele vive em Kraainem, na Bélgica com sua esposa Tatiana, seus filhos e seus sobrinhos, onde montou uma empresa de transportes.


Barry C. Black

Barry C. Black, nascido em 1 de novembro de 1948, é o 62º capelão do Senado dos Estados Unidos. Ele foi eleito para este cargo em 27 de junho de 2003, e se tornou o primeiro afro-americano e o primeiro Adventista do Sétimo Dia a ocupar este cargo. Ele serviu por mais de 27 anos como capelão na Marinha dos Estados Unidos, chegando ao posto de contra-almirante e terminando sua carreira como chefe dos capelães da Marinha dos Estados Unidos. Ele se aposentou oficialmente da Marinha em 15 de agosto de 2003. O compromisso de Barry Black como capelão do Senado dos Estados Unidos era só o mais recente passo em uma rota longa e inesperada que Deus tinha lhe trazido. 

Da educação dele em um colégio interno em Baltimore, Maryland, Barry Black tinha estudado em duas escolas historicamente para negros, Academia de Forja Pínea, na Pennsylvania e Faculdade de Oakwood, no Alabama, para se tornar um pastor. Ele era pastor na Carolina do Norte quando conheceu alguns marinheiros que tinham dirigido milhas para comparecer à igreja dele. Eles disseram que não havia nenhum capelão preto na base naval. Black gostou da ideia de ajudar aquela necessidade. Ele só queria ajudar como capelão, mas acabou subindo ao grau de almirante e comandante. Agora, aposentado, ele só quer servir a Deus como um pastor e ajudar a conduzir outros a Cristo.

Patrick Allen

Patrick Allen nasceu em Portland em 1951. Em 06 de fevereiro de 2009, Allen tornou-se o sexto governador-geral da Jamaica, desde a sua independência em 1962.

O ex-presidente da União das Índias Ocidentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi nomeado cavaleiro pela rainha Elizabeth II em 12 de junho de 2009.


Baraka Muganda

Baraka Muganda já trabalhou em todos os níveis da Organização Adventista. Atualmente é vice-presidente de ministério da Universidade Adventista de Washington. Foi diretor do Departamento de Jovens da Associação Geral (1995-2010). Muganda é africano, nascido na Tanzânia, e  é casado com Anna Martin, que também serviu a Associação Geral, nos Estados Unidos, com quem tem três filhas: Diana, Tanya e Anita. O pastor é comumente definido como um homem de família e amante da juventude da Igreja. 

Em 1973, graduou-se no curso de Teologia pelo Colégio Solusi, no Zimbábue. Na sequência, seguiu para os Estados Unidos onde cursou mestrado em Religião pela Andrews University, em Michigan, concluindo esta etapa em 1980. Em 1983 concluiu o doutorado em Educação pela mesma universidade.

Benjamin S. Carson

Benjamin Solomon Carson (Detroit, 18 de setembro de 1951) é um neurocirurgião pediátrico, psicólogo, escritor, professor, filantropo e político estadunidense. Filiado ao Partido Republicano, é o atual Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos.

Formado nas Universidades Yale e de Michigan, escreveu diversos livros (veja aqui) sobre sua carreira médica e suas posições políticas. O filme Gifted Hands (Mãos Talentosas, no Brasil), estrelado por Cuba Gooding Jr., é baseado nele.

Foi diretor do Departamento de Neurocirurgia Pediátrica do Hospital Johns Hopkins de 1984 a 2013. Como pioneiro, em 1987, Dr. Carson entrou para a história da medicina ao separar gêmeos siameses unidos pela cabeça, um procedimento que levou cinco meses de planejamento, 22 horas na execução, e mais 4 horas de descanso para falar sobre a cirurgia para a imprensa, envolvendo 50 médicos, enfermeiros e técnicos. Em 2008, foi condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honraria civil dos Estados Unidos, pelo então presidente George W. Bush.

Em maio de 2015, anunciou sua participação nas primárias da eleição presidencial de 2016 pelo Partido Republicano. Contudo, em março de 2016 suspendeu sua campanha e, em seguida, anunciou seu apoio à candidatura de Donald Trump. Foi nomeado secretário do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos pelo presidente Donald Trump, indicação que foi aprovada pelo Senado americano em 2 de março de 2017.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

19 de novembro: Qual é a sua bandeira?

A história nos conta que a bandeira foi inventada na Idade Média, onde os exércitos começaram a utilizar pedaços de pano com suas cores, para não se confundirem uns com os outros. Pequenas tiras de tecidos eram amarradas em varetas retiradas das árvores, hasteadas em locais visíveis. Aos poucos foram sendo aperfeiçoadas, tornando-se mais bonitas e com símbolos específicos.

No Brasil, existe um dia especial para se comemorar o Dia da Bandeira, que é 19 de novembro, devido à bandeira de nosso país ter sido criada nesta data, no ano de 1889, quatro dias após a Proclamação da República de nosso país.

A bandeira é a identidade de alguém, de um povo, de um movimento. Quando vemos a bandeira que alguém carrega, literalmente falando, ou bandeira essa defendida por suas filosofias e idéias, conseguimos identificá-lo. Atualmente vemos tantas bandeiras, tantas grupos e idéias diferentes que às vezes ficamos perdidos no meio delas. Quando alguém levanta uma bandeira, levanta junto tudo que está implícito naquela bandeira, tudo aquilo que ela representa.

Moisés edificou um altar ao Senhor e o chamou de "O Senhor é Minha Bandeira" (Êx 17:15), ou seja, sua identidade era marcada pelo Senhor e também queria deixar claro que à sua frente estava o Senhor, a vontade dEle e não a sua. Portanto, que a nossa bandeira seja o SENHOR e que possamos hastear a bandeira do Reino de Deus acima de tudo aquilo que é impuro, carnal e passageiro. E, quando Jesus vier para os Seus, não terá problemas em nos reconhecer. Nossa bandeira estará clara!
"Oro fervorosamente para que a obra que fazemos a este tempo se grave profundamente no coração, mente e alma. Aumentarão as perplexidades; como crentes em Deus, porém, encorajemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a bandeira, antes conservemo-la alçada bem alto, olhando Àquele que é o Autor e Consumador de nossa fé." (Ellen G. White - Conselhos para a Igreja, p. 366)