quarta-feira, 31 de julho de 2013

Propaganda premiada ajudou a diminuir taxa de suicídios

Trecho de vídeo que registra a ação: luzes com sensores acendiam conforme
 os transeuntes caminhavam pela ponte, que também recebeu frases inspiradoras
A Coreia do Sul é o país com a maior taxa de suicídio da OCDE. A ponte Mapo, na capital Seul, é o lugar de onde mais pessoas se jogam, tendo sido responsável por 108 mortes nos últimos cinco anos.

Para reverter essa trágica situação e se promover como uma marca que salva vidas, o Seguro Samsung transformou em “Ponte da Vida” o local mais mortal do território sul-coreano.

Contrariando as expectativas do governo de construir um muro ou simplesmente fechar a ponte, a companhia apostou em uma solução criativa que fizesse as pessoas pensarem duas vezes antes de tomarem uma medida extrema.

Luzes com sensores acendiam conforme os transeuntes caminhavam pela ponte, que também recebeu frases inspiradoras que incluem: “Vá ver as pessoas de quem você sente saudade”, “Os melhores momentos da sua vida ainda estão por vir”, “Como você gostaria de ser lembrado?”. Segundo reportagem da Creativity, as mensagens foram criadas em parceria com psicólogos e ativistas da prevenção ao suicídio.

A instalação, assinada pela agência Cheil Worldwide, levou um ano e meio para ser feita, contou com 124 trabalhadores, totalizou 2,2 km de extensão e utilizou 2.200 luzes de LED e sensores.

Segundo o Cannes Lion, que premiou o projeto em 2013, de setembro do ano passado, quando a campanha teve início, a dezembro de 2012, a taxa de suicídio na ponte diminuiu 85%.


Fonte: Exame

Livro sobre Ellen White será publicado pela Oxford University Press

No início de julho, a Oxford University Press anunciou a publicação de uma nova biografia de Ellen Gould Harmon White (1827-1915), co-fundadora da Igreja Adventista do Sétimo dia. Em 18 capítulos elaborados por 20 autores, Ellen Harmon White: Profetisa Americana, examina suas idéias e o impacto que ela teve na Igreja Adventista e na religião americana.

O novo livro vai apresentar a profetisa adventista para os leitores em geral, bem como a estudantes e professores de história . "Os estudiosos têm identificado Ellen White com Anne Hutchinson, Harriet Beecher Stowe, Mary Baker Eddy, e Aimee Semple McPherson como uma das mulheres mais importantes da história religiosa americana", disse o co-editor Terrie Dopp Aamodt, professor de história na Universidade Walla Walla ", mas ela é uma das menos estudadas e compreendidas." 

O llivro começou a tomar forma em uma conferência em outubro de 2009, em Portland, Maine, o local de educação precoce de Ellen Harmon. Os autores dos capítulos procuraram examinar a amplitude da carreira pública de 70 anos de Ellen White, evitando extremos de iconoclastia ou hagiografia. Dois estudiosos, um familiarizado com estudos adventistas, e outro, um especialista na área de contexto histórico, analisaram cada capítulo em detalhe. 

Todos os 67 participantes da conferência também leram os capítulos e aplicaram uma avaliação para identificar as lacunas e potenciais vieses no material. "Pesquisa colaborativa, redação e edição em forma de livro", disse o co-editor Gary Terra, professor emérito de história na Andrews University. 

A Igreja Adventista do Sétimo Dia é a maior das quatro denominações inovadoras fundada nos Estados Unidos no século XIX , juntamente com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a Igreja de Cristo, Cientista, e as Testemunhas de Jeová. "Estudiosos tem extensivamente examinado a religião dos mórmons e Ciência Cristã", disse Ronald L. Numbers, professor emérito de História da Ciência e da Medicina da Universidade de Wisconsin ", mas as Testemunhas de Jeová e os Adventistas não são bem compreendidos. Discussões acadêmicas mais amplas sobre Ellen White estão muito atrasadas ". 

Ellen Harmon White: Profetisa Americana convida para uma conversa sobre o lugar de Ellen White na história. "Tomados em conjunto, estes capítulos mostram como Ellen White era ao mesmo tempo um produto e uma produtora de sua época", disse Grant Wacker, professor de história cristã na Universidade Duke, no prefácio do livro. "Eles também mostram que ao julgar o papel de inspiração sobrenatural, Ellen White é classificada como um dos líderes religiosos mais talentosos e influentes da história dos Estados Unidos, homens ou mulheres. Ellen Harmon White: Profetisa Americana conta a sua história de uma forma nova e extremamente informativa ".

Arautos do Rei lança Ainda Existe Graça em DVD

Um dos quartetos mais queridos do Brasil, o Arautos do Rei, lança seu oitavo DVD musical. O álbum Ainda Existe Graça, que foi lançado em abril do ano passado (2012) em CD, chegou às lojas evangélicas em julho deste ano na versão DVD. Conta com a direção musical de Ricardo Martins, um dos melhores arranjadores e compositores da atualidade, e a formação de Ozéias Reis (1º tenor), Társis Iraídes (2º tenor), Jairo Souza (barítono) e Milton Andrade (baixo).

Além da musicalidade vocal do quarteto, a orquestra sinfônica do UNASP (Universidade Adventista de São Paulo) campus Hortolândia, abrilhanta as músicas dando um clima todo especial. A direção do trabalho é de Célia Grace. [Equipe ASN, Marketing da Novo Tempo]

Veja mais sobre o DVD nesse vídeo

terça-feira, 30 de julho de 2013

Lançamento do Livro Missionário 2014 - A Única Esperança

Momento de consagração do livro com histórias de conversão
De uma forma inesperada Israel e Naiara conheceram a mensagem que os adventistas do sétimo dia pregam a respeito do sábado. Ao receberem o livro A Grande Esperança se encantaram com o título e passaram a estudá-lo tendo a bíblia como referência e fonte de pesquisa para comprovar o que liam. 

Assim como o casal, outras milhares de histórias se tornaram conhecidas desde que o livro A Grande Esperança passou a ser distribuído gratuitamente em toda a América do Sul. A publicação que faz parte da campanha desenvolvida nos últimos anos em favor da esperança mudou a vida de milhares de pessoas.

Para 2014, a campanha continua e o livro missionário que passará a fazer parte de outras vidas impactadas é A Única Esperança. A obra do escritor Alejandro Bullón é bem diferente se comparada aos livros dos anos anteriores. A publicação reúne histórias e testemunhos reais de pessoas que encontraram esperança de formas surpreendentes.

A programação do lançamento oficial de A Única Esperança aconteceu no sábado, 27 de julho, no Instituto Adventista Agroindustrial, IAAI, em Rio Preto da Eva, cidade distante cerca de 58 quilômetros da capital amazonense. Na ocasião, todos os líderes sul-americanos e também um dos vice-presidentes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no mundo, Pardon Mbwansa, estiveram presentes. Entre as autoridades religiosas estiveram também os líderes da Igreja Adventista para a América do Sul e administradores de cada região sul-americana.

Na ocasião, a história de Israel e Naiara foi contada pelos próprios personagens, em entrevista ao pastor Almir Marroni, vice-presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul, e o desejo é que no próximo ano muitas pessoas testemunhem o encontro com a única esperança. [Equipe ASN, Jeane Barboza]

Filme de terror feito para evangelizar é campeão de bilheteria

O filme “The Conjuring” [A Invocação] teve uma surpreendente arrecadação de 41 milhões de dólares no final de semana passado, quando estreou nos cinemas americanos. Ficou em primeiro lugar nas bilheterias, batendo as animações “Meu Malvado Favorito 2” e ‘Turbo”. Deve chegar ao Brasil em breve com título de “Invocação do Mal”.

Com atores desconhecidos e filmado com baixo orçamento, vem chamando atenção da mídia por ser considerado um sucesso inesperado. Também contribuiu o fato de ter como diretor James Wan, da série “Jogos Mortais”.

O longa tem todas as características típicas de um filme de horror: portas que rangem, coisas misteriosas que surgem na noite, bonecos assustadoras e o espírito de uma bruxa que se apodera do corpo de uma mãe inocente. Seu diferencial é um personagem inesperado na trama: Deus.

Os irmãos gêmeos Chad e Carey Hayes, cineastas responsáveis pelo roteiro e pela produção, dizem que seu filme não é um “totalmente cristão”, mas sua forte mensagem religiosa deve agradar ao público, pois é um “filme de terror salutar”.

A trama de “The Conjuring” é baseada na vida real de Ed e Lorraine Warren, um casal de “consultores de feitiçaria demoníaca”. Em 1971, eles foram chamados para uma antiga fazenda em Rhode Island, que era considerada assombrada.

“Para mostrar dois personagens que tinham uma fé muito forte, nós precisamos fazê-los pregar… apenas tivemos que mostrar isso”, disse Carey Hayes em uma entrevista. ”Sua fé era a ferramenta mais afiada em sua caixa de ferramentas.”

No decorrer do filme, a família Perron sofre com relógios que para todas as noites às 03h07, forças invisíveis que puxavam as pernas das cinco filhas enquanto elas dormem e a misteriosa morte do cão da família. Eles diziam ouvir barulhos assustadores vindos do porão e decidiram buscar ajuda dos Warren.

Os caça-fantasmas logo identificam e tentam expulsar o espírito maligno da fazenda. Trata-se de um demônio que dizia ser o espírito de uma bruxa que foi queimada no século 19. Atendendo pelo nome de Bate-Seba, essa bruxa toma o corpo e a alma da mãe da família, Carolyn Perron (interpretada por Lili Taylor). A certa altura, Lorraine Warren (interpretada por Vera Farmiga) diz a seu marido Ed (Patrick Wilson) antes de começarem o exorcismo: “Deus nos uniu por uma razão! Fazermos isso.”

Os Hayes, que escreveram o roteiro explicam: “Nós fizemos um filme que não tem nenhum sangue, ninguém morre… e nada de sexo ou linguagem chula”, seu irmão gêmeo Chad acrescentou.

Bobby Downes, presidente dos Estúdios EchoLight diz estar tentando fazer o filme atrair o público cristão e que filmes de terror podem levar as boas novas.

“O evangelho visa compartilhar a ideia de que podemos usar até uma pequena luz para dissipar muitas trevas… Podemos comunicar o evangelho de uma forma que é atraente para um público não acostumado com a mensagem [cristã]. Acho que não podemos nos limitar pelo gênero”, defende.

A EchoLight é associada à gigante Warner Bros, que deseja que seus filmes atraiam o público religioso. Embora os verdadeiros Ed e Lorraine Warren eram católicos devotos, os irmãos Hayes são evangélicos e dizem estar conscientes das forças demoníacas e da batalha espiritual existente no mundo. Para eles, isso também é realidade em Hollywood. “Temos visto coisas nesses meio que gostaria de nunca ter visto”, enfatiza Chad.

Ele termina a entrevista citando o Livro de Efésios: “a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais… Se você pensar bem, nosso filme se encaixa nisso.” Com informações de IMDB e Religion News.

Assista o trailer:


Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ordenação de Mulheres Adventistas - Comissão debate o assunto

Artur Stele, presidente da Comissão de Estudo da Teologia da Ordenação
Os membros da Comissão de Estudo da Teologia da Ordenação [sigla TOSC] completaram três dias de reuniões, com apresentações a partir de uma variedade de pontos de vista sobre questões relacionadas com a ordenação de mulheres, uma questão controversa para a Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo.

Aos que apóiam a ordenação de mulheres e aos que se opõem à prática foram dados igual tempo e oportunidade, durante o evento de 21-24 de julho para reunir evidência bíblica apoiando suas posições, bem como declarações da co-fundadora da Igreja Adventista, Ellen G. White, a quem, os adventistas crêem, foi atribuído o dom profético bíblico durante mais de 70 anos de ministério público.

“Estamos agora no ponto em que [os] dois grupos apresentaram as questões hermenêuticas, os princípios. Eles os ilustraram e apresentaram todos os fatos, todas as descobertas, que têm reunido para ambas as posições”, disse o presidente da TOSC, Artur Steele, um vice-presidente geral da Igreja a nível mundial e diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da denominação adventista.

“[As apresentações] estão em forma impressa [e] as ouvimos. Esperamos que em poucos dias estejam disponíveis on-line para todos os que gostariam de estudar e de investigar”, acrescentou. As dissertações serão arquivados on-line, informaram oficiais denominacionais.

Stele acrescentou que “o próximo passo, com base no que foi apresentado, [é] tentar ver se podemos encontrar um terreno comum, se realmente podemos chegar a uma posição” sobre a questão da ordenação. Se isso não puder ser feito, ele disse, “então teríamos que preparar dois relatórios diferentes, concentrando-nos em que soluções poderíamos sugerir”.

Ele concluiu: “Vimos um bom espírito, o que foi uma grande bênção. Ambos os grupos, apesar de ter pontos de vista diferentes, realmente demonstraram respeito uns pelos outros, e foi uma atmosfera muito amigável, uma atmosfera muito aberta”.

Entre os trabalhos apresentados durante as reuniões da TOSC, em julho, houve um resumo histórico da ordenação de mulheres “nas praxes e prática da Igreja Adventista do Sétimo Dia”, apresentado pelo arquivista da Igreja David Trim. Um total de 17 trabalhos foram apresentados durante os três dias.

Num artigo sobre princípios hermenêuticos, Jiří Moskala, recém-nomeado reitor do Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, da Universidade Andrews, disse aos delegados não haver qualquer declaração na Bíblia determinando: “ordenem mulheres para o ministério!” Nem, observou ele, há uma instando: “Não ordenem mulheres para o ministério!”

Moskala concluiu: “Não há nenhum impedimento teológico” à ordenação de mulheres. “Pelo contrário, os pontos de análise bíblico-teológicas apontam nessa última direção, porque o Espírito de Deus derruba todas as barreiras entre diferentes grupos de pessoas na Igreja, e concede livremente Seus dons espirituais para todos, incluindo as mulheres, a fim de realizar a missão a que Deus nós chama a todos”.

Tomando um ponto de vista contrário, Gerard Damsteegt, professor-associado de História da Igreja no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, citou os antecedentes wesleianos-metodistas do adventismo, bem como os Pais da Igreja primitiva e os Reformadores protestantes, para opor-se à ordenação de mulheres: “Se considerarmos como os pioneiros adventistas viam o envolvimento das mulheres na missão da Igreja”, alegou, “perceberemos que a posição deles é muito semelhante à de Wesley e do metodismo. Esses pioneiros incentivaram fortemente a participação das mulheres, exceto nos ofícios de liderança de pastores e ministros”.

O pastor adventista Stephen Bohr, também argumentando contra a ordenação de mulheres, disse que o papel de Ellen G. White envolvia ser ela “separada por Deus para ser uma profetisa, não uma pastora/bispa. Dizer que em virtude de Ellen White ser uma profetisa tinha o direito de ser uma pastora equivaleria a dizer que porque eu sou um pastor, tenho o direito de ser um profeta! A conclusão simplesmente não segue a premissa!”

Richard Davidson, professor de Antigo Testamento no seminário da Andrews, chamou a atenção da Comissão sobre a passagem bíblica ao centro do debate: “No debate moderno sobre se as mulheres devem ser ordenadas como pastoras a passagem fundamental, tanto para os que afirmam como para os que se opõem à ordenação das mulheres é Gênesis 1-3”.

Davidson referiu-se aos papéis atribuídos Adão e Eva na criação: “De acordo com Gênesis 1:27-28, tanto o homem quanto a mulher são igualmente abençoados. Ambos são partes iguais na responsabilidade da procriação, o “enchei a terra”. Ambos devem dominar a terra. Ambos recebem o mesmo domínio co-gerencial sobre a criação não-humana de Deus”.

Ilustrando sua leitura bem diversa do mesmo texto bíblico, Paul S. Ratsara, presidente da Divisão África do Sul-Oceano Índico e Daniel K. Bediako da Universidade Valley View, uma instituição adventista do sétimo dia em Gana, afirmou “Deus criou o homem e a mulher como iguais e com diferenciação de papéis. Na Igreja, os homens devem liderar”. Eles alegaram que se a ordenação de mulheres for permitida, seja globalmente ou numa base regional, a influência e unidade teológica da Igreja seria diminuída. “A decisão de ordenar mulheres como pastoras só pode ser feita fora dos limites da Escritura”, concluíram.

Apresentações adicionais contrastaram conceitos bíblicos de autoridade com modelos construídos em “elitismo” e “hierarquia”, e exploraram os pontos de vista defendidos pela co-fundadora da Igreja Adventista, Ellen White, sobre a propriedade de as mulheres servirem em vários papéis ministeriais.

Instando a comissão a repudiar modelos de autoridade masculina e liderança que sustenta estarem enraizados no cristianismo pós-apostólico, Darius Jankiewicz, chefe do Departamento de Filosofia Cristã do Seminário Teológico, afirmou que “se alguma coisa além do compromisso com Cristo e Sua igreja, dons espirituais e maturidade, determinam a aptidão para várias funções na Igreja, então, tendo tal intenção ou não, criamos uma comunidade elitista”.

Edwin Reynolds, um erudito de Novo Testamento na Universidade Adventista do Sul, destacou uma visão muito diferente de como a autoridade deve funcionar na Igreja. “Liderança espiritual e magistério parecem ser investidos nos papéis de apóstolo e pastor no [Novo Testamento]”, ele fez observar em sua apresentação. “Não parece apropriado às mulheres buscarem esses papéis sob o princípio de submissão à liderança masculina”.

Teresa Reeve, professora de Novo Testamento no seminário e uma de várias apresentadoras do sexo feminino, chegou a uma conclusão oposta: “A prática do Novo Testamento da ordenação como nomeação formal e endosso de um indivíduo para uma tarefa ou papel ministerial não oferece qualquer impedimento para a ordenação de mulheres adequadamente qualificadas para servir como pastoras”.

Denis Fortin, um historiador da Igreja, ofereceu um resumo detalhado da perspectiva de Ellen White sobre as mulheres que servem no ministério: “Ellen White entendeu a ordenação como uma ordenança de serviço à Igreja para comissionar pessoas em vários tipos de ministério e responsabilidade, e pedir as bênçãos de Deus no ministério delas. Não há nenhuma indicação em seus escritos de que o rito da ordenação deve ser limitado apenas aos homens ou de que deveria ser usado para estabelecer algum tipo de hierarquia na Igreja. Ela enfaticamente incentivou a participação das mulheres em todas as formas de ministério”.

O presidente mundial da Igreja Adventista, Ted N. C. Wilson, um membro ex-officio da Comissão, elogiou a cordialidade do evento: “O Espírito Santo propiciou um ambiente respeitoso e cortês durante a comissão para estudar o que a Bíblia e o Espírito de Profecia têm a dizer sobre o assunto”, disse ele, pedindo aos membros: “por favor, orem por todos os envolvidos, que procuram seguir a orientação de Deus”.

Os membros da TOSC voltarão a se reunir em janeiro de 2014 para uma sessão de cinco dias a fim de avaliar os trabalhos apresentados e traçar o caminho a seguir para o processo de estudo. A comissão também vai receber relatórios de cada uma das Comissões de Pesquisa Bíblica das 13 Divisões mundiais da Igreja que estão estudando concomitantemente as questões em nível regional.

Tribo indígena no Amazonas agora tem templo adventista

Na região Norte do Brasil, ministério com indígenas
é forte e tem crescido nos últimos anos
No último domingo, foi realizado o batismo de 30 membros da tribo Baré do Rio Negro, localizada na Comunidade São Tomé, próximo a Novo Airão, a aproximadamente duas horas de barco de Manaus.

No sermão, que antecedeu a cerimônia de batismo, ministrado pelo líder dos pastores para região central do Amazonas, Sérgio Alan, foi abordado tema sobre o amor de Deus e de como os cristãos devem demonstrar esse amor, trabalhando para alcançar pessoas para o reino dos céus.

A mensagem do sermão levou ao público presente a uma profunda reflexão acerca do trabalho da irmã adventista Maria Augusta Fonseca, que foi a São Tomé trabalhar como gestora de escola naquela comunidade e, após algum tempo fazendo amizade com os índios e moradores do local, observou que ali não havia a presença adventista. Ela começou, então, juntamente com o esposo, um intenso trabalho para a organização de um pequeno grupo.

Como uma verdadeira missionária, Augusta comunicou ao pastor do distrito de Novo Airão, Márcio Greyck, acerca do desejo dos índios de aprender sobre a palavra de Deus. O pastor, juntamente com a sua equipe visitaram o local, planejaram e começaram o evangelismo que, durante este mês de julho, resultou no batismo de quase toda a tribo.

De acordo com o coordenador distrital, os jovens e adultos que participaram daquele evangelismo surpreenderam a organização da série de conferência ao demonstrar muita sede da palavra de Deus. “O Senhor nos chamou e atendemos ao chamado para saciar a sede espiritual daquele povo. É uma enorme satisfação trabalhar para levar, aos diversos povos, esse evangelho de salvação”, afirma Greick.

Conforme o pastor, as reuniões acontecem, atualmente, no galpão de atividades comunitárias. Mas um terreno dentro da comunidade já foi doado para a construção da igreja, que irá abrigar os novos irmãos de São Tomé. [Equipe ASN, Rosângela França]

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O irmão do papa não é adventista (oficial)

A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem respondido aos rumores afirmando que o Papa Francisco tem um irmão adventista.

Dr. John Graz, diretor de Relações Públicas e Liberdade Religiosa da Associação Geral da Igreja Adventista, disse que tais alegações não têm base na realidade.

"Houve um rumor semelhante circulando quando João Paulo II se tornou Papa", disse Graz.

James Standish, diretor de Comunicações e Relações Públicas na Divisão do Pacífico Sul, disse que "estes tipos de boatos sensacionalistas animam as pessoas, mas no final geram hipocrisia. Precisamos manter nossos olhos fixos em Cristo, e não em conspirações".

Posição da IASD em Relação às Outras Igrejas Cristãs


A fim de evitar mal-entendidos ou atritos em nossas relações com outras igrejas e organizações religiosas cristãs, apresentamos as seguintes diretrizes:

1. Reconhecemos aquelas agências que exaltam a Cristo diante das pessoas como parte do plano divino para a evangelização do mundo e temos em alta estima os homens e mulheres cristãos de outras denominações que estão empenhados em ganhar almas para Cristo. 

2. Quando a obra fora de nossa divisão nos põe em contato com outras sociedades e organismos religiosos cristãos, o espírito de cortesia cristã, franqueza e justiça deve prevalecer em todas as ocasiões.

3. Reconhecemos que a verdadeira religião baseia-se na consciência e na convicção. Portanto, deve ser nosso constante propósito que nenhum interesse egoísta ou vantagem temporal atraia qualquer pessoa para nossa comunhão e que nenhum vínculo retenha qualquer membro a não ser a convicção de que deste modo é encontrada a verdadeira comunhão com Cristo. 

Se a mudança de convicção levar um membro de nossa igreja a não se sentir mais em harmonia com a fé e a prática adventistas, reconhecemos não somente o seu direito mas também a sua responsabilidade de mudar, sem opróbrio, sua filiação religiosa, conforme suas crenças. Esperamos que outros organismos religiosos atuem no mesmo espírito de liberdade religiosa.

4. Antes de admitir membros de outras organizações religiosas como membros de nossa igreja, deve ser exercido cuidado para verificar se os candidatos são movidos a mudar sua filiação religiosa por convicção religiosa em consideração à sua relação pessoal com Deus.

5. Uma pessoa sob censura de outra organização religiosa por transgressão claramente confirmada dos princípios morais ou do caráter cristão não será considerada candidata aceitável para ser membro da Igreja Adventista até que haja evidência de arrependimento e reforma.

6. A Igreja Adventista não pode limitar sua missão a áreas geográficas restritas, devido à sua compreensão do mandato da comissão evangélica. Na providência de Deus e no desenvolvimento de Sua obra em prol da humanidade, organismos denominacionais e movimentos religiosos têm surgido de vez em quando para dar ênfase especial a diferentes fases da verdade do evangelho. 

Na origem e surgimento do povo adventista, foi posta sobre nós a responsabilidade de enfatizar o evangelho da segunda vinda de Cristo como um acontecimento iminente. Isso requer a proclamação das verdades bíblicas no contexto da mensagem especial de preparação conforme descrita na profecia bíblica, principalmente em Apocalipse 14:6-14.

Esta mensagem comissiona a pregação do “evangelho eterno a toda nação e tribo e língua e povo”, chamando para ela a atenção de todas as pessoas, em toda parte. Qualquer restrição que limite o testemunho a áreas geográficas específicas se torna, portanto, uma redução da comissão evangélica. A Igreja Adventista também reconhece o direito de outras crenças religiosas operarem sem restrições geográficas.

Texto do regulamento nº 75 do Livro de Regulamentos da Associação Geral

Fonte: IASD em Foco

terça-feira, 23 de julho de 2013

Ellen G. White - Conselhos sobre os Católicos


Evitar Barreiras Desnecessárias 

“Não devemos, ao entrar em um lugar, criar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de maneira que eles pensem que somos declarados inimigos seus. Não devemos suscitar preconceito desnecessariamente em seu espírito, fazendo ataques contra eles. ... Pelo que Deus me tem mostrado, grande número será salvo dentre os católicos.” Manuscrito 14, 1887.

“Ninguém precisa pensar que os católicos se acham fora de seu alcance.” Manuscrito 14, 1887

Uma Obra Cautelosa

“Sede cautelosos em vossos esforços, irmãos, não ataqueis com demasiado vigor os preconceitos do povo. Não se deve sair do caminho para investir contra outras denominações; pois isto só cria um espírito combativo, e cerra ouvidos e corações à entrada da verdade. Temos nossa obra a fazer, a qual não é derrubar, mas construir. Temos de reparar a brecha feita na lei de Deus. A obra mais nobre, é edificar, apresentar a verdade em seu vigor e poder, e deixar que ela abra caminho através de preconceitos e revele o erro em contraste com a verdade. 

Há perigo de que nossos pastores digam demasiado contra os católicos e provoquem contra si mesmos os mais fortes preconceitos dessa igreja. Muitas almas há, na fé católica romana, que olham com interesse a este povo; mas o poder do padre sobre seu rebanho é grande, e se, por seus argumentos, pode prevenir o espírito do povo para se manter afastado, de modo que, ao ser-lhe exposta a verdade quanto às igrejas caídas, não lhe dê ouvidos, ele certamente o fará. Mas como coobreiros de Deus, são-nos providas armas espirituais poderosas para derrubar as fortalezas do inimigo.” Carta 39, 1887. 

Tato

“Esta mensagem tem de ser dada, mas conquanto tenha de ser dada, devemos ter cuidado em não acusar, constranger e condenar os que não possuem a luz que nós possuímos. Não devemos sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles existem muitos que são cristãos conscienciosos, que vivem segundo a luz que lhes é proporcionada, e Deus operará em seu favor.” Obreiros Evangélicos, pág. 329

Exponde o Engano Pela Apresentação da Verdade 

“Importa fazerem-se decididas proclamações. A respeito dessa espécie de trabalho, porém, sou instruída a dizer a nosso povo: Sede cautelosos. Ao apresentar a mensagem, não façais investidas pessoais a outras igrejas, nem mesmo à católica romana. Os anjos de Deus vêem nas diversas denominações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Sejamos portanto cuidadosos com nossas palavras. Não sigam nossos pastores os próprios impulsos em acusar e expor os "mistérios da iniqüidade". Sobre esses temas, o silêncio é eloqüente. Muitos se acham enganados. Falai a verdade em tons e palavras de amor. Cristo Jesus seja exaltado. Apegai-vos à afirmativa da verdade. Nunca deixeis o caminho reto traçado por Deus, no intuito de fazer um ataque a alguém. Esse ataque poderá causar muito dano mas nenhum bem. Poderá extinguir a convicção em muitos espíritos. Deixai que a Palavra de Deus, que é a verdade, conte a história da incoerência dos que se acham no erro. 

Não se pode esperar que o povo veja imediatamente a vantagem da verdade sobre o erro que têm acariciado. O melhor meio de expor a falácia do erro é apresentar as provas da verdade. Isto é a maior repreensão que se possa dar ao erro. Dissipai a nuvem de obscuridade que paira sobre o espírito, refletindo a brilhante luz do Sol da Justiça.” Manuscrito 6, 1902. 

Talvez Tenhamos Menos Para Dizer 

“Há necessidade de um estudo mais aprimorado da Palavra de Deus; especialmente Daniel e Apocalipse devem merecer atenção, como nunca antes na história de nossa obra. Talvez tenhamos menos a dizer em certos aspectos, quanto ao poder romano e ao papado, mas devemos chamar atenção ao que os profetas e apóstolos escreveram pela inspiração do Espírito de Deus. O Espírito Santo tem moldado os assuntos, tanto no dar a profecia, como nos acontecimentos descritos, de forma a ensinar que o instrumento deve ser mantido fora de vistas, oculto em Cristo, e o Senhor Deus do Céu e Sua lei devem ser exaltados.” Counsels to Writers and Editors, págs. 45 e 46. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Redes sociais convocam protestos contra visita do papa


A recepção ao papa Francisco no Palácio Guanabara (sede do governo fluminense, na zona sul do Rio) será marcada por protestos convocados pelas redes sociais pelo grupo Anonymous Rio e pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea). A manifestação do Anonymus questiona os gastos públicos com a recepção ao pontífice e pede a saída do governador Sérgio Cabral e do vice Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB. Eles recepcionarão o papa. A solenidade está marcada para as 17h no palácio, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do prefeito Eduardo Paes.

Os manifestantes se concentrarão a partir das 18h no Largo do Machado, a 1 km do Guanabara. O grupo planeja seguir até o palácio. Na página de convocação ao evento, mais de 7 mil pessoas confirmaram presença. De acordo com a prefeitura, toda a rua em frente ao palácio estará fechada por medida de segurança.

Na convocação, o grupo esclarece que a manifestação não é contra a presença do papa nem contra a Igreja Católica. "A ideia é aproveitar a presença do papa, de seus turistas e da mídia global. Será mais um grito contra a corrupção e por serviços públicos mais dignos." A pauta divulgada pelo grupo questiona os gastos públicos estimados em R$ 118 milhões para a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e defende o estado laico.

A Atea anunciou que promoverá às 17h manifestação em frente ao palácio. Temerosa de uma reação da Polícia Militar, a entidade tentou no fim de semana uma liminar judicial que proibisse a repressão policial. No sábado, a Justiça negou a liminar. A entidade recorreu. Manifestações do tipo serão promovidas pela entidade em outras capitais brasileiras, como Belo Horizonte e São Paulo, além de cidades importantes, como Ribeirão Preto (SP).

"Assim como o batismo de crianças lhes impinge uma religião, o sequestro do Estado para fins religiosos faz o mesmo com todos os demais cidadãos brasileiros, que se tornam católicos à força quando o dinheiro dos seus impostos é desviado para pagar um evento religioso. Por isso, para simbolizar o protesto contra as violações da laicidade, escolhemos o desbatismo", informa a Atea em comunicado distribuído na semana passada. No protesto, a entidade promoverá o que chamou de "desbatismo coletivo", em que os manifestantes usarão secadores de cabelo "para os ventos do secularismo varrerem as águas do batismo". "Se você não concorda com o uso de dinheiro público na JMJ, com símbolos religiosos em repartições públicas, o ´Deus seja louvado` no dinheiro, o ensino religioso em escolas públicas... Se você acha que barrar a camisinha e a pílula no sistema público é um absurdo, se não concorda com o veto da Igreja Católica ao divórcio, se ainda não se conformou com o acobertamento de pedófilos e a discriminação contra homossexuais... Enfim, o desbatismo é para todos aqueles que desejam protestar", diz o documento.

Fonte: Estadão

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Teto de Igreja Adventista desaba durante culto e deixa feridos em João Pessoa

Assista aqui a reportagem da TV Globo
O desabamento do teto de uma Igreja Adventista do Sétimo Dia deixou pelo menos 20 pessoas feridas na noite desta quinta-feira (18) em João Pessoa. O teto do templo, que fica no bairro das Indústrias, desabou completamente por volta das 20h30 quando um grupo de pessoas estava reunido dentro da igreja em um culto de oração.

Várias equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram deslocadas até o local do acidente para atender os feridos. De acordo com informações do Major Gilberto, do núcleo de comunicação da Polícia Militar sete vítimas foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma da capital pelos Bombeiros e outras 13 também foram levadas para o Trauma por ambulâncias do Samu.

Uma das vítimas que estava no local durante o desabamento disse que tudo aconteceu muito rápido, mas que ainda houve tempo para retirar as pessoas pelas saídas laterais da igreja.

“A gente estava realizando a programação aqui na igreja, terminando o culto de oração, a semana de oração que nós estamos fazendo, e no finalzinho do culto o teto desabou sobre todo mundo e no momento que o teto caiu deu para a gente resgatar algumas pessoas pela lateral da igreja, pelo corredor, algumas pessoas que estavam no meio da igreja ficaram imprensadas nos escombros, mas graças a Deus a gente conseguiu tirar todo mundo”, disse José Walter, uma das vítimas que estava no local na hora do acidente.

De acordo com informações do Hospital de Emergência e Trauma uma jovem de 23 anos, que foi levada para a unidade, havia passado por exames e em seguida tinha sido encaminhada para o centro cirúrgico onde faria uma cirurgia abdominal. Uma criança que também foi levada entre os feridos estava passando por exames. Ainda não há informações sobre o estado de saúde de todas as vítimas.

As causas do acidente não foram confirmadas, mas o Major Gilberto, da Polícia Militar, informou que um laudo técnico deverá ser emitido pelo Corpo de Bombeiros para esclarecer o que causou o desabamento.


Fonte: G1 Globo

Nota à imprensa sobre desabamento do teto da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Bairro das Indústrias - João Pessoa/PB

Com muito pesar lamentamos o ocorrido ontem (18), com o desabamento do teto de uma das nossas igrejas no bairro das Indústrias. Durante o culto, por volta das 20h30, cerca de 9 metros do telhado veio ao chão – sem indícios anteriores do que aconteceria – sobre aproximadamente 30 fiéis que estavam reunidos, dos quais 13 ficaram feridos, a maioria com ferimentos leves. Destes, seis já foram liberados e sete ainda permanecem no hospital, até o início desta madrugada. O Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e SAMU foram rapidamente acionados pela Igreja, através dos quais os primeiros socorros foram prestados.

Desde o início da fatalidade nossa comunidade se demonstrou disponível a apoiar os feridos. Com a coordenação do pastor local, toda ajuda foi prestada com rápido encaminhamento e acompanhamento ao hospital, remédios, apoio às famílias, ajuda financeira, entre outros.

A total assistência da igreja às vitimas e familiares irá continuar até que os últimos feridos recebam alta.

Informamos que a Igreja estará fechada temporariamente.

Continuaremos a dar apoio às autoridades e a perícia para que as causas do acidente sejam esclarecidas.

Assessoria de Imprensa da Igreja Adventista do Sétimo Dia - (81)9656-5422

Papa Francisco, seu irmão adventista e Lei Dominical - Falso ou verdadeiro?



Pastor Hugo R. Gambetta

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Adventistas seguem presos no Togo - 500 dias de injustiça

No sábado, 27 de julho, a Igreja Adventista em todo o mundo estará unida em oração pelo pastor Antonio Monteiro e pelo empresário Bruno Amah, que seguem presos no Togo, um país que fica no oeste africano. Nesta data irão se completar exatos 500 dias da prisão e o lema será “500 dias de injustiça”.

Além desse movimento de oração a Igreja também disponibilizou na internet um site com explicações sobre o caso e com uma petição de libertação. Se a Igreja conseguir um milhão de assinaturas, enviará esses dados para o governo do Togo solicitando a imediata libertação dos dois adventistas. Visite o site e deixe a sua assinatura: www.pray4togo.com.

A esposa do pastor Monteiro, Madalena dos Anjos, fala da esperança que tem de que Deus irá atuar e resolver a situação. “Oro cada dia a Deus para que ele volte para casa”. Ela e a esposa do empresário Amah, diariamente levam comida para os dois prisioneiros.

Um pouco de história – O pastor Antonio Monteiro, natural de Cabo Verde, e o empresário Bruno Amah, foram presos no dia 15 de março de 2012, um ano após o assassinato de 12 mulheres que tiveram seu sangue retirado e seus órgãos sexuais extirpados. Um homem que trabalhou com o pastor Monteiro o acusou falsamente de ter provocado uma conspiração para matar as mulheres.

Advogados, a Igreja Adventista mundial e diversos diplomatas estrangeiros já intercederam por eles, mas não houve acordo. O diretor de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista para o mundo, doutor John Graz, comenta que “a acusação contra Monteiro é a de que ele, como pastor adventista, fez uma conspiração para matar aquelas mulheres e usar seu sangue em uma cerimônia religiosa. Esta acusação é absolutamente inacreditável e absurda”. [Equipe ASN – Márcia Ebinger]

Saiba mais assistindo ao vídeo:

Adventista é condenado à prisão perpétua por SMS "blasfemos"

Sajjad Masih Gill
Sajjad Masih Gill, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, foi condenado à prisão perpétua sob a lei de blasfêmia, depois de ter enviado uma mensagem de texto (SMS) para um muçulmano na qual insultava a Maomé e ao Islã; no entanto, a defesa ressalta que a mensagem não saiu do celular do jovem de 28 anos.

A agência Fides informou que o veredicto do Tribunal de Primeira Instância em Gojra (Punjab), foi emitido em 13 de julho. Gill foi acusado de blasfêmia por alguns líderes religiosos muçulmanos e outras pessoas influentes, por supostamente ter enviado um SMS com conteúdo blasfemo do seu celular.

De acordo com a reconstrução do processo enviado à Agência Fides por Aftab Alexander Mughal, diretor do jornal "Interesse das Minorias do Paquistão", em 18 de dezembro de 2011, Malik Muhammad Tariq Saleem, um residente muçulmano de Gojra, teria recebido algumas mensagens de texto blasfemas a partir de um telefone desconhecido. No dia seguinte, Tariq apresentou-se à polícia de Gojra para registrar uma queixa de blasfêmia, que culminou com a prisão de Sajjad Gill.

De acordo com membros da comunidade de Gojra, as acusações são infundadas e Gill é uma vítima inocente. Eles relataram que nenhuma evidência foi encontrada para provar a culpa do jovem. Nem mesmo o seu celular parece ter qualquer mensagem de texto blasfemo, nem testemunhas. Sajjad Masih se declarou inocente. Conforme relatado ao advogado da Fides Mustaq Gill, da organização LEAD ("Legal Evangelical Association Development"), a mensagem foi enviada a partir de um telefone de uma menina paquistanesa cristã, Roma Ilyas, paixão de Gill.

A menina foi obrigada por seus pais a casar-se com Donald Bhatti, outro cristão que mora no Reino Unido. Este último, com ciúmes, parece ter comprado um cartão SIM com o nome de Roma e, mais tarde, enviou mensagens blasfemas com o dito cartão, para dar uma lição em ambos.

Quebrando o Silêncio 2013 - Revista "Perigos em Rede"


A campanha Quebrando o Silêncio, uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia, visa educar e prevenir contra o abuso e a violência doméstica. Neste ano, em virtude do aumento dos riscos de crimes no ambiente virtual, os organizadores da campanha focaram no tema “Perigos em Rede”, com ênfase voltada para as crianças. Como material de apoio para pais e professores foi lançada a revista que tem o tema da campanha como título e que aposta na orientação e educação como instrumentos eficazes para diminuir esse perigo.

A coordenadora sul-americana do projeto, Wiliane Marroni, explica que a revista foi produzida com linguagem adaptada ao público infantil e foca nas principais ameaças do ambiente virtual. “A revistinha, impressa e em formato eletrônico, ensina os pequenos a tomarem cuidados importantes na internet”, ressalta a coordenadora.

Leia a revistinha em formato eletrônico:


A campanha Quebrando o Silêncio se desenvolve durante todo o ano, mas uma das suas principais ações ocorre sempre no quarto sábado do mês de agosto. Este é o “Dia de ênfase contra o abuso e a violência”, quando ocorrem passeatas, fóruns, escola de pais, eventos de educação contra a violência e manifestações na América do Sul. 

[Equipe ASN – Márcia Ebinger com informações de Felipe Lemos]

Papa vai perdoar pecados de fiéis pelo Twitter


Esqueça o velho confessionário da paróquia. Agora você pode ter seus pecados redimidos por ninguém menos que o Papa Francisco, e pelo Twitter. De acordo com uma publicação da Sagrada Penitência Apostólica, órgão do Vaticano, o sumo pontífice dará 'indulgências plenárias' pela rede social, que teria o mesmo efeito de zerar o placar de pecados dos fiéis.

A decisão foi tomada como forma de aproximar os jovens do catolicismo, às vésperas da Jornada Mundial da Juventude, no Rio. O perdão on-line será concedido, afirma o Vaticano, para quem acompanhar as atividades do Papa pelo Twitter durante o evento. As informações foram publicadas pelo site Mashable.

Fonte: O Globo

Nota: "Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" (Marcos 2:7). Se você busca realmente o perdão de Deus, Ele não delegou homem algum para dar o dom que só Ele pode dar: o perdão dos pecados. E não precisa fazê-lo pelo Twitter. Fale diretamente com Ele... "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." (1 João 1:9).

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ellen White e a advertência sobre os jesuítas


Ellen White escrevia há mais de 100 anos advertindo-nos em relação aos “jesuítas” no sentido de que não nos deixemos enganar pela “aparência” bondosa e de piedade com que se apresentam: 

"Em toda a cristandade o protestantismo estava ameaçado por temíveis adversários. Passados os primeiros triunfos da Reforma, Roma convocou novas forças, esperando ultimar sua destruição. Nesse tempo fora criada a ordem dos jesuítas - o mais cruel, sem escrúpulos e poderoso de todos os defensores do papado. Separados de laços terrestres e interesses humanos, insensíveis às exigências das afeições naturais, tendo inteiramente silenciadas a razão e a consciência, não conheciam regras nem restrições, além das da própria ordem, e nenhum dever, a não ser o de estender o seu poderio. O evangelho de Cristo havia habilitado seus adeptos a enfrentar o perigo e suportar sem desfalecer o sofrimento, pelo frio, fome, labutas e pobreza, a fim de desfraldar a bandeira da verdade, em face do instrumento de tortura, do calabouço e da fogueira. Para combater estas forças, o jesuitismo inspirou seus seguidores com um fanatismo que os habilitava a suportar semelhantes perigos, e opor ao poder da verdade todas as armas do engano. Não havia para eles crime grande demais para cometer, nenhum engano demasiado vil para praticar, disfarce algum por demais difícil para assumir. Votados à pobreza e humildade perpétuas, era seu estudado objetivo conseguir riqueza e poder para se dedicarem à subversão do protestantismo e restabelecimento da supremacia papal. 

Quando apareciam como membros de sua ordem, ostentavam santidade, visitando prisões e hospitais, cuidando dos doentes e pobres, professando haver renunciado ao mundo, e levando o nome sagrado de Jesus, que andou fazendo o bem. Mas sob esse irrepreensível exterior, ocultavam-se frequentemente os mais criminosos e mortais propósitos. Era princípio fundamental da ordem que os fins justificam os meios. Por este código, a mentira, o roubo, o perjúrio, o assassínio, não somente eram perdoáveis, mas recomendáveis, quando serviam aos interesses da igreja. Sob vários disfarces, os jesuítas abriam caminho aos cargos do governo, subindo até conselheiros dos reis e moldando a política das nações. Tornavam-se servos para agirem como espias de seus senhores. Estabeleciam colégios para os filhos dos príncipes e nobres, e escolas para o povo comum; e os filhos de pais protestantes eram impelidos à observância dos ritos papais. Toda a pompa e ostentação exterior do culto romano eram levadas a efeito a fim de confundir a mente e deslumbrar e cativar a imaginação; e assim, a liberdade pela qual os pais tinham labutado e derramado seu sangue, era traída pelos filhos. Os jesuítas rapidamente se espalharam pela Europa e, aonde quer que iam, eram seguidos de uma revivificação do papado."

Ellen G. White - O Grande Conflito, pág. 234-235

A Igreja Católica em Apocalipse 17

Projeto Calebe - "Abraço Grátis" e "Trabalho Pioneiro em Goiás"

A casa de Luciana não tinha muro, o que era um grande transtorno com os filhos pequenos
Durante o período das férias jovens em toda a América do Sul dedicam seu tempo a ajudar pessoas, normalmente uma comunidade, levando a palavra de Deus e auxilio social. Alguns dedicam 10 dias, outros 15, outros ainda um mês todo, no projeto que ficou conhecido como Calebe.

Na última sexta feira, 12 de julho, cerca de 100 calebes chamaram a atenção dos moradores da cidade de Anápolis, interior de Goiás. Com faixas e um grande sorriso no rosto eles percorreram as principais ruas da cidade, bem como o terminal rodoviário distribuindo “Abraços Grátis”, como eles anunciaram.

“Eu recebei um abraço inesperado ao descer do ônibus e adorei”, conta Maria Nunes, enfermeira.

“Oferecer um abraço é muito bom pois as pessoas ficam surpresas mas são bastante receptivas”, conta a jovem Edilene Nunes, que participa do projeto Calebe pela segunda vez.

O movimento repercutiu tanto na cidade que a TV Anhanguera, filial da emissora Globo, divulgou a noticia no principal telejornal. Acompanhe no link http://migre.me/fu2ar.

Em Gameleira de Goiás, a 40 quilômetros de Anápolis, outra equipe de calebes realizaram um trabalho digno de destaque. A cidade, com pouco mais de 4 mil habitantes, foi adotada pela sede administrativa da Igreja Adventista em oito países da América do Sul, Divisão Sul Americana (DSA), para ser evangelizada em 2013.

Desde o início do mês de julho, jovens compuseram um grupo de calebes da DSA, vindos de Brasília, alguns deles funcionários da sede administrativa que pediram férias só para participarem do projeto. Ao todo eles somaram 30 e chamaram a atenção dos moradores de diversas maneiras. Uma delas foi a realização da Escola Cristã de Férias que reuniu 60 crianças da comunidade durante uma semana. O tema foi propositalmente “A Criação” e discutiu como devemos cuidar da natureza. Vitor Lacerda tem 12 anos e participou do evento e ao final disse que gostaria muito de estudar a Bíblia. “Eu fiquei impressionado com tudo o que aprendi. Sempre quis conhecer a Bíblia e agora terei esta oportunidade”, conta Vitor que recebe estudos de um calebe e já pediu para ser batizado, porém aguarda a permissão de seu pai.

Luciana Siqueira é mãe de três filhos e também conheceu a igreja através da Escola Cristã. Ao receber calebes em sua casa para lhe dar estudo bíblico, Luciana foi encontrando na palavra de Deus solução para seu casamento que estava abalado. “Eu descobri que Deus podia restaurar meu casamento e me trazer paz”, conta Luciana.

A casa onde mora não tinha muro, o que era um grande transtorno com os filhos pequenos. Vendo esta grande necessidade os calebes arrecadam dinheiro para comprar tijolos e então construíram o muro da casa. “Encontrei nos adventistas uma grande família”, conta Geraldo, esposo de Luciana que está deixando o vicio da bebida e que ficou emocionado ao ver os jovens construindo o muro de sua casa.

No programa da noite do último domingo, sete pessoas foram batizadas através do projeto destes calebes e diversas outras aceitaram o apelo do batismo.

Marcelo Leuck é analista de sistemas da DSA e dedicou 15 dias de suas férias neste projeto, na qual foi um dos líderes. “Foi incrivelmente maravilhoso viver as experiências que vivi. Ver jovens transformados no projeto e pelo projeto fez toda a dedicação valer a pena”, conta Marcelo. [Equipe ASN, Tatiane Lopes]

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Vôlei e a Igreja

Estou escrevendo este texto dentro do Maracanãzinho, entre um set e outro do jogo da seleção brasileira de vôlei contra os Estados Unidos, pela Liga Mundial. Sempre fui mais das bibliotecas do que dos estádios, mas quando se ganha convites de graça e está com parentes de fora do Rio hospedados na sua casa, parece que surge uma obrigação para ir ao ginásio. Então viemos. 

Confesso minha ignorância: tirando o técnico, Bernardinho, não conheço nenhum jogador. Sei que eles são bastante altos e, segundo minha priminha, “lindos”. Tudo bem, acredito. Não acompanho nenhum campeonato, não estou por dentro da tabela e reconheço que ainda acho muito estranho o vôlei não ter “vantagem”. Sou velho, fazer o quê? Em resumo: vim como um alienígena, peregrino em uma terra muito estranha. Então sou um torcedor atípico e, por isso, meu olhar acaba sendo mais distanciado. E, admito, é bem interessante uma pessoa tão distante do mundo dos esportes como eu estar em uma situação dessas, pois me possibilita observar com uma visão crítica, diferente da de um fã. O que mais me chama a atenção é como tudo – absolutamente tudo – o que a torcida faz é dirigido, conduzido.

Esqueça tudo o que você vê na TV: nada é espontâneo. Nada. Nos dizem o tempo inteiro o que temos de fazer: o que cantar, o que gritar, quando sentar, quando levantar as mãos, em que momentos dizer tal e tal coisa. Todas as vibrações, as olas, o batuque com esses tubos infláveis amarelos e até o ritmo da batucada tem alguém conduzindo: um DJ com cocar de índio dita o ritmo em que o povo bate palmas e os bastões. A cada saque do Brasil mensagens no telão dizem quando devemos gritar “Ace!”. E quando parar.

As vibrações nos intervalos dos sets são regidas por um “animador de auditório”, que, de microfone na mão, parece o Sergio Mallandro, fazendo todo tipo de palhaçadas. Músicas, com letras na tela, aparecem nos telões como um gigantesco videokê, que nos diz o que cantar, em que ritmo e, de novo, quando parar. Lamento, CBV, mas não vou cantar “vai, popozuda, vai, vai popozuda” só porque vocês querem. Dizem a hora exata em que devemos emitir os gritos de guerra do tipo “ôôô, Brasil!”. Minha filha, sentada em meu colo, está com a cara seriíssima, sem entender por que as pessoas gritam tanto. “Muito barulho, papai”. Mas tem algo que chama a atenção dela: um cidadão vestido com uma fantasia se jacaré dança alucinadamente, em esforços grandes para fazer pessoas dançarem e pularem quando as câmeras apontam para elas.

Estou vestindo uma camisa amarela, que me foi entregue na porta do ginásio. A logo do patrocinador ocupa todo o peito e tive de procurar bem até encontrar na manga a palavra “Brasil”. É uma camisa do patrocinador e não do Brasil, afinal. Outro aspecto interessante: as câmeras sempre focalizam o lado em que estou. A metade do ginásio que fica atrás das câmeras da Globo está em tons de cinza, dada a mistura de tantas camisas normais. É, quem senta atrás das câmeras não ganha camiseta amarela. Algo me faz crer que só interessa compor um cenário bonito e amarelo para você, que está em casa vendo pela televisão.

Tem umas pessoas espalhadas pelas arquibancadas com macacões pretos, cheios de luzes coloridas que piscam. Durante as jogadas, as luzes se apagam. Quando há um ponto, quando o técnico pede tempo, no intervalo entre os sets… aí as luzes acendem. Todas juntas, de todas as pessoas contratadas para usar aqueles trajes, visivelmente por um controle remoto, acionado em momentos estratégicos. Pausa. O “Sergio Mallandro” manda todo mundo tirar a camisa amarela e fazer ola ao som e ritmo da valsa “Danúbio Azul”, de Johann Strauss. De repente muda para a música-tema de “Tropa de Elite”, do grupo Tihuana, e todos descobrimos que “agora o bicho vai pegar”. Êxtase geral. Nada como manipular emoções. Para tentar somar, cinco cheerleaders se esforçam para animar o povo. Ninguém dá atenção a elas, tadinhas, afinal as meninas somem em meio ao universo de cores e brilhos. Podiam ter posto umas cem, em vez de cinco, para chamar mais atenção. Ah, peraí… é que “Nívea”, o patrocinador, só tem cinco letras, uma estampada na camisa de cada animadora de torcida: N-I-V-E-A, formam elas. Entendi.

Belo teatro. Mas confesso que me sinto bem manipulado aqui. Minha alegria me soa meio forçada. Como a de todo mundo ao meu redor, na verdade. Quando apareceu minha imagem junto com minha filha entediada no telão senti instantaneamente o impulso de sacudi-la e falar “filhinha, sorri, dá um oi pra câmera!”, como todos são condicionados a fazer. Mas resisti a agir como todos agem e como estávamos permanecemos: sérios. Reparei que a câmera ficou bem menos tempo na gente do que nos torcedores que pulam enlouquecidamente quando são enquadrados pelas câmeras. Compreensível: rostos sérios não combinam com a grande festa que ali está acontecendo. Afinal, espera-se que sejamos alegres integrantes de um coral sendo regido pela CBV. Ou será pela Globo? Ou pelo DJ? Talvez pelo jacaré.

Ou, penso eu, em vez de coristas somos peças em um grande cenário, formado por marionetes. Por acaso, há uns caras batendo bola no meio de toda essa Disneylândia.

A esta altura, você pode estar se perguntando: mas o que, afinal, essa história toda tem a ver com um blog voltado à Igreja e às coisas de Deus? Bem… a verdade é que, em muitas e muitas de nossas igrejas, o que acontece não é muito diferente do que vi ali. O quê? Se você pensar bem tenho certeza que vai descobrir.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Mauricio Zágari - Apenas

O rosto da adúltera de Jesus

Então, Jesus foi abordado por um grupo de pessoas muito preocupadas com a retidão da lei. Traziam consigo uma mulher em prantos que havia sido pega em adultério. Jogada ao chão, ela tremia de medo. O povo pedia para que Jesus fizesse valer a lei: morte da adúltera por apedrejamento.

Isso foi há 2.000 anos, mas ainda hoje, no mesmo Oriente Médio, tem gente que apedreja mulheres e acha (agora, no Egito) que violentá-las nas praças seja um "direito da soberania popular revolucionária", enquanto se matam, nas mesmas praças, pelo modo ocidental de vida ou por outra forma de lei (o fundamentalismo islamita).

E assim caminha a humanidade, em ciclos, para lugar nenhum, mas com festas e crenças diferentes no meio, e demagogos a cantar...

Mas voltemos a Jesus. Fatos como esses me fazem achar que Jesus era um cabra macho. Enfrentar o povo quando este se julga movido pelo correto modo de viver é algo que exige, como dizem los hermanos, "cojones". Jesus disse que quem estivesse livre de pecado que atirasse a primeira pedra. Todos foram embora.

Esta é uma das passagens típicas do mundo bíblico na qual fica claro o tema da hipocrisia como motivação profunda daqueles que se acham arautos do bem, moral ou político.

Mas Jesus era um filósofo hebreu e estes filósofos eram diferentes dos filósofos gregos. O mundo bíblico é diferente da filosofia grega. Naquele, o "regime da verdade" (ou modo de busca da verdade) é interno e moral, na filosofia grega é externo e político.

O problema de saber se o que eu digo é verdade ou não, quando falo ou argumento, inexiste na Bíblia, porque o personagem principal do diálogo é Deus, e Ele sempre sabe de tudo, não há como mentir para Ele como há como mentir para outro homem ou para assembleia "soberana", como na filosofia ou democracia gregas. Segundo o crítico George Steiner, o Deus de Israel irrita porque está em toda parte e sabe de tudo.

Sabe-se que o advento da democracia grega levou muita gente a pensar sobre a diferença entre pura retórica, que visa o mero convencimento dos outros numa assembleia (eu acho que a democracia é 90% isso mesmo), e a verdade em si do que se fala.

O problema que nasce daí é a relatividade da verdade, dependendo do ponto de vista de quem fala e de quem ouve. Na Bíblia, o problema é se minto para mim mesmo ou não. Na esfera pública, é o tema da hipocrisia, na privada, o da verdade interior. A Bíblia criou o sujeito e as bases da psicologia profunda.

Na Bíblia, como o poder é sempre de Deus e Ele é mais íntimo de mim do que sou de mim mesmo, o problema é como eu enfrento a mim mesmo. A preocupação com a lei é sempre acompanhada da atenção para com a falsidade de quem diz ser justo.

Por isso foram os hebreus que deram os primeiros passos para a descoberta do espaço interior onde vejo a distância entre mim e a verdade sobre mim mesmo, em vez de me preocupar com a verdade política, sofro com a mentira moral.

O crítico Erich Auerbach, no seu "A Cicatriz de Ulisses", parte da coletânea "Mímesis", reconhece este traço do texto hebraico: a relação de atenção e agonia entre Deus e seus eleitos molda o herói bíblico, dando a ele um rosto marcado por uma tensão moral.

Ainda na Bíblia hebraica, o rei Davi, o preferido de Deus, em seus belos "Salmos", O encanta justamente porque expõe seu coração sem qualquer tentativa de mentir para si mesmo.

Santo Agostinho com suas "Confissões" faz eco a Davi. A literatura monástica e mística medievais cultivou este espaço até seu ressurgimento no século 19 no pietismo alemão de gente como J.G. Hamann, o "mago do norte", ancestral direto do romantismo. Do romantismo e seu epicentro na verdade interior do sujeito, chegamos à psicologia profunda e à psicanálise.

A filosofia hebraica funda regimes de verdade que leva o sujeito a olhar para si mesmo ao invés de olhar para os outros. Em vez de cultivar uma filosofia política, ela cultiva uma filosofia moral da vida interior na qual não é barulho da assembleia que importa, mas o silêncio no qual os demônios desvelam nossa própria face.

Luiz Felipe Pondé - Folha de São Paulo