segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Como criar sua própria Igreja Emergente


Igrejas emergentes estão na moda e conquistando cada vez mais adeptos. Em geral, entre jovens que querem ser cristãos sem deixar de ser cool. Em resumo, são aquelas que acreditam que o cristão não deve se fechar num gueto, mas fazer parte da cultura popular.

A moda surgiu nos Estados Unidos e, obviamente, nós, brasileiros, a imitamos. Já temos os nossos principais pastores emergentes, que conversam principalmente com o público jovem, fazem vodcasts nos seus sites e no Youtube, se vestem de jeitinho muderno e até falam palavrões em suas pregações. É um nicho bem pensado, que exige uma estética própria, um vestuário adequado e in para seus líderes, um visual cool e o abandono de antigas práticas da igreja tradicional, consideradas caretas.

Já tomei conhecimento até de igrejas emergentes no interior de São Paulo onde há cestas de basquete e coisas parecidas no salão onde a galera se reúne descontraidamente, pra trocar umas ideias, bater um papo informal, comungar e aí, rola um papo maneiro sobre Jesus e a Bíblia. E, claro, a música é essencial, pois jovem gosta de música. E onde há música há clipes bem produzidos e lançados em vodcasts e no Youtube. É uma paródia a um desses clipes que você verá aqui.

Meu amigo Andrew (@drewmcalister) descobriu na internet um vídeo que poderíamos chamar de “como criar e divulgar a sua própria igreja emergente”, que reproduzo abaixo.  É absolutamente hilário, pelo realismo. Pena que a locução e as legendas são em inglês, mas se você domina o idioma de Rob Bell, vale a pena dar uma assistida. E, mais que rir, refletir. De qualquer modo, pus logo abaixo do vídeo uma tradução, caso você não domine o inglês.


LOCUTOR: Você não pode impedir: está vindo para uma cidade próxima de você. É pra ser chamado de “Contemporâneo”. Alguns chamam de “Relevante”. Mas nós somos tão cool que chamamos de “Contemporvante”.

CANTOR: Música de abertura! Música de abertura! Música de abertura! Holofotes e grandes baterias. Você sabe que é maneiro porque ouviu na rádio.

LOCUTOR: Ele está certo. Isso foi maneiro. E por falar em maneiro…

APRESENTADOR:  “Jovem modernoso sobe ao palco com óculos da moda. Acolho todos com braços beeeem abertos. Revelo minha tatuagem pra que vocês saibam que tenho um passado. Transição pra banda, convite a todos pra levantar… vamos nessa!”

CANTOR: Essa é a canção que todos conhecem! A canção que todos conhecem!

Minha nova canção, que ninguém conhece. Ninguém conhece esta canção. Quero que vocês aprendam essa canção e comprem meu CD na livraria (após o culto). Quero convidar os diáconos a subir enquanto rola a oferta. Sinta-se livre para dar, é entre você e Deus. Mas… estamos gravando.

LEGENDA DO VÍDEO:

Este é o título.

Estamos esvaziando o palco.

Entra uma pergunta aqui.

Outra pergunta aqui.

LOCUTOR: Um homem tem todas as respostas.

PASTOR EMERGENTE: “Eu tenho todas as respostas. Mostrando a foto de um bichinho. Ou de um bebê de uma nação pobre do Terceiro Mundo.”

LOCUTOR: Falando macio…

PASTOR EMERGENTE: “Para te atrair. E então, enfaticamente, afirmo todos meus argumentos!”

PASTOR EMERGENTE: “Faço uma pausa…”

LOCUTOR: Sussurrando…

PASTOR EMERGENTE: “Repetições.”

PASTOR EMERGENTE: “Ainda fazendo pausas…”

PASTOR EMERGENTE: “Rosto contristado.”

PASTOR EMERGENTE: “Longa oração (para que o líder de louvor possa voltar ao palco)”.

CANTOR: Esta é a canção de encerramento. Com melodias que te farão chorar.

LOCUTOR: Breve em sua cidade um novo tipo de igreja que vai te elevar e te desafiar a crescer. Nós chamamos isso de “Crescimotivação”. Você chama isso de “Manhã de Domingo”.

TEXTO ESCRITO: No próximo fim de semana.

PRÊMIOS MENCIONADOS:
1. VENCEDOR: Prêmio da Fonte de Papiro
2. VENCEDOR: Prêmio de Pastor Vestido Informalmente
3. VENCEDOR: Prêmio de Camiseta Mais Arrojada

Maurício Zágari - Apenas

O câncer de Lula me envergonhou


Senti um misto de vergonha e enjoo ao receber centenas de comentários de leitores para a minha coluna sobre o câncer de Lula. Fossem apenas algumas dezenas, não me daria o trabalho de comentar. O fato é que foi uma enxurrada de ataques desrespeitosos, desumanos, raivosos, mostrando prazer com a tragédia de um ser humano. Pode sinalizar algo mais profundo.

Centenas de e-mails pediam que Lula não se tratasse num hospital de elite, mas no SUS para supostamente mostrar solidariedade com os mais pobres. É de uma tolice sem tamanho. O que provoca tanto ódio de uma minoria?

Lula teve muitos problemas e merece ser criticado por muitas coisas, a começar por uma conivência com a corrupção. Mas não foi um ditador, manteve as regras democráticas e a economia crescendo, investiu como nunca no social.

No caso de seu câncer, tratou a doença com extrema transparência e altivez. É um caso, portanto, em que todos deveriam se sentir incomodados com a tragédia alheia.

Minha suspeita é que a interatividade democrática da internet é, de um lado um avanço do jornalismo e, de outro, uma porta direta com o esgoto de ressentimento e da ignorância.

Isso significa que um dos nossos papéis como jornalistas é educar os e-leitores a se comportar com um mínimo de decência.

Gilberto Dimenstein - Folha.com

Nota: Abaixo, alguns comentários entre os mais de 300 no UOL:

- Por que ele não foi se consultar no SUS? De preferência lá na cidade onde nasceu! Tomara que MOOORRRRAAAA!!!!

- Quem sabe assim ele para de falar M****. Que fique mudo.

- Dentre tantas notícias ruins, até que enfim uma boa… que sejam enterrados os 3: Chaves, LuLLa e DiLLma metralhadora… num buraco bem fundo.

- Essa noticia veio tarde, mais ou menos uns 10 anos. ”Nunca antes nesse pais” li uma noticia tão boa.

- Enfim, há esperança de termos bons candidatos viáveis em 2014!

- QUE NOTICIA MARAVILHOSA! O INFERNO TE ESPERA CUMPANHEIRO.

- Aproveitem PeTralhas, vão ao Vaticano pedir a canonização e beatificação dele.

- OBA !!! ELE VAI MORRER !!!!!!!!!

- FINALMENTE UMA BOA NOTICIA, VAMOS VER SE AS BOLSAS REAGEM AGORA!!!

- Há uma possibilidade dessa ótima notícia ser mais uma das mentiras do Lula. Eu estou torcendo para que seja verdadeira ele não demore a morrer.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Campanha "Get Closer" - Aceita um abraço?


A Pro Infirmis é uma ONG suíça que ajuda as pessoas com deficiência. Este ano, durante uma de suas campanhas, decidiu realizar uma experiência. Eles vestiram Fabian, um portador de deficiência, com uma fantasia de urso e ele ficou no meio de uma praça da cidade para dar abraços. As pessoas aproveitaram a oportunidade para abraçar um urso adorável, mas teriam a mesma reação ao abraçar Fabian sem o disfarce? Provavelmente não. A Pro Infirmis quer que isso mude.

Com mais de 600 mil acessos, a descrição do vídeo que viralizou apenas esta semana, diz: “Existem apenas algumas pessoas que não têm empatia com os portadores de deficiência. No entanto, no ônibus, o banco ao lado de Fabian muitas vezes fica vazio. Pessoas com deficiência são parte de nossa sociedade. Chegue mais perto.”

“Get Closer” [Chegue mais perto], aliás, é o lema dessa campanha da Pro Infirmis, que usa no seu site o slogan “Nós Fazemos os Portadores de Necessidades Especiais Desaparecerem”

Criação da agência suíça Jung von Matt 


Fonte: Pavablog / Social Times

Nota: Lembrei-me deste texto de Mário Quintana:

Deficiências

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: "Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Que roupa vou usar no Céu?


Pense em tudo o que você já comprou: 

casa, carro, celular, notebook, outro celular, sapatos, roupas, mais um celular (o ano virou e você não poderia ficar sem o último modelo, né?), TV, Nintendo, Super Nintendo, Mega Nintendo, Mega Ultra Super Hiper Nintendo, DVD, iPhone  (porque agora celular já tá ultrapassado), móveis, aparelho de som, TV de um bilhão de polegadas com dolby surround (porque aquela de tela plana já é velhinha, né, tenho que ter um home cinema agora), mais roupas, colar de ouro, relógio (meu Deus, como eu poderia esquecer do relógio?!), anel de ouro, pulseira de ouro, ouro em barras, aplicações, câmera digital, filmadora digital, qualquer troço digital, iPhone 4 (quem quer ficar com um 3GS velho, seu pobre?) mais roupa (virou a estação! Temos de renovar o armário!) ténis de corrida, tênis de caminhada, tênis com sistema de amortecimento da NASA, outro carro (esse daqueles que parecem um rinoceronte, de tão grande), bolsa Louis Vuitton (pode ser falsificada mesmo, o importante é acharem que é original), iPhone 5 (ah, esse diz meu nome quando ligo, não dá pra não comprar), mais outro tanto de roupas, um armário maior pra caber tanta roupa, fogão com acendimento a laser, geladeira com refrigeração a laser, microondas com aquecimento a laser, outro carro (um só é pouco, vai que meu 4X4 quebra), livros que não leio mas pelo menos me fazem parecer inteligente na estante, uma estante pra pôr os livros e me fazer parecer inteligente, mais um tênis (é que esse tem sistema de refrigeração Super Fresh e amortecimento Body Impact Reduction), uma TV nova com projetor e som dolby inquestionable surround, mais uma roupa, capa pro iPhone feita de chrome lycron stupidity (o material da hora), iPhone 6 (e daí que acabei de comprar o 5?), notebook novo com 10 gramas a menos de peso (uau! Como a Apple consegue coisas tão extraordinárias como reduzir em 10 gramas o peso de um notebook?!?!), Wii Fit last generarion, X-Box, Y-Box, Z-Box, Bíblia de Estudos à prova d’água (afinal, sou crente, né?), Bíblia em aplicativo para iPhone, um Ipad, Bíblia em aplicativo para Ipad, Blue-ray (DVD? troço velho…), mais roupa, uma casa maior pra caber tanta coisa, móveis novos, TV nova de 6 bilhões de polegadas  (o home cinema não combina com a casa nova), sistema de TV a cabo com 358 canais, casaco com aquecimento antiperspirante, gravata furta-cor daquela marca que o William Bonner usa, um celular de ultimíssima geração (tá, eu sei, já tenho um iPhone, mas esse  celular era tão fofinho que não resisti), um hamster que sapateia em três ritmos diferentes (o do meu vizinho sapateia só em dois, hehehe), mais roupa, aparelho de som novo que parece saído de um filme de Spielberg, dinheiro na aplicação, mais dinheiro na aplicação, aplicação de dinheiro na veia (mais difícil de roubarem), meias de tecido italiano, sapatos novos (os antigos sujaram, é mais fácil comprar um novo que lavar), botox na testa,  ternos novos  (quem consegue viver só com 28, fala sério!), gravatas novas (5 pra combinar com cada terno), relógio novo (a porcaria do antigo só ia até 500 metros de profundidade, este vai a 550, imprescindível!), óculos ray-ban, escrivaninha entalhada a mão por carpinteiros do Tibete, quadros comprados em leilão de qualquer pintor estrangeiro, todos os mais recentes lançamentos da Polishop (que obviamente meus amigos não saberão que é da Polishop, mas direi que vieram de Miami),  notebook novo (pois o último modelo tem tampa que fecha fazendo um barulhinho que imita o R2D2, como não comprar?), bicicleta cross com selim antifracture mega  structural pra pedalar na ciclovia, A-Box, (não sobrou letra do alfabeto, voltemos ao início), mais roupa, novo aparelho de som com mp10 e sound system glorified, uma casa de veraneio, mais roupa, mais DVDs, mais blue-rays, mais canais na NET, mais…

Só que aí você morre.

Chega à porta do Céu e descobre que está pelado. Nu. Sem nada nas mãos.

Jesus está na porta, te esperando. Te olha nos olhos e pergunta:

- Onde está o teu coração?

E tudo o que se vê, até o perder de vista, é a gloria de Deus.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari - Apenas

58: O Filme - Fim da miséria no mundo até 2035


Uma aliança de grupos cristãos e igrejas de diferentes países está se unindo com o propósito de erradicar a pobreza global. A iniciativa recebeu o nome de “58″, uma referência ao capítulo 58 de Isaías, em que Deus chama seu povo para acabar com a pobreza.

Uma das primeiras iniciativas foi a produção de “58: O Filme”, que será usado para inspirar os cristãos a continuar (ou começar) praticando as verdades de Isaías 58. O documentário tem 75 minutos e leva os espectadores a visualizar como vivem os povos mais pobres do planeta, fornecendo estatísticas e apresentando exemplos de como a igreja pode agir para ajudar os 26% da população global que vivem essa realidade. Também foi lançado o livro “58: como a igreja acabará com a pobreza”, que usa os mesmos princípios. Leia um capítulo grátis AQUI.

Dez organizações cristãs têm usado o “58” para simplificar as etapas necessárias para alcançar o que alguns acreditam ser uma tarefa impossível.

Para o Dr. Scott Todd, consultor da ONG Compassion International e um dos coordenadores da 58, a questão principal não é discutir se erradicar a pobreza é uma possibilidade. Ele é mais enfático: “A pergunta é: com que velocidade [a pobreza] pode ser erradicada?’”

Segundo os fundadores da 58, isso poderia acontecer nos próximos 20 anos. Por isso, fixaram o ano de 2.035 como data final. Embora planos sejam feitos, eles asseguram que será necessário que as igrejas estejam realmente dispostas a responder ao apelo de Isaías 58.

Para quem o chama de otimista ingênuo, Scott Todd afirma que seu otimismo baseia-se em fatos concretos e revela como a tirania da pobreza extrema já está sendo quebrada. Ele lembra que:

•    Nos últimos oito anos, o número de crianças que morrem de sarampo no mundo diminuiu 78%.
•    22 países reduziram os casos de malária pela metade em apenas seis anos.
•    Na década de 1980, 40.000 crianças morriam por dia de causas evitáveis. Atualmente, o número caiu para menos de 21.000.
•    A taxa de propagação do HIV no mundo diminuiu em 16% na última década.
•    Em 1981, 52% da população mundial vivia em pobreza extrema (ganhando menos de 1 dólar por dia). A partir de 2005, esse número caiu para 26%.

Conheça mais sobre a iniciativa AQUI (em inglês).



Fonte: Pavablog

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Os engarrafamentos são culpa de Deus


Cá estou eu, sentado no ônibus, em pleno engarrafamento. Você certamente já ficou preso num ou em milhares de engarrafamentos de trânsito, então sabe exatamente do que estou falando. Da irritação. Da sensação de perda de tempo. Da  impotência de não poder fazer nada. Da raiva de não ser rico e ter um helicóptero para ir ao trabalho. 

Todos os dias passar por engarrafamentos faz doer as costas, o bumbum fica achatado, as pernas acabam dormentes. É uma chatice. Mas aí, sem querer ser fanático que diz que se o arroz queimou é culpa do diabo, por outro lado não sou adepto de heresias como o Teísmo Aberto ou a Teologia Relacional e, portanto, acredito sim que Deus controla todas as coisas. Gênesis 1 diz que Ele se preocupou em formar o universo, mas também as sementes das plantas, ou seja, o Senhor atua no macro, mas também no micro. Então isso me faz suspeitar fortemente que Deus tem alguma coisa a ver com os engarrafamentos que pego diariamente para chegar ao trabalho.

Não. Que fique claro que não creio que engarrafamentos são grandes conspirações celestiais contra a humanidade, mas eu os uso como uma metáfora daqueles momentos em que Deus deixa algo ruim acontecer a nós para o nosso benefício. Seriam os “engarrafamentos da vida”.

A Bíblia afirma que Deus “castiga” ou “disciplina”, dependendo da tradução, todas as pessoas que Ele ama (Pv 3:12; Hb 12:6).Também que “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito” (Rm 8:28). Então procuro tentar discernir espiritualmente por que cargas d’água tenho que enfrentar engarrafamentos todos os dias. Ou doenças. Ou tristezas. Ou dores. Ou mágoas. Ou injustiças. Ou o senso da minha própria pecaminosidade. E como minha onisciência anda meio fraca ultimamente, só me resta acalmar o coração e deixar aquele que é supremamente onisciente falar: o Espírito Santo de Deus.

O que ocorre nos engarrafamentos?

É nos engarrafamentos que desenvolvo o amor pelas pessoas, pois sou obrigado a amar aqueles que buzinam sem parar em nosso ouvido sem que possamos fazer nada para sair do lugar. Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais amor.

É nos engarrafamentos que temos tempo para parar e sorrir de alegria ao perceber que fomos abençoados por Deus com recursos para comprar um carro ou pra pagar a passagem do ônibus, que temos um emprego que nos dá esse recurso, que temos saúde para sair de casa todo dia, mesmo que seja para enfrentar um engarrafamento. Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais alegria por nos permitir perceber muito do que temos de bom e que em outras situações nem percebemos.

É nos engarrafamentos que aprendemos a não entrar em conflito com os motoristas ao nosso redor. Que podemos desenvolver paz no relacionamento com as outras pessoas – muitas das quais estão irritadas, chateadas e antipáticas, mas que estão passando pelo mesmo aperto que nós. Se bem usados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais paz com o próximo.

É nos engarrafamentos que aprendemos a ser mais pacientes. Nossa, isso então… será que preciso comentar? Anda, para, anda, para, anda, para… Mas a vida parece mal sair do lugar.  Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter muito mais paciência, num exercício de musculação espiritual para a nossa paciência.

É nos engarrafamentos que aprendemos a ser benignos com o próximo. Quando o cara da pista do lado pede passagem muitos de nós colam no carro da frente. Afinal, imagina se vou deixar alguém passar na minha frente! Estamos acostumados a nos pôr em primeiro lugar. Afinal, a amabilidade com o próximo é algo tão fora de moda! Mas nos engarrafamentos temos, se você observar bem, muitas oportunidades de sermos amáveis. Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais amabilidade (ou seu sinônimo, benignidade).

É nos engarrafamentos que aprendemos a ser bons. A ceder. A não brigar. A suportar. A esperar em favor dos outros. A abrir mão do espacinho que seria bom para nós para que outros se beneficiem. Afinal, a Bíblia não nos manda “preferir os outros em honra”? A agir com o próximo como gostaríamos que ele agisse conosco? Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais bondade.

É nos engarrafamentos que aprendemos a ter fidelidade a aqueles com quem estamos aliançados. É ter a preocupação de avisar aqueles que nos esperam no horário combinado de que chegaremos atrasados. Ou então buscar alternativas de transporte que nos permitam escapar do engarrafamento para sermos fieis ao compromisso assumido, mesmo que isso nos custe gastar um dinheiro a mais para saltar e pegar o metrô, por exemplo. Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais fidelidade.

É nos engarrafamentos que aprendemos a controlar nosso temperamento. A evitar os acessos de fúria porque o veículo não sai do lugar. A não se irritar e sair xingando a vida porque o sinal abriu, fechou, abriu e fechou de novo e você não saiu do lugar. Uma pessoa irritadiça ou irada pode se descontrolar nessas horas. Mas o bom treinamento quando não se pode sair do lugar nos torna mais mansos. Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais mansidão.

É nos engarrafamentos que aprendemos a domar-nos. A fazer tudo ao contrário do que gostaríamos. Queremos xingar o motorista da frente, mas não xingamos. Queremos entrar na contramão, mas não entramos. Queremos fazer a bandalha, mas não fazemos. Queremos avançar o sinal, mas não avançamos. Queremos cortar o carro do lado, mas não cortamos. Se bem aproveitados, engarrafamentos nos ajudam a ter mais domínio próprio.

Resumo da ópera

Todos nós odiamos engarrafamentos. Mas perceba que um engarrafamento é uma ótima oportunidade para você desenvolver amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Que, se você olhar em Gálatas 5:22,23, é o Fruto do Espírito.

E tente enxergar como engarrafamentos todos os momentos da sua vida em que você está em uma situação em que não gostaria, de que você aparentemente não tem como escapar e que te dá todos os motivos do mundo para deixar aflorar o que de pior há em si. Mas há outra opção. O cristão com discernimento espiritual vai olhar para essas circunstâncias e ver que são excelentes oportunidades para desenvolver o Fruto do Espírito. E aí eu começo a desconfiar que Deus tem alguma coisa a ver com isso.

Só pra terminar, repare que engarrafamentos têm suas vantagens. Se não fosse ter ficado preso num engarrafamento, hoje eu não teria tido tempo de escrever este post no período de apenas uma viagem de ônibus. Dá o que pensar. Se o que escrevi aqui te fez refletir e te ajudou de algum modo a enxergar a vida com olhos mais cristãos, eu glorifico a Deus por ter levado 45 minutos num trajeto em que levaria normalmente cinco.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari - Apenas

Superentidade controla economia mundial

A economia global é comandada por uma "superentidade" formada por uma rede de relativamente poucas corporações transnacionais, cuja relação estreita de propriedade entre si traz riscos à estabilidade do sistema econômico mundial, segundo estudo realizado por cientistas com base na Suíça.

A pesquisa, feita por especialistas do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, com sede em Zurique, e que será publicada na revista científica PloS ONE, usou métodos de análise de sistemas complexos para estudar 43.060 multinacionais, a partir de uma base de dados de 37 milhões de empresas e investidores de todo o mundo, datada de 2007.

Das corporações estudadas, os cientistas criaram um modelo a partir das participações acionárias das empresas entre si, somadas a seus lucros operacionais. Assim, os pesquisadores chegaram a um "núcleo" de 1.318 corporações que possuem no mínimo duas outras - embora elas tivessem, em média, elos com 20 outras empresas.

Essa rede de 1.318 companhias, de acordo com a pesquisa, possuía a maior parte das ações de empresas de alta confiabilidade e lucratividade (conhecidas como ações blue chip) e de manufatura do mundo, que representam cerca de 60% dos lucros operacionais globais.

A maioria das corporações que compõem este grupo é formada por bancos. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha são os países com o maior número de empresas nesta lista, seguidos por França, Espanha e Itália. O banco Bradesco é a única empresa brasileira que está neste núcleo.

Rede restrita de corporações

Ao estreitar ainda mais a rede de propriedade das corporações, os cientistas encontraram uma "superentidade" formada por 147 empresas que possuem parte ou a totalidade da propriedade umas das outras. Segundo o estudo, esta "superentidade", embora represente menos de 1% das multinacionais do mundo, comanda 40% da riqueza gerada pelas outras 42.913.

A exemplo do grupo mais amplo, esta rede "superexclusiva" é formada, em sua maioria, por instituições financeiras. Entre as 20 corporações mais poderosas desta relação estão o banco britânico Barclays (em primeiro lugar) e os bancos americanos JPMorgan Chase e Goldman Sachs.

Pelo fato de a pesquisa ter usado dados de 2007, a instituição financeira americana Lehman Bros., cuja falência acabou dando início à crise mundial de 2008, aparece em 34º lugar entre as corporações mais poderosas da "superentidade".

Os autores da pesquisa afirmam que, usando métodos de análise de sistemas complexos, pretenderam realizar um estudo sobre a economia global levando em conta informações "puras", e não convicções ideológicas. "Deixe os dados falarem, e não os dogmas", disse um dos pesquisadores, James Glattfelder, em seu blog.

O estudo, no entanto, sofreu críticas. O especialista Yaneer Bar-Yam, chefe do Instituto de Sistemas Complexos da Nova Inglaterra (EUA), disse à revista New Scientist que a pesquisa iguala as noções de propriedade e de controle, o que não seria, segundo ele, sempre a mesma coisa.

Riscos à estabilidade

De acordo com o economista John Driffill, da Universidade de Londres, este estudo é o primeiro a identificar empiricamente algo há muito debatido, que é a rede de poder formada por um grupo razoavelmente pequeno de grandes corporações transnacionais.

Segundo ele, no entanto, a importância do estudo não reside tanto no fato de verificar a existência de uma "superentidade" que comanda a economia no mundo, e sim em trazer novas ideias sobre os riscos à estabilidade financeira global, com base na interdependência entre as corporações.

"O problema na Europa hoje é que todos os bancos que possuem parte da dívida grega e espanhola fizeram empréstimos entre si, então se um deles quebrar, todos os outros quebrarão. São ligações como essas que fizeram com que a quebra do Lehman Bros. em 2008 se tornasse um desastre global", disse Driffill à BBC Brasil.

O estudo foi divulgado depois que ativistas em todo o mundo realizaram ocupações e protestaram contra as grandes corporações e os cortes de gastos públicos.

Driffill afirma, no entanto, que o fato da economia global ser comandada por uma rede limitada de empresas não é algo intencional ou planejado, e sim um movimento espontâneo.

"Este é um grupo grande, formado por mais de cem empresas, com interesses bastante diversos entre si. Não é possível que elas estejam de alguma forma conspirando", afirma.

As 20 maiores corporações "superconectadas"

1. Barclays (Grã-Bretanha)
2. Capital Group Companies (EUA)
3. FMR Corporation (EUA)
4. AXA (França)
5. State Street Corporation (EUA)
6. JP Morgan Chase (EUA)
7. Legal & General Group (Grã-Bretanha)
8. Vanguard Group (EUA)
9. UBS (Suíça)
10. Merrill Lynch (EUA)
11. Wellington Management (EUA)
12. Deutsche Bank (Alemanha)
13. Franklin Resources (EUA)
14. Credit Suisse (Suíça)
15. Walton Enterprises (Grã-Bretanha)
16. Bank of New York Mellon Corp (EUA)
17. Natixis (França)
18. Goldman Sachs (EUA)
19. T Rowe Price Group (EUA)
20. Legg Mason (EUA)

Fonte: BBC Brasil

Nota: Ellen White afirmou que no fim dos tempos também haveria grandes conglomerados comerciais: “Os ímpios estão sendo atados em feixes, atados em conglomerados comerciais” (Eventos Finais, p. 116)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Evangelismo no Pan: Meninas do Vôlei Recebem Botom Missionário

Jogadoras do Brasil posam com suas medalhas de ouro no pódio depois da partida final de vôlei feminino contra Cuba nos Jogos Pan-americanos em Guadalajara, em 20 de outubro de 2011
Os voluntários do projeto Radical Latino-Americano vêm anunciando o Evangelho em Guadalajara, no México, durante os Jogos Panamericanos.

Atletas como as jogadoras da seleção brasileira de vôlei, ganhadoras da medalha de ouro, e pessoas envolvidas na organização do evento têm assim a oportunidade de ouvir as boas novas da Palavra de Deus.

Na última quarta-feira (20), os voluntários, chamados de “Radicais”, atuaram no Complexo Pan-Americano de Vôlei, em Guadalajara, com a missão de apoiarem o departamento de árbitros e os atletas. No local, os evangelistas usaram o botom “Más que el Oro” (“Mais que o Ouro”, em português).

 “Más que el Oro” é uma organização de evangélicos que atua nos principais eventos esportivos mundiais, como Olimpíadas, Copa do Mundo e Jogos Pan-Americanos. Nessa edição dos Jogos Panamericanos, os Radicais se uniram a eles e estão anunciando a mensagem da salvação em Guadalajara.

Os jovens puderam compartilhar o plano de salvação momentos antes da cerimônia de entrega das medalhas às meninas do vôlei.

Naqueles breves momentos os evangelistas compartilharam com as atletas a seguinte mensagem: que o ouro que estavam recebendo era importante, porém que Jesus Cristo vale mais do que ouro, e entregou Sua vida por amor de cada uma delas.

No pódio pode ser visto que várias atletas levavam o boton ‘Más que el Oro’ em seu peito, na mesma hora em que recebiam a honraria máxima do jogos: a medalha de ouro.

De acordo com a Junta de Missões Mundiais (JMM), naquela noite também outras 27 pessoas puderam ser evangelizadas e receberam os botons, sendo que 11 tomaram sua decisão por Cristo.

A equipe de “Radicais” trabalha diretamente com a organização do Pan, e, por meio de conversas informais, diz que mais de 200 pessoas já foram evangelizadas, sendo que 30 já fizeram sua decisão.

Fonte: The Christian Post

Vamos trocar Halloween por Jesus Ween


Halloween – noite sagrada (hallow evening, em inglês) é celebrado entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e o nascer do dia 1° de novembro. A tradição diz que o mundo dos vivos e o mundo dos mortos se uniam em uma coisa só (veja aqui mais detalhadamente sua origem). Por isso a imagem mais comum é a de fantasmas, bruxas e monstros indo de casa em casa pedindo comida.

Com o tempo, a comida servida deu lugar aos doces que as crianças vestidas de monstros pedem ao longo da noite. A comemoração do Halloween foi se popularizando e hoje já é lembrada em vários países, inclusive no Brasil.

Agora, um grupo cristão canadense tenta mudar a história, incentivando as pessoas a doarem Bíblias e presentes cristãos como “uma forma amigável de lembrar as crianças” que Jesus venceu a morte.

Por isso o nome da festa para eles deveria ser Jesus Ween [um trocadilho com win, vencer em inglês]. O projeto Jesus Ween foi criado pelo pastor Paul Ade, que vive em Calgary, Canadá. Ele tem feito seminários em diversas igrejas da América do Norte tentado mobilizar cristãos de todas as denominações a levarem a sério essa iniciativa.

A grande maioria dos cristãos considera o Halloween apenas uma festa cultural, algo inofensivo e divertido. Porém, uma minoria cristã tem se oposto a ele, classificando-a de “demoníaca” e “espiritualmente perigosa”. Agora o Jesus Ween pretende ser uma “alternativa saudável que pode melhorar a vida de todo mundo”, segundo notícia do seu site.

Muito criticada desde que foi anunciada, a festa do “Jesus vencedor” poderá ser um imenso fracasso ou mudar vidas para sempre. Vai depender da adesão dos cristãos norte-americanos e canadenses. Em seu site, o grupo reconhece que o esforço ainda é tímido e tem pouca adesão, mas pretende crescer e ter um alcance mundial.
 
Fonte: Gospel Prime

Jesus: o rei das expectativas não atendidas


Convenhamos: Cristo não satisfez as expectativas das pessoas. Ele deveria ser o salvador de Israel. Ele deveria ser o rei do mundo. Todavia, nasceu em uma cidade desconhecida, filho de pais desconhecidos, e levou uma vida bem desconhecida até que chegou aos trinta anos. Quando finalmente as coisas começaram a se encaminhar, não foi da forma como deveria ter sido. Pelo menos, não foi da forma que as pessoas achavam que deveria ir. Apesar de protestado por alguns, Ele foi batizado por outra pessoa (João 3:14-15). Ele foi rejeitado em sua própria cidade natal (Mateus 13:57). 

Quero dizer, quem pode culpá-los? “Ah, é apenas Jesus. Troquei as suas fraldas. Agora Ele acha que é alguém especial? Quando Ele veste as calças, coloca uma perna após a outra, como qualquer um de nós.” Ele escolheu um grupo de pescadores rudes e zé-ninguém para serem Seus principais seguidores. Outros provavelmente caçoaram, “Isso é o melhor que Ele consegue!” Ele foi rejeitado pela instituição religiosa da época. Os aristocratas não queriam nada com Ele.

Toda vez que Ele ameaçava começar algo, logo em seguida voltava. Após realizar vários milagres, Ele começou a chamar a atenção das pessoas. “Talvez haja algo nesse Jesus. Talvez Ele seja o escolhido. Talvez Ele seja o rei que vai salvar essa nação.” Então Ele dava meia volta e dizia algo louco como “todo aquele come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim” (Jo 6:56) e os assustava. Então, acima de tudo, Ele vai e morre. Não, na verdade há mais. Ele vai e morre em um pedaço de madeira. “Porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus.” (Dt 21:23). Cristo era o rei de não atender as expectativas das pessoas. Ele era o rei de trazer experiências que nos confundem.

Cristo te deixou confuso? Deus te deixou confuso? Seus atos não estão atendendo as suas expectativas? O grito do primeiro século que levou Cristo para a cruz era “Nós não queremos que este homem reine sobre nós.” Ou seja: “Ele não atende às nossas expectativas.” Muitas vezes, damos o mesmo grito. Muitas vezes, eu dou esse mesmo grito. Quando descobrimos quem realmente Cristo é – quem realmente Deus é – nós muitas vezes mudamos a estação, em busca de novas esperanças, alguma que atenda as nossas expectativas. Quando a doença mata o nosso filho, quando as contas não estão pagas, quando está difícil arrumar trabalho, quando a depressão não vai embora, nós muitas vezes, silenciosamente, dizemos, “Eu não vou ter esse homem governando sobre mim.”

Esta é a situação que os apóstolos enfrentaram quando todos os outros viraram as costas para Cristo:

Como resultado disso [isso é, quando Cristo não supriu as suas expectativas] muitos de Seus discípulos retiraram-se e não estavam mais seguindo Ele. Então, Jesus disse aos doze, “Vocês também não querem ir?” (João 6:66-67)

Eles responderam:

“Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus” (v. 69)

Resposta honesta. Não é como se eles não estivessem tão confusos quanto os outros. De fato, os apóstolos tinham as mesmas expectativas não atendidas. Eles também estavam um pouco confusos. Contudo, sua resposta foi de total dependência e transparência: “Nós não temos nenhuma outra opção melhor. Por mais confuso que você seja, nós não temos nenhum outro lugar para ir. Você é Deus. Faremos o nosso melhor para ajustar as nossas expectativas”.

Deus, muitas vezes, não supre as nossas expectativas. 

A pergunta é: para onde mais iremos?

C. Michael Patton | Traduzido por Marianna Brandão | iPródigo | Original aqui

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ande sempre armado


O desespero era total. Desde o dia anterior, velhos, pessoas doentes, mulheres chorando, carregando crianças de colo, levando trouxas de roupas, comida e água para a viagem, tentavam fugir de qualquer maneira. Famílias inteiras lotavam os raros caminhões ou automóveis, que saíam em disparada rumo ao litoral. A ordem do prefeito era que quem estivesse desarmado deveria sair da cidade.
 
A estação ferroviária estava superlotada. Vagões de carga foram atrelados ao trem para que a multidão pudesse partir.
 
Retardatários, em lágrimas, imploravam um lugar para viajar. O movimento na estação durou a noite toda e só terminou na tarde do dia seguinte, quando foram ouvidos os primeiros tiros, dando início ao terrível combate. Mas a meta havia sido alcançada: a cidade estava deserta. Só haviam permanecido os homens encarregados da defesa.
 
Assim foi o dia 13 de junho de 1927, dia esse que ficaria para sempre registrado na história de Mossoró, no Rio Grande do Norte. E todo esse tumulto fora provocado por ninguém menos que o famigerado Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, conhecido como “O Rei do Cangaço”, o qual havia enviado ao prefeito, o Coronel Rodolfo Fernandes de Oliveira, um bilhete exigindo a quantia de 400 contos de réis para não atacar a cidade.
 
O prefeito respondeu, dizendo que não tinha o dinheiro e que estava preparado para enfrentá-lo. Em seguida, mandou evacuar a cidade, e organizou a resistência. O bando de Lampião atacou Mossoró às quatro horas da tarde, do dia 13 de junho, e uma hora e meia depois, havia fugido, derrotado. Graças à coragem e ao preparo dos mossoroenses, muitas vidas foram salvas naquele dia.
 
O cristão também deve estar sempre preparado para enfrentar os inimigos visíveis e invisíveis. E a arma que ele deve empunhar e saber manejar com destreza é a Palavra de Deus, que é “mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4:12).
 
“Não é hora de o povo de Deus mostrar fraqueza. Não podemos deixar de ficar alerta um momento sequer” (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 42).
 
Ande sempre armado com a Palavra de Deus.

“Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.” Efésios 6:17

Rubem M. Scheffel

Série "A Caixa Preta de Darwin" - Nova Semente


Afinal, de onde viemos? Qual é a origem do universo? Com o surgimento do moderno processo científico, e em especial o trabalho realizado por Darwin, muitos chegaram à conclusão de que a idéia da existência de Criador era irrelevante e ultrapassada. Será que ciência e religião são irreconciliáveis? Quem aceita o criacionismo precisa, necessariamente, rejeitar a ciência? Essas são algumas das perguntas que serão analisadas durante essa série.

Mensagens transmitidas pelo Pr. Kleber O. Gonçalves

Parte 1 - A Origem da Vida



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

22 de outubro de 1844 - O Grande Desapontamento



Por volta de 1840, muitos pregadores pelo mundo estavam proclamando que Jesus estava para voltar. O pesquisador Le Roy Edwin Froom indica que entre esses pregadores, de várias denominações cristãs, havia brancos, negros, mulheres e até mesmo crianças. Houve uma garota do campo na Europa que atraiu de três a quatro mil pessoas ao pregar sobre o fim do mundo. Grande foi o impacto que ela exerceu na vida de muitos.1

Nos Estados Unidos, foi a pregação e os escritos de Guilherme Miller, um fazendeiro que se tornou pregador, que despertou a paixão tanto de crentes quando de descrentes. Miller e seus associados proclamavam a seguinte mensagem: “Assim como o primeiro advento de Jesus Cristo foi predito em Daniel 9, Seu segundo advento é identificado em Daniel 8:14. Visto que a terra deve ser o ‘santuário' a ser ‘purificado', isso vai acontecer por meio do fogo quando Jesus voltar. Começando com 457 a.C., a profecia dos 2300 dias/anos de Daniel 8:14 culminará ao redor de 1843-1844. Jesus virá outra vez por volta desse tempo. Portanto, prepare-se para encontrá-Lo! Sua volta será um evento literal e visível que precederá o milênio.” Essa era a essência da proclamação milerita.

Vinte e dois de outubro de 1844 foi finalmente estabelecido como o dia em que a profecia terminaria. Aquele era o dia em que a terra seria purificada pelo retorno de Jesus. Milhares de mileritas, vários milhares, aguardaram pacientemente, fervorosamente, até que o dia chegou. Então eles esperaram o dia inteiro, mas Jesus não veio, deixando-os profundamente desapontados. Eles foram forçados a admitir que alguma coisa havia saído errado.

Uns poucos dentre os desapontados estudaram as Escrituras ainda com mais fervor. Não demorou para que aprendessem que embora a data de 22 de outubro de 1844 estivesse correta, o evento estava errado. Esses crentes entenderam que o santuário a ser purificado não estava na terra, mas no céu. Jesus havia entrado no santo dos santos do santuário celestial para dar início a Sua obra de julgamento. Como Ellen White mais tarde declarou: “O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844.”2

Ángel Manuel Rodríguez comenta: “Tendo completado na terra a obra para a qual viera (João 17:4, 5; 19:30), Cristo ‘foi elevado ao céu' (Atos 1:11) para ‘salvar definitivamente aqueles que, por meio dEle, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles' (Hebreus 7:25), até que em Sua segunda vinda Ele vai aparecer ‘não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que O aguardam' (Hebreus 9:28). Entre esses dois pólos, a cruz e o glorioso retorno do Senhor, Cristo atua como sacerdote real ‘no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem' (Hebreus 8:2), o advogado (I João 2:1) e intercessor daqueles que nEle crêem (Romanos 8:34). Como nosso Sumo Sacerdote, Cristo está ministrando os benefícios de Seu sacrifício àqueles que vêm a Ele, um ministério tão essencial à nossa salvação como Sua morte substitutiva.”3

Assim, o grande desapontamento de 22 de outubro de 1844 se tornou uma poderosa mensagem. É verdade que Jesus não veio como os mileritas pensavam. Mas, um pequeno grupo de crentes desapontados descobriram nova luz bíblica – a verdade de que Cristo entrou na fase final de Seu ministério sumo-sacerdotal no santuário celestial, após o qual Ele vai finalmente voltar para redimir Seu povo. Assim nasceu a Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sua fé firmemente ancorada no breve retorno de Jesus e com o compromisso de pregar toda a verdade em Jesus. O ano de 1844 é, de fato, importante para o nascimento do adventismo.

Mas, 1844 é de interesse em outras áreas também. Movimentos surpreendentes e destrutivos à fé surgiram no panorama mundial na mesma época, formando um cenário de desafio e urgência para a proclamação adventista, e chamando os habitantes do mundo a olhar para a genuína verdade acerca de Deus e Seu papel no final da história humana (marxismo, dispensacionalismo, evolucionismo, espiritismo moderno).

Deus, em Sua graça e providência, sempre tem levantado um pequeno, mas corajoso, grupo de crentes na Bíblia para descobrir a verdade em sua plenitude e torná-la sua prioridade de missão global e testemunho. Não, 1844 e o surgimento do adventismo não são meros acidentes! São o plano de Deus para manter viva a chama da verdade em meio às trevas de engano que envolveram a história humana por volta da mesma época.

O ano de 1844 e sua grande importância não podem jamais ser minimizados ou esquecidos. O conselho de Ellen White é oportuno: “Ao recapitular a nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até ao nosso estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado.”4

1. Veja Le Roy Edwin Froom. The Prophetic Faith of Our Fathers: The Historical Development of Prophetic Interpretation. Washington, D.C.: Review and Herald Publ. Assn., 1954, vol. 4. pp. 443-718 (veja especialmente pp. 699-718).

2. Ellen G. White. O Grande Conflito. 42. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. p. 423.

3. Ángel Manuel Rodríguez. Handbook of Seventh-day Adventist Theology. Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publ. Assn., 2000. p. 375.

4. Ellen G. White. Mensagens Escolhidas. 3. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1987, vol. 3. p. 196.

Fonte: Revista Diálogo Universitário

Nas garras do impossível


A vida é cheia de impossíveis.  Amores impossíveis. Curas impossíveis. Sonhos impossíveis. Companhias impossíveis. Empregos impossíveis. Vidas impossíveis. A impossibilidade nos cerca, nos esmaga, nos devasta. Esticamos a mão, mas não alcançamos. Queremos mas não temos. Pois esse animal leproso chamado “o impossível” nos açoita com azogues diários. Só você e Deus sabem qual e como é o teu impossível, mas tenha ele a cara que tiver, certamente é horripilante, assustador. Todo impossível é venenoso e tem ferrões que furam a alma e abatem o espírito.

E o impossível, como uma fera que arrasta atrás de si sua longa cauda, traz consigo dor. A dor do impossível. É uma das dores mais insuportáveis que há, pois é uma dor que não depende de nós para ser superada. Nada podemos fazer. Somos impotentes, manietados, presos em nossas limitações.

O impossível é um animal feroz que devora nossas entranhas e nos joga na cara quem nós somos: pó. Limitados. Impotentes. Meros humanos. O impossível dá lições de humildade, pois mostra ao autossuficiente que ele é dependente. Nós olhamos nos olhos do impossível e ele nos encara com seu olhar injetado, suas garras sujas e afiadas e seu hálito de morte.

E o que fazer quando o impossível surge em nossas vidas? Sinceramente? Nada. Não há nada a fazer. Perdoem-me os triunfalistas, os que falam que dizem que tendo fé se resolve qualquer parada, os que declaram, decretam e “tomam posse” da vitória. Pois por vezes isso não adianta nada. Somos encurralados pelo impossível e só nos resta chorar de horror e esperar um milagre para subverter o curso das coisas. 

Quando o impossível nos encurrala contra uma parede, não há para onde correr, não há! Senão o impossível não se chamaria im…possível.

A única esperança é um milagre. E o único que pode fazer esse milagre se chama Jesus de Nazaré.

Lucas 1:37 – “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as Suas promessas.”

Lucas 18:27 – “Mas Ele respondeu: Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus.”


Há uma única escapatória das presas sanguinolentas do impossível: o milagre de Deus. O grande problema é que não sabemos qual é a vontade absoluta dEle. 

Nós ali, de costas contra a parede, encurralados pelo impossível, que como uma besta-fera sadicamente caminha de um lado ao outro esperando a hora da devora. E, de repente, pode acontecer que apenas ouviremos a voz distante do Nazareno dizer “a minha graça te basta”. E aí teremos de conviver com a realidade da fúria do impossível. Mas pode acontecer que, diante de nossas lágrimas e de nosso clamor, o Mestre chegue. E com apenas uma única palavra, o impossível caia fulminado e inerte no chão.

Como vencer a angústia dessa espera? O Mestre virá? Nunca sabemos. Pode ser que Ele queira que nos fortaleçamos ao encarar o impossível. Pois “o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Se alguém descobrir o segredo me avise. Não tenho respostas para tudo e vivo os meus impossíveis do meu modo: oro ao Senhor e, se o impossível dá botes, dentadas e unhadas, procuro esmurrá-lo com quaisquer tocos de madeira que haja ao alcance da minha mão, esperando retardar sua ação. Esforçando-me, enquanto isso, para acreditar que o socorro virá.

Encurralado. Com medo. O hálito fétido do impossível se entranha em minhas narinas. Nessa hora elevo os meus olhos para os montes, buscando desesperadamente ver de onde me virá o socorro. E então me lembro que o meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra… E que Ele não permitirá que os meus pés vacilem.

O impossível está aí, Pai.

Espero de ti os teus possíveis. É tudo o que posso fazer.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari - Apenas

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Você sofre com os vícios modernos?

Você bebe muito café? Passa muito tempo na internet? Se sente exausto todo o tempo? Se sim, você pode estar sofrendo com o mal da modernidade. O que causa nossa dependência e o que fazer para vencê-la?

O mundo moderno está se tornando um lugar cada vez mais alarmante. Muitos de nós temos que nos adaptar a várias transformações somente para aguentar as pressões do dia a dia.

Para muitas pessoas, isso significa estar amarrado aos vícios modernos, que aumentam o nível de estresse e diminuem a saúde e a felicidade.

Internet

Em seu manifesto 'Você não é um aplicativo', o escritor, cientista e filósofo Jaron Lanier escreveu: "O que é um ser humano? Se eu soubesse a resposta para essa pergunta, seria capaz de programar alguém por meio do computador. Mas não sou. Ser humano não é uma fórmula, é um mistério". Infelizmente essa consciência está se perdendo para muitas pessoas, que fazem do meio virtual uma constante obsessão. Isso vem acompanhado por altos níveis de ansiedade quando não ficam próximos às telas de seus computadores por muito tempo. Os profissionais da saúde reconhecem esse sintomas como uma obsessão pela Internet e advertem que ela pode estar relacionado a outros sintomas, como deixar de dormir e comer, sentir-se cansado, irritado e à margem da sociedade.

Sexo

Uma em cada 20 pessoas sofrem com obsessão por sexo. A obsessão por sexo é extremamente prejudicial em alguns relacionamentos e a saúde mental e profissional podem ser abaladas por isso. O mundo moderno é culpado por estimular o sexo: a grande disponibilidade de material pornográfico na Internet e a sexualização de mulheres e homens na televisão faz com que aumentem as pessoas com problemas psicológicos relacionados a isso.

Telefone celular

Os telefones celulares foram criados com o objetivo de tornar a vida dos seres humanos mais prática e utilitária. Mas hoje o uso excessivo dos aparelhos celulares se tornou um sério problema social, pois coloca obstáculos ao relacionamento pessoal e transforma a noção de realidade dos seres humanos. Os telefones celulares podem, ironicamente, conectar você a alguém do outro lado do mundo, mas ao mesmo tempo, deixar você longe de quem senta ao seu lado na mesa de jantar.

Café

O café é tão consumido pelos seres humanos que hoje a Inglaterra, por exemplo, é um país em que cada cidadão consome, anualmente, cerca de 2,8 kg do pó marrom. Os especialistas acreditam que a cafeína provoca dependência. Pessoas ficaram com fortes dores de cabeça, irritadas e cansadas quando não consumiam sua dose matinal de cafeína.

Exercícios
 
A extrema pressão para parecer bonito pode explicar por que algumas pessoas praticam atividades físicas obsessivamente. Um estudo publicado pelo Jornal de Neurociência descobriu semelhanças entre os efeitos gerados por exercícios exaustivos e pelo abusos de drogas. Outra pesquisa da Universidade de Wisconsin descobriu que quando o exercício foi negado para alguns animais, equipamentos detectaram atividades cerebrais idênticas à de abstinência por substâncias químicas.

Televisão

A primeira coisa que muitos de nós gostamos de fazer depois de um dia de trabalho é cair no sofá e ligar a televisão. O aparelho de TV se tornou parte integrante de nossas vidas e alguém que não tiver um é considerado anormal. Os britânicos assistem à TV cerca de quatro horas por dia, o que significa que aos 65 anos eles terão gasto nove anos apenas vendo televisão. Estabeleça um limite de tempo para ver a televisão. Você deve aproveitar a tecnologia e o entretenimento que ela proporciona, mas não deixe que ela torne você obcecado.

Trabalho

Embora pareça exagero, há fortes evidências que a obsessão por trabalho é um transtorno de comportamento que pode se tornar uma doença séria. De acordo com pesquisas, trabalhar mais de 12 horas por dia faz com que o risco de desenvolver doenças graves aumente em 37%. Os especialistas diferenciam o excesso de trabalho com a obsessão por trabalhar: se você trabalha duro mas ainda encontra tempo para se divertir, ótimo. Mas se mesmo de férias na praia você continua se preocupando com o trabalho, você pode estar com problemas.

Comida

Cortar alimentos calóricos de sua dieta pode ser tão difícil quanto parar de fumar. Comer compulsivamente é um dos vícios da modernidade. A abundância de comida barata significa que quase todos nós nos habituemos a ingerir mais do que precisamos. O jeito que a comida é feita não nos ajuda também. O corpo reúne uma combinação de gordura, açúcar e sal e faz dessas substâncias um verdadeiro vício.

Compras

Com os adventos da Internet, gastar dinheiro nunca foi tão fácil. O velho estereótipo de que as mulheres é que são compradoras compulsivas está caindo por terra, já que pesquisas mostram que esse transtorno afeta um em cada 20 adultos, sendo os homens a maioria. E não é apenas o prazer em gastar que nos faz comprar. Compradores compulsivos tentam eliminar o estresse e a ansiedade das pressões do dia a da por meio da compra. No entanto, comprar compulsivamente pode ser perigoso para a mente e para o físico, já que o transtorno está relacionado à depressão.
 
Fonte: MSN