sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lei Geral dos Concursos concede direito de horário alternativo por motivos religiosos


A aprovação final, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), do projeto que estabelece regras gerais para concursos públicos (PLS 74/2010), na quinta-feira, 27, incluiu novas mudanças no texto. Foram acatadas três emendas do senador Valdir Raupp ao substitutivo do senador Rodrigo Rollemberg.

Uma das mudanças sugeridas por Raupp concede benefício aos candidatos que, por razões religiosas, não puderem realizar as provas nas datas e nos horários estabelecidos pela organização do concurso. A emenda obriga não só a entidade executora a oferecer um horário alternativo à realização das provas, bem como a garantir o sigilo das questões.

Para o pastor Edson Rosa, líder sul-americano da Igreja Adventista para as áreas de Comunicação e Liberdade Religiosa, “esta é uma grande vitória dos movimentos de relações públicas da igreja. Guardadores do sábado têm, agora, seus diretos perfeitamente preservados”.

Como foi aprovado em caráter terminativo, o substitutivo segue direto para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado. [Equipe ASN – Márcia Ebinger com foto e informações da Agência Senado]

Novo Tempo promove videochat e programa de oração pelo Brasil


A TV Novo Tempo realizará hoje, 28 e no sábado, 29, dois eventos que envolvem as manifestações populares que estão acontecendo em boa parte do território brasileiro.

Hoje às 19h (horário de Brasilia), no aovivo.adventistas.org haverá um videochat especial sobre as manifestações. Será um bom momento para tirar dúvidas sobre o assunto, fazer perguntas, emitir opinião e interagir com os participantes.

Já no sábado, 29, durante todo o dia, os adventistas estão sendo convidados a orar pelos brasileiros, governantes e por todas as situações que estão em evidência. Nas redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) serão utilizadas as hashtags #OrandoPeloBrasil e #Pray4Brazil.

O jornalista Lisandro Staut, diretor da TV Novo Tempo, informa que a ideia nasceu em função da repercussão do tema no meio cristão. “O objetivo é esclarecer o assunto e unir a Igreja em torno do que de melhor podemos fazer neste momento – orar”.

Assista o vídeo produzido pela Novo Tempo, participe e divulgue. 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Futebol - Prós, Contras e Conselhos de Ellen White


De acordo com a Bíblia e o Espírito de Profecia é lícito ao cristão praticar esportes como o futebol? Por que algumas pessoas são contra o futebol? O que ele tem de mau? Existe alguma maneira de praticá-lo sem receber sua influência negativa? E torcer para algum time é pecado?

Os motivos mais comuns para a preocupação com o futebol têm sido os seguintes:

1. Paixão - É um esporte que envolve as pessoas de maneira apaixonada, quase como um vício, levando às torcidas organizadas, frequência aos estádios, discussões sobre o melhor time, exageros na comemoração pelas vitórias ou excessos na revolta pelas derrotas. É uma paixão que facilmente leva ao descontrole. Não combina com o comportamento cristão.

“As diversões e dispêndio de meios para satisfação própria que, passo a passo, levam a glorificação do próprio eu, e a educação nesses jogos com fim de desfrutar prazer, produz por essas coisas um amor e paixão que não são favoráveis ao aperfeiçoamento do caráter cristão.” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 322)

Outras bases para frequentar estádios podem ser encontradas no Salmo 1:1-6, nos perigos de violência que rodeiam o local, e nas práticas que ali são realizadas.

2. Confronto direto - É um esporte que leva as pessoas ao enfrentamento direto. É claro que ele não é o único. O basquete e outros também enfrentam a mesma realidade. Havendo esse confronto, acaba havendo também mais agressão, discussão e competição. Isso não combina com nosso espírito cristão

3. Desentendimento - Parece que entre os esportes, o futebol tem sido o campeão de desentendimentos entre os participantes. É frequente você observar entre os jogadores apaixonados, gente discutindo por regras que não aceita, por não concordar com a maneira como o outro joga, pela atitude de um juiz, e tudo isso acaba em desentendimento e inimizades. Aliás, dizem que um dos melhores lugares para conhecer o caráter de alguém é dentro de um campo de futebol. Isso fere nossa postura cristã.

4. Competiçăo - Ou seja, a rivalidade entre dois grupos que buscam ser um melhor do que o outro. Muito da condenação do futebol vem em função do forte clima de competição que ele gera. Pior ainda, quando, além da competição normal do esporte, são organizados campeonatos em que a guerra pela vitória vai aos extremos. O papel do cristão não é derrotar o outro para ser o melhor do que ele, mas sempre buscar o bem do próximo. Quando futebol recebe um tempero extra, ele vai diretamente contra a essência de nossa mensagem.

A questão que precisamos analisar é se esses motivos podem ser evitados, tornando o futebol apenas uma brincadeira.

1. A paixão pode ser evitada se não houver envolvimento com times e torcidas profissionais, nem frequência aos estádios. Se um jogo de bola não for colocado acima de qualquer outra coisa, mas for praticado nas horas livres, como uma oportunidade de integração, recreação e cuidado com o corpo, ele passa a ser aceitável.

2. O confronto direto é mais difícil de ser evitado, mas pode ser diminuído de acordo com a maneira como a pessoa joga. Se ela joga para brincar, há um contato físico, mas não um confronto direto.

3. O desentendimento dentro do campo, talvez seja o maior problema. Os impulsivos, temperamentais ou gananciosos não conseguem se controlar. Ou porque tem dificuldade consigo mesmos, ou porque não sabem perder. É esse o ponto que tem despertado o maior número de pessoas contra o futebol. "Se é isso que acontece em uma partida", dizem eles, "então é melhor acabar com isso". Mais uma vez a questão é a maneira como se encara o esporte. A atitude do jogador. É possível, até mesmo para temperamentais, brincar sem brigar, desde que encarem o futebol como uma brincadeira. Aqueles que não conseguem se controlar devem orar mais sobre isso, e ficar longe das quadras por um tempo, para não prejudicar o esporte de todos.

4. O futebol é um esporte de pontos, ou gols. Alguém vai perder e outro vai ganhar. A maneira como se encara essa competição pode definir se o futebol pode ser praticado ou não.

Conselhos de Ellen White
Já quando o assunto são as orientações de Ellen White, é preciso ter muito cuidado. Quando ela escreveu, o esporte conhecido era o "Football", o que conhecemos como futebol americano, jogado mais com as mãos do que com os pés, e que é extremamente violento. O futebol como conhecemos aqui é chamado em inglês de soccer, e não é o esporte a que ela se refere. Ambos têm algumas semelhanças, e alguns dos seus conselhos também servem para o nosso futebol. Não podemos aplicar, porém, literalmente tudo o que ela fala de um esporte para o outro, mas podemos aprender lições.

“Não tenho conseguido encontrar nenhum caso em que Ele tenha ensinado os Seus discípulos a empenharem-se na diversão do futebol ou em jogos de competição, a fim de fazerem exercício físico, ou em representações teatrais; e, no entanto, Cristo era nosso modelo em todas as coisas. Cristo, o Redentor do mundo, deu a cada um a sua obra, e ordena: "Negociai [ocupai-vos, na versão inglesa] até que Eu venha." Luc. 19:13.”  Fundamentos da Educação Cristã, pág. 229

“Alguns dos mais populares divertimentos, tais como o futebol e o boxe, se têm tornado escolas de brutalidade. Estão desenvolvendo as mesmas características que desenvolviam os jogos da antiga Roma. O amor ao domínio, o orgulho da mera força bruta, o descaso da vida, estão exercendo sobre a juventude um poder desmoralizador que nos aterra.” Conselhos sobre Saúde, pág. 189

“Quanto tempo é gasto por seres humanos inteligentes em jogos de bola! Mas acaso a satisfação nesses esportes dá aos homens o desejo de conhecer a verdade e a justiça? Mantêm a Deus em seus pensamentos? Levá-los-á a indagar: Como vai com a minha alma?” Conselhos Professores, Pais e Estudantes, pág. 456

Bono Vox fala sobre fé e diz: “Jesus parece um punk rock”

O vocalista do U2 e ativista social Bono Vox falou sobre a importância da atuação da Igreja na sociedade e parafraseando o escritor cristão C. S. Lewis, disse que ou “Jesus era louco e mentiroso, ou era o Senhor”.

Irlandês, filho de mãe protestante e pai católico, Bono concedeu entrevista a Jim Daily, na rádio Focus On The Family e falou sobre Bíblia e teologia, e suas crenças: “Quando as pessoas tentam definir Jesus como ‘bom mestre’, ‘profeta’, ‘um cara realmente legal’… Isto não é o que Jesus pensou sobre si próprio. 

Então, você se vê num desafio: ou Jesus era quem Ele disse que era ou um total e absoluto maluco. E eu acredito que Jesus era, você sabe, o Filho de Deus”, disse Bono.

O cantor afirmou ainda que compreende que algumas pessoas pensem o contrário, mas isso não o faz mudar de ideia: “Eu entendo que para algumas pessoas isso soa ridículo, e nós precisamos… Precisa ser muito, muito respeitoso com pessoas que acham que isso é ridículo”, ponderou.

Bono ressaltou a importância da boa educação para tratar de assuntos diversos, e sobre religião, mas também lembrou o episódio dos vendilhões do Templo para ressaltar que nem sempre é possível se manter calmo: “Você tem que ter muito cuidado para que a graça e a polidez não se transformem numa banalidade de comportamento, onde nós somos apenas agradáveis, sem postura. A polidez é, você sabe, é uma coisa maravilhosa. Boas maneiras são, na verdade, uma coisa muito importante. Mas lembre-se: Jesus não tinha muitas maneiras, como sabemos agora”.

Numa comparação prática, Bono afirmou que Jesus “parece um punk rock”, pois ele sabia distinguir sinceridade e fingimento: “Ele podia olhar pro lado e ver o coração do companheiro. Ele sabia quando não havia sinceridade, quando era dissimulação. Temos que ser um pouco mais vanguardistas, não olhar para os sinais de justiça, e sim, olhar para as ações”.

Comentando suas demonstrações explícitas de fé em suas músicas e seu trabalho solidário com a campanha ONE (organização humanitária fundada para combater a pobreza e doenças, como a AIDS), Bono afirmou que ser cristão é simples se houver uma conversão verdadeira. “Você não precisa se formar na universidade e fazer um Ph.D. para entender essas coisas. Você acabou de se converter na pessoa de Cristo”, afirmou.

Segundo Bono, a grande dificuldade dos cristãos é descobrir como se portar perante os desafios: “Eu tenho um pastor que me disse: ‘Pare de pedir a Deus que abençoe o que está fazendo, Bono’. Que por sinal, eu sempre faço. Ele disse: ‘Descubra o que Deus está fazendo, porque isso já estará abençoado. E quando você se alinhar com o propósito de Deus, como descrito nas Escrituras, algo especial acontece com a sua vida’. Você está alinhado com a vontade d’Ele”.

Fonte: Gospel+

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Rapper americano Kanye West quer ser Jesus

Na década de 1960, John Lennon levou pancada de todos os lados quando disse que os Beatles eram mais famosos do que Jesus Cristo.

Em 2013, o rapper americano Kanye West, 36, talvez seja a coisa mais próxima dos Beatles inserida na cena pop. Não por seus estilos musicais, bem diferentes, mas pela popularidade entre o público jovem. Nestes tempos, West não se acha mais popular do que Jesus Cristo. Ele se considera o próprio.

"Yeezus", o nome de seu sexto álbum, denomina um alter ego divino que o cantor assume em um álbum curto, direto, cru. Em uma das faixas, "I'm a God", ele -Yeezus- conversa com Jesus. Como sempre, cheio de marra. [...]

Nas letras, a prepotência continua, mas o discurso é amargurado e angustiado. "Yeezus" é experimental, tão instigante que chega a incomodar. É um disco hostil.

O impacto sonoro provocado por "Yeezus" ofusca a vida louca do artista, colecionador de desafetos. Nos dias após o lançamento do álbum, as pessoas estão mais ocupadas em destrinchar suas letras do que conferir a última briga do astro na internet.

Poucas vezes um disco tão perturbador chega ao mercado. 


Nota: Tem sempre alguém na cena pop querendo chamar a atenção na base da apelação. O rapper Kanye West é "o" bola da vez.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Vem aí o Contagem Regressiva 2.0


De 13 a 16 de agosto, às 20h (horário de Brasília), direto da sede administrativa da Igreja Adventista para a América do Sul, será realizado o Evangelismo Web Contagem Regressiva 2.0. Como aconteceu no ano passado, o programa contará com a participação do evangelista sul-americano pastor Luís Gonçalves, apresentadores e jovens que terão parte no debate dos temas.

Os assuntos abordados serão: “Quem são os 144 mil?”, “As sete pragas do Apocalipse”, “Línguas estranhas” e “Quem é o anticristo?”. Haverá participação dos cantores Rafaela Pinho e Jeferson Pillar. Toda programação poderá ser acompanhada no www.evangelismoweb.com.

O líder de jovens adventistas para a América do Sul, pastor Areli Barbosa, comenta a expectativa da liderança da igreja sobre o evento. “Temos certeza de que será uma grande oportunidade para a ampliação do conhecimento bíblico dos internautas. Estamos trabalhando ativamente na divulgação para que estas informações alcancem milhares de pessoas”. [Equipe ASN – Márcia Ebinger]

A vida cristã em linguagem cibernética


Em um mundo cada vez mais online, fica difícil não associarmos o cotidiano humano à internet. Em um artigo descontraído, vamos refletir algumas posturas da nossa vida cristã, tanto em relação à nossa comunhão com Deus quanto às pessoas, através de termos comuns ao mundo da informática.

Antivírus
Vivemos em uma era de intensa perseguição. Não apenas física, mas política, ideológica e espiritual. Nossa fé é posta em prova o tempo inteiro e precisamos estar protegidos contra essa guerra que não tem fim. Proteja-se! Tome a armadura de Deus, vista-se da verdade do Evangelho e com a couraça da justiça de Deus relevada nEle; não abra mão do capacete da salvação e permita à sua mente a transformação que ela precisa sofrer para que você viva para Deus sem a possibilidade de “desviar”, atitude comum de crentes infantis. Tome a espada do Espírito, a Palavra de Deus. Ela é teu refúgio, consolo e remédio contra o erro e a apostasia. Ah, não te esqueças da oração. Nela teu coração será moldado, tua intimidade com Jesus será crescente e Sua vontade conhecida (Ef 6).

Compartilhar
O Evangelho não foi feito somente para você. Faça missões o tempo que puder. Se não for indo a outras nações, que seja na tua rua, na escola, no trabalho, na faculdade. Use meios para te ajudar na divulgação da mensagem da salvação eterna. Facebook, Twitter, Orkut, Blog e outras redes sociais que você venha usar devem servir de instrumento para que Cristo seja anunciado. Se não for assim, você está usando-as erradamente (Mc 16:15).

Conexão
Esteja em conexão com Deus 24h! E que isso não seja motivado por uma obrigação religiosa, mas por um profundo anseio de estar perto, por meio da oração, da leitura e meditação diárias da Escritura. A vida de grandes homens de Deus, cujas vidas abençoaram outros e contribuíram para a expansão do Evangelho, foram marcadas por uma extrema comunhão e intimidade com Deus. Era um ciclo: quanto mais tinham de Deus, mas queriam (Sl 42).

Download
Traga o céu para tua vida. Busque a Deus até que a influência dos céus seja determinante na tua vida, e não a influência do mundo. Seja guiado pelo Espírito e não por suas vontades, que tem de morrer. Busque a mente de Cristo (1Co 2:16). Encha-se do Espírito (Ef 5). Seja guiado por Deus.

Lixeira
Uma das evidências da obra de santificação operada pelo Espírito Santo em nós é a conclusão de que algumas práticas, algumas manias e comportamentos presentes em nós, precisam ser excluídos, indo direto para a lixeira. Com frequência, precisamos nos examinar e verificar o que serve o que não serve para nossa edificação e crescimento espiritual e promover uma limpeza generalizada. Algumas vontades precisam morrer e nossas vidas entregues ao senhorio de Jesus sempre. Precisamos ver Deus. Precisamos ser santos.

Upgrade
A Bíblia nos recomenda ao crescimento da graça e do conhecimento (2Pe 3). Isso porque é inviável uma vida cristã estagnada e até retrógrada ser possível diante das pressões do mundo em que vivemos. Deus nos chama a uma vida abundante com ele, onde o próximo dia seja de mais intimidade, santidade, dependência, conhecimento das Escrituras, devoção e prática do Evangelho do que o dia anterior. Que o Espírito Santo nos ajude a conseguir.

Tiago Lino - Blog do Lino

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Igreja Adventista chama membros para orar pelo Brasil


Diante da repercussão mundial sobre as principais manifestações e protestos que ocorrem há alguns dias em todo o Brasil, com uma agenda social e queixas contra corrupção generalizada, a Igreja Adventista do Sétimo Dia faz um chamado a todos os membros adventistas para que orem pelos governos federal, estaduais e municipais e pelas instituições do País. 

“Passados esse principais movimentos, temos um compromisso com a intercessão e o serviço em favor da sociedade. Nosso objetivo como Igreja é maior do que apresentar nossas preocupações aos homens. Por outro lado, não estamos alheios aos problemas que afligem nossa nação, por isso mesmo mantemos projetos e ações sociais permanentes que contribuem para uma nação melhor. Queremos, no entanto, apresentar nossos problemas principalmente a Deus, pois somente Ele transforma os corações e apenas corações transformados podem gerar mudanças profundas e permanentes na sociedade”, comenta o pastor Erton Köhler, líder sul-americano adventista.

Foi produzida, também, uma nota da Associação Ministerial da Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista a respeito do posicionamento da organização sobre as manifestações populares em si durante o período em que os manifestos ocorreram. 

É possível ver no link o documento completo na área de Associação Ministerial

O Testemunho do Palhaço


Soren Kierkegaard (1813-1855), teólogo dinamarquês, brindou-nos com uma parábola. 

Conta-nos que um grande circo acampou nas cercanías de uma cidade. Na tarde que antecedeu a estréia, quando saltimbancos, mágicos e trapezistas se preparavam para o espetáculo, começou um grande incêndio no circo. 

O palhaço, já tratado e pintado, correu para a cidade em busca de socorro. Desesperado, ele gritava em praça pública, clamando por auxílio. Porém, quanto mais elevava a sua voz e corria de um lado para outro, mais as pessoas se divertiam. Pensavam que ele usava de um ardil excelente para lotar o circo. 

Exausto e em desespero, caiu de joelhos: “Por Deus, por Deus! Ajudem-nos! O circo está em chamas”. Os meninos gargalhavam. Os mais velhos se maravilhavam, dizendo: “Quão extraordinário ator se mostra o figurante do circo, que sabe chorar para fazer graça”. 

E o circo foi destruído pelas chamas. 

Moral da história: Se perder o testemunho, a Igreja perde também a autoridade para falar.

Transcrito do livro “O que os evangélicos (não) falam”, de Ricardo Gondim

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Jesus não é politicamente correto


Vamos ser brutalmente honestos: muitos dos ensinamentos de Jesus estão completamente dessincronizados das convenções que dominam nossa cultura. Estou falando, é claro, sobre o Jesus que encontramos na Escritura, não o personagem de livro de colorir, sempre-gentil, nunca-severo, supertolerante, que existe somente na imaginação popular. O Jesus verdadeiro não era um clérigo domesticado, com colarinho engomado e modos gentis; ele era um Profeta corajoso e incorruptível, que desafiava regularmente os padrões do politicamente correto.

Considere o relato do ministério público de Jesus apresentado no Novo Testamento. A primeira palavra de seu primeiro sermão foi “Arrependam-se!” – um tema que não era mais bem-vindo e menos incômodo que é hoje. O primeiro ato de seu ministério público deu início a uma pequena desordem. Ele fez um chicote de cordas e perseguiu os cambistas e mercadores de animais pelos pátios do Templo. Isto iniciou um conflito de três anos com os líderes religiosos mais distintos da sociedade. No final, eles o entregaram às autoridades romanas para crucificação, enquanto multidões de leigos aplaudiam.

Jesus foi clara, deliberada e dogmaticamente contracultural em quase todos os sentidos. Não surpreende que a aristocracia religiosa e acadêmica fosse tão hostil a ele.

Jesus receberia boas-vindas mais amigáveis dos líderes religiosos mundiais, da elite midiática, ou a nobreza política hoje? Alguém que tenha considerado seriamente o Novo Testamento sabe bem que não. Nossa cultura se dedica ao pluralismo e tolerância; desdenha de toda afirmação de verdade absoluta ou exclusiva; convencida de que o amor a si mesmo é o maior amor de todos; satisfeita com o fato de que muitas pessoas são fundamentalmente boas; e desejando desesperadamente acreditar que cada um de nós é abençoado com uma chama da divindade.

Contra uma cultura assim, a mensagem de Jesus toca todas as notas dissonantes.

Observe o registro bíblico. As palavras de Jesus estão cheias de exigências difíceis e avisos severos. Ele disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?” (Lucas 9.23-25). “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26).

Certa vez, uma inconcebível atrocidade romana tomou a vida de muitos peregrinos galileus que foram a Jerusalém para adorar. Pilatos, um governador romano, ordenou a seus homens que matassem alguns adoradores e então misturassem o sangue deles com os sacrifícios que eles estavam oferecendo. Enquanto a cidade ainda cambaleava graças a esse ofensivo desastre, uma torre caiu em um distrito próximo a Siloé, e instantaneamente tomou mais dezoito vidas.

Questionado sobre essas tragédias consecutivas, Jesus disse: “Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis “ (Lucas 13.2-5).

Ignorando as regras normais de bom gosto, tato e diplomacia, Jesus, com efeito, declarou que todos os seus ouvintes eram pecadores em necessidade de redenção. Então, como agora, era virtualmente garantido que essa mensagem ofenderia muitos – talvez muitíssimos – da audiência de Jesus.

Aqueles sem senso de culpa pessoal – incluindo a grande maioria dos líderes religiosos – foram, é claro, imediatamente ofendidos. Eles estavam convencidos de que eles eram bons o bastante para merecer o favor de Deus. Quem era esse homem para chamá-los ao arrependimento? Eles deram as costas em furiosa incredulidade.

Os únicos que não se ofenderam foram aqueles que já sentiam sua culpa e estavam esmagados sob o peso de seus fardos. Sem se afetar pela indignação ou autojustificação, eles poderiam ouvir a esperança implícita nas palavras de Jesus. Para eles, a recorrente frase “se não vos arrependerdes” apontava o caminho da redenção.

Em outro lugar, Jesus fez a promessa de vida e perdão explícita: “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5.24). “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.27,28).

Isto, claro, é a gloriosa mensagem do Evangelho, tão potente e tão relevante hoje quanto era então. Mas a promessa é para aqueles que estão cansados pelo pecado; aqueles que têm fome e sede de justiça (Mateus 5.6); aqueles que vêm a Cristo com corações arrependidos – não aqueles que estão convencidos de que são fundamentalmente bons.

Pessoas orgulhosas, incluindo um monte de religiosos que se chamam de cristãos, não creem na mensagem de Cristo, no fim das contas. Ele disse: “E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento” (Marcos 2.17).

Então, o que Jesus diria a uma sociedade pluralista, tolerante e autoindulgente como a nossa? 

Estou convencido de que sua abordagem hoje seria a mesma estratégia que vemos no Novo Testamento. Para pecadores complacentes, arrogantes e satisfeitos consigo mesmos (incluindo muitos nos rol de membros de igrejas) suas palavras soariam duras, chocantes e provocadoras. Mas para os “pobres em espírito” (Mateus 5.3) – aqueles que estão exaustos e gastos pela destruição do pecado; desesperados por perdão e sem qualquer esperança de expiar o próprio pecado – o chamado de Jesus a uma fé arrependida permanece como a verdadeira entrada para a vida eterna.

Essa é uma mensagem particularmente dura em culturas como a nossa, que exaltam o amor a si próprio, a autoestima ou a justiça própria; mas Jesus foi absolutamente claro, e essas palavras ainda falam conosco: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado” (Lucas 18.14).

John MacArthur Jr. | Traduzido por Josaías Jr. | iPródigo

quinta-feira, 20 de junho de 2013

CPB Online de Inverno 2013


Nos dias 22 e 23 de junho acontece a CPB Online de Inverno. Todos os produtos da Casa Publicadora Brasileira com descontos de até 30% e ainda promoções especiais.

E tem mais… No domingo assista a dois programas imperdíveis na TV Novo Tempo (canal 14 da Sky ou acessando www.novotempo.com/tv) com apresentação de Odailson Fonseca.

Às 14h30, “Crenças Populares – O que as pessoas acreditam e o que a Bíblia realmente diz” com Michelson Borges, Vanderlei Dorneles, Rodrigo Silva e Leandro Quadros.

Às 21h, entrevista exclusiva com o Dr. Ben Carson, famoso neurocirurgião norte-americano e autor de best-sellers da CPB.

Você poderá fazer suas compras no site www.cpb.com.br, pelo 0800-9790606, ou então em uma CPB livraria perto de você.

Horários de atendimento 0800-9790606: 
Sábado, das 19h às 24h | Domingo, das 8h às 24h (horário de Brasília)

Aproveite as promoções da CPB online de inverno.

Cinco mentiras que o pecado me conta


MENTIRA 1: Este é um pecado tão pequeno, insignificante! Não é realmente grande coisa aos olhos de Deus.

VERDADE: Todo pecado é uma terrível ofensa a Deus. O pecado é a soma de todos os males, o oposto de tudo que é bom, santo e belo. Até mesmo o menor dos meus pecados exigiu a morte do Filho de Deus. Não existe isso de pecadinho. Todo pecado é uma traição cósmica.

MENTIRA 2: Eu vou ceder ao pecado desta vez, aí acaba. Eu só preciso tirá-lo do meu sistema.

VERDADE: Toda vez que caio em um pecado torna-se mais difícil quebrar o poder desse pecado. O pecado tem uma maneira de afundar seus ganchos farpados profundamente em meu coração. Eu não posso simplesmente pecar e depois me afastar ileso. Quanto mais eu ceder ao pecado, mais enredado eu fico. O pecado sempre deixa cicatrizes.

MENTIRA 3: Este pecado é parte de quem eu sou. Eu sempre luto contra isso e eu sempre vou pecar dessa forma.

VERDADE: O pecado não define a minha identidade! Eu sou uma nova criatura em Cristo. Cristo me libertou do poder escravizador do pecado. Eu definitivamente não tenho que obedecer às paixões pecaminosas que surgem em mim. Talvez eu tenha que lutar contra isso para sempre, mas o meu passado não define o meu futuro.

MENTIRA 4: Eu preciso cair nesse pecado para ser feliz.

VERDADE: O pecado nunca fornece a verdadeira felicidade. Ele promete doçura, mas em ultima instância oferece uma carga de destruição, insatisfação, relacionamentos arruinados e dureza de coração.

MENTIRA 5: Deus quer que eu seja feliz, por isso está tudo bem cair em pecado.

VERDADE: Deus quer mesmo que eu seja feliz. No entanto, a minha felicidade só crescerá tão alto quanto a minha santidade. O pecado, por fim, corrói e destrói a verdadeira santidade e verdadeira felicidade.

Stephen Altrogge | Traduzido por Josie Lima | iPródigo.com | Original aqui

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Manifestantes recebem DVD A Última Esperança no RJ


Em meio às manifestações populares pelo aumento da tarifa de ônibus, que teve reajuste no início de junho, no Rio de Janeiro, e também pelos gastos com a Copa do Mundo, o líder da ADRA, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, do Rio de Janeiro, pastor Lourival Preuss, distribuiu DVDs A Última Esperança. O protesto aconteceu no domingo, 16 de junho, e seguiu na segunda-feira, 17.

O pastor Lourival Preuss, que mora próximo ao estádio do Maracanã, observou a manifestação e resolveu levar esperança à população. Na ocasião, Preuss distribuiu 60 DVDs na Quinta da Boa Vista. “Foi uma oportunidade de apresentar a mensagem de Jesus e mostrar que podemos, sim, melhorar o mundo. Consegui entregar o material aos manifestantes e também para a imprensa”, disse Preuss. 

[Equipe ASN – Dina Karla Miranda]

O Reino de Deus e a Cidade dos Homens - Conexão 2.0


No dia 3 de outubro [texto publicado na edição de julho de 2010], cerca de 127 milhões de brasileiros a partir dos 16 anos vão apertar os botões da urna eletrônica para escolher seus governantes. Será eleito o presidente da República juntamente com governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Mas, sejamos honestos, você acha mesmo que isso trará alguma mudança?

Uma pesquisa realizada pelo Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e Pólis (Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais) revela um sentimento de descrença. Reunidos em grupos de diálogo, 913 jovens de 15 a 24 anos foram ouvidos de março a maio de 2005. A pesquisa indica que 64% deles não creem que os políticos representam o interesse da população. Além disso, os eleitores com 16 e 17 anos, para quem o voto não é obrigatório, vêm diminuindo a cada eleição. 

Diante desse cenário, surge a pergunta: o jovem cristão tem alguma contribuição a oferecer no cenário político? Para o jovem adventista, que aguarda a breve vinda de Cristo, a política merece ser alvo de suas preocupações? 

O teólogo George Knight, no livro A visão apocalíptica e a neutralização do adventismo, afirma: “A única resposta suficiente e permanente para as dificuldades que envolvem um mundo perdido, conforme Cristo ensinou [...] seria o Seu retorno nas nuvens do céu. Na Sua vinda há verdadeira esperança. O resto não passa de simples curativo.”

Seria, então, a esperança inigualável da volta de Cristo razão para os adventistas deixarem de lado a “cidade dos homens” e seus problemas, crendo que assim poderiam cuidar apenas do reino de Deus? Em um mundo ferido, deveríamos jogar fora a caixa de Band-Aid?

Visão bíblica
A busca por uma resposta bíblica pode começar pelo profeta Jeremias. Ele apresentou uma mensagem divina aos hebreus que se tornaram cativos do Império Babilônico: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29:7). 

O plano divino não era que os hebreus permanecessem indefinidamente cativos, conforme Sua Palavra: “Logo que se cumprirem para a Babilônia setenta anos, atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a Minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar” (Jr 29:10). A queda de Babilônia já estava profetizada no início do cativeiro. Mas, enquanto o povo de Deus estivesse sob o domínio da nação pagã, deveria trabalhar e orar em favor da paz e do bem comum. 

Os cristãos da atualidade se consideram igualmente peregrinos e forasteiros neste mundo que se coloca em oposição a Deus (1Pe 2:11). Os poderes terrenos que se unem contra os mandamentos divinos são identificados na Bíblia como a moderna Babilônia, cuja queda também foi profetizada (Ap 14:8). O conselho de Deus é que Seus filhos se afastem da corrupção moral e espiritual (Ap 18:4) desse moderno império pagão. Ao mesmo tempo, devem ser o sal da Terra (Mt 5:13) e anunciar o evangelho da paz (Ef 6:15). 

Por isso, a mesma atitude esperada dos hebreus cativos é necessária aos cristãos da atualidade. Buscar a paz perfeita que virá com a vinda de Cristo não é fechar-se para o mundo e se proteger da maldade alheia. Ao contrário, é se envolver com as pessoas e seus problemas concretos, buscando soluções para conflitos humanos e propondo um evangelho cuja suprema esperança não esqueça a fome do estômago nem a dor física de pessoas reais. 

O duplo desafio de se afastar da corrupção mundana e se aproximar das pessoas do mundo é colocado pelo apóstolo Tiago (1:27): “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” 

A atuação cristã, seja ela evangelística, assistencial ou educacional, não é pacificar o mundo fazendo de conta que os conflitos não existem, ou remetendo todas as soluções exclusivamente para o futuro. O agir cristão acontece, no presente, neste mundo dividido em muitas causas e os mais variados interesses. Portanto, a política, o campo de batalha entre os diversos grupos de interesses de uma sociedade, é um terreno que a igreja necessariamente tem que atravessar. E a forma de os cristãos se relacionarem com a política ampliará ou limitará o potencial de seu testemunho. 

Ellen White e a política
Ellen White, profetisa integrante do núcleo fundador do movimento adventista do sétimo dia, deixou registrada em seus escritos a orientação de que a igreja jamais deveria se envolver em assuntos políticos. “Não devemos, como um povo, envolver-nos em questões políticas” (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 336). Ela afirma que a neutralidade política deve ser mantida por todos os que são assalariados pela igreja: “O dízimo não deve ser empregado para pagar ninguém para discursar sobre questões políticas” (Fundamentos da Educação Cristã, p. 477). Diversas citações como essas são encontradas nas obras da escritora adventista. 

Por outro lado, Ellen G. White valoriza o testemunho cristão em meio aos espaços do poder. “Muitos jovens de hoje, que crescem como Daniel no seu lar judaico, estudando a Palavra e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas assembleias legislativas, nas cortes de justiça, ou nos palácios reais, como testemunhas do Rei dos reis” (Educação, 262).

A ação de característica política também foi incentivada no fim do século 19, nos Estados Unidos, quando adventistas foram presos por trabalhar no domingo e movimentos religiosos lutavam pelo estabelecimento de uma lei dominical nacional. Ellen White incentivou a igreja a batalhar em várias frentes, inclusive junto aos legisladores, para deter a ameaça à liberdade religiosa. No contexto dessa crise, ela escreveu: “Não estamos cumprindo a vontade de Deus se nos deixarmos ficar em quietude, nada fazendo para preservar a liberdade de consciência. [...] Haja as mais fervorosas orações, e então trabalhemos em harmonia com as nossas orações” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 320 e 321).

É possível perceber que, para Ellen White, a igreja não deve se misturar em disputas partidárias e polêmicas que venham a prejudicar sua missão evangelizadora. Por outro lado, há necessidade de pessoas fiéis que estejam presentes nos espaços do poder para contribuir com a perspectiva cristã nos debates públicos e sustentar a liberdade religiosa. 

Responsabilidade cristã
Embora a igreja não possa confundir sua missão com disputas partidárias, os cristãos devem contribuir com a criação de leis justas e fortalecer a liberdade de crença. Então, a pergunta que resta é: seria possível ao crente manter sua fé e ao mesmo tempo travar os embates políticos? 

No livro Ciência e política: duas vocações, na página 121, o pensador alemão Max Weber responde de forma negativa. Para ele, a política é regida por uma ética de resultados, enquanto a religião é regida pela ética da convicção embasada na Bíblia. “Aquele que deseja a salvação da própria alma ou de almas alheias deve, portanto, evitar os caminhos da política”, sentencia.

O sociólogo Paul Freston, por outro lado, acredita que “o envolvimento político sadio é imprescindível para a saúde da própria igreja, assim como para o bem da sociedade”. Sua opinião sobre o que é sadio ou doentio ele apresenta no livro Religião e política, sim; Igreja e Estado, não, na página 7.

Para Freston, “a Igreja, como instituição, não deve se envolver na política [...] quando o faz, ela e os seus líderes se tornam vulneráveis a todas as contingências do mundo político” (p. 11). Também alerta quanto aos perigos de dar corda aos crentes que se julgam salvadores da pátria: “Em torno dos candidatos e políticos evangélicos há líderes e membros de igrejas com uma expectativa ‘messiânica’ que aquele candidato evangélico canalizará automaticamente as bênçãos de Deus sobre o Brasil, resolvendo todos os problemas que nos afligem. Esse messianismo é muito perigoso, para o país e para a Igreja. [...] A última parte do homem a se converter [...] é o fascínio pelo poder” (p. 11).

O sociólogo também comenta a presença de muitos candidatos que se dizem fiéis a alguma religião durante a campanha e depois de eleitos jamais voltam para dar satisfação de seus atos como homens públicos. Nessa realidade, a religião é apenas uma isca. 

Freston acredita que a ponte entre os cristãos e a política pode ser feita por meio de uma atuação que siga um modelo comunitário. Nesse modelo, os evangélicos não representariam igrejas nem instituições, mas grupos de crentes que compartilham ideais políticos semelhantes. “Assim, os que exercem mandatos políticos não ficam soltos, mas interagem e respondem a outras pessoas que podem, se necessário, até mesmo repreendê-los e aconselhar sua saída da política.”

O modelo comunitário pode parecer utopia, mas toda utopia tem o desejo de realizar-se. Segundo Freston, “a solução para os problemas políticos é sempre política. A solução para a má política é a boa política”. Isso não significa a negação da fé no mundo vindouro, mas responsabilidade cristã com o mundo que Deus nos permite viver no presente. A esperança na volta de Cristo deve moldar nossas ações em todas as esferas da vida. Inclusive na política. 

Autor: Guilherme Silva / Fonte: Revista Conexão 2.0

terça-feira, 18 de junho de 2013

Protestantes com V de vergonha


Que vergonha! Fomos adestrados pelo sistema. Vendidos ao capital. Transformados em lubrificante das engrenagens políticas. Somos qualquer coisa, menos protestantes. Nem sei se somos realmente cristãos. 

Em vez de subversivos, tornamo-nos subservientes. Afinal, dizem os porta-vozes da "ordem", temos que nos submeter às autoridades. 


Se dependesse desses "protestantes", os discípulos de Jesus jamais seriam conhecidos como "aqueles que subvertem o mundo"; Jesus nunca teria "vandalizado" o templo em Jerusalém, derrubando mesas, soltando os bichos engaiolados, e tudo isso, munido de chicote; Lutero jamais teria "vandalizado" o castelo de Wittemberg com suas 95 teses, insurgindo-se contra a autoridade papal; William Wilberforce nunca teria desafiado o regime escravagista inglês, provocando um efeito dominó que culminaria na libertação dos escravos nos Estados Unidos, no Brasil e no resto do mundo; Dietrich Bonhoeffer não teria desafiado o nazismo (ou Hitler não era uma autoridade?).

A ausência da igreja cristã nos protestos, o silêncio de sua liderança, ou mesmo, as duras críticas que alguns têm feito ao movimento, causam-me profunda tristeza. 

A gente só se reúne quando está em jogo algo de nosso interesse. Por isso a sociedade não nos leva mais a sério. Somos anacrônicos. Indiferentes ao que Deus está fazendo para além dos nossos muros. Não tenho dúvida que por trás de tudo isso está o Espírito de Deus. 

Recordo-me da ocasião em que Paulo sofreu um naufrágio juntamente com toda tripulação que embarcara para Roma. Todos sobreviveram e acabaram numa ilha chamada Malta. Estava muito frio. Os nativos socorreram os sobreviventes e acenderam uma fogueira para aquecê-los. Paulo, então, toma a iniciativa de sair a procura de lenha para alimentar a fogueira. Afinal, aquela chama aquecia igualmente a todos. Não era hora de um discurso moralista, nem mesmo de um sermão evangelístico. O mais importante naquele instante era o bem comum. Todos precisavam ser protegidos do frio. Enquanto se aqueciam, uma víbora saltou do fogo e apegou-se à mão de Paulo. Surpreso, o apóstolo sacudiu-a e devolveu-a ao fogo. Os que assistiram à cena, ficaram atônitos, esperando que Paulo sucumbisse por causa do veneno da víbora. O tempo passou e Paulo sobreviveu. No outro dia, ele teve a oportunidade de anunciar o evangelho a todos os moradores da ilha, conduzindo-os a Cristo.

Muitos líderes cristãos acham que só devem participar de movimentos que sejam encabeçados pela própria igreja. Ora, se Paulo pensasse assim, não teria saído em busca de lenha para alimentar aquela chama. Afinal, não foi ele quem a acendeu. Outros se preocupam de envolver suas igrejas em protestos como estes por conta dos riscos, principalmente depois que ação truculenta da polícia. Porém, se não formos capazes de nos expor por amor aos demais, com que credibilidade lhes anunciaremos o evangelho depois? 

O mundo precisa saber que nos importamos, não apenas com questões morais ou com o destino de suas almas, mas também com o que diz respeito ao bem comum. 

Que Deus levante em nossos dias uma igreja legitimamente protestante, que se disponha a buscar lenha para alimentar a chama da justiça. Quem sabe se assim não conseguiremos resgatar nossa credibilidade e relevância?

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Os Cristãos e a Copa das Confederações


Fico triste quando ouço jovens cristãos falando com empolgação da Copa das Confederações, mas sem entusiasmo pela missão da igreja. Podem mencionar a escalação completa da seleção, inclusive de anos passados, mas mal sabem o nome dos doze apóstolos. Gastam somas consideráveis em dinheiro na compra de camisetas oficiais e outros souvenires, mas relutam em dar ofertas. Parece que se esqueceram do que significa ser cristão; que cremos numa verdade capaz de abalar o mundo – afinal, nosso Mestre é Deus que Se fez homem, morreu numa cruz para nos salvar e prometeu voltar!

É como diz o texto de C. S. Lewis, do Devocionário de Bolso Um Ano Com C. S. Lewis, da Editora Ultimato, página 11: “Acreditar em um ‘Deus impessoal’ – tudo bem. Em um Deus subjetivo, fonte de toda a beleza, verdade e bondade, que vive na mente das pessoas – melhor ainda. Em alguma energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum poder avassalador que podemos deixar fluir – o ideal. Mas sentir o próprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, aproximando-se em uma velocidade infinita, o caçador, rei, marido – é outra coisa.”

Se os cristãos mantivessem comunhão com esse Deus real, que fala, guia, ilumina e ama, não teriam mais tempo nem disposição para se envolver com futilidades e, pior, idolatrias. Enquanto a Verdade liberta (João 8:32), o vício (de qualquer espécie) escraviza. 

Marx dizia que a religião é o ópio do povo. Discordo, pois a verdadeira religião tem a capacidade de libertar. Mas que há muitos opiáceos disfarçados por aí, isso há. E o “futebolópio” pode muito bem ser um desses. E olha que narcotiza multidões!

O manto sagrado é a justiça que Cristo quer colocar sobre nós, não a alienação promovida por um esporte que poderia ser saudável, se não tivesse sido transformado em pão e circo.

Baseado em um texto de Michelson Borges

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Manifestações no RJ e em SP: O desabrochar da primavera brasileira


Ontem várias cidades brasileiras foram cenário manifestações populares contra o aumento abusivo das passagens de ônibus. Engana-se quem pensa que elas só aconteceram no Rio e em São Paulo.

O protesto no Rio, convocado por estudantes nas redes sociais, começou por volta das 17h15 em frente à Igreja da Candelária, no centro. Cerca de três horas mais tarde, porém, passou a ser reprimido quando os manifestantes seguiram para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Às 20h40, os manifestantes se sentaram no cruzamento das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas para bloquear o trânsito. Para dispersá-los, a Tropa de Choque da Política Militar lançou bombas de gás lacrimogêneo e recebeu como resposta flores jogadas por alguns dos presentes. Um grupo ateou fogo a pilhas de lixos e entulhos que estavam nas calçadas e policiais jogaram bombas de efeito moral. A abordagem truculenta da polícia nos remeteu aos tempos da ditadura militar. Sobrou até para jornalistas que cobriam o protesto.

Alguns tentaram ridicularizar o movimento, dizendo que não valia a pena lutar por míseros vinte centavos. Os grande veículos de comunicação anunciaram em tom jocoso. Qualquer um que visse as imagens do helicóptero da rede Globo sobrevoando a avenida Rio Branco no centro do Rio, diria que havia dezenas de milhares de pessoas. O jornal Nacional noticiou que eram apenas duas mil. O governador do Rio disse que tudo não passava de articulação política visando as eleições do próximo ano. 

Para uns, os manifestantes não passavam de baderneiros. Para outros, um bando de esquerdistas e anarquistas. Mas o que eu vi foi o despertar de um gigante, quiçá, semelhante ao que se levantou no mundo árabe recentemente, e que atendeu pela alcunha de "Primavera Árabe". 

Convém lembrar que, coincidentemente, o estopim do grande movimento pelos direitos civis nos EUA encabeçado por Martin Luther King, Jr. foi uma crise entre a população negra de uma cidade e as empresas de ônibus.

Como pregador das boas novas do reino, não posso deixar de me posicionar. E sinceramente, jamais me posicionaria ao lado dos poderosos, dos que oprimem a população, dos empresários de ônibus e dos governos corruptos e hipócritas que só lembram do povo em época de eleição. Seria como se os discípulos de Jesus se posicionassem por Herodes, Pilatos ou mesmo por César. Prefiro estar ao lado dos oprimidos, dos explorados, que cansados saem às ruas em busca de justiça. 

Moisés era um príncipe no Egito. Criado na corte de Faraó, estava sendo preparado para ser seu possível sucessor. Mas quando deparou-se com um soldado egípcio espancando um escravo hebreu, o que ele fez? De que lado se colocou?

Os que se colocam a favor da ordem em detrimento da justiça, deveria atentar para a admoestação bíblica:
“Até quando defendereis os injustos, e tomareis partido ao lado dos ímpios? Defendei a causa do fraco e do órfão; protegei os direitos do pobre e do oprimido. Livrai o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles nada sabem, e nada entendem. Andam em trevas”.Salmos 82:2-5a
Quero ser contado entre os que bravamente resistiram ao sistema; gente do calibre de Bonhoeffer, Francisco de Assis, Lutero, e tantos outros, alguns dos quais pagaram com sua vida por se atreverem a colocar-se em favor dos fracos.

Vandalismo? Está falando sério? Já ouviu falar de um vândalo que há dois mil anos entrou num templo derrubando tudo? 

O que povo não pode é calar-se, aceitar passivamente o fardo que lhe tem sido imposto. 

Que estas manifestações sejam o desabrochar das flores anunciando a aproximação da primavera.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Materiais - Quebrando o Silêncio 2013


Missão
Resgatar os valores cristãos do amor e respeito ao próximo, fortalecendo as famílias, que é facilitadora da interiorização de valores.

Justificativa
Muito se tem falado de violência doméstica ultimamente. O governo, ONGs, instituições religiosas e empresas privadas estão se unindo para pôr fim a esse mal que assola a sociedade em todos os níveis. Notícias aterradoras têm deixado o mundo em comoção. Dentro e fora do Brasil, imagens da mídia chocam a população. 

O abuso infantil, a violência contra a mulher e o abuso ao idoso abrangem grande parte da violência familiar e ocorrem justamente no lugar em que as pessoas deveriam se sentir mais seguras – seu próprio lar.

Objetivos
- Conscientizar a população em geral, em particular as crianças, mulheres e idosos sobre a importância de pôr um basta à violência, através do ensino de regras simples e eficazes de prevenção ao abuso.

- Orientar as famílias, pais e filhos, educadores e alunos sobre o assunto, levando esclarecimento quanto a seus direitos e alertando quanto à necessidade de quebrar o silêncio e buscar junto aos órgãos competentes o apoio necessário.

- Promover a paz para um mundo melhor por meio da distribuição de panfletos, revistas e palestras, formando um padrão cultural de que a violência na família é inaceitável.

Fórum Web Adventista 2013

GAiN South America - Global Adventist Internet Network

Encontro Sul-Americano de comunicadores cristãos para discussão de temas relacionados ao uso da tecnologia e novas mídias na pregação do evangelho.

Principais Destaques:

Começa: Sexta, 28 de junho de 2013, 08h30 
Termina: Domingo, 30 de junho de 2013, 12h
Jacareí, SP

Sexta-feira
- Palestra sobre planejamento de marketing com o professor Paulo Meira, doutor em marketing social
- Palestra sobre o Valor da marca e imagem com o doutor Garret Caldwell, relações públicas da Igreja Adventista Mundial. 
- Construindo uma imagem na Internet, doutora Martha Gabriel (http://www.martha.com.br)
- Palestra Second Screen Media com Daryl Gungadoo, engenheiro e pesquisador da Rádio Mundial Adventista.

Sábado:
- Meditação com Pr. Willians Costa Jr, Diretor Mundial de Comunicação
- Painéis sobre uso de tecnologia para o Evangelismo na Web: Vídeos, transmissões ao-vivo, games, fotografia e filmes.
- Apresentação projetos: Record Keeper, The Creation e Animal Encounters (filmes).

Domingo:
- Meditação com Pr. Marlon Lopes, Tesoureiro da Divisão Sul-Americana
- Projeto de integração de sites na Divisão Sul-Americana (adventistas.org)
- Projeto de integração mundial de sites (adventist.org)

Veja palestras do evento de 2012:

Como chegar a Jacareí:

Como chegar na Novo Tempo:
Rodovia General de Jesus Zerbine, 5876
Jardim São Gabriel, Jacareí - SP, 12340-010, Brasil
+55 12 2127-3000

Link do Google Maps:

Hotéis em Jacareí:

Precisa de mais informações? Entre em contato com: gain@adventistas.org

Inscrições: aqui

Ciência profética: rosto humano daqui a 100 mil anos!


Dois pesquisadores simularam a aparência do rosto humano daqui a cem mil anos e os resultados, aqui [acima], provam [!] que se a raça humana ainda estiver caminhando sobre a Terra dentro de cem mil anos, seremos todos um cosplay da cara de fofo do Gato de Botas em Shrek. Nickolay Lamm, um artista e pesquisador, e Alan Kwan, PhD em genômica computacional pela Universidade de Washington, trabalharam na evolução das feições humanas e constataram que vamos [!] exibir uma cabeça maior, para acomodar um cérebro maior, narinas maiores para facilitar a respiração em ambientes poluídos, cabelo mais grosso para proteger o novo cabeção de uma perda de calor, olhos maiores por conta da vivência em planetas mais distante do Sol no sistema solar e uma pele mais pigmentada e menos suscetível a danos por radiação UV. E aí, já deu pra se acostumar com a mudança radical nos padrões de beleza do futuro?

(Buzzfeed, via Galileu)

Nota: Vai um criacionista publicar uma bobagem dessas... Note como o conceito de evolução está tão arraigado que os evolucionistas não se contentam em especular sobre o suposto passado remoto da humanidade; agora querem também determinar como será nossa aparência no futuro distante. Essa teoria é mesmo impressionante! É de nos deixar com os olhos arregalados (sem computação gráfica)! [Michelson Borges]

Fonte: Criacionismo