quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Por onde anda o amor ao próximo?

A Bíblia diz que nos últimos tempos o amor de muitos esfriaria. Se “o amor esfriar” não é ignorar as pequenas necessidades do próximo, não sei o que é. Infelizmente, é muito difícil mudarmos as outras pessoas. Mas o que podemos fazer é mudar a nós mesmos. Por isso proponho a você uma reflexão sobre suas atitudes. Será que você tem amado de fato o próximo?

Entenda que o amor ao próximo não se demonstra apenas em gestos grandiosos. Não é sendo missionário na África, tornando-se a Madre Teresa de Calcutá ou doando milhões de reais para a caridade que você será alguém que ama o próximo. Até porque, convenhamos, essas são ações que não estão ao alcance da esmagadora maioria das pessoas. Mas você tem a possibilidade de exercer o amor ao próximo diariamente, em pequenos gestos.

Ceder o lugar no ônibus, abrir a porta para senhoras passarem, puxar a cadeira no restaurante, ceder a vez no trânsito, permitir que gente idosa passe à sua frente na fila, deixar que o último pão da padaria seja comprado por outra pessoa, abrir mão do seu tempo para ouvir quem está triste, fazer elogios, dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede… Atitudes como essas custam muito barato ou nada e, acredite, não doem.

Você pode achar que pequenos gestos como esses não fazem a diferença. Mas lembre-se de que é do acúmulo de uma grande quantidade de tijolos bem pequenos que você constrói um enorme edifício de dezenas de andares. Pequenos gestos de amor fazem toda a diferença. Jesus morreu pela humanidade, e isso foi um gesto grandioso. Mas Ele também providenciou comida para pessoas que estavam com fome. Ele chorou em solidariedade à tristeza daqueles que estavam abatidos com a morte de Lázaro. Ele criou as galáxias, mas também as pequenas sementes, o que demonstra que dá atenção ao macro e também ao micro. Perceba: Deus se preocupa com amor e não apenas com grandes gestos de amor. Se for amor, pode ter a dimensão que tiver, será apreciado pelo Senhor e fará toda a diferença para o próximo.

Pode ser que você pense que a pequena gentileza não importa mais, porque, afinal, ninguém mais dá bola para isso. Que pequenos atos de solidariedade são coisa do passado... Todos os samaritanos deixariam o judeu roubado espancado caído à beira do caminho, mas Jesus disse que quem amava o próximo era justamente aquele que fez o que todos os outros não fariam. Que exemplo! E lembre-se que Deus vive fora do tempo, por isso, o conceito de que “isso era gentileza, mas não é mais”, simplesmente não existe para o Senhor.

Amor é amor. O que revela o amor, seja “grande” ou “pequeno”, é um coração que abre mão de si pelo próximo.

Peço a Deus, meu irmão, minha irmã, que você faça a diferença. Que entenda que vivemos dias de muito desamor e que o amor é um item extremamente necessário e cada vez mais raro em nosso meio. Nem que sejam pequenas gotas de amor. Porque uma gota de amor após a outra, após a outra, após a outra… acaba gerando uma inundação de amor. Faça a sua parte. Ame. Por favor, ame. Pelo amor de Deus, ame. Abra mão de si em benefício do próximo, assim como Jesus abriu mão de si em nosso benefício. Acredito que, ao chegar diante do Pai celestial, o teu pequeno sacrifício será reconhecido como um grandioso gesto de amor.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari (via Apenas)
"Qualquer ser humano que necessite de nossa simpatia e de nossos préstimos é nosso próximo. Os sofredores e desvalidos de toda classe são nosso próximo; e quando suas necessidades são trazidas ao nosso conhecimento, é nosso dever aliviá-los tanto quanto nos seja possível. Devemos cuidar de todo caso de sofrimento e considerar-nos a nós mesmos como instrumentos de Deus para aliviar os necessitados até o máximo de nossas possibilidades. Devemos ser coobreiros de Deus. Alguns há que manifestam grande afeição por seus parentes, amigos e favoritos, e no entanto deixam de mostrar bondade e consideração aos que necessitam de terna simpatia, aos que necessitam de bondade e amor. [...] Devemos dar ao mundo uma demonstração do que significa praticar a lei de Deus. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos. Sem o exercício desse amor, a mais alta profissão de fé não passa de hipocrisia." (Ellen G. White - Beneficência Social, p. 45-46)

O dedo apontado

O gesto de apontar o dedo é muito comum. Apontamos nosso indicador em uma variedade de situações, com diversas finalidades, mas, em geral, o que esse gesto faz é colocar algo que não somos nós no centro das atenções. Se alguém me pergunta, por exemplo, onde fica determinada rua e eu aponto o dedo em uma direção, o que meu dedo põe no foco não sou eu, mas, sim, a tal rua. Se eu mostro uma pessoa com o meu dedo, o assunto em questão é a pessoa, não eu. Portanto, invariavelmente, o gesto de apontar tira quem aponta dos holofotes e põe em destaque quem é apontado. Devemos, porém, tomar cuidado com o que o dedo apontado para o outro diz a nosso respeito.

Uma das maneiras de fugir das próprias responsabilidades é desviando as atenções para os erros alheios. Muitas vezes, quando não queremos encarar os nossos problemas e as nossas falhas, usamos como estratégia apontar o dedo para os erros de outra pessoa qualquer, a fim de que todos os olhos se voltem para ela e, com isso, nossas questões deixem de ser o assunto em pauta. É por essa razão que, por exemplo, candidatos a cargos eleitorais costumam atacar seus adversários, para afastar as atenções dos próprios podres, jogando os podres do outro no ventilador. É uma tática comum e bastante usual.

Por que esse assunto é espiritualmente importante? Porque a fé cristã exige de nós uma atenção constante aos nossos defeitos. O que devo trabalhar prioritariamente são as minhas deficiências; as dos outros vêm depois. O evangelho nos confronta a todo instante com nossas falhas e exige de nós arrependimento. Porém, como se arrepender se sempre tentamos nos justificar de nossas falhas apontando o dedo para o próximo?

Costumo desconfiar de gente que só vive botando o dedo na cara dos outros. Cristãos que dedicam a vida a apontar a falha alheia muito provavelmente deveriam se preocupar com os próprios pecados com muitíssimo mais atenção. E, para pôr em prática o que estou defendendo neste texto, deixe-me apontar o dedo para a minha cara e não a sua: anos atrás, na época em que eu agia como o “apologeta da verdade” e dedicava meus pensamentos, meus textos, minhas horas e minhas energias a “denunciar os erros da Igreja” e a atacar os hereges e os equivocados, foi o período da minha vida em que eu mais deveria ter prestado atenção aos meus defeitos. Algo errado com denunciar os hereges e equivocados? Claro que não. Mas eu deveria, antes disso, ter prestado atenção e tratado os meus próprios conceitos, modos de agir, valores e motivações. O resultado de ter posto o dedo na cara alheia e não na minha: acabei doente, física e espiritualmente.

Esse fenômeno acontece em diversas instâncias. Esposas e maridos conformados com seus procedimentos antibíblicos apontam o dedo para o cônjuge ao serem confrontados com seus pecados e dizem “ah, mas você…”. Pronto. Tirou o foco das próprias atitudes horríveis e o pôs na falha do outro para não ter de se reconhecer errado e fazer algo a respeito. Patrões que não querem se assumir como exploradores dos empregados põem o dedo na cara do governo e dizem “ah, mas o governo…”. Cidadãos comuns que dão propina a policiais ou funcionários do governo tentam aliviar sua consciência apontando o dedo para o Planalto e dizendo “ah, mas os políticos…”. E assim por diante.

Você tem apontado o dedo? Nenhum problema quanto a isso, se a sua motivação for apontar para corrigir com amor e se, antes, tenha feito uma profunda autoanálise. Nossa prioridade é examinar a nós mesmos e buscarmos, nós, o arrependimento. Responda, com sinceridade e transparência: seu dedo apontado tem como motivação a amorosa edificação e correção do seu próximo ou uma pretensa superioridade moral e espiritual sua? Será que você aponta as falhas dos demais por amor a eles ou porque, afinal de contas, você é o tal, o defensor da verdade, o paladino mascarado do evangelho? Pior: será que seu dedo apontado não tem por finalidade tirar as atenções das próprias falhas?

Temos de tomar cuidado para não apontar dedos com motivações espúrias. Porque, na maioria das vezes em que apontamos para o próximo sem que nossa motivação seja, única e simplesmente, o amor, estamos incorrendo em dois pecados abomináveis: a hipocrisia e a arrogância.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari (via Apenas)
"Demorando-se continuamente nos erros e defeitos dos outros, muitos se tornam dispépticos religiosos. Os que criticam e condenam uns aos outros estão transgredindo os mandamentos de Deus, e são-Lhe uma ofensa. Irmãos e irmãs, afastemos o entulho da crítica e suspeita e murmuração, e não desgastei os nervos externamente. Se todos os cristãos professos usassem suas faculdades investigadoras para ver quais os males que neles mesmos carecem de correção, em vez de falar dos erros alheios, existiria na igreja hoje uma condição mais saudável. Precisamos olhar às faltas dos outros, não para condenar, mas para restaurar e curar. Vigiai em oração, ide avante crescendo, obtendo mais e mais do espírito de Jesus, e semeando o mesmo sobre todas as águas." (Ellen G. White - Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 635-638)
No vídeo abaixo, o prof. Leandro Quadros aponta os danos das críticas:

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Borderline: a vida à beira de um vulcão

A doença psíquica não é diferente das outras doenças. Ela é, apenas mais cruel, porque é invisível. Não há sinais físicos correlatos para quem sofre um transtorno de personalidade; não há febre; não há manchas espontâneas na pele; não há inchaços; nada que se possa ver num exame de raio x, ou mesmo numa sofisticada ressonância magnética. A doença psíquica é íntima apenas de quem convive com ela. E, mesmo assim, pode ser uma íntima desconhecida; dada sua natureza volátil e instável. Os transtornos de personalidade não têm nenhuma lógica que os possa explicar. E, aqueles que sofrem com essas doenças, ainda têm que lidar com um inimigo ainda mais implacável e cruel: o preconceito!

O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizado por um comportamento padrão regido por instabilidade nas relações interpessoais; autoimagem distorcida; dependência afetiva e excessiva impulsividade. Essa combinação explosiva mantém a pessoa numa condição mental perturbada, posto que ela pode ser acometida pelos sintomas de forma inesperada e violenta, transformando sua vida numa experiência caótica, intensa e dolorosa.

É na fase inicial da vida adulta que se observa maior ocorrência no surgimento do TPB. A denominação Transtorno de Personalidade Borderline foi usado pela primeira vez em 1884 e a partir disso, seu diagnóstico e tratamento passaram por várias modificações no decorrer dos anos. No início, enquadravam-se no termo pacientes cujo quadro oscilava entre a sanidade e a loucura, entre a neurose e a psicose; em função disso usou-se o termo “borderline”. O diagnóstico aparecia relacionado a sintomas neuróticos graves. A precisão no diagnóstico começou a se desenhar na década de 1980; antes disso, a maioria dos médicos tinha a crença de que a personalidade era algo definitivo, imutável; e, portanto não poderia ser objeto de observação e estudo para determinar qualquer tipo de doença.

São várias as causas envolvidas na instalação de um quadro de Transtorno de Personalidade Borderline: predisposição genética; experiências tráumáticas na infância ou adolescência; abuso; negligência; e, até fatores ambientais e sociais (guerras; acidentes causados por fenômenos naturais). É prevalente a ocorrência de TPB quando há parentes de 1º grau com esse transtorno. Famílias instáveis, formada por pais agressivos ou envolvidos em relações muito conflituosas e violentas são outro fator de desencadeamento de TPB. Crianças submetidas a uma educação excessivamente autoritária, com exigência completa de submissão e obediência, também podem desenvolver o transtorno, pois têm seu desenvolvimento cognitivo e emocional deformado por dúvidas profundas acerca de suas capacidades e excessivo sentimento de culpa e vergonha por seus fracassos, por mais naturais e típicos que sejam. No entanto, embora seja bem menos frequente, observa-se a ocorrência deste transtorno em indivíduos que não se enquadram em nenhum dos critérios previstos.

Aqueles que são vítimas de Transtorno de Personalidade Borderline vivem num sofrimento profundo. Empenham esforços desumanos na tentativa de evitar situações de abandono, quer elas sejam reais ou imaginárias. Repetem padrões de relacionamentos pautados pela alternância de extremos: ou idealizam demais o objeto de seu afeto, ou o desvalorizam a ponto de humilhar e romper vínculos definitivamente. Lutam com uma dualidade acerca da percepção que têm de si mesmos: ou se acham “o máximo”, ou se sentem “um lixo”. Submergem em comportamentos impulsivos ou obsessivos que podem variar de gastos excessivos; a sexo irresponsável; abuso de substâncias químicas; compulsão alimentar ou desejo de viver em risco permanente. São acometidos de forma constante por sentimento de menos valia, sentem-se vazios e entediados. Irritam-se facilmente, sendo protagonistas de explosões desproporcionais de raiva que duram algumas horas, mas depois deixam o indivíduo destruído diante de situações muitas vezes irremediáveis e que ele não tem como consertar. Não raras vezes, o portador de TPB mutila-se fisicamente e chega a tentar contra a própria vida.

O caos que envolve a vida do portador de Transtorno de Personalidade Borderline, atinge de forma inexorável aqueles que convivem com ele, sobretudo seus familiares. Muitas vezes, a família e os amigos desistem do portador de TPB, em função da dificuldade em lidar com suas intempestivas oscilações de comportamento. Entretanto, é importante salientar que os sintomas e próprio transtorno são tratáveis por meio de psicoterapia, acompanhamento médico-psiquiátrico e, quando necessário, uso de medicamentos sob prescrição, avaliação e orientação médica, para tratar condições periféricas tais como depressão, insônia, ansiedade, compulsão ou irritabilidade, por exemplo.

O prognóstico é de esperança e possibilidade de uma vida plena, organizada e com qualidade, desde que o paciente receba e persista no conjunto indicado de tratamentos e conte com um anteparo emocional, formado por uma rede afetiva de pessoas que se disponham a enfrentar cojuntamente os inúmeros desafios que os transtornos de personalidades infringem.

O fato é que aquele que vive às voltas com esse alucinante estado emocional em carne viva, sofre. Além das inúmeras contingências cruéis da doença, sofre com as catastróficas experiências amorosas nas quais se envolve; sofre com a falta de capacidade (ainda que temporária) de se comprometer com as mais simples tarefas do dia-a-dia; sofre por perder empregos, por não conseguir terminar o que começa, por não ser possível manter a concentração; sofre porque ser diferente é uma afronta que o outro não tolera porque se acha imune de qualquer tragédia dessas; sofre quando o outro à sua frente trata sua condição mental (grave) como algo imaginário ou um comportamento “para chamar a atenção”.

Assim, caso nos caiba a oportunidade de conviver com um de nós que esteja sendo tragado pelas agruras de uma doença psíquica, procuremos enxergar além da nossa tosca mania de rotular o outro com definições reducionistas. Façamos um pequeno esforço para compreender que nunca seremos capazes de mensurar de fato o quanto é dolorosa a luta de alguém cujo opositor não tem cara, nem coração. Tratemos de nos curar dessa doença epidêmica que é o preconceito. Assim, quem sabe, em vez de torcer o nariz e virar as costas, não sejamos capazes de acolher entre os braços e oferecer um tiquinho da nossa valiosa atenção!

Ana Macarini (via Conti Outra)

Assista este assunto sendo discutido no programa Consultório de Família da TV Novo Tempo, apresentado por Darleide Alves com a neurocientista Rosana Alves.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Religiosidade fake

Perfis falsos podem revelar vidas e até uma religiosidade que segue o mesmo princípio
Não surpreende, mas impressiona constatar, pelo menos com base naquilo que alguns veículos de comunicação divulgam, um mercado obscuro baseado no desejo humano de popularidade a qualquer custo. É o que aparece na superfície, mas certamente há coisas bem piores na profundidade. O fato é que, lendo algumas reportagens, percebo que há um mercado especializado em vender perfis falsificados para celebridades e empresas.

De acordo com o que publicou o The New York Times recentemente, uma investigação jornalística apurou que uma empresa, por exemplo, foi identificada nesse sentido por manter um conjunto de 3,5 milhões de perfis automatizados no Twitter e vendê-los, chegando a proporcionar aos clientes mais de 200 milhões de seguidores nessa rede social. E ao menos 55 mil dessas contas usam nomes, fotos de perfil, lugar de origem e outros detalhes pessoais de usuários reais do Twitter, o que inclui menores de idade. Ou seja, perfis roubados. Mas há várias pessoas que, sem a intenção direta de vender perfis falsos, criam identidades em outras redes sociais (como Facebook) que, em uma avaliação rápida, mostram-se absolutamente mentirosas, falsas, que não combinam com quem aquela pessoa realmente é.

Bem, meu intuito não é o de entrar em pormenores quanto a esse engenhoso sistema criminoso que existe no planeta e que alimenta uma indústria de amor ao próprio ego e avidez por influência no ambiente digital. Quero analisar isso sob o ponto de vista espiritual:

1. Por trás de perfis falsos existem vidas falsas
Na escolha do sucessor de Saul, antes de ungir Davi o profeta Samuel passou por alto vários pretendentes, todos filhos de Jessé. Quando observava um deles, chamado Eliabe, o profeta de Deus pensou que esse deveria ser o ungido. Porém Deus, conforme é registrado em I Samuel 16:7, afirmou que Ele vê o coração, ou seja, o íntimo, e não se limita ao exterior.

Perfis falsos são a casca que aparece, a parte exterior. Mas não significam, muitas vezes, como vivem, o que pensam e o que fazem as pessoas por trás desse perfil. Um perfil falso pode ser mantido por muitos anos e até ser vendido por um bom preço. Mas uma vida falsa, espiritualmente falando, não tem valor algum nesse ambiente, porque o Deus retratado pela Bíblia, acessível e interessado em se relacionar com as pessoas, prefere a sinceridade e a transparência. Perfis falsos criados intencionalmente pelas pessoas podem indicar gente com dificuldades em lidar com suas vidas. Todos enfrentam problemas na vida, mas a solução não está em criar uma vida falsa diante dos outros.

2. Religiosidade fake é uma religiosidade ineficiente e ineficaz
No livro do profeta Isaías, há muitos trechos de condenação da hipocrisia do povo de Israel, aquele que recebeu de Deus uma mensagem clara para fazer a diferença espiritualmente diante de outras nações. Em Isaías 29:13, Deus desabafa e afirma que “visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim…”.

Aqui Deus está falando, trazendo para nossa realidade moderna, de religiosidade fake. Sim, esse é um risco enorme dessa geração e das futuras. E o foi nas antigas também. A religiosidade baseada em rituais destituídos de sentido, em palavras e atos vazios, em conhecimento superficial do próprio Deus e falta de amor é ineficiente e ineficaz. Não serve como referência de religião e não preenche o vazio humano. A motivação maior é o egoísmo, o orgulho próprio, o interesse em que o ser humano seja o centro e não Deus.

Nos velhos e nos novos tempos, o problema a ser superado, por cada um, foi e ainda é o mesmo: vencer a barreira da religião baseada unicamente em experiências místicas, sentimentalistas, artificiais, com pouca ou nenhuma base ou consistência e partir para um relacionamento bem estruturado com Deus. Religião fake pode impressionar, ser popular, atrair muitos amigos, “vender”, encher os olhos, produzir uma dúzia de frases bonitas, imagens a ser compartilhadas, vídeos inebriantes, louvores espetaculares, mas não passa disso. É cheia de informação e imagens, mas vazia de sentido.

Não há muito mais a dizer aqui a não ser sugerir que a minha e a sua vida sejam reais, genuínas, exatamente aquilo que Deus vê. Não há necessidade de se viver uma ilusão, como muitos o fazem nas redes sociais. É perda de tempo. Só depende da vida e da religiosidade fake quem não compreendeu a grandiosidade da verdadeira relação com Deus, que tem altos e baixos, dificuldades e momentos agradáveis, perdas e ganhos, mas é totalmente real.

Felipe Lemos (via Realidade em Foco)

Você tem “desconfiômetro”?

Para ter relacionamento saudável com as pessoas é preciso discernimento. Discernimento no sentido de autopercepção. Isto é difícil para muitos porque a tendência é funcionarmos no automático. O que é funcionar no automático? É fazer as coisas no dia a dia sem muita percepção da própria conduta, do jeito de falar, dos motivos para agir. Parece que isto é o normal, não é?

Será que é mais fácil funcionar no automático? Será que exige menos esforço mental? O contrário de agir no automático significa ter consciência de si, pensar no que você está pensando, no que está dizendo para as pessoas, pensar no que está sentindo e o que este sentimento produz em seu comportamento no contato com os outros. Dá trabalho isto?

Há pessoas muito “espaçosas”, que consciente ou (na maioria das vezes) inconscientemente ocupam muito os outros para benefícios, segurança ou necessidades pessoais. Talvez sejam comunicativas, extrovertidas, mas falta nelas o “desconfiômetro”. Sempre envolvem pessoas em seus programas, planos, vontades, parecendo ter dificuldade de se virarem sozinhas, com menos ruído e agitação. Fazem muito alvoroço em torno de si e deixam as emoções tomarem muito conta da própria mente e isto tira o discernimento racional, a serenidade, prejudicando os relacionamentos porque tendem a usar muito as pessoas pela sua característica “espaçosa”, quase histérica.

Não é possível ter saúde mental sem discernimento ou percepção da própria conduta. Viver o tempo todo no automático é estar fechado para esta percepção. E também, claro, viver o tempo todo na autopercepção pode prejudicar a espontaneidade e a soltura nos relacionamentos.

A reflexão ajuda muito a entender quem somos e como funcionamos socialmente. Mas quem quer refletir sobre seu próprio comportamento numa sociedade carregada de relacionamentos descartáveis, inundada de impulsividade, cheia de modelos doentios na mídia, e reagindo agressivamente com facilidade? O mundo também está acelerado e cheio de precocidades. A aceleração atinge muita coisa em nossa sociedade e tira a serenidade, a reflexão, o discernimento. 

Para uma pessoa “espaçosa” melhorar, ela precisa parar e pensar. E procurar amadurecer para evitar ficar usando as pessoas. Usar é abusar. Pedir ajuda é diferente de usar uma pessoa. Deve procurar ajuda para resolver a tendência de chamar a atenção sobre si. Aprender a refletir e, sendo honesto(a) consigo mesmo(a), tentar discernir os motivos que levam a envolver as pessoas nos problemas ou desejos pessoais. É possível continuar a ser uma pessoa expansiva, comunicativa, sociável, sem histerismo, sem manipulação, sem querer ser o centro das atenções.

É preciso coragem para praticar estas coisas. Mas praticando, poderá se tornar uma pessoa mais confiável, mais serena, mais ponderada, menos “cheguei”, mais discreta, mais fácil de conviver, e não é bom isto?

A decisão para mudar o que se é, é pessoal. Ninguém muda ninguém. O médico, psicólogo, conselheiro, não muda o paciente. Não temos poder para isto. Na próxima vez que surgir na mente da pessoa “espaçosa” uma brecha no jeito de funcionar no automático, e ela conseguir refletir sobre como está funcionando com as pessoas, deverá aceitar a luz que virá dizendo o que precisa mudar. E mudar. Assim a saúde mental melhorará, independentemente se as pessoas ao redor fizerem isto também ou não.

Dr. Cesar Vasconcellos de Souza (via Portal Natural)

O que Ellen G. White pensava da Bíblia?

No púlpito e no evangelismo deve ser usada a Bíblia e só a Bíblia
“No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um ‘Assim diz o Senhor’ é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruída a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White.” (Carta 11, 1894)

“Deus nos chama a um reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e da Bíblia somente, deveriam ser ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido despida de seu poder, e o resultado é ausência de vigor espiritual. Em muitos sermões de hoje não existe aquela manifestação divina que desperta a consciência e traz vida à alma. Os ouvintes não podem dizer: ‘Não estava queimando o nosso coração, enquanto Ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?’ (Lucas 24:32). Muitos estão clamando pelo Deus vivo, ansiando pela presença divina. Permitam que a Palavra de Deus fale ao coração deles. Deixem que os que têm ouvido apenas tradições, teorias e ensinos humanos ouçam a voz dAquele que pode renová-los para a vida eterna.” (Profetas e Reis, p. 626)

“A Bíblia é a única regra de fé e doutrina. E não há nada mais apropriado para vigorizar a mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Não há outro livro que seja tão poderoso para elevar os pensamentos e dar vigor às faculdades como as vastas e enobrecedoras verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deveria ser, os homens teriam uma grandeza de entendimento, uma nobreza de caráter e uma firmeza de propósito que raramente se veem nestes tempos. Milhares de homens que ministram no púlpito carecem das qualidades essenciais da mente e do caráter, porque não se aplicam ao estudo das Escrituras. Satisfazem-se com um conhecimento superficial das verdades repletas de profunda significação; e preferem continuar assim, perdendo muito em todo o sentido, em vez de buscar com diligência o tesouro escondido.” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 126)

Na Bíblia se encontra o que precisamos saber para a salvação
“Não basta sabermos o que outros têm pensado ou aprendido acerca da Bíblia. Cada qual deve no juízo dar conta de si mesmo a Deus, e deve hoje aprender por si mesmo o que é a verdade.” (Educação, p. 188)

“Irmãos, apeguem-se à Bíblia, exatamente conforme ela declara, parem com suas críticas relativamente a sua validade, e obedeçam à Palavra, e nenhum de vocês se perderá.” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 18)

“Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. ‘Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.’ – II Tim. 3:16 e 17.” (O Grande Conflito, p. 9)

“A salvação de nossa alma está em jogo, e devemos examinar as Escrituras por nós mesmos. Por mais fortes que possam ser nossas convicções, por maior confiança que tenhamos de que o ministro sabe o que é a verdade, não seja este o nosso fundamento. Temos um mapa dando todas as indicações do caminho, na jornada em direção ao Céu, e não devemos estar a conjeturar a respeito de coisa alguma. O primeiro e mais elevado dever de todo ser racional é aprender das Escrituras o que é a verdade, e então andar na luz, animando outros a lhe seguirem o exemplo. Devemos dia após dia estudar a Bíblia, diligentemente, ponderando todo pensamento e comparando passagem com passagem. Com o auxílio divino devemos formar nossas opiniões por nós mesmos, visto termos de responder por nós mesmos perante Deus.” (O Grande Conflito, p. 598)

“Ponde a irmã White de lado. Não citeis outra vez as minhas palavras enquanto viverdes, até que possais obedecer à Bíblia. Quando fizerdes da Bíblia vosso alimento, vossa comida e vossa bebida, quando fizerdes de seus princípios os elementos de vosso caráter, conhecereis melhor como receber conselho de Deus. Enalteço a preciosa Palavra diante de vós neste dia. Não repitais o que eu declarei, afirmando: ‘A irmã White disse isto’ e ‘a irmã White disse aquilo’. Descobri o que o Senhor Deus de Israel diz, e fazei então o que Ele ordena.” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 33)

Ellen G. White não substitui a Bíblia nem se iguala a ela
“Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos “últimos dias” [registradas nos escritos de Ellen G. White]; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica.” (Primeiros Escritos, p. 78)

“Os Testemunhos [livros e demais escritos de Ellen G. White] não estão destinados a comunicar nova luz; e sim imprimir fortemente na mente as verdades da inspiração que já foram reveladas. Eles não têm por fim diminuir a Palavra de Deus, e sim exaltá-la e atrair para ela as mentes, para que a bela singeleza da verdade possa impressionar a todos. […] A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o Espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida por todo aquele que sinceramente deseja entendê-la.” (Conselhos Para a Igreja, p. 93)

Ellen G. White serve para levar as pessoas de volta à Bíblia
“Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor [os escritos de Ellen G. White] para guiar homens e mulheres à luz maior [a Bíblia].” (O Colportor Evangelista, p. 125)

“A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida de todo o que sinceramente deseja entendê-la. Mas, não obstante isto, alguns que dizem fazer da Palavra de Deus o objeto de seus estudos, são encontrados vivendo em oposição direta a alguns de seus mais claros ensinos. Daí, para que tanto homens como mulheres fiquem sem escusa, Deus dá testemunhos claros e decisivos [os escritos de Ellen G. White], a fim de reconduzi-los à Sua Palavra, que negligenciaram seguir. A Palavra de Deus está repleta de princípios gerais para a formação de hábitos corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua atenção particularmente para esses princípios.” (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 279)

Estudar a Bíblia para preparar-se para os tempos finais
“Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e esta preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo levar a vida em conformidade com o seus preceitos.” (Profetas e Reis, p. 626)

“As necessidades urgentes de nossa época exigem contínua educação na Palavra de Deus. Essa é a verdade presente. Deve ocorrer em todo o mundo uma reforma no estudo da Bíblia, pois ela é agora mais necessária do que nunca. À medida que essa reforma progredir, será realizada uma poderosa obra. Deus foi muito claro quando disse que Sua Palavra não voltaria para Ele vazia.” (Testemunhos para a Igreja, vol. 6, p. 131)

“Pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o espírito com as verdades da Escritura, poderá resistir no último grande conflito.” (O Grande Conflito, p. 593)

“Olhando para os últimos dias, declarou o apóstolo Paulo: ‘Virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina.’ II Tim. 4:3. Chegamos, já, a esse tempo. As multidões rejeitam a verdade das Escrituras, por ser ela contrária aos desejos do coração pecaminoso e amante do mundo; e Satanás lhes proporciona os enganos que amam. Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas. As opiniões de homens ilustrados, as deduções da ciência, os credos ou decisões dos concílios eclesiásticos, tão numerosos e discordantes como são as igrejas que representam, a voz da maioria – nenhuma destas coisas, nem todas em conjunto, deveriam considerar-se como prova em favor ou contra qualquer ponto de fé religiosa. Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro – ‘Assim diz o Senhor’.” (O Grande Conflito, pp. 594-595)

Ellen G. White (1827-1915), escritora e palestrante, foi uma das cofundadoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia, tendo exercido o dom bíblico da profecia durante 70 anos de ministério público.

Compilado por Walter Mendes (via Tese 96)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

E se ninguém trabalhasse no sábado?

Como adventista, já me fiz muito esta pergunta. E a conclusão que cheguei é que nós invertemos a ordem da coisa. Quando guardamos o sábado pela simples obediência cega, realmente podemos incorrer em caos.

Quando entendemos a verdade por trás deste e de todos os mandamentos, que é o amor ao próximo e a Deus, a coisa fica menos caótica.

O sábado foi instituído por Deus para que o homem se lembrasse de que ELE é o criador de tudo e é ELE quem cuida e mantém todas as coisas. Ou seja, mesmo que eu pare de buscar o meu próprio sustento por 24h, ELE continua cuidando de mim.

Só que a verdade bíblica sobre os mandamentos vai muito mais além do que o NÃO FAZER. Ela trata de fazer.

Quando Jesus diz que é lícito fazer o bem no sábado, ele está dizendo que é lícito fazer o bem aos outros neste dia, amar, cuidar, prover, sem com isso, buscar seu próprio sustento.

Exemplo. Eu sou um pedreiro. Tenho contas pra pagar. Aí eu resolvo trabalhar no sábado pra ganhar um extra e pagar as contas. Neste caso, estou confiando em mim mesmo e não em Deus que me sustenta. Por outro lado, digamos que um asilo está em ruínas e estão precisando de alguém que ajude a levantar paredes e consertar o teto, mas não podem pagar pelo serviço. Eu como pedreiro, me ofereço para fazer este serviço no sábado, sem nada cobrar, com o coração cheio de amor e de altruísmo pensando no bem dos velhinhos que precisam de um lugar mais digno para morar. Isso é pecado ou não?

Se Cristo diz que o cumprimento da Lei é o Amor, ao amar estes velhinhos oferecendo o meu serviço gratuitamente, estou cumprindo a Lei do Sábado.

É por isso que eu digo que a lógica dessa afirmação está invertida.

O problema aqui não é o Sábado, o problema é a falta de amor. O mundo JÁ é um caos porque falta amor.

Por isso a pergunta correta é: IMAGINE A ORDEM QUE SERIA O MUNDO SE TODOS SE AMASSEM?

Imagine que se todos se amassem, não precisaríamos de polícia, e os bombeiros trabalhariam menos. Imagine um ônibus pegando as pessoas no ponto para irem à igreja ou visitarem doentes e famintos, e ao entrar no ônibus o motorista te diz: HOJE É POR CONTA DA EMPRESA!!! Aliás, se todos se amassem, quantos famintos e doentes teríamos por aí?

Eu compreendo esse preconceito com o adventista, pois eu mesmo o tenho. Pois muitas vezes eu guardo o sábado, mas não amo. A verdade, sinceramente, é que nós adventistas também não sabemos guardar o sábado. Na maioria das vezes ficamos mais preocupados em não pecar do que em amar, e isso está errado.

No meu modo de ver, já que o mundo evangélico gosta tanto da graça (e eu também), sabiam que o sábado é o único mandamento que fala de graça?

É verdade. A graça me diz que eu não devo trabalhar por minha salvação, pois Cristo já a garantiu. O sábado me diz que eu não devo ficar obcecado pelo meu trabalho, pois é Deus que me sustenta. Isso é graça.

Caos? Se todos amassem como a Bíblia diz que devemos amar, o sábado seria aquele um dia especial onde eu não preciso ir trabalhar e posso finalmente ter tempo para amar meu próximo com 100% de dedicação.

Um abraço a todos e que o amor de Cristo nos constranja!

Isaque Resende (via Consciência 828)

Quando a nossa oração é abominável

"O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é abominável." (Pv 28:9)

Uma das grandes diferenças entre os seres humanos e os animais é a capacidade de dialogar. Os animais até se comunicam entre si através de sons, mas dialogar é uma característica essencialmente humana. O diálogo é uma via de mão dupla, acontece entre pelo menos duas pessoas que escutam e são escutadas. Em um relacionamento saudável deve haver mutualidade. Os sentimentos, o respeito, a atenção, devem ser reciprocamente trocados.

No entanto, existem pessoas que querem ser respeitadas, mas não respeitam, querem ser ouvidas, mas não ouvem, querem ser amadas, mas não amam. Muitas vezes agimos assim com Deus. Exigimos que Deus nos ouça, mas nos recusamos a ouvir a Deus. Provérbios 28:9 apresenta um grupo de pessoas que buscam serem ouvidas por Deus, mas se recusam a ouvi-Lo.

Que mensagem dura! É isso mesmo?
Quando me deparei com este verso pela primeira vez, fiquei pensativo por algum tempo me perguntando: será que é isso mesmo que Deus queria dizer? É uma mensagem muito dura. Deus realmente pensa assim? Será que o tradutor não se equivocou ao traduzir este verso do original?

Para sanar minhas inquietações, resolvi pesquisar um pouco mais a fundo este verso. Descobri, por exemplo, que o verbo ouvir também poderia ser traduzido como obedecer ou guardar (2Sm 18:12 é um caso desses). A palavra lei (Torah) é uma referência à toda a Bíblia que eles tinham na época, ou seja, o Pentateuco. Portanto, ela também inclui Êxodo 20, ou seja, a lei moral de Deus, os dez mandamentos. Outra tradução possível para a palavra “abominável” seria “detestável”, o que torna a expressão ainda mais séria. Finalmente fui buscar outras traduções para comparar a versão que eu havia lido (ARA) com outras possibilidades. Todas as versões que eu consultei (NVI, Almeida século XXI, BV, NTLH, ARC, NKJV, BJ) concordam entre si em relação à tradução deste verso.

A única coisa que podemos concluir, portanto, é que Deus realmente quis dizer o que está escrito em nossa Bíblia. Contudo, vamos analisar um pouco mais este verso.

De quem o verso fala?
O verso deixa transparecer algumas características que nos ajudam a identificar a quem ele se refere. Duas características se destacam. A primeira é que as pessoas descritas nesse verso recusam ouvir (obedecer, guardar) a lei. Isso significa que essas pessoas conhecem a lei de Deus, conhecem a palavra de Deus, mas voluntariamente se recusam a obedecer.

Uma segunda característica que podemos observar é que estas pessoas de Provérbios 28:9 oram a Deus. São pessoas religiosas, que frequentam uma igreja, que professam um credo. Essas pessoas dizem que servem a Deus, mas querem servir do seu jeito, sem compromisso real com as ordens do Senhor. É importante também destacarmos que o verso não está se referindo a quem é ignorante em relação às leis da Bíblia. Deus não cobrará de quem não conhece (At 17:13).

O que tudo isso significa?
A aplicação deste texto deve nos fazer refletir profundamente a respeito da nossa vida cristã. A rebelião impede o contato com Deus. Rebelião é colocar-se conscientemente contra uma clara ordem Divina. A palavra de Deus nos revela várias leis para as quais devemos dar toda atenção. A Lei moral é, sem dúvida, a mais importante delas. Todos os dez mandamentos, inclusive o sábado, devem ser alvo de nossa atenção e obediência. Encontramos outras leis de Deus em Sua palavra: a lei dos dízimos e ofertas, as leis de saúde dentre outras.

Quando estudamos os textos sagrados, precisamos estar alerta aos pequenos detalhes. No texto que estamos analisando, há um detalhe importante. A palavra “até” tem muito a nos dizer. Ela é uma palavra inclusiva. Não são somente as orações dos que são rebeldes que são abomináveis. Qualquer manifestação em direção a Deus é abominável. Músicas, culto, pregação, todas são abomináveis, ou seja, detestáveis a Deus. O profeta Amós deu uma mensagem de Deus a pessoas que estavam em uma situação de rebeldia em relação ao Pai eterno: 
“Aborreço, desprezo as vossas festas, e não me deleito nas vossas assembleias solenes. Ainda que me ofereçais holocaustos, juntamente com as vossas ofertas de cereais, não me agradarei deles; nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Amós 5:21-23).
O povo ao qual Amós dirigiu estas palavras ia para a igreja, fazia sacrifícios, cantavam bonitas músicas, mas, eram voluntariamente desobedientes aos mandamentos divinos. Para Deus sua adoração era desprezível. Através do profeta Isaías, Deus confirmou este pensamento: 
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir; mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça" (Isaías 59:1, 2).
Se Deus aceitasse adoração dos desobedientes, estaria aprovando a rebeldia. 

Espírito de Profecia
Ellen G. White confirma estes conceitos em diversos momentos: 
“Deus não aceitará uma obediência voluntariosa e imperfeita. Os que presumem estar santificados, mas desviam os ouvidos de ouvir a lei, demonstram ser filhos da desobediência, cujo coração carnal não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Mensagens Escolhidas V. 3. p. 199).
Comentando a primeira mensagem angélica, ela escreveu: 
Pelo primeiro anjo os homens são chamados a temer a Deus e dar-Lhe glória, e adorá-Lo como o Criador do céu e da Terra. A fim de fazer isto devem obedecer à Sua lei. Diz Salomão: 'Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem' (Ec 12:13). Sem a obediência a Seus mandamentos nenhum culto pode ser agradável a Deus. 'Este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos.' 'O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável' (1Jo 5:3; Pv 28:9)." (O Grande Conflito, pp. 435 e 436).
Completando este pensamento, ainda lemos: 
“Não bastava que a arca e o santuário estivessem no meio de Israel. Não bastava que os sacerdotes oferecessem sacrifícios, e que o povo fosse chamado filhos de Deus. O Senhor não toma em consideração o pedido daqueles que acariciam a iniquidade no coração; está escrito que 'o que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável' (Pv 28:9)." (Patriarcas e Profetas, p. 584).
Conclusão
A mensagem contida em Provérbios 28:9 é muito importante e profunda. Deus não considera as orações daqueles que voluntariamente O desobedecem. O culto, as músicas, por mais bem executadas que sejam, e outras formas de adoração também são rejeitados por Deus.

Há um desafio para o povo remanescente: dar uma mensagem de advertência àqueles que necessitam mudar de vida. Não podemos ter orgulho espiritual, mas é preciso ter consciência que aqueles que conhecem e guardam a lei de Deus precisam pregar àqueles que se rebelaram contra Deus. Eles devem aprender sobre a verdadeira adoração com quem obedece e não o contrário.

Aqueles que professam estar entre o povo remanescente, também devem analisar-se diariamente para saber se estão “ouvindo” a lei de Deus. O Senhor não levará em consideração a placa de sua igreja na hora do julgamento, naquele dia é só o ser humano e Deus.

É importante terminarmos esta reflexão destacando que há solução para todos aqueles que estão em rebelião contra Deus. João escreveu: 
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:9). 
A oração de arrependimento sempre será ouvida por Deus. 

Que possamos estar sempre atentos à voz do Senhor!

Pr. Felippe Amorim (via Revista Adventista)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Relógio do Juízo Final: faltam dois minutos para a meia-noite

O Relógio do Juízo Final, uma metáfora que mostra o quanto a humanidade está próxima de destruir o planeta, foi adiantado em meio minuto nesta quinta-feira (25), segundo o Boletim de Cientistas Atômicos. Agora, o relógio marca 2 minutos para a "meia-noite" -mesmo horário que marcava em 1953, no auge da guerra fria, quando EUA e Rússia testavam bombas termonucleares.

Rachel Bronson, presidente do Boletim de Cientistas Atômicos, disse que o adiantamento se deve à preocupação em relação à questão nuclear de Coreia do Norte, Índia, Paquistão e China e à "incerteza" sobre como o governo americano irá lidar com essas questões "expressa em declarações e tuítes", em uma referência velada ao presidente americano Donald Trump.

O Relógio do Juízo Final foi criado em 1947. Ele sempre focou sua preocupação na questão nuclear, mas, a partir de 2007, questões relativas ao aquecimento global também passaram a ser consideradas. (Com informações de G1)

Nota: Não importa se estamos a 2, 3 ou 17 minutos para o fim deste mundo. Para nós, a vinda do fim tem a ver com a consumação do Reino de Deus (1Co 15:24), e não com guerras e agitações políticas (“mas ainda não é o fim”; Mt 24:6). Para isso, o evangelho do Reino será pregado por todo o mundo, “então, virá o fim” (Mt 24:14). A Bíblia enfatiza Cristo, Seu Reino, Sua Igreja e Sua missão. Para nós, Cristo é o "evento" que mais importa nestes “últimos minutos para a meia-noite”. 
"É necessário que os terrores do dia de Deus sejam mantidos diante de nós, a fim de sermos compelidos à ação correta pelo medo? Não devia ser assim. Jesus é atraente.” (Ellen G. White - Review and Herald, 02/08/1881)

O que esperar dos retiros espirituais de carnaval?

Época de Carnaval é sempre, em países como o Brasil, um momento em que a população é literalmente bombardeada com comentários, imagens, notícias e obviamente músicas relacionadas a essa que é considerada uma das maiores festas populares do mundo. 

Mas nem todas as pessoas apreciam Carnaval, samba, blocos de rua ou a conhecida folia típica desse período. Alguns se refugiam em hotéis e pousadas e se entregam ao descanso mesmo sem qualquer tipo de preocupação. Outros permanecem em casa tranquilos e ignoram completamente o evento. Fogem literalmente da algazarra que normalmente caracteriza o período carnavalesco. 

Mas há grupos que, eu diria, fogem do Carnaval. Por outro lado, aproveitam o feriado prolongado para alguns objetivos bem diferentes. Sua postura é baseada no que aprenderam com os ensinos da Bíblia Sagrada. Isso faz toda a diferença na maneira como encaram o período de Carnaval ou qualquer outro aspecto da vida. Longe da folia, muitos cristãos esperam: 

Estar mais em contato com o meio ambiente 
Se há tempo livre, nada melhor do que se aproximar de Deus por meio da Sua criação. Jesus é um exemplo muito claro disso. Preferia fugir dos grandes centros de sua época e estar em meio aos lagos, rios e montanhas. O apóstolo Paulo, em uma visita à cidade de Filipos, manteve contato com as pessoas da cidade e falou a respeito de Cristo e Seu ministério à beira de um rio (Atos 16:3). 

Evitar o barulho para ouvir melhor a voz de Deus 
No mundo de múltiplas tarefas e estímulos, o barulho parece ter se tornado companheiro inseparável. Mas quem tem objetivos diferentes durante o Carnaval se retira para locais onde consegue ouvir um pouco melhor a voz de Deus por meio da oração e do estudo da Bíblia. Sem a gritaria das ruas, o som de tantas máquinas e meios de transporte e até o barulho de tiros e acidentes de trânsito, há ambiente propício para reflexão. O sábio autor de Eclesiastes já aconselhava a ouvir mais e falar menos ao sugerir que “não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus e tu, na terra..”(Eclesiastes 5: 2). 

Apoiar outras pessoas para que tenham um encontro com Jesus 
No meio da folia carnavalesca, é praticamente impossível se falar em apoio mútuo e ajuda. Em meio a bebedeiras e em festas ou blocos de rua onde há fortes estímulos para a promiscuidade sexual e até para a baderna, pouca ajuda se consegue dar para alguém. Principalmente o suporte necessário para a real felicidade das pessoas que definitivamente não está nos vícios ou prazeres passageiros. Longe da folia, os conselhos bíblicos e o fortalecimento espiritual podem ser assimilados de maneira plena e uma vida com mais qualidade se inicia. Isso se dá em acampamentos e retiros espirituais onde, além do merecido e necessário descanso, há espaço para conversas e momentos de reflexão. 

Respeito quem prefere a folia, contudo estar longe das festividades carnavalescas não é uma forma de fuga, mas de parada para se pensar na vida. E quando falo de pensar na vida, refiro-me em relação a meus objetivos, à maneira como me relaciono com os que estão ao meu redor e evidentemente com Deus. Para se fazer esse break estratégico, os dias do Carnaval são oportunos. É uma espécie de desintoxicação mental e física (nunca se esquecendo dos exercícios, boa alimentação e outros fatores pró-saúde) necessários, inclusive, para a sobrevivência espiritual em mundo cada vez mais desumano, egoísta e interessado em pular e suar sem se importar com o futuro. Melhor dizendo, com a eternidade.

Febre Amarela
A alta incidência de casos de febre amarela preocupa autoridades de todo o Brasil, inclusive a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por essa razão, a organização dá algumas orientações, especialmente voltadas ao período do feriado de Carnaval, quando costumam ser realizados vários acampamentos com milhares de participantes. Segundo informou o Ministério da Saúde, entre julho de 2017 e 23 de janeiro deste ano, foram confirmadas 53 mortes e o número de casos registrados chegou a 130.

Ainda que o surto seja regionalizado, a Igreja Adventista tem algumas orientações para aqueles que participarão de acampamentos no Brasil:

– Recomenda-se a vacinação, lembrando que o efeito deve começar a ser sentido após 10 dias desde a data da aplicação.

– Quem já tomou a vacina em dose única não precisa se vacinar novamente. Atualmente, a vacina é oferecida em dose fracionada. O tempo de proteção da dose padrão é para a vida toda. Já com a dose fracionada, a duração é de pelo menos oito anos.

– Desaconselha-se a realização de acampamentos nas áreas rurais dos municípios onde foram encontrados humanos ou animais infectados pelo vírus da febre amarela.

– É sugerido aos acampantes que façam uso de repelentes.

O diretor de Ministério Jovem da Igreja Adventista para oito países sul-americanos, Carlos Campitelli, explica que as recomendações ajudam os participantes a ter um ótimo acampamento com segurança e saúde. E reforça a necessidade de que aqueles que não foram vacinados busquem os pontos de vacinação. Outras informações oficiais sobre o tema estão no blog do Ministério da Saúde. 

[Com informações de Realidade em Foco e Notícias Adventistas]

Vida dupla

Algumas pessoas levam uma vida dupla - uma é a vida pública, considerada "verdadeira", e a outra é a vida escondida, que deve ser mantida em segredo. Entretanto, por que alguns indivíduos se comportam assim? James Harvey Robinson (1863-1936) sugeriu: "O discurso dá ao ser humano um poder único de viver uma vida dupla, na qual se diz uma coisa e faz outra." De modo geral, vidas e discursos duplos normalmente derivam da tendência humana de acobertar comportamentos pecaminosos e imorais.

Há muitas maneiras de desenvolver uma vida paralela, escondida. Por exemplo, em 2003 foi lançado o website Second Life (Segunda Vida). Esse e outros sites de imersão permitem que as pessoas simplesmente fujam da realidade para um mundo virtual, começando ali "relacionamentos" novos e empolgantes, indo em busca daquilo que lhes dá prazer. Na maioria dos casos, esses relacionamentos paralelos são mantidos em segredo dos pais, cônjuge e filhos.

Charles H. Spurgeon, em seu livro John Ploughman's Talk (Conversa de John Ploughman), traz um capítulo intitulado "Homens com Duas Faces", no qual adverte: "Em alguns homens, só se pode confiar enquanto eles podem ser vistos, e não além, pois novas companhias os transformam em pessoas diferentes. Assim como a água, eles fervem ou congelam de acordo com a temperatura." E acrescenta: "Não são todos que frequentam a igreja ou os cultos que oram de verdade, nem são aqueles que cantam mais alto os que mais louvam a Deus, nem os que mostram as expressões faciais mais chamativas que mais anseiam pelo Senhor."

Realmente não sei até que ponto você tende a levar uma vida dupla. Talvez esse não seja seu caso. Mas se você tem permitido que um pecado acariciado corroa sua integridade moral e espiritual, gostaria de convidá-lo a entregar sua vida particular ao Senhor hoje, pedindo-lhe forças para vencer suas fraquezas. Se possível, busque aconselhamento pastoral.

O conselho inspirado para hoje é: "Aproximem-se de Deus, e Ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o coração." (Tiago 4:8, NVI). O Senhor é capaz de trazer consistência a suas tendências inconsistentes, para que sua vida particular entre em plena harmonia com sua imagem pública. O preço que você pagará ao abrir mão de seus pecados não é nada em comparação à paz de espírito que irá ganhar!

Alberto R. Timm (via Meditações Diárias - Um Dia Inesquecível)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Em que candidato Jesus votaria?

A eleição é em outubro e o registro oficial dos candidatos é só em agosto. Mas a movimentação de políticos e partidos já é forte em torno de nomes para disputar a sucessão do presidente Michel Temer. Pelo menos 14 políticos já formam uma lista de pré-candidatos declarados à Presidência da República. Além deles, há casos de políticos que se colocaram à disposição dos partidos, mas ainda não viraram pré-candidatos.

Em que candidato Jesus votaria? Se Ele é o modelo, seu procedimento deve ser exemplo para tudo. E por que não para as preferências eleitorais?

Em 1896, o pastor norte-americano Charles M. Sheldon, da Igreja Congregacional, publicou o livro Em seus passos o que faria Jesus? Nele, Sheldon inventa a história de uma congregação cristã cujos membros procuram, durante um ano, viver o desafio de tomar cada atitude como resposta à pergunta que intitula o livro. Na história criada por Sheldon, os cristãos votam, nas eleições municipais, a favor de candidatos que estampam princípios cristãos e defendem valores morais, que, no contexto da época, abrangia a defesa da proibição do comércio de bebidas alcoólicas e dos jogos de azar.

Na obra, Sheldon tentou responder a uma pergunta difícil. Os personagens de seu livro presumiram os critérios que Jesus teria usado para definir seu voto. Essa é uma preocupação válida para o cristão. No entanto, Jesus Cristo viveu em um momento histórico em que o sistema democrático não existia na forma como o conhecemos hoje. Nascido no auge do Império Romano (Lc 2:1), Jesus viveu sua vida terrena sem ter que votar como nós. E, surpreendentemente, Ele foi mais indiferente à política de seus dias do que querem alguns.

No entanto, em um aspecto Cristo votou. Ele elegeu pessoas, não para cargos públicos, mas para o Reino dos Céus! Ele escolheu doze homens para serem seus apóstolos (Lc 6:13) e para que se assentassem em tronos a fim de serem juízes celestiais (Mt 19:28). Designou mais setenta para que fossem de dois em dois e o precedessem nas cidades aonde ia (Lc 10:1). Mas, acima de tudo, deu o voto que é suficiente para eleger qualquer pecador indigno à condição de herdeiro do Reino de Deus (Ap 21:7).

Jesus votaria em candidatos corruptos? É exigida honestidade e integridade perfeitas para se candidatar ao Reino de Deus (1Co 6:9, 10). No entanto, até mesmo o mais corrompido pecador pode ter a “ficha limpa”, se for lavado, santificado e justificado por Jesus e pelo Espírito Santo (1Co 6:11).

Foi assim que pelo menos dois funcionários públicos com histórico de corrupção, Levi Mateus (Mt 9:9) e Zaqueu (Lc 19:1-10), foram eleitos por Jesus para o Reino. Semelhantemente, Paulo, o “principal dos pecadores” (1Tm 1:15), um homem que esteve envolvido com a prática de tortura, além de prisões e execuções claramente injustas (At 8:3; 26:10, 11), foi “constituído ministro” das coisas que Deus lhe revelou (At 26:16).

Cristo não hesita em confiar os mais importantes cargos de Seu Reino a pessoas com um passado sujo. Pelo contrário, Ele expressou sua preferência por pecadores (Mc 2:17). Discursando aos pretensiosos fariseus, que se julgavam dignos de se assentarem nas mais importantes posições do governo de Deus (Mt 23:2), Jesus revelou que pessoas de moral duvidosa precederiam muito candidato honesto no Reino dos Céus (Mt 21:31).

Com seu voto, Jesus quer eleger pessoas que, apesar de seu passado, defeitos e falhas, aceitam ser transformadas por Deus. Ele disse: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome” (Jo 15:16, NVI).

Quando Cristo regressar, os eleitos pelo voto de Cristo assumirão um cargo mais elevado que o dos anjos (1Co 6:3): eles se assentarão ao lado de Cristo, em seu próprio trono (Ap 3:21), e “reinarão” com Cristo (Ap 20: 6).

Em qual candidato Jesus vai votar nessas eleições? 

Ele talvez não tenha muito o que manifestar sobre a política deste mundo, mas para o Reino dos Céus Ele deseja eleger pecadores como você e eu.

Adaptado de texto de Fernando Dias (via Revista Adventista)

Assista também a esta análise feita pelo prof. Leandro Quadros sobre o cristão e a política:

Culpado ou Inocente?

Assisto e leio o noticiário da Lava Jato e outros processos, indiciamentos, investigações, suspeitas, delações. O cenário está apodrecido, caótico. E dependendo da nossa simpatia ou posição política, ficamos torcendo pela condenação ou absolvição deste ou daquele.

Mas minha postagem hoje, quero apenas usar isso como pano de fundo para refletir sobre outra situação, também caótica, fazendo um paralelo entre a Justiça dos Homens e a Justiça de Deus.

Na Justiça dos Homens, todos são INOCENTES. Essa situação perdura até que haja provas em contrário. Que provas são essas que podem provar a CULPA do réu?

São resultantes de todo um processo investigatório, demorado, penoso, muitas vezes injusto e cheio de falhas. Seus agentes são juízes e jurados cheios de imperfeições.

Na Justiça de Deus, todos são CULPADOS. Essa situação perdura até que haja provas em contrário. Que provas são essas que podem provar a INOCÊNCIA do réu?

São resultantes de um processo já completado, onde um inocente, absolutamente justo e santo, foi considerado culpado, e transferiu seus méritos perfeitos para um culpado, absolutamente injusto e pecador. Desse modo, este pôde ser declarado e tratado como justo e inocente. O agente e promotor desse processo é um Juiz justo, santo, infalível.

Isso é GRAÇA!
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso [a salvação pela graça] não vem de vós; é dom de Deus.” (Efésios 2:8)
Mário Jorge Lima (via Instantâneos do Reino)
"O Juiz de toda a Terra tomará decisão justa. Não poderá ser subornado; não Se pode enganar. Aquele que criou o homem, e a quem pertencem os mundos e todos os tesouros que contêm — Ele é que pesa o caráter nas balanças da justiça eterna." (Ellen G. White - The Review and Herald, 19 de Janeiro de 1886)

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Por que príncipes viram sapos?

Para entender por que nos decepcionamos com o ser amado, é preciso conhecer o processo de namoro: saber o que leva a nos encantarmos sentimentalmente com alguém.

O que faz uma pessoa até há pouco tempo desconhecida se tornar tão indispensável para nós que não imaginamos mais a vida sem ela? Não há como responder integralmente a essa pergunta, mas algumas conclusões parciais podem ser úteis para cometermos menos erros.

Em primeiro lugar, as pessoas se envolvem porque se acham incompletas. Se todos nós nos sentíssemos “inteiros” em vez de “metades”, não amaríamos, pois o amor é o sentimento que desenvolvemos por quem nos provoca aquelas sensações de aconchego e de algo completo que não conseguimos ter sozinhos.

A escolha do parceiro envolve variáveis intrigantes, que vão do desejo de nos sabermos protegidos à necessidade de sermos úteis ou mesmo explorados.

A aparência física ocupa um papel importante nesta fase, sobretudo nos homens, que são mais sensíveis aos estímulos visuais. Muitos registram na memória figuras que os impressionaram e que servem de base para criar modelos ideais, com os quais cada mulher é confrontada.

Pode ser a cor dos olhos, dos cabelos, o tipo de seio ou de quadril. São elementos que lembram desde suas mães até uma estrela de cinema.

As mulheres também selecionam indicadores do homem ideal: deve ser esbelto ou musculoso, executivo ou intelectualizado, voltado para as artes e assim por diante.

Todos esses ingredientes incluem elementos eróticos e se transformam, na nossa imaginação, em símbolos de parceiros ideais. De repente, julgamos ter encontrado uma quantidade significativa de tais símbolos naquela pessoa que passou pela nossa vida. E nos apaixonamos.

A fase de encantamento, no entanto, se fundamenta não só em aspectos ligados à aparência, mas também no que há por dentro.

Porém, uma outra situação pode ocorrer: conversamos com quem nos chamou a atenção e, devido à atração inicial e ao nosso enorme desejo de amar, tendemos a ver no seu interior as afinidades que sempre quisemos que existissem naquele que nos arrebata o coração.

Por exemplo: um rapaz franzino e intelectualizado é visto como emotivo, romântico, delicado, respeitoso e pouco ciumento. A moça se encanta com ele e espera que ele seja portador dessas qualidades.

A isso chamamos idealização: acreditar que o outro tem características que lhe atribuímos. Sonhamos com um príncipe encantado – ou com uma princesa ideal – e projetamos todos os nossos desejos sobre aquela pessoa. E, quando passamos a conviver com ela, esperamos as reações próprias do ser que idealizamos.

Mas o que ocorre? É o indivíduo real que vai reagir e se comportar conforme suas peculiaridades. E é muito provável que nos decepcionemos – não exatamente por causa de suas características, mas porque havíamos despejado sobre ele fantasias de perfeição.

O erro nem sempre está no parceiro, e sim no fato de termos sonhado com ele mais do que prestado atenção no que ele realmente é.

Eis aí um bom exemplo dos perigos derivados da sofisticação da mente, capaz de usar a imaginação de uma forma tão livre que a realidade jamais conseguirá alcançá-la.

Flávio Gikovate (via Conti Outra)

Nota: Ellen G. White nos deixou também alguns conselhos sobre esse assunto:
"A juventude confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um artifício de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que haver do que o Senhor. Se há coisa em que seja preciso o bom senso comum, é esta; mas o fato é que ele pouco se emprega neste assunto." (Mensagens aos Jovens, p. 450)
"O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa absorção fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumento nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua direção." (O Lar Adventista, p. 51)
"O amor é um sentimento tão sagrado que poucos o experimentam. É um termo usado, mas não compreendido. A atração ou impulso da fascinação de um rapaz por uma moça ou vice-versa, não é amor e não faz jus a esse nome. O verdadeiro amor tem base intelectual, através de um profundo conhecimento da pessoa amada. Lembre-se que o amor impulsivo é completamente cego. " (Cartas a Jovens Namorados, p. 36)
"Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus. Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com o seu amor." (A Ciência do Bom Viver, p. 359)

O que fazer quando seu filho abandona a fé?

“Não me interesso mais pela igreja” diz o seu adolescente. Eles podem até dizer a mesma coisa de várias maneiras, mas não há uma resposta fácil para a sua situação. Cada filho é diferente e fará seus próprios deslizes. É por isso que cada caso deve ser avaliado individualmente. Você se pergunta: Por que meu filho é tão difícil? Será que medicamento o ajudará? É como se andássemos por um deserto. A família fica dividida e muitas vezes não sabe como lidar da maneira correta com ele. Tentamos vários caminhos: a disciplina ofensiva, o amor ofensivo, mas é complicado compreendê-lo.

Quando o filho sai de casa (decide ir para a faculdade em outra cidade, por exemplo) a primeira coisa que fazemos é encontrar um apartamento. A segunda é encontrar uma igreja local. Queremos ter certeza que ele continuará frequentando. Porém nem sempre gostam, se sentem à vontade na nova igreja. Acham-na muito antiquada, ou não gostam da música. Mesmo assim temos esperança de que vá encontrar outra igreja na qual se sinta mais à vontade. Como nem sempre esse é o caso, inicialmente é uma decepção e começamos a nos perguntar o que deu errado.

No momento em que você mãe/pai admite que seu filho já não é mais da mesma igreja, que não sabe mais o que fazer quando ele se revolta, é importante lembrar-se que não esta só. Todavia, não devemos perder a esperança, mesmo sendo este um dos desafios mais difíceis na família.

Algumas sugestões de como lidar com esse cenário:

Não desista
A tentação é jogar tudo pra cima e desistir, e você não seria a única a fazer isto. Muitos pais desistem e, incapazes de tolerar a dor, eles se protegem, fingindo que não se incomodam. O filho grita, “me deixe em paz” e assim eles fazem o que ele pede, retirando-se emocionalmente de sua vida. O que alguns pais não percebem é que apesar de as ações e palavras do adolescente destinarem-se a afastar os pais, lá no fundo ele anseia que os mesmos continuem tentando, apoiando, independente de seu comportamento.

Nunca desista. Vá em frente apesar das circunstâncias e não pare de fazer as coisas boas, tentar coisas novas se as antigas não funcionarem, continue fazendo as coisas que você sabe serem certas, ame incondicionalmente, faça seu papel de mãe/pai, mesmo quando prefere desaparecer.

Não tenha vergonha de pedir apoio e oração
É prudente consultar um pastor ou um conselheiro, e você pode encontrar conforto de pais cristãos que também têm filhos pródigos. Seja sincero sobre o seu desejo de compreensão. Valorize as orações intercessoras, mas tenha cuidado para não compartilhar detalhes íntimos. Uma resposta simples, como: “Você não faz ideia do quanto precisamos e valorizamos suas orações” é suficiente.

Uma mãe admitiu que não queria que o mundo todo soubesse sobre o adolescente rebelde porque seu marido era o ancião da igreja, mas uma dor compartilhada, diminui. Uma alegria compartilhada, aumenta.

Seja firme e afetuoso
Você precisa de uma casca dura e de um coração sensível, principalmente no que diz respeito aos comentários dos outros. Mesmo que as intenções sejam boas, pessoas ofendem, mas não deixe que suas farpas penetrem, sendo sensata o suficiente para ouvir as palavras de apoio que outros oferecerem.

Aprenda a arte da entrega
Isso pode significar liberar seu sonho para seu filho, abrir mão do controle sobre o adolescente, deixando os resultados com Deus.

Obtenha ajuda para você e sua família
Se quebrar o braço, você imediatamente pedirá ajuda no Pronto Socorro. Então por que tantos pais se vergonham de buscar ajuda quando a família está quebrada? Alguns preferem aconselhamento pastoral, outros optam por terapia. Dê apenas o passo inicial e busque ajuda.

Permita-se algum prazer
Muitos casais cujos filhos saem da igreja, eliminam qualquer ato que possa trazer alegria, até que a “situação se normalize”. Alguns sentem-se culpados por estarem se divertindo, ao invés de “fazerem algo” para resolver o problema. Outros ficam em constante estado de alerta, tensos, preocupados ou envergonhados e não conseguem se distrair. Mas precisamos recarregar a bateria. Relaxe num banho de banheira, assista um filme engraçado e veja-o juntos, pois se afastar um pouco do problema pode ser a saída ideal para olhar melhor, com a mente mais descansada.

Mantenha seus valores fundamentais
Não deixe que a crise contínua a desgaste, Deus ainda a conhece exatamente como antes da crise. Se sempre deu presente de aniversário para seu filho, continue dando durante essa fase difícil também. Se ajudava no ministério da criança antes de seu filho sair da igreja, continue usando seu talento nessa área. Não se afaste de tudo e todos porque algo está saindo fora do que planejou ou sonhou.

Escreva um diário
Registrar seus pensamentos, sentimentos e orações pode ajudá-la a identificar o que é importante. Pode usar uma caderneta, um computador ou até enviar um e-mail ou mensagem a um amigo de confiança. Expressar emoções e externá-las é uma forma de visualizar o problema como alguém de fora.

Não se culpe
Provérbios 22:6 diz: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." No entanto este texto nunca teve a intenção de despertar culpa. O pior pesadelo de muitos pais é ter um filho rebelde – que segue seu caminho na vida de maneira destrutiva, ignorando tudo que aprendeu, recusando-se a obedecer as regras, causando caos nas vidas com as quais entra em contato.

O medo é tão grande que os pais se estressam com tudo que os filhos fazem, chegando a considerar comportamentos normais como sinais de que os filhos estão à beira do abismo. Outros pais fazem o oposto. Ignoram sinais óbvios de alerta, achando que é apenas uma fase da qual os filhos passarão. Alguns outros abdicam e descobrem que, não importa o que fizeram para educar seus filhos, é provável que pelo menos um saia da igreja.

Há pais que observaram seus filhos fazerem más escolhas e foram arrastados por desvios mais perigosos. Eles agonizaram, choraram, oraram – mas de alguma forma sobreviveram. O que eles aprenderam no processo?

Você não pode controlar as escolhas do seu adolescente
Uma vez que seu filho sai de casa, não dá pra dizer o que ela está fazendo. Pode estar ou não na escola. Pode jogar fora o lanche que você fez pra ela e comer algo gorduroso, consumir drogas, colar nos testes, dirigir bêbada – ou estudar bastante e fazer parte dos melhores 10% de sua classe. Pode ser a presidente ou a palhaça da classe. E não há nada que se possa fazer quanto à isso. Aceite!

Saiba a diferença entre ajudar e possibilitar
Joe White recomenda que quando meu adolescente se revolta devo manter uma maternidade firme e terna. Possibilitar um comportamento irresponsável é diferente de deixar que o filho pródigo assuma as consequências de seus atos.

Não esqueça o resto de sua família
Existe o risco de numa situação de crise familiar com um filho que está afastado, todas as atenções sejam pra ele. Pare de focar no filho rebelde a tal ponto de negligenciar os outros filhos e o cônjuge. Às vezes temos que confiar nosso filho pródigo ao Senhor e deixá-Lo operar nele, enquanto continuamos com nossa vida.

Perceba que sua parentalidade mudou
Quando um filho deixa o cuidado e proteção dos pais, o relacionamento muda para sempre. Devemos mostrar-lhe que o amamos, mas temos que nos libertar de nossa responsabilidade por ele. Ele é um ser dono de sua individualidade e é preciso respeitar.

Construa uma frente unida com seu cônjuge
Avise a seu filho que vai conversar com seu cônjuge antes de tomar qualquer decisão. Além disso, não se esqueça de trabalhar em seu relacionamento conjugal. Não negligencie o lado físico: Tire um fim de semana livre, marque uma noite para saírem juntos, e não fale sobre os filhos durante esse tempo.

Estabeleça limites
O filho pródigo beneficia-se mais da mãe que diz “eu te amo, mas não vou tolerar desrespeito.” Estabeleça limites em qualquer área que lhe diz respeito, especialmente se seu filho quer se mudar de volta. Certifique-se de que ele entende seus limites e as consequências ao ultrapassá-los.

Cuide dos seus sentimentos
Pais de filhos rebeldes enfrentam muitas emoções: raiva (do filho, de si mesmo, do parceiro, da má companhia do filho), dor, tristeza, depressão e culpa. Quaisquer que sejam os sentimentos, temos de reconhecê-los, antes de podermos lidar com eles.

Lembre-se que Deus ama seu filho mais do que você o ama
Mães de filhos rebeldes se sentem desamparadas. É por isso que devemos nos apoiar em Deus e Sua graça. Ele constantemente os atrai para Si e estará com eles mesmo quando não podemos.

Antecipe um futuro melhor
Em conversa com dezenas de pais, aprendi que a temporada do filho pródigo é apenas isso, uma temporada. Mais cedo ou mais tarde, a maioria deles volta a ter bons relacionamentos com seus pais e, às vezes, com seu Pai celestial.

Não perca de vista a perspectiva mais ampla
Enquanto continua a amar e orar por seu filho, tenha fé que ele é a obra de Deus em andamento. Apesar dos desafios específicos desta faixa etária, os jovens precisam da igreja. Para que mantenham a identidade da fé, a atmosfera da igreja desempenha papel importante na permanência deles nela. Pode-se, então, dizer que igreja de verdade é primordialmente trabalho com jovens. Por isso não perca a esperança!

Todavia, lembre-se: eles pertencem a Deus e a nós, e não à igreja. Conte com as orações de membros cuidadosos, mas não permita que qualquer censura que você receber lhe desanime.

Telma Witzig (via blog da Fabiana Bertotti)

Bibliografia:
It Takes a Church: Every Member’s Guide to Keeping Young People Safe and Saved
Gary L. Hopkins; Joyce W. Hopp Publisher: Pacific Press Pub. Association Publication Date: 2002
When Good Kids Make Bad Choices: Help and Hope for Hurting Parents Paperback
by Elyse Fitzpatrick (Author), James Newheiser (Author), Laura Hendrickson (Author) Publisher: Harvest House
Sticking with Your Teen. Copyright © 2006, Joe White. All rights reserved. International copyright secured.
Parents Edition of the May 2008 issue of Focus on the Family magazine. Copyright © 2008 Jeanette Gardner Littleton. All rights reserved. by Jeanette Gardner Littleton Ame Seu Filho Pródigo O que fazer quando seu adolescente se revolta