sexta-feira, 28 de abril de 2023
A ORIGEM DA BÍBLIA
quinta-feira, 27 de abril de 2023
O JUÍZO FINAL
quarta-feira, 26 de abril de 2023
CIÚMES
terça-feira, 25 de abril de 2023
MENTALIDADE SECULAR E PÓS-CRISTÃ
segunda-feira, 24 de abril de 2023
DIA DO CHURRASCO
sexta-feira, 21 de abril de 2023
INFLUENCIADORES DIGITAIS
Muitos desses influenciadores digitais são celebridades ou microcelebridades que ganham dinheiro para divulgar produtos e fazer seus seguidores acreditarem que são o que não são e podem ter o que não podem comprar, se bem que há uma crescente cobrança por autenticidade e coerência mesmo nesse ambiente em que o “eu” se torna a mercadoria. Não sei se você é do tipo que compra um par de sapatos só porque um youtuber recomendou ou o algoritmo rastreou suas pegadas. Mas o fato é que os novos influenciadores têm um enorme público.
No ano passado, segundo a plataforma Emarsys, já havia mais de 3,2 bilhões de pessoas usando pelo menos uma mídia social (42% da população mundial). E, de acordo com o eMarketer, no Brasil as pessoas passam em média 3 horas e 40 minutos nas mídias sociais por dia. Isso é mais do que o tempo gasto para comer e beber!
Entretanto, o fenômeno da influência digital na sociedade como um todo não é a preocupação aqui. Nosso foco é a presença dele na igreja, algo cada vez mais comum. Em vez de subir à plataforma da igreja para falar à audiência, os influenciadores usam as plataformas da internet para atingir um grande público. Mas será que não estamos trocando o evangelho por hashtags, a velha história por stories, a pregação por postagens, as testemunhas por influenciadores, os discípulos por seguidores? O pior é que os influenciadores criam um “efeito de halo”, em que as pessoas passam a ver o todo pela parte. Que tipo de imagem de Deus, do cristianismo e da igreja eles projetam?
Obviamente, a arte de influenciar pode ser uma grande bênção. Jesus era um influenciador. Paulo era um influenciador. Ele repetiu várias vezes: “sejam meus imitadores” (1Co 4:16; 11:1; Fp 3:17; 2Ts 3:7). Muito antes do surgimento dos influenciadores, Cristo destacou que nós somos o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5:13-16). Porém, Ele não disse que somos o silício do Vale ou os bits da informação. Somos pessoas influenciando pessoas.
Por isso, é importante avaliar a qualidade dessas influências. Antes de tudo, o influenciador deve ser um bom cristão e evitar as ideologias. E, se a sua influência não for boa, talvez seja melhor ele ser “cancelado”. Influenciar para o mal pode significar morte espiritual. Infelizmente, o fenômeno tem ganhado tanta força que alguns têm se perguntado: “Será que chegou a hora de sair das mídias sociais?” Talvez não, mas, parafraseando Jesus (Jo 17), precisamos ter consciência de que vivemos no mundo virtual, mas não pertencemos a ele.
Quando a vida se resume ao mundinho do influenciador, suas ideias e seus produtos, o universo se torna pobre demais e o horizonte muito limitado. Se a cultura da celebridade continuar se expandindo na igreja, é sinal de que estamos perdendo a guerra. Como seguidor de Cristo, seja um influenciador do bem e não do mal. Quanto mais ampla for sua esfera de influência, maior será sua responsabilidade.
quarta-feira, 19 de abril de 2023
COMO ERA JESUS FISICAMENTE?
Jesus por Akiane Kramarik* |
Ilustração de John Sartain Our Savior (1866) |
terça-feira, 18 de abril de 2023
O INFERNO EXISTE?
Primeiro, as Escrituras falam sobre o inferno. Porém, precisamos ouvir as Escrituras em seus próprios termos. Quando Jesus falou sobre o inferno, estava Se referindo à punição para pecadores não arrependidos. Uma punição que terminará em fogo eterno e destruição (João 3:16; Mateus 7:13, 14; 25:31, 32, 41). Destruição/fogo eterno é um evento futuro relacionado com a segunda vinda de Cristo. Então “inferno” é algo que ainda está por vir.
Segundo, alguns tradutores da Bíblia têm traduzido várias palavras, que possuem na realidade outros significados, como sendo “inferno”.
O termo hebraico sheol e seu correlativo no grego hades significam o lugar dos mortos que estão na sepultura. Veja o uso do termo nos seguintes casos. Jacó esperava descer ao sheol – sepultura –,junto com seu filho José. Ele não esperava que seu amado filho estivesse no inferno, ou que ele mesmo fosse para lá (Gênesis 37:35). Deus faz descer à sepultura e faz subir de lá (1 Samuel 2:6). Isto não se encaixa com o pensamento cristão popular sobre o inferno. No sheol – sepultura – não há atividade, planos e nenhum conhecimento (Eclesiastes 9:10). Não há fogo nem tormento. O justo e o injusto são encontrados lá. No hades há deterioração. Jesus foi a exceção (Atos 2:27, 31). Sheol e hades são, portanto, o lugar dos mortos e não o inferno.
“Lançar no tártaro” aparece somente em 2 Pedro 2:4 e se refere ao domicílio dos anjos caídos. O termo não é usado para descrever o lugar dos mortos ou um inferno no qual pessoas são lançadas após a morte.
*Gehenna é o inferno sobre o qual Jesus falou. Esse é o lugar de punição do injusto, também associado com fogo (Marcos 9:43). Esse fogo virá no fim dos tempos com um juízo divino contra o pecado, pecadores e Satanás (Mateus 25:41). Ate lá, os mortos “dormem” em suas sepulturas. Apocalipse 20:9, 10 e 15 fala sobre o lago de fogo no qual, depois do milênio, os injustos são queimados. Considerando que gehenna está relacionado com fogo e é um evento futuro associado com um julgamento, o melhor é entender o inferno no contexto de Apocalipse 20. Este é o inferno do qual Jesus nos advertiu.
Terceiro, durará o futuro inferno “para todo o sempre?” (Apocalipse 20:10 – NVI). O significado do termo para sempre/eterno/eternidade usado nas Escrituras é muito mais amplo do que entendemos. Pode descrever: (a) alguma coisa ou alguém existindo sem um início ou sem um fim (em conexão com Deus); (b) alguma coisa ou alguém com um início, mas sem um fim (a vida eterna dos redimidos, ver João 5:24; Apocalipse 21:3, 4); e (c) alguma coisa ou alguém com início e com um fim no sentido de “por algum tempo” (Êxodo 21:5, 6; Jonas 1:17; 2:6). Em relação ao termo inferno, a expressão para todo o sempre deve ser compreendida de acordo com o terceiro caso. Por quê? Embora o injusto sofra o inferno por um limitado período de tempo, seu resultado é eterno. O fogo os “devora” (Apocalipse 10:9). Essa é a segunda morte (Apocalipse 20:14, 15). O inextinguível fogo de Mateus 3:12 não pode ser extinto até que seu trabalho esteja completo e tudo seja queimado (Mateus 13:40-42; Jeremias 17:27).
Finalmente, a vida eterna está disponível somente para os que pertencem a Jesus, e não para aqueles que fizeram uma decisão contra Ele e Deus. Além disso, Satanás também será destruído e eliminado completamente no fogo do inferno (Mateus 25:41; Apocalipse 20:10).
Assim, as Escrituras falam sobre o inferno, mas isto está ainda no futuro e terá duração limitada. Deus não é tirano. Pelo contrário, Ele é um Deus de amor e justiça e em Seu reino não haverá mais sofrimento, dor, tristeza ou morte (Apocalipse 21:3, 4).
Ekkehardt Mueller (via Diálogo)