sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Religião versus Rock no Rio de Janeiro


Os dois dias seguintes à abertura do Rock in Rio foram marcados por centenas de faixas espalhadas ao longo da avenida das Américas, percurso da zona sul do Rio de Janeiro até a Cidade do Rock, na zona oeste, com os dizeres: “Por Um Mundo Melhor? Só Jesus”. Na porta do evento, vários religiosos distribuíam panfletos com a mesma pergunta. Essa foi uma iniciativa da ala jovem da igreja Assembleia de Deus, de Campo Grande, na mesma região da capital fluminense.

Leia a seguir na íntegra o que estava escrito no tal panfleto e preste atenção nas inúmeras menções ao Rock in Rio.

“Certa vez, Ele tocou uma música que repercutiu como nunca no palco do mundo inteiro, e conquistou o coração de Deus. Momentos antes, Ele havia conduzido com dificuldade Sua pesada guitarra de madeira, em formato de cruz, até o alto de uma rocha chamada Calvário. Talvez tenha sido por isso que Ele se tornou conhecido como Cristo in Rock, ou Cristo do Calvário, ou Cristo do Rock in Rio.

Ele dominava tão bem a Sua arte que era capaz de tocar Sua guitarra simplesmente deitando-se sobre ela. E foi o que Ele fez. Para que o mundo inteiro pudesse vê-lo e ouvi-lo, os cenógrafos do Calvário o cravaram sobre Sua guitarra e o ergueram. O mundo jamais viu ou ouviu guitarrista igual. Sua palheta eram pregos. A letra da música que Ele cantou era composta de sete palavras: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lucas 23:34). Após tocar o melhor solo de guitarra de toda a sua vida, Ele encerrou a Sua carreira dizendo: Está consumado (João 19:30). Reclinando a cabeça para o lado, fechou os olhos e expirou.

Extasiado com o que ouvira, e talvez querendo levar o guitarrista a tocar outra vez, um daqueles cenógrafos do Calvário aproximou-se de Cristo in Rock e golpeou o seu coração com uma lança. Um rio de sangue começou a escorrer do Seu peito. Cristo in Rock tornara-se agora Cristo do Rock in Rio; Cristo inundando a rocha do seu coração com o rio do Seu amor.

A música que Cristo in Rock tocou para o mundo tem um nome: Reconciliação com Deus. Ele dedicou essa música a mim e a você. Ouça-a, e tire o melhor proveito de sua letra para sua vida”. E completa no verso:

Não Perca a Atração Principal. A música é o maior instrumento para reunir pessoas em favor de um propósito, seja por uma causa social ou somente diversão. Uma atitude louvável, porém de alegria momentânea. Por isso, queremos convidar você a conhecer alguém que pode ser a atração principal da sua vida. Ele não precisa de holofotes para ser visto em meio à escuridão, porque é a própria luz. E, em pouco tempo, estará diante de uma multidão maior do que a deste festival, onde milhões de pessoas, numa só voz, numa direção, estarão cantando e alegrando-se eternamente.

Talvez esta seja a sua única oportunidade de estar perto daquele que realmente pode tornar seus sonhos em realidade e intervir em prol de um mundo melhor. Entregue sua vida a JESUS agora mesmo e não pare de sonhar, de amar e de viver”.

Fonte: Yahoo

Como as cores conquistaram seu significado simbólico


As cores são cheias de valor simbólico, ao começar com as roupas de bebês – azuis para meninos, rosas para meninas, amarelas quando não se sabe o sexo.

Mesmo no mundo moderno, onde crenças supersticiosas em grande parte desapareceram na luz dos conhecimentos científicos, muitas cores mantiveram associações antigas. A maioria das pessoas sabe que as noivas devem usar branco, que “ver vermelho” significa estar com raiva, e que se pode sentir “verde de inveja”. Mas a aprendizagem dessas conotações requer um olhar para trás, para as crenças e práticas dos antigos. Confira:

1 – Vermelho: paixão

O vermelho tem uma gama de significados simbólicos, incluindo vida, saúde, vigor, guerra, coragem, raiva, amor e fervor religioso. O traço comum é que todos estes sentimentos requerem paixão, e a “força vital” que impulsiona paixão – sangue – é vermelha.

Quando as pessoas ficam com raiva, seus rostos ficam avermelhados. Quando estão felizes e saudáveis, as bochechas ficam rosadas (enquanto que quando estão doentes ou morrendo, têm uma palidez mortal, carente em vermelho). Quando os homens lutam, sangue é derramado. Em todos os casos, o sangue vermelho manifesta-se em conexão com paixão.

As cores eram tão poderosas em culturas tradicionais que os antigos acreditavam que objetos vermelhos transmitiam saúde através de sua cor. Por exemplo, pedras mais vermelhas, como granadas e rubis, transmitiam saúde e preveniam doenças. Em Roma, as crianças usavam coral vermelho como um talismã para protegê-las de doenças, e na China, por razões semelhantes, as crianças sempre usavam uma peça de roupa vermelha.

2 – Branco: pureza

Em uma ampla gama de culturas, a cor branca simboliza a pureza e a inocência, e vestes brancas são usadas para transmitir pureza espiritual e/ou sexual (como usar branco quando dentro de um centro espírita, ou casar de branco).

Não é de se estranhar que o branco tornou-se associado à pureza culturalmente, já que mesmo a menor gota de corante, ou uma mancha de sujeira, destrói a cor.

3 – Preto: mistério/morte

Muitas culturas antigas acreditavam que o preto era “a cor do mistério e dos caminhos misteriosos e sabedoria de Deus”, disse a historiadora Ellen Conroy. Isso porque a noite, assim como a escuridão (a ausência de luz) transcende a percepção humana da mesma forma que a sabedoria de Deus está/estava além da compreensão.

De todos os mistérios, a morte é o maior. Os povos antigos estavam completamente “no escuro” sobre o que aconteceria a eles após a morte, e assim ela foi representada pela cor preta em muitas culturas. Houve a coincidência de que a morte é semelhante com o sono, que acontece na escuridão da noite, quando as pálpebras fechadas bloqueiam toda a luz.

4 – Roxo: realeza

A cor púrpura simboliza a nobreza da realeza e do imperialismo. Em muitas sociedades europeias, o simbolismo foi estabelecido por lei: da Roma antiga a Inglaterra elisabetana, “leis suntuárias” proibiam qualquer um, exceto os membros próximos da família real, a usar a cor. O status de elite do roxo decorre da raridade e custo do corante usado originalmente para produzi-lo. Comerciantes de tecidos obtinham a “púrpura de Tiro”, como o corante era chamado, a partir de um pequeno molusco encontrado apenas em uma região do mar Mediterrâneo perto de Tiro, cidade de comércio fenício localizado no que hoje é o Líbano.

Mais de 9.000 moluscos eram necessários para criar apenas um grama de púrpura de Tiro, e como só os governantes ricos podiam se dar ao luxo de comprar e usar tecidos tingidos com a cor, ela ficou associada às classes imperiais de Roma, Egito e Pérsia.

Outra consequência disso é que o roxo também veio a representar a espiritualidade e a santidade, porque os antigos imperadores, reis e rainhas que usavam a cor muitas vezes eram considerados deuses ou descendentes dos deuses.

5 – Azul: verdade/tristeza

De acordo com a historiadora Conroy, a associação primária da cor azul na maioria da história é com a verdade. Isso aconteceu porque o azul é a cor de um céu calmo e límpido, e é a reflexão calma que leva à verdade.

Hoje, porém, o azul transmite principalmente tristeza e desespero. O termo “blues” significa isso em inglês, estar triste.

A conotação pode estar relacionada com lágrimas e chuva (e seus efeitos depressivos), já que a água é geralmente representada na mente das pessoas como azul. Na mitologia grega, Zeus fazia chover quando estava triste.

6 – Verde: natureza/sabedoria

Por razões óbvias, como a grama e as florestas, a cor verde representa a natureza e o meio ambiente. Mais abstratamente, simboliza sabedoria. A última associação tem raízes antigas. De acordo com Conroy, os egípcios acreditavam que um deus chamado Thoth levava as almas dos mortos para a “colina verde da vida eterna e da sabedoria eterna”. Mais tarde, os romanos basearam seu deus Mercúrio em Thoth, e o planeta Mercúrio por sua vez foi baseado no último deus.

Por esta razão, na astrologia, “verde é às vezes a cor do planeta Mercúrio, que é o planeta que rege a mente e confere conhecimento – o conhecimento não só do tipo essencial para o sucesso material, mas também o conhecimento de inspiração e sabedoria celestial”, diz Conroy. Mais tarde, os cristãos muitas vezes ligaram Mercúrio ao Arcanjo Miguel da mitologia romana. É por isso que as representações tradicionais de Miguel mostram-lhe conduzindo as almas dos que partiram para a “verde colina de Sião”.

Além de sua associação com sabedoria, há um lado negativo do verde. “O verde em seu sentido degradado nos dá ‘o monstro do ciúme de olhos verdes’, que é o oposto da sabedoria celestial, já que a inveja é sempre devida à intrusão dos desejos do eu, enquanto a sabedoria celestial deseja dar ao invés de receber”, explica Conroy.

Também, a cor verde é frequentemente vista como presságio de morte. Esta ideia pode ser uma sobrevivência do antigo culto de Mercúrio, e até mesmo de São Miguel nos tempos cristãos, ambos mensageiros da morte.

7 – Amarelo: felicidade/covardia

Não é de se surpreender que amarelo simbolize a felicidade e o calor na maioria das culturas, que são características do sol amarelo e seus efeitos.

Em culturas antigas, onde um deus ou deuses eram associados com o sol, como no Egito e na China, o amarelo era a maior e mais nobre das cores, e, portanto, a cor de figuras religiosas e membros da família real (que se pensavam serem descendentes dos deuses ).

Conroy explica que todas as cores têm um significado degradado que tradicionalmente opõe o positivo. Junto com o calor e felicidade, então, o amarelo também representa covardia e engano. “Reconhecemos o Judas traidor muitas vezes em imagens antigas pelo fato de que ele é registrado como usando túnicas amarelas”, conta.

8 – Laranja: alerta

Os historiadores afirmam que a cor laranja não era considerada por antigas civilizações ocidentais como uma cor primária. Dependendo do tom, a cor caía tanto no vermelho quanto no amarelo. Por esta razão, laranja não é imbuído de um próprio forte significado simbólico.

Na história recente, no entanto, a cor laranja veio a denotar “aviso”, e é usada para vestuários de alta visibilidade (como trajes espaciais) e equipamentos de segurança (tais como cones e trabalhadores de tráfego). Esta associação é prática: a cor laranja contrasta mais fortemente com a cor azul e, portanto, é altamente visível contra um céu claro.

A importância da Metamorfose Ambulante

"Eu prefiro ser
Esta Metamorfose Ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."
Raul Seixas

Parece que tem sabedoria nas palavras do Raul, apesar de tudo. Provavelmente quando cantava, ele pensava estar criticando o status quo, a estrutura vigente. E nada mais representativo desta estrutura do que o cristianismo. Ele com certeza achava que estava batendo de frente com o pensamento cristão…

Mas será que estava? Somos criticados, nós os cristãos, por mantermos padrões, seguirmos doutrinas e dogmas. Mas o cristianismo vivo e dinâmico nos leva para muito além dos dogmas, aliás, chega a chamar os dogmas de idolatria. 

Este cristianismo nos incentiva a “conhecer e prosseguir conhecendo” (Oséias 6:3), numa busca incessante e sincera: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscares de todo coração” (Jeremias 29:13). Este conhecimento também além de dinâmico deve gerar em nós algum tipo de transformação pessoal. Não é meramente intelectual, mas é vital, humano, entra fundo em nós gerando mudanças constantes.

Só é capaz de buscar aquele que não tem. Para que possamos ser motivados a continuar conhecendo, temos que reconhecer que não sabemos. Este é o estado de alma da metamorfose ambulante. Estou sempre disposto a mudar através do conhecimento que adquiro. Metamorfoseio-me constantemente numa nova pessoa, através de mais revelação da pessoa de Deus. Quanto mais me aproximo d’Ele mais preciso conhecê-lo e ser transformado.

A isto se referiu Carlos Finney, grande avivalista do século XIX, quando dizia que devemos nos converter todos os dias. O que conheço de Deus hoje, não é o suficiente, preciso mais, ainda que este conhecimento novo venha questionar idéias anteriores, desafiar meus conceitos, ou gerar novos paradigmas de comportamento na minha vida.

O cristão não dogmático (soa como uma contradição de termos para você? Pois não é…) não é um cristão sem convicções profundas. Mas ao invés de valorizar em primeiro lugar a doutrina a respeito de seu Deus, ele valoriza seu relacionamento com o próprio Deus. O Deus vivo, dinâmico, que muda, não em caráter e valores morais, mas que muda na sua estratégia de confronto com o ser humano, na dispensação da sua presença, na quantidade de revelação que derrama, Deus que encobre coisas (Deuteronômio 29:29), mas que as revela aos justos (Daniel 2:47). O Deus que vai “brilhando mais e mais” na nossa vida, “até ser dia perfeito” (Provérbios 4:18).

O preço desta vida de metamorfose é muitas vezes uma certa insegurança. Para onde estou indo? Será que isto é certo? É tão fácil se segurar em convenções, que todos o fazem, principalmente os não cristãos… O próprio Raul tinha dogmas. Eram com certeza, os não-não. – Não há Deus, não há caráter humano que preste – não há nada bom no velho, no “establishment”, e com certeza não há nada de bom que se possa esperar no novo também…

A diferença de um cristão e de um pseudo livre-pensador é que o cristão sabe que é limitado, que conhece apenas parte e de que necessita de uma âncora além de si mesmo para se segurar. Esta âncora não é um dogma doutrinário, mas o relacionamento com uma Pessoa, amorosa, sensível e divina. 

O cristão deve a esta Pessoa submissão e humildade. Ele tem que trazer sua mente escravizada a esta pessoa: “trazendo cativo todo pensamento à pessoa de Cristo” (II Coríntios 10:5). Mas o intelectual-liberal, no entanto, não “deve” nada a ninguém. Ele é seu próprio Deus. Sua âncora é sua razão e nela está seu orgulho. “Firmado com os pés no estribo de sua própria razão” (Provérbios 3:6-7), ele nunca vai além de si mesmo, anda em círculos ao redor de seus dogmas pessoais, e vive cego pela idolatria da razão. Este não é capaz de se metamorfosear nunca, porque não há mudança possível para alguém cuja única referência são suas próprias idéias…

Ah, Raul, quão enganado você estava…

Braulia Ribeiro - Ultimato

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

C. S. Lewis - Deus, pubs, feiticeiras e armários


Autor de uma das mais respeitadas obras-primas da literatura infantil, C. S. Lewis foi um dos escritores mais influentes do século XX. Com mais de 30 livros publicados, o irlandês obteve sucesso internacional com uma reverenciada obra que aborda temas do universo infantil, da teologia e da mitologia, permitindo-lhe atingir um público diverso.

Não é novidade que os irlandeses são muito bem representados na literatura mundial. Ora vejam lá: Joyce, Wilde, Beckett… Terras tão cristãs que a sua doutrina influenciou não somente a literatura de um homem, como também todo o seu curso em vida. Não se trata de religiosidade, mas sim de um homem cujo espírito era inquieto. Não se trata de fé cega, mas sim de um homem que quis entender essa fé que insistiu em bater-lhe ao peito e cravar-se-lhe na mente. E partilhou suas questões e visões do mundo a partir da rocha doutrinária que um dia apeteceu seu coração. Este é um retrato possível do irlandês C. S. Lewis.

Se os céticos julgam C. S. Lewis pela sua insistência em revirar o cristianismo em suas linhas, culpem outro gênio: J. R. R. Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings). Pois foi ele quem converteu Lewis – seu amigo íntimo – à fé cristã. Os dois se conheceram na University College, em Oxford, e tornaram-se inseparáveis, influenciando um ao outro ao longo de suas vidas.

Há quem muito se incomode com a preferência espiritual de alguns autores. Cá entre nós, isso não tem a menor importância quando se trata da competência literária desses autores. Uma pena, no entanto, que Lewis foi ofuscado por seu querido amigo. E sabia que assim seria ao se arriscar na esfera religiosa, ainda que de maneira abstêmia e serena. No caso de C. S. Lewis, competência é um termo tímido ao referir-se ao legado que nos deixou. Pensamentos, estudos, ensaios e uma rica literatura que trata de forma brilhante as questões mais complexas: as relações do homem com o próximo, com Deus, com a natureza e consigo mesmo.

Um homem inteligente como C. S. Lewis tinha de ter uma imaginação monstruosa. E foi com ela que conseguiu unir dois universos de maneira sutil e inesperada, ao escrever a série As Crônicas de Nárnia (The Chronicles of Narnia) – baseada na doutrina cristã. Não se trata de literatura cristã, mas contém referências bíblicas ao longo de toda a narrativa da terra mágica de Nárnia.

As histórias são tão sensacionais – não somente pela criatividade do autor, como também pela sua propriedade literária – que renderam a Lewis o título de um dos maiores escritores do século XX. Obtiveram sucesso desde o lançamento do primeiro de sete volumes, em 1950. Da série já se venderam 100 milhões de cópias, em mais de 40 idiomas, ao redor de todo o mundo.

O que chama a atenção em Lewis é a serenidade e seriedade com a qual trata a espiritualidade. Mesmo sendo ávido por entender sua própria fé, e o Deus no qual acreditava, Lewis não usava sua pena para a pregação, mas sim para dialogar acerca de suas particulares impressões e crenças à luz bíblica. E, obviamente, compartilhou seus entendimentos e dúvidas não somente com os cristãos, mas com um público além dos limites do cristianismo.

Dizia que não se pode acreditar em algo que não se conhece; não se pode adorar a um Deus se dEle nada se sabe. Da mesma forma que afirmava ser incoerente criticar e negar a um Deus se, do mesmo modo, nada se sabia sobre Ele. E, desse modo, com o estudo bíblico fundamentou todos os argumentos de uma vida admirável. Sua célebre frase: “Você não tem uma alma. Você é uma alma. Você tem um corpo.” fundamentou sua obstinação por entender sua fé e, assim, cuidar de seu espírito.

Mas sua influência foi além da fronteira religiosa e espiritual, como um notável intelectual da teologia. Dedicou-se à crítica literária e aos estudos acadêmicos, ocupando a cadeira de Literatura Medieval e Renascentista na Universidade de Cambridge, com uma respeitável carreira.

Dos livros, a imaginação de Lewis foi parar nos cinemas, com a série As Crônicas de Nárnia, sendo o primeiro volume o fantástico O Leão, o Guarda-Roupa e a Feiticeira. Também para o cinema, em 1993, o ator Anthony Hopkins interpretou C. S. Lewis no longa britânico Shadowlands.

Suas obras continuam a atingir um vasto público. Seus principais escritos incluem Fora do Planeta Silencioso, Os Quatro Amores, As Cartas do Inferno, e Cristianismo Puro e Simples.

Lewis morreu em novembro de 1963. Seu túmulo está no pátio da Igreja da Santíssima Trindade, em Headington Quarry, Oxford. Em seu túmulo está escrito: “Os homens devem suportar as partidas”.

C. S. Lewis passou de um convicto ateu a um dos escritores cristãos mais influentes do século XX. Enfrentava suas próprias guerras espirituais com distinta coragem, desafiou uma fé que excede toda a compreensão, foi generoso com seu conhecimento, partilhando-o num legado de sabedoria. E, mais espetacular, frequentava pubs ao lado de Tolkien. Foi, de fato, uma bela caminhada: “Eu pensava que nós seguíamos caminhos já feitos, mas parece que não os há. O nosso ir faz o caminho.” (C. S. Lewis)

Fonte: Livros e Pessoas

Assista ao documentário > C. S. Lewis - Do ateísmo ao teísmo

Rock in Rio - Médium não consegue impedir chuva


A produção do Rock in Rio deve ter ficado confusa quando testemunhou a chuva que caiu na Cidade do Rock no sábado, 24. Isso porque eles contrataram a Fundação Cacique Cobra Coral justamente para que os céus não mandassem água.

A Fundação explicou em nota o motivo para ter chovido durante o evento. “Ontem [sábado], tínhamos 30 minutos para entrar na Cidade do Rock, fazer o que precisava ser feito e voltar à nossa base, montada na cidade, para distribuir a chuva por toda a cidade, para evitar enchentes. Por falta do adesivo no carro, não tivemos acesso. Com o tempo escasso, retornamos à base e priorizamos a cidade”, diz a nota.

A fundação costuma ser contratada para grandes eventos que acontecem em locais abertos [como reveillons na praia de Copacabana e shows do Roberto Carlos]. A médium Adelaide Scritori diz incorporar o espírito do Cacique Cobra Coral. A entidade teria a capacidade de influenciar o tempo.

De acordo com o site do jornal O Globo, a equipe conseguiu ficar na Cidade do Rock por 40 minutos na sexta e também no domingo. Nos dois dias, não houve chuva.

Fonte: (Mundo Pop)

Nota: A desculpa é bem esfarrapada, mas não vai abalar a fé dos que confiam no poder dos “espíritos”. Segundo a Bíblia, os mortos não têm participação no mundo dos vivos (cf. Ec 9:5, 6, 10; Sl 146:4) e somente voltarão à vida na ressurreição por ocasião da volta de Jesus (1Ts 4:16, 17) ou mil anos depois, no caso dos perdidos (Jo 5:28, 29; Ap 20). Como existem fenômenos mediúnicos (entre muita charlatanice) e estes não são produzidos por “espíritos desencarnados”, fica claro, do ponto de vista bíblico (Ap 16:14), que há seres interessados em propagar a mentira da imortalidade incondicional humana e, para isso, se fazem passar por “espíritos de mortos”. Esses são os anjos caídos (demônios), cujo principal trabalho consiste em afastar as pessoas de Deus, o único ser verdadeiramente imortal (1Tm 6:16) que pode conferir imortalidade àqueles que aceitam Sua oferta de salvação. Embora tenha poder para, inclusive, manipular os elementos, Satanás tem suas limitações impostas pelo Criador. Curiosamente, mesmo num evento que cultua estilos musicais fortemente relacionados com o satanismo (basta observar o tópico símbolo feito com as mãos, na foto acima) não foi possível manifestar o poder das trevas – e o dia era sábado...

Michelson Borges - Criacionismo

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Parábola do Bom Argentino


Certa ocasião, um brasileiro levantou-se e perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?”. “O que está escrito na Lei?”, respondeu o Mestre. “Como você a lê?” Ele respondeu: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Disse o Mestre: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”.

Mas ele, querendo justificar-se, perguntou ao Mestre: “E quem é o meu próximo?” Em resposta, disse o mestre: “Um homem descia do Rio de Janeiro para Assunção, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto. 

Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um pastor. Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um apóstolo; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um argentino, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. 

Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois pesos ao hospedeiro e disse: “Cuide dele. Quando eu voltar, pagarei todas as despesas que você tiver”.

“Qual destes três, você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”.

Depois de muito auto-contorcimento, caras e bocas, respondeu o brasileiro:

“O argentino, que teve misericórdia dele”.

Túlio Benedetti - Unção Outros Não

(Vídeo) Obama é chamado de "anticristo"


O Presidente dos Estados Unidos estava pronto para discursar na House of Blues, em Los Angeles, durante uma ação de angariação de fundos, quando foi interrompido por gritos vindos da plateia. “O Deus cristão é o único e o verdadeiro Deus vivo! O criador do Céu e do Universo! Jesus Cristo é Deus! Jesus Cristo é Deus! Jesus Cristo é Deus! Tu és o anticristo!”, gritou a plenos pulmões o homem, que a imprensa norte-americana, de forma generalizada, apelidou de “provocador”. Ele foi rapidamente escoltado para fora do recinto pelos seguranças do presidente

Barack Obama manteve-se sereno durante toda a intervenção, que acabou por ser abafada pelas demais pessoas presentes na sala. “Mais quatro anos! Mais quatro anos!”, gritaram por cima, aludindo à  nova candidatura de Obama à Casa Branca, nas eleições de 2012.

O presidente norte-americano permitiu, silencioso, que a interpelação fosse até o fim. E deu um sorriso nos lábios. Quando o homem estava sendo levado para fora da House of Blues, Obama concordou com parte da intervenção: sim, disse, “Jesus Cristo é o Senhor”.

No final, ainda brincou com a situação, pedindo, ao microfone, que os seguranças voltassem levassem ao seu acusador o casaco, que ele teria deixado ficar. O vídeo foi publicado pela Associated Press no YouTube.



Fonte: Público

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Facebook, Google e Youtube censuram conteúdo cristão


Um novo estudo revelou que o Google e outros grandes sites de mídia social como Facebook de forma enérgica estão censurando as opiniões cristãs e conservadoras.

O relatório, conduzido pela Mídia Religiosa Nacional (MRN) e pelo Centro Americano de Lei e Justiça, examinou as políticas e práticas de várias grandes plataformas de comunicação da “nova mídia” interativa de internet e provedores de serviço de internet, inclusive a Apple e sua Loja de Aplicativos iTunes, Facebook, Google e outros.

O estudo revelou que algumas empresas de tecnologia da nova mídia estão de forma descarada banindo conteúdo cristão, e que todos os sites de mídia social, exceto o Twitter, têm políticas de liberdade de expressão que são mais restritivas do que os direitos de livre expressão garantidos na Constituição dos EUA.

De acordo com o estudo, sete grandes sites de mídia social baniram “expressões de ódio”, um termo que os autores do estudo apontam que “é muitas vezes aplicado na cultura para reprimir comunicadores cristãos”.

Os autores do estudo também revelaram que algumas das empresas de mídia reagem de forma favorável às exigências de grupos de pressão que pedem que as opiniões conservadoras ou cristãs sejam censuradas.

O estudo nota que quando estabeleceu novas normas para seu “Google para Uso Sem Fins Lucrativos” em março de 2011, o Google recusou colocar na lista “igrejas e outros grupos religiosos” que consideram “a religião ou orientação sexual em práticas de contratação”. As igrejas cristãs que solicitaram o software completo das ferramentas do Google produzidas para uso sem fins lucrativos foram rejeitadas.

Em outra ocasião o mais potente programa de busca do mundo inicialmente proibiu o Instituto Cristão Britânico de comprar espaço para um anúncio sobre aborto. O mecanismo de busca só permitiu o anúncio depois que o Instituto Cristão Britânico processou o Google.

Por duas vezes, a Apple removeu, de sua Loja de Aplicativos do iTunes, aplicativos que continham conteúdo cristão, documentou o estudo. Em ambos os exemplos, a Apple confessou que esses aplicativos tiveram acesso negado porque a Apple considerou as opiniões cristãs expressas nesses aplicativos como “ofensivas”.

“Dos 425.000 aplicativos disponíveis no iPhone da Apple, os únicos censurados pela Apple por expressarem opiniões normalmente legais foram aplicativos com conteúdo cristão”, comenta o estudo.

Por sua parte, o Facebook vem de forma pública fazendo parceria com ativistas homossexuais para “erradicar comentários anti-homossexualismo em sua plataforma”, revelou o relatório. “Tudo isso indica que conteúdos cristãos que critiquem a homossexualidade, o casamento de mesmo sexo ou práticas semelhantes estarão em risco de sofrer censura [por parte do Facebook]”, diz o estudo. Aliás, em alguns casos tais conteúdos já foram removidos pelo site de rede social.

Myspace, outro site de rede social semelhante, mas menos popular do que o Facebook, também tem uma política de banir conteúdo “homofóbico”.

A organização pró-vida Live Action tem enfrentando muitos casos de censura da nova mídia. Numa conversa com LifeSiteNews sobre o estudo da MRN, David Schmidt, diretor de meios de comunicação de Live Action, recordou uma ameaça de censura vinda do YouTube no começo deste ano.

“Fomos ameaçados no começo deste ano”, disse ele. “Depois que nosso advogado enviou uma carta ao YouTube, eles não removeram nossos vídeos. Felizmente, eles foram considerados como vídeos que ‘merecem ser publicados’, uma política padrão para todos os usuários”.

Schmidt disse que a maioria dos vídeos de Live Action foram rejeitados pelos Vídeos Promovidos pelo YouTube por causa “de alguma questão de conteúdo”.

Os autores do estudo da MRN apontam para o fato de que as atitudes das empresas da nova mídia para com os conteúdos cristãos são importantes, pois atualmente “algumas das gigantescas empresas da ‘nova mídia’ são os guardiões das novas plataformas de comunicação com base na internet”.

“Há um perigo real e presente de que essas empresas possam, e em alguns exemplos realmente tenham, feito o compromisso de censurar opiniões como consequência de seu controle exclusivo dessas tecnologias”.

Celebridades que não acreditam em Deus

Woody Allen: De ascendência judia, o cineasta manifesta frequentemente sua dúvida em relação à existência de Deus. Uma de suas frases famosas, presente no filme autobiográfico “Stardust Memories”, é: “Para você, eu sou um ateu. Para Deus, eu sou a oposição leal”.

Jodie Foster: A atriz Jodie Foster diz que celebra o Natal com os filhos, mas que não acredita em uma força superior. “Eu amo religiões e rituais, apesar de não acreditar em Deus”, disse ao “Entertainment Weekly”.

Deborah Evelyn: Deborah, que esteve na novela “Insensato Coração” como a personagem Eunice, também não acredita em Deus. “Fé é uma coisa que ou você tem ou não tem. E eu nasci sem fé”, disse em 2011 ao “Diário de São Paulo”.

John Malkovich: O ator se considera ateu. Apesar de não falar muito sobre o assunto, certa vez, disse: “Eu acredito em pessoas, acredito em seres humanos, eu acredito em um carro, mas não consigo acreditar em algo sobre o qual não tenho absolutamente nenhuma evidência há milênios”.

Caetano Veloso: O compositor escreveu no livro “Verdade Tropical” que o Brasil deveria ser ateu. Em entrevista à “Ípsilon”, falou sobre a polêmica. “(Fui) criticado com razão. Não há o menor indício de que o Brasil tenha vocação para isso. Mas o ateísmo filosófico moderno, que tem a ver com a experiência do mundo moderno que vivemos, não pode ser simplesmente negado”, defendeu.

Chico Buarque: O músico é avesso a entrevistas e a levantar bandeiras, mas se diz ateu. “Eu não tenho crença. Eu fui criado na Igreja Católica, fui educado em colégio de padre. Eu simplesmente perdi a fé. Mas não faço disso uma bandeira. Eu sou ateu, como o meu tipo sanguíneo é esse”, disse em entrevista à revista “Brazuca”.

Lima Duarte: Lima Duarte é ateu declarado, mas discordou da implicância do autor português José Saramago (morto em 2010) com Deus. “Sou ateu como o Saramago, mas eu não preciso ficar amando Deus pelo avesso como ele fica”, disse à Folha de São Paulo, sobre o livro “Caim”.

Daniel Radcliffe: Quando tinha 19 anos, o protagonista de “Harry Potter” declarou à revista Esquire não acreditar em Deus. “Sou ateu, mas sou muito tranquilo quanto a isso. Eu não prego meu ateísmo”, revelou. Em seguida, brincou: “Agora, metade dos Estados Unidos não vai ver o próximo ‘Harry Potter’”.

Brad Pitt: Em uma entrevista ao site “Bild.com”, o ator se declarou 20% ateu e 80% agnóstico. “Não, não, não (acredito em uma força superior). Ninguém sabe ao certo. Você vai descobrir quando morrer ou não. Até lá, é inútil pensar sobre isso”, argumentou. Sua esposa, Angelina Jolie, disse ao site “A.V. Club” que “não há a necessidade”, para ela, de acreditar em Deus.

Zac Efron: Até o astro de High School Music surpreendeu o mundo ao declarar sua ausência de crenças. “Fui criado em uma família agnóstica, então nós nunca praticamos religiões, mas meus pais eram muito severos”, disse à revista Rolling Stone, em 2007.

Nando Reis: O cantor afirmou que perdeu a fé quando dois irmãos tiveram sequelas de uma meningite: um perdeu a audição e outra teve paralisia cerebral. "Eu não acredito em Deus. Eu não peço a Deus...”, disse o músico, em entrevista à Playboy.

Fonte: Yahoo

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Psicóloga adventista é assassinada no interior do Paraná


A psicóloga maringaense Ângela Rocha da Silva Guedes, 36 anos, foi assassinada por volta das 4h deste domingo (25) em um hotel de São Miguel do Iguaçu (a 45 quilômetros de Foz do Iguaçu).

Segundo o noticiário local, Ângela morreu após ser alvejada por dois assaltantes que teriam invadido o quarto do hotel, que fica na linha Ipiranga. Os criminosos fugiram levando a bolsa da vítima.

A psicóloga estaria acompanhada do marido Alexandre Guedes e de dois filhos no hotel. Voluntária da Igreja Adventista, ela ministraria uma palestra na igreja de São Miguel do Iguaçu neste domingo. Assim como o marido, ela era professora do Instituto Adventista Paranaense.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Foz do Iguaçu e posteriormente trazido a Maringá onde está sendo velado, desde as 18h, na Igreja Adventista do Sétimo Dia do Horto Florestal, na rua Azaleia, 151.

Segundo o Prever, o sepultamento ocorrerá nesta segunda-feira (26) no Cemitério Park.

Até a noite deste domingo, a polícia ainda não tinha pistas de suspeitos do crime.

Fonte: O Diário

ESPERANÇA – Creio esta é uma palavra que define bem a Ângela Guedes. Guerreira imbatível sempre disposta a servir e se envolver em projetos com o foco no aperfeiçoamento das pessoas. O objetivo? O mesmo de Jesus: preparar pessoas para o Céu (A Bendita Esperança da Salvação, Tito 2:13) [...]

UTILIDADE – Outra palavra forte para definir essa Guerreira. Uma vida ao serviço do Senhor. Uma vida de utilidade. Paro por aqui, mas a ESPERANÇA continua. Até breve Ângela Guedes, na manhã da Ressurreição! Sei que você não pode me ouvir agora, mas o mundo ainda o pode, ouvir e se decidir se preparar, pois Jesus está voltando. MARANATA! Pois o Senhor logo vem. Força, família Guedes! [...]
(Hadson Araujo - Pastor distrital do IAP)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Poema de Salvação - O poder de uma mãe em oração


A Canzion Films Brasil, parte do Grupo Canzion, lançará nos cinemas brasileiros o filme “Poema de Salvação”, primeiro filme cristão a ser lançado no Cinemark. Estrelado por Gozalo Senestrari que interpretará Pablo, com elenco formado por Irina Alonso, Fernando Rosarolli e Soledad Beilis, entre outros.

Inspirado na vida do cantor argentino Pablo Olivares, o filme será exibido pela rede Cinemark e narra uma trajetória de drogas, ocultismo e o poder da oração de uma mãe.

Pablo Olivares é um menino talentoso e inquieto, nascido em uma família cristã. Sua mãe, Carmem, dedica todo seu tempo a educá-lo de acordo com os princípios bíblicos, cultivando nele desde pequeno o amor pela música.

Roberto, seu pai, dedica-se principalmente aos negócios, mantendo-se distante da vida de Pablo. Diante da ausência emocional de seu pai, Pablo se junta com amigos que o apresentam ao mundo do rock’n’roll e ele começa a se sentir atraído pelo ocultismo.

Sua habilidade para a música se torna evidente e embora Carmem acredite em seu talento, o rock é uma questão que ela não apoiará. Carmem tenta de tudo para restabelecer o relacionamento com seu filho e, fiel a seus princípios, ora incessantemente por ele durante quatorze anos. O constante confronto entre Pablo e sua mãe logo deixa de ser uma questão meramente familiar e se transforma em um campo de batalha pela salvação do jovem.

Um drama inspirado em uma história real, filmado na Argentina, do diretor Arturo Allen (dos curta-metragens “Bandeira Branca” e “Não se Renda”).

O lançamento do filme será no dia 30 de setembro, com pré estreia anunciada para o dia 23, apenas para convidados. O filme já foi exibido em diversos países da América Latina e EUA, atingindo público superior a 500 mil pessoas.

No Brasil, a Canzion Films Brasil pretende mostrar que o cinema cristão possui força e que sua exibição na rede mundial de cinemas Cinemark produzirá transformações em diversas famílias que passam, passaram ou passarão pelo mesmo problema.

Pela primeira vez na história, um filme, exclusivamente cristão, com uma mensagem de adoração e louvor, será exibido nas salas da cidade de São Paulo, e em breve nas principais capitais do Brasil.



Um terço das crianças com 10 anos têm celular


Segundo uma nova pesquisa, quase um terço das crianças de dez anos ou menos têm seu próprio celular.

A pesquisa da empresa de segurança Westcoastcloud questionou 2.000 famílias sobre a sua propriedade de tecnologia.

Um em cada dez pais disse que seu filho estava usando um smartphone com internet, como o iPhone ou dispositivos Android.

Nos domicílios pesquisados, 16% das crianças tinha seu próprio computador portátil, enquanto 18% tinham uma TV de tela plana em seu quarto. Um quarto dessas crianças tinha um endereço de e-mail, enquanto 8% tinha uma conta em uma rede social.

A maioria dos pais concordou que 10 anos é a idade adequada para que as crianças tenham o seu próprio telefone, com a maioria (69%) dizendo que comprou um para manter contato com seus filhos quando eles estão longe.

Um quarto das crianças tinha um Nintendo Wii, e cerca de 16% tinham um leitor de música digital.

Os pais parecem ter atitudes misturadas sobre o quanto monitoram o que seus filhos fazem online. 21% disseram que não seguem o seu filho em uma rede social, contra 13% que seguem.

Em contrapartida, apenas 12% disseram ter deixado as crianças “brincarem” sem monitoramento ao usar um laptop ou computador.

Quanto ao controle, pouco menos de metade (49%) disse que bloqueava o acesso a determinados sites, enquanto o restante admitiu que não tinha controle.

Para Will Gardner, da instituição Childnet, os resultados reiteram a necessidade dos pais de compreender como seus filhos estão usando a tecnologia. “É importante garantir que os pais estejam cientes de todas as funcionalidades da tecnologia que as crianças estão acessando, e que são capazes de usar, e dar o apoio para que os jovens fiquem seguros e tirem o máximo proveito destes dispositivos”, disse ele.

Os especialistas afirmam que sabem que a tecnologia, especialmente telefones celulares, são agora parte da parcela da vida cotidiana das crianças. Eles permitem que a internet esteja ao alcance dos jovens, o que significa que está cada vez mais difícil para os pais controlar o uso de seus filhos.

Por isso, governos estão estudando propostas junto a provedores de internet para oferecer aos pais um software que automaticamente irá filtrar conteúdos prejudiciais.

Fonte: BBC

Perigo 1: Uma pesquisa dinamarquesa divulgada no Journal of Epidemiology and Community Health constatou que o uso do aparelho pode causar transtornos comportamentais entre os pequenos. Foram analisados 100 mil nascimentos entre 1996 e 2002. Em outra parte do estudo, foram acompanhadas 13 mil crianças com seis anos completos até 2006. Os pesquisadores notaram que aquelas expostas à telefonia celular antes e depois do nascimento têm o dobro de chances de apresentar transtornos de comportamento. Essa taxa cai para 40% entre aquelas que sofreram exposição antes do nascimento. Fica a dica: celular é coisa de gente grande. 

Perigo 2: O uso de celulares pode aumentar o risco de ocorrência de certos tipos de câncer no cérebro em humanos, afirmaram especialistas em câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a epidemiologista Devra Davis, as crianças correm mais perigo. “O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular”, afirmou  Davis.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Artista cria 'Jesus sarado' para aproximar jovens

Jesus na visão de Stephen Sawyer
Jesus Cristo, herói do século 21. A reinvenção de quem, para os cristãos, é o filho de Deus gerou um fenômeno artístico nos Estados Unidos. Com peitoral marcado, braços musculosos e atitude de vencedor, o Cristo chegou inclusive à capa do jornal "The New York Times". "Um Chuck Norris de sandálias", assim definiu-o a publicação.

O autor dos desenhos, o artista Stephen Sawyer, 58, criou o projeto Art4God para tentar aproximar os jovens da religião. "Todos somos evangelistas de alguma coisa", disse Sawyer à BBC. "Sou o pregador do homem que viveu há 2 mil anos e continua sendo meu herói."

O artista sustenta que a imagem de Jesus masculino e forte vem da Bíblia. "Dificilmente poderiam ter narrado cenas como o ataque de Jesus aos mercadores do templo se o protagonista da história fosse um fracote", defende Sawyer. "Era um carpinteiro da classe trabalhadora. Com certeza o seu corpo era forte e musculoso, porque essa era a sua ferramenta de trabalho."

Através de livros, revistas e blogs, o desenhista, que vive em Kentucky, tem viajado os Estados Unidos alimentando o seu movimento. Apesar do sucesso, as imagens foram questionadas por grupos de conservadores, para quem destacar o físico de Jesus relega o seu aspecto espiritual.

"Fico feliz que se crie um movimento em torno disto. A ideia é deixar de lado nossos prejuízos e aceitar as crenças de todos a partir da tolerância", responde o autor. "Não sei como Cristo era visto há 2 mil anos, nem me importa. Quero criar uma iconografia que seja relevante para hoje."

Fonte: BBC Brasil

Geração Z - Pais analógicos criando filhos digitais

 Criados em ambientes digitais, filhos invertem papéis, viram professores dos pais e derrubam mito de que novas mídias afastam a família


Ana Luiza e a mãe, Christiana
Assim como há tabus perpetuados por gerações e gerações, há também abismos capazes de se abrir ou se fechar de acordo com as relações estabelecidas entre avôs, pais e filhos. Para a Geração Z, denominação usada para os nascidos de meados dos anos 90 até o início desta década, a “fluência tecnológica” pode encurtar distâncias – não só da jovem geração com o mundo, mas também dentro de casa.

“A Ana Luiza foi quem me introduziu ao MSN, Orkut, plataformas de blog. Aos 8 anos ela já me pediu para ter acesso a esses aplicativos e eu tive que aprender como funciona, as regras, as responsabilidades envolvidas. Desde os 6 anos ela curte novas tecnologias e já fazia livrinhos no Power Point com essa idade”, conta a mãe e analista de sistemas Christiana Ferreira.

Hoje, a pequena “nativa virtual” já tem 12 anos e continua explorando com facilidade os ambientes digitais, antecipando novidades, descobrindo como equipamentos e programas funcionam, sem recorrer a manuais, tutoriais ou mesmo ao conhecimento dos próprios pais. “Outro dia eu comprei uma máquina fotográfica nova e em cinco minutos ela descobriu que ela também funcionava como um GPS. Eles são muito rápidos, aprendem o mecanismo de funcionamento de tudo com uma velocidade impressionante”, diz a mãe.

Casos como o de Ana Luiza ilustram as estatísticas comprovadas por pesquisas feitas tanto no Brasil como no exterior. Aqui, uma recente pesquisa feita pela Quest Inteligência de Mercado detectou que 79% dos internautas da geração Z criam e compartilham informações como vídeos, textos e músicas na web, sendo assim a principal geração produtora e disseminadora de conteúdo virtual. Já o Joan Ganz Cooney Center, centro de pesquisas e inovações norte-americano voltado ao estudo de mídias digitais para o desenvolvimento de crianças, constatou que mais de 1/3 dos pais de crianças com 3 a 10 anos declararam ter adquirido algum conhecimento tecnológico com seus filhos. Segundo o relatório, a maior parte dos pais tem sob controle a “explosão” da mídia na vida das crianças.

Em casa

O acesso à tecnologia faz parte não apenas da vida escolar, mas da rotina familiar de muitas crianças, algumas até em fase pré-escolar. Maria Clara, 5 anos, é filha do publicitário Guilherme Loureiro. Desde os dois anos se interessa pelo computador. “A escolinha tinha um site com jogos feitos para a idade dela e nós a ensinamos a digitar as teclas certas para ela mesma colocar a senha e aprender a jogar”, relembra o pai. Hoje ela não tem problemas em operar um iPad.

Disponibilizar tantas ferramentas e informações aos filhos ainda pequenos causa estranheza e desafia muitos pais a uma reflexão sobre o assunto. Mas, tanto no caso de Ana Luiza como no de Maria Clara, a acessibilidade é supervisionada de perto, com regras muito bem estabelecidas pelos pais, que impõem horários e condições para o uso dos dispositivos. “A cultura tecnológica hoje é uma realidade. Eu não proíbo, mas busco um equilíbrio”, argumenta Guilherme.

Para Christiana, mãe de Ana Luiza, as regras são muito claras e aceitá-las é condição incontestável para ter acesso à tecnologia. Mas, para estabelecer as regras, ela também precisa entender das novidades. “Tenho que aprender constantemente, para saber o que posso liberar e com quais restrições. Se você acompanha e ensina, tanto ela como eu conseguimos nos apropriar da tecnologia de maneira construtiva”, acredita.

Segundo José Milagre, advogado e perito em segurança na internet, o cenário de “pais analógicos criando filhos digitais” exige muito mais que proibição e controle vigiado. Para ele, censurar com guarda-costas digitais, programas Proxy e outras ferramentas do tipo apenas distancia pais e filhos. “As crianças são mais espertas e acabam burlando essas regras técnicas. O melhor caminho é o do bom-senso e do diálogo. Os pais precisam entender essa realidade e marcar presença, navegar, conhecer. Assim terão argumentos para evitar a superexposição dos filhos, afastando-os dos perigos digitais, que não são poucos”, explica.

Experiência digital como ponte

O intercâmbio de experiências digitais pode diminuir conflitos entre pais e filhos. A evolução tecnológica vai apresentar, cada vez mais, novas mídias e formas de se comunicar. Permanecer resistente ou indiferente a tantas mudanças certamente não leva ao estreitamento dos laços familiares. “Antes era a TV, depois veio o DVD, agora há computadores, dispositivos mobiles, celulares. Não são propriamente os novos adventos tecnológicos que distanciam ou aproximam pessoas dentro de casa, mas o diálogo, a abertura ou a falta desses canais de comunicação. A tecnologia pode potencializar um problema, mas nunca é sua causa”, ressalta a neuropsicóloga Mônica Carolina Miranda, da Unifesp.

A engenheira Lucila Saito, mãe de Henrique, 9 anos, e Marilia, 6, não nega: muitas vezes, é mais fácil tirar algumas dúvidas com o próprio filho do que buscar, ela própria, a solução. “Eu tenho um iPhone. Para baixar um aplicativo, recorro ao Henrique, porque eu nunca fiz isso. Tudo para ele é mais fácil. Outro dia mesmo estávamos num restaurante e eu preocupada em voltar para ligar para minha mãe no Skype. De repente o Henrique estava falando com ela no Skype do meu telefone. Nem eu, nem meu marido sabíamos ser possível fazer isso”, conta.

Se hoje existe a possibilidade de alternar os papéis de aprendiz e tutor entre pais e filhos, por que não aproveitá-la com as devidas responsabilidades? “Os filhos têm maior domínio instrumental dessas tecnologias e sabem disso. Mas reconhecem, sim, os pais e os professores como detentores dos porquês de tantas informações”, finaliza Maria Elizabeth Almeida, professora do Departamento de Pós-graduação em Educação da PUC-SP.

Como salienta o perito José Milagre, os ambientes virtuais são como “paisagens naturais” para os representantes da geração Z. Mas o fato de serem habilidosos manipuladores de ferramentas tecnológicas não os torna capazes de lidar com tanta informação. “Eles precisam de educação digital. E quem pode proporcionar isso são os pais e educadores”, recomenda.

Carla Hosoi - iG São Paulo