Em sua essência, a questão primordial do grande conflito entre Deus e Satanás é adoração. A quem, afinal, renderemos culto? A qual soberania alegremente nos entregaremos? À de Deus? À dos homens? À da nossa vontade? Considerando que nessa guerra não existe neutralidade, a submissão a qualquer coisa que contrarie o querer de Deus coloca o ser humano no terreno contrário a Ele.
No primeiro mandamento do Decálogo, Deus estabelece o alicerce dos mandamentos seguintes, ao declarar Sua soberania e singularidade: “Não terás outros deuses diante de Mim.” Isso era tão necessário aos ouvintes daquele tempo como o é agora, quando deuses modernos em várias formas tentam disputar com Deus a primazia em nosso coração.
Sendo Ele o único e verdadeiro Deus, requer lealdade absoluta de todos quantos O aceitam como Senhor. A mera crença em Sua existência não basta; muito menos a afirmação de fé superficial. Devemos a Ele absoluta e total lealdade, entrega de todo nosso coração, sem reservas. Nossas perspectivas de vida, nossos pensamentos, sentimentos, projetos e ideais, nosso querer e efetuar, nossos valores e motivos devem nascer Dele e ser dirigidos por Ele. Honrá-Lo em todos os caminhos precisa ser nossa primeira ocupação.
Qualquer atitude ou modo de conduta que destoe disso, induzindo-nos à veneração do próprio eu por meio da satisfação egoísta da vontade, pode resultar em idolatria. Nenhum ser, nenhuma coisa deve ter espaço em nossa mente e em nosso coração rivalizando com o Deus criador. Por isso temos este lembrete de Ellen G. White: “[Deus] proíbe ao ser humano conferir a qualquer objeto o primeiro lugar em suas afeições ou serviço. Qualquer coisa que valorizemos, que tenda a minimizar nosso amor a Deus ou venha a interferir no culto que deve ser prestado somente a Ele, torna-se um deus para nós” (Patriarcas e Profetas, p. 305). É perigoso depender de alguma coisa ou pessoa. Deus deve estar sempre em primeiro lugar.
A idolatria nega o entendimento teológico de que Deus é Deus e ser humano é ser humano. A idolatria apaga a distinção que existe entre Deus e a humanidade (Ec 5:2), rompendo a conexão com Ele. Seja flagrante e aberta ou oculta no coração, a idolatria rapidamente rompe nosso relacionamento com o Senhor e leva a um círculo vicioso de degradação moral que só piora com o tempo.
Ídolo é o que colocamos no lugar de Deus e, mesmo sabendo que não é certo, ainda assim o adoramos repetidamente. O ídolo captura nossa imaginação, afeições, tempo e mente mais do que Deus. Pode até escravizar nossos pensamentos. Nós nos tornamos aquilo que contemplamos e não seremos melhores do que o “deus” ao qual servimos.
Se o Senhor não estiver no centro de nossa vida, algum outro deus preencherá o lugar Dele. Se não desfrutarmos e cultivarmos a presença viva de Deus, desfrutaremos e dedicaremos nossa vida a outra pessoa ou a alguma coisa. O que colocamos no lugar de Cristo pode ter diferentes formatos: orgulho, egocentrismo, dinheiro, poder, sexo, comida, televisão, drogas, álcool, pensamentos impuros, pornografia, prazeres, trabalho, esportes, família, videogames, filmes, compras, ideologias, política, música, posição social, títulos, diplomas e assim por diante. A lista praticamente não tem fim.
Somos muito criativos e inventivos a esse respeito. Podemos transformar qualquer coisa que seja boa, bonita e importante em um ídolo. A idolatria é extremamente perigosa, porque transforma nossa personalidade, maneira de pensar, afeições e vida social. Ela muda nossa identidade e substitui relacionamentos pessoais verdadeiros por interações vazias e, em última análise, sem sentido que, no fim, são incapazes de nos salvar.
Nós, cristãos do século XXI, sempre olhamos com um certo desdém para o povo bíblico daquela era, nos considerando, por assim dizer, imunes ao paganismo e à idolatria. Entretanto, a realidade da modernidade nos pegou de calças curtas, e nos mostrou - na nossa meninice vaidosa - que a antiguidade não tem nada de diferente dos tempos atuais. Ellen G. White observa: "Nos tempos antigos foram continuamente dadas advertências contra a idolatria. Nesta época do mundo existe o mesmo perigo. Há entre nós um afastamento de Deus, e ainda não se fez a zelosa obra do arrependimento e volta ao primeiro amor essencial à restituição a Deus e à regeneração do coração. A infidelidade está fazendo suas incursões em nossas fileiras; pois é moda apartar-se de Cristo e dar lugar ao ceticismo. Para muitos, o clamor do coração tem sido: 'Não queremos que Este reine sobre nós.' Baal, Baal, é a escolha. A religião de muitos dentre nós será a religião do Israel apostatado, porque amam a seus próprios caminhos, e abandonam o caminho do Senhor" (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 467).
Para muitos de nós, nem sempre tem sido fácil lutar contra as seduções do mundo nesta era tão materialista. É mais fácil confiar no que é visível e temporal. Isso pode nos levar a quebrar o princípio do primeiro mandamento, em nome de alguma conveniência ou comodidade. Felizmente, não precisamos ser escravos da idolatria. Ela pode ser vencida mediante o poder de Cristo operando em nós.
Ilustração: O bezerro de ouro idolatrado pelos israelitas se assemelhava ao deus-touro egípcio, chamado Ápis, ou à deusa-vaca, Hator (Êxodo 32:1-10).

BOA TARDE IRMÃOS EM CRISTO JESUS! IRMÃOS, SE HOUVE IDOLATRIA EM NOSSAS VIDAS ANTES, HOJE, TOTALMENTE RESGATADOS POR MEIO DO SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO, PODEMOS DAR GRANDE GRAÇA A DEUS, PORQUE, JESUS VENCEU TAMBÉM A IDOLATRIA DO NOSSO CORAÇÃO. AMÉM E GLÓRIA A DEUS. ALELUIA IRMÃOS EM CRISTO JESUS. AMÉM.
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