sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A Posição da Igreja Adventista Sobre a Homossexualidade


A Posição da Igreja Adventista Sobre a Homossexualidade

A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece que cada ser humano é valioso aos olhos de Deus, e procura ministrar para todos os homens e mulheres no espírito de Jesus. Também acredita que pela graça de Deus e através do encorajamento da comunidade de fé, um indivíduo pode viver em harmonia com os princípios da Palavra de Deus.

Os Adventistas do Sétimo Dia acreditam que a intimidade sexual é apropriada unicamente no relacionamento conjugal entre um homem e uma mulher. Este foi o desígnio estabelecido por Deus na Criação. As Escrituras declaram: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2:24, NVI). Por todas as Escrituras, este padrão heterossexual é afirmado. A Bíblia não faz acomodação para a atividade ou relacionamentos homossexuais. Atos sexuais fora do círculo do casamento heterossexual são proibidos (Lv 18:5-23, 26; Lv 20:7-21; Rm 1:24-27; 1Co 6:9-11). Jesus Cristo reafirmou a intenção da criação divina: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse: ‘Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne?’ Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne” (Mt 19:4-6, NVI). Por essas razões, os Adventistas do Sétimo Dia são opostos às práticas e relacionamentos homossexuais. 

Os adventistas do Sétimo Dia se esforçam para seguir a instrução e o exemplo de Jesus. Ele afirmou a dignidade de todos os seres humanos e estendeu a mão compassivamente a pessoas e famílias que sofrem as consequências do pecado. Ele ofereceu um ministério carinhoso e palavras de consolo para pessoas que lutam, embora diferenciando Seu amor pelos pecadores do Seu claro ensinamento sobre as práticas pecaminosas. Como discípulos, os Adventistas do Sétimo Dia se esforçam para seguir a instrução e o exemplo do Senhor, vivendo uma vida de compaixão e fidelidade semelhante à de Cristo.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Texto de 3 mil anos comprovaria reinos de Davi e Salomão

Um professor da Universidade de Haifa (Israel) afirma que uma inscrição em um jarro de barro descoberto em Jerusalém pode provar a existência dos reinos bíblicos de Davi e Salomão. O objeto, de quase três mil anos, foi encontrado em julho e é o mais antigo texto alfabético já achado na cidade histórica. “Estamos falando de reis verdadeiros, e os reinos de Davi e Salomão foram um fato real”, diz Gershon Galil. 

O debate entre os cientistas sobre o significado da inscrição ainda é muito grande, mas o professor afirma oferecer “a única tradução sensata” para o texto e ressalta que apenas a existência do objeto já é considerada importante. “A coisa mais importante é que (o jarro) nos conta que alguém naquele período sabia como escrever alguma coisa”, diz. Uma das dificuldades da tradução é que três letras do objeto estão incompletas. Galil as traduz como “yah-yin chah-lak”, o que em hebraico significa “vinho inferior”.

A parte mais importante, contudo, é o primeiro trecho do texto, que indicaria o 20º ou 30º ano do reino de Salomão. A inscrição, afirma o professor, está em uma forma inicial do hebraico do sul, pois é a única língua a usar dois yods (letras hebraicas) para a palavra “vinho”. Ele especula que o “vinho inferior” seria dado para trabalhadores que construíam a cidade de Jerusalém.

Se o hebraico como língua escrita era utilizado no período da inscrição no local, isso indica que os israelitas chegaram a Jerusalém antes do que se acreditava anteriormente e isso os colocaria em um tempo que a Bíblia indica que Salomão reinou. Galil acredita agora que novos indícios serão achados sobre os reinos bíblicos.

Fonte: Terra

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Padre divulga trabalho dos Calebes durante missa


Em Rio dos Sinos (RS), mais especificamente na região do Alto do Caraaá, os Calebes estão conquistando a amizade de irmãos católicos e mostrando o amor cristão através de trabalhos comunitários e palestras sobre saúde. Durante a última missa realizada na cidade, o padre local convidou o pastor Júlio César Costa para estender o convite da programação dos calebes para os seus fiéis.

"O Padre Éber me chamou à frente, me apresentou como pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia e me deu a oportunidade de fazer o convite para a comunidade assistir as palestras de saúde. No final, ele enfatizou para os seus membros que não falaremos de religião, mas de saúde", conta o pastor. "A comunidade foi convidada para o projeto na missa, o que é excelente para quebrar preconceitos religiosos" destaca. 

No dia 27 de janeiro, os calebes chegaram no local onde será realizado as palestras. Os calebes estão em fase de limpeza, organização do ambiente e a reforma da escola. Na quinta-feira, será realizada a pesquisa de opinião pública para descobrir quais são os problemas de saúde da comunidade, a distribuição dos convites para o curso de saúde e no sábado começarão as palestras. "Vamos orar para que eles compareçam ao projeto e que ao longo do ano tenhamos a oportunidade de também estudar a Bíblia com moradores daquele lugar", finaliza o ministro. 

Os calebes estão hospedados no salão paroquial, que foi disponibilizado pela Igreja Católica local para a realização da Missão Calebe 4.0 nesta comunidade.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

UNASP realiza II Congresso Brasileiro de Psicólogos Cristãos

Estão abertas as inscrições para o II Congresso Brasileiro de Psicólogos Cristãos, evento realizado pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo. O programa acontece entre os dias 6 e 8 de fevereiro na capital paulista e reúne psicólogos, estudantes e outros profissionais para debater o tema “Sentimentos e Emoções na Contemporaneidade”.

Além de oferecer palestras e oficinas com especialistas no assunto, a evento também promove o intercâmbio técnico, científico, cultural e espiritual entre os participantes e instituições interessadas na área. Ainda durante o encontro acontece a III Jornada de Aconselhamento Cristão. Para se inscrever e obter outras informações, clique aqui.

Fonte: ASN

Jovens adventistas iniciam projeto em comunidade católica


Um grupo composto por 30 jovens, que dedicarão integralmente suas férias ao projeto Missão Calebe, chegou à comunidade de Alto Caraá, no Rio Grande do Sul. As atividades começaram oficialmente no dia 25 de janeiro e até o dia 7 de fevereiro. Eles ficarão hospedados no salão paroquial da igreja Nossa Senhora das Lágrimas, local em que anualmente é realizada uma festa que atrai pessoas de várias cidades e Estados. Devido aos compromissos profissionais, outros 15 voluntários auxiliarão nos trabalhos durante a noite e aos finais de semana.

“A comunidade em que realizaremos a Missão Calebe é 100% católica, por esse motivo temos como objetivo desenvolver um projeto social para a comunidade e a reforma de uma escola que fica ao lado da igreja, que também é usada como capela mortuária”, explica o pastor Júlio Cesar Costa, que atua na região e coordena a iniciativa.

“Com o apoio do líder da comunidade e a prefeitura da cidade, iremos pintar, trocar o forro, limpar o pátio e arrumar a frente da escola. Depois que a reforma estiver pronta, faremos uma pesquisa de opinião pública para descobrir quais são os problemas de saúde dos moradores e faremos cinco noites de palestras sobre saúde”, revela Costa.

O projeto social será o meio pelo qual os jovens irão se familiarizar com as pessoas da comunidade. Será uma quebra de paradigmas para aquele local, pois muitos moradores da região afirmaram que tinham a visão de que os adventistas não gostam dos católicos. E muitos estão surpreendidos em vê-los fazer essas ações para benefício da comunidade.

“Após esse primeiro contato com eles e a oportunidade de mostrar que somos jovens com valores e que viemos servi-los, os Calebes pretendem dar continuidade ao projeto com curso o ‘Como deixar de fumar’”, acrescenta o pastor. Na sequência, os voluntários pretendem estudar a Bíblia com os moradores por meio de um evangelismo público. 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Pomba libertada pelo papa é atacada por gaivota e corvo


É... a vida não tá fácil pra ninguém!

Na sua tradicional pregação pública do Angelus, no domingo, 26/01/14, acompanhado por crianças, o papa Francisco libertou duas lindas pombas brancas.

Até aí, nenhuma novidade, já que o gesto é muito comum mundo afora.

O que ninguém esperava é que - assim "do nada" - aparecessem uma gaivota e um corvo para atacar as duas aves recém-liberadas.

A pobrezinha atacada pela gaivota só perdeu algumas penas, mas a outra perseguida pelo corvo levou muitas bicadas e não se sabe o seu destino.

Veja a sequência da "batalha aérea" nas fotos abaixo.

Teria sido esse insólito acontecimento algum sinal dos céus?



"Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição..." 
1 Tessalonicenses 5:3

27/01 - Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto - Conheça o Schindler adventista

Para muitas pessoas, dia 27 de janeiro é dia de lembrar. Nesta data, sobreviventes, instituições e autoridades políticas de diversos países participam de solenidades do Dia Internacional de Recordação do Holocausto. A data foi instituída pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 2005, aprovada mediante a resolução 60/7, que designa a data de 27 de janeiro para a comemoração anual em memória das vítimas do holocausto. 

A escolha desse dia não foi fortuita: foi em 27/01/1945 que o exército soviético liberou o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, responsável por grande parte das mortes de judeus e outros grupos sociais e políticos pelas nazistas. Segundo o historiador austríaco naturalizado americano, Raul Hilberg, referência nos estudos do holocausto, mais de cinco milhões de judeus foram assassinados durante o Terceiro Reich.

John Weidner: o Schindler adventista

André e Magda Trocmé
As histórias extraordinárias do pastor André Trocmé e de John Weidner são boas ilustrações de cristãos que tiveram coragem para preocupar-se durante o holocausto. Trocmé, um clérigo protestante, abriu sua pequena cidade, Lê Chambon Sur Lignon, no Sul da França, para os judeus e os protegeu. Sua esposa Magda Trocmé escreveu:

"Meu marido voltou à vila e falou com o conselho da igreja, e eles disseram: 'Ok, prossiga'. Logo depois, eles estavam dispostos a ajudar. nem sempre concordavam cem por cento com tudo o que meu marido dizia, mas concordavam em geral com ele, e assim ajudavam."[1]

John Weidner, um membro leigo da Igreja Adventista do Sétimo Dia, organizou a rede de comunicações Holanda-Paris e salvou cerca de 800 judeus, 100 aviadores aliados e muitas outras pessoas que fugiam da tirania nazista.[2] Lembro-me de perguntar a John: "Por que você assumiu tal risco?" Sua resposta foi: "Como um cristão adventista, eu não poderia aceitar ver passivamente os valores que eu servia serem aniquilados".[3]

Em The Courage to Care, Weidner explica sua decisão: "Eu me lembro de estar na estação ferroviária em Lyon, onde eu vi um grupo de mulheres e crianças judias que haviam sido presas e que estavam sendo deportadas para o leste. Uma mulher tinha um bebê em seus braços. O bebê começou a chorar e fez muito barulho na estação. O oficial da SS que estava no comando ordenou à mulher que fizesse o bebê parar de chorar, mas ela não conseguia fazer. O oficial tomou o bebê dos braços daquela mulher, esmagou o bebê no chão e prensou sua cabeça. Ouvimos o grito de dor daquela mãe. Foi algo terrível. E o tempo todo, os oficiais da SS ficaram em volta, rindo."

Este evento teve tanto impacto em Weidner, que ele tomou sua decisão: "Quando vi tais coisas acontecendo aos judeus, foi algo tão oposto ao meu conceito de vida, a tudo o que fui ensinado a acreditar, que eu senti que era meu dever em consciência ajudar a essas pessoas".[4] Depois da guerra, Weidner não tentou tirar vantagem de ações passadas. Levou tempo antes que viesse um reconhecimento universal. Ele se descreveu como uma pessoa comum e acrescentou: "Eu só fiz o que tinha que fazer, o que minha consciência e ética me obrigaram a realizar".[5]

O que Tec escreveu sobre a Polônia pode ser aplicado a muitos outros países: "De fato, em nome da religião, alguns católicos protegeram os judeus, outros permaneceram indiferentes ao sofrimento deles e outros os denunciaram".[6] Uma declaração forte das igrejas oficiais a favor dos perseguidos teria salvo muitos mais dos nazistas. Quem pode argumentar contra essa realidade?

Sendo um cristão, também sou um membro da família cristã. aqueles que confessam a Cristo são meus irmãos e irmãs. Não posso excluir os pecadores da minha família. Não posso esquecer a maioria infiel e me identificar apenas com a minoria fiel.

O que aprendemos com Auschwitz? Aprendemos a ser construtores de pontes. Auschwitz não deveria ser uma desculpa para o Estado de Israel violar os direitos humanos, discriminar os não-judeus ou restringir a liberdade religiosa. Por outro lado, Auschwitz deveria impedir que os cristãos encontrassem novas roupas para encobrir um anti-semitismo latente. Deveria nos ensinar a ser proativos ao defender os direitos humanos. O que aconteceu ao povo judeu pode acontecer a outras minorias. Preconceitos contra outras minorias religiosas e étnicas ou assim chamadas seitas ainda estão ativos. Um ódio latente e constante ainda reside no fundo do coração humano contra aqueles que são diferentes.

Em resumo: Auschwitz deveria me ajudar a levar minhas crenças e valores cristãos a sério e a recusar a vender minha alma ao diabo por preconceito ou ideologia.

Gosto do modo como meu falecido amigo John Weidner concluiu seu testemunho em The Courage to Care: "Durante nossas vidas, cada um de nós enfrenta uma escolha: pensar somente em si mesmo, ou servir, ser útil àqueles que estão em necessidade... Se eu tenho um herói, é Deus, que tem me ajudado a cumprir minha missão, a cumprir meus deveres, a fazer o que tenho que fazer. mas para mim mesmo, sou uma pessoa simples. Durante a guerra, fiz o que penso que todos deveriam ter feito".[7]

Leia também "Auschwitz e a responsabilidade dos cristãos" parte 1, parte 2 e parte 3

[1] Magda Trocmé, Le Chambon, em Rittner, p. 103.
[2] A título de comparação, Oskar Schindler salvou cerca de 1200 judeus.
[3] John Graz, Réussir as vie, Vie et Santé (Dammarie-les-Lyz, France, 1992), p. 133.
[4] John Weidner, em Rittner, p. 59.
[5] Ibid, p. 64.
[6] Tec, p. 148.
[7] John Weidner, em Rittner, p. 65. Para um artigo completo sobre Weidner, leia Running From Death. Acesse também o site do John Henry Weidner Foundation

Líderes cristãos impedem massacre durante protestos na Ucrânia


A Ucrânia passa há dois meses por uma intensa onda de protestos. A revolta popular já teve pelo menos três mortes registradas e confrontos diários entre as milhares de pessoas que foram para as ruas e as forças do governo.

Eles pedem mais transparência do governo, mas o presidente Yanukovych se recusou a declarar estado de emergência. Analistas internacionais temem que o embate entre os contrários ao governo e a polícia se torne algo semelhante à verdadeira guerra que ocorreu no Egito anos atrás.

Em meio a ônibus queimados, bombas de gás lacrimogêneo e barricadas, algo se distancia do clima de violência que tomou conta do país. Conclamados a se posicionar, muitos sacerdotes de Igreja Ortodoxa, religião majoritária do país, foram para as ruas. Mas ao invés de cartazes com dizeres ou pedras, eles se colocaram entre os policiais e os protestantes trazendo nas mãos suas Bíblias e crucifixos.

Em praticamente todos os protestos, os sacerdotes começam a orar e a cantar, procurando também dialogar com os dois lados e tentam impedir a violência. Algumas vezes ficaram, literalmente, em meio ao fogo cruzado. Eles enfrentam ainda as baixíssimas temperaturas que o país experimenta nesta época do ano.

No início deste mês, o governo da Ucrânia ameaçou proibir essas orações durante as manifestações, mas os líderes religiosos afirmaram que não vão parar. Um deles disse ao jornal inglês The Guardian: “Isso é ilegal. É imoral. Ninguém pode proibir as pessoas de orarem”. Outro afirmou: “Viemos para aplacar a violência. Minha congregação está aqui”.

Os líderes da oposição exigem que Yanukovych renuncie à presidência, convoque novas eleições e revogação de leis duras contra protestos públicos. As manifestações nas ruas começaram logo depois que o presidente se afastou da possibilidade de levar a Ucrânia para a União Europeia e preferiu fortalecer os laços com a Rússia, que anexou a Ucrânia quando foi formada a antiga União Soviética. 

Fonte: Gospel Prime - Com informações de Daily News e The Guardian

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Universidade Adventista nos EUA sofre ameaça e é isolada


Um campus universitário Adventista do Sétimo Dia do estado de Tennessee, EUA, foi colocado ontem em confinamento por mais de duas horas, depois que autoridades de segurança do campus receberam uma "ameaça" contra a universidade, disse um porta-voz da universidade. 

O bloqueio na Universidade Adventista do Sul, em Collegedale, começou ontem às 12h10 e terminou às 14h21, quando funcionários do campus anunciaram que a Polícia de Collegedale tinha uma pessoa suspeita em custódia, disse Lucas Patterson, porta-voz da universidade. 

Patterson disse que um ex-aluno da universidade estava no campus de Chattanooga State Community College no início do dia, fazendo denúncias contra a universidade. "Foi uma ameaça localizada contra o nosso campus", disse Patterson. Funcionários do Chattanooga State contactaram funcionários de segurança do campus universitário para avisá-los da ameaça, disse ele. 

Alunos e funcionários foram aconselhados a fecharem as portas e ficarem longe de janelas, disse Patterson. Uma escola adventista próxima foi incluída no bloqueio, assim como a vizinha Adventist Book Center. Ninguém ficou ferido no incidente, disse Patterson. 

A universidade vai realizar uma assembleia na igreja da universidade para resolver o incidente e responder às perguntas dos alunos e funcionários. Existem na universidade aproximadamente 3.300 estudantes registrados - mais de 2.500 dos quais em ou ao redor do campus. A escola está em funcionamento desde 1892, quando era conhecido como Graysville Academy.

Leia o artigo na íntegra em Adventist News Network

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Jovens adventistas iniciam projeto “Um Ano em Missão” no Uruguai


Os jovens missionários do projeto “Um Ano em Missão” chegaram a Montevidéu no dia 14 de janeiro e já estão em plena atividade. Entre a adaptação ao local e organização em sua nova moradia pelos próximos seis meses e meio, a última semana foi marcada por treinamentos e o envolvimento com as igrejas com as quais eles trabalharão durante o período. Vindos de oito países da América do Sul, participam de uma iniciativa pioneira na região.

Johnny Pari, um jovem da Bolívia que faz parte do grupo, compartilha que sua primeira impressão do Uruguai foi significativa e que sente que ainda tem muito a aprender. “Meu sonho é transmitir o evangelho e ter a maior experiência da minha vida com Cristo e ser uma bênção para outras pessoas”, aponta.

O programa de capacitação para evangelismo dirigido a eles começou já no primeiro dia de atividades. Durante toda a semana, os participantes receberam treinamento de líderes locais e do próprio projeto, assim como de pastores da União Uruguaia, sede adventista no país, da sul-americana, e do diretor associado do Ministério Jovem da sede mundial adventista, pastor Hiskia Missah.

Conheça alguns dos participantes:


“Esses jovens estão sendo treinados e preparados para a tarefa. Sei que com o Espírito Santo eles causarão um grande impacto neste país. Estarão capacitados para ser a luz do mundo e o sal da terra. Eles se voltarão para o Uruguai e necessitam do apoio dos irmãos. São somente 19, mas se a igreja local trabalhar com eles e o Espírito Santo, grandes coisas acontecerão no Uruguai”, destaca Missah.

Apenas quatro dias depois de terem chegado a Montevidéu, eles iniciaram uma semana especial nas igrejas de Buceo e Las Acácias. O planejamento e treinamento para participação dos missionários na programação da rádio Nuevo Tiempo, com um programa próprio, também foi uma das atividades no período.

O pastor Areli Barbosa, líder do Ministério Jovem para a América do Sul, também está presente no país e lembra que o Uruguai tem o maior desafio missionário de todo o território. “Como fazemos com um filho pequeno, todos nós estamos colaborando para que a Igreja continue crescendo e seja uma grande força evangelizadora. Os jovens que vieram são valentes e habilidosos”, destaca.

O grupo está hospedado nas instalações do Instituto Adventista do Uruguai (IAU), onde recebem capacitação para, na próxima semana, iniciar tarefas missionárias em setores pontuais de Montevidéu. 

Veja a entrevista abaixo e saiba mais sobre o projeto:

Maurício Manieri na Nova Semente - Posição Oficial da Igreja

Show Especial de Natal realizado em 15/12/2013 na Nova Semente - São Paulo


Nova Semente Esclarece Sua Missão e Propósito

A IASD Nova Semente é parte integrante da Igreja Adventista do Sétimo Dia e possui a mesma visão e princípios da denominação. Desde 2005, nasceu com a proposta de utilizar metodologias e abordagens diferenciadas para comunicar o Evangelho Eterno a grupos específicos com eficácia e relevância. Sua missão é levar nossa geração uma experiência real com Deus, preparando assim discípulos para o breve retorno de Jesus Cristo.

Dentro dessa linha diferenciada de comunicação do Evangelho Eterno, a Nova Semente desenvolve um processo evangelístico contextualizado ao público que frequenta suas reuniões. De forma alguma, é uma outra igreja ou movimento religioso dissociado da Igreja Adventista.

Dentro de sua estratégica missional o nome “Nova Semente” está intencionalmente associado ao seu propósito como comunidade e não à sua localização geográfica. O termo vem da experiência vivida por Zaqueu em seu encontro com Jesus Cristo. O relato descrito por Lucas afirma que Zaqueu, no desejo de conhecer o Mestre, “correu adiante e subiu numa figueira brava para vê-lo, pois Jesus ia passar por ali.” (Lucas 19:4, NVI). Zaqueu não queria conversar, ser confrontado ou exposto por Jesus. Ele desejava apenas ver quem era aquele que diziam ser o Messias. E foi no anonimato, escondido e amparado por um pequeno galho de um sicômoro que Zaqueu iniciou sua experiência de transformação. “Nova Semente” nada mais é do que uma metáfora da figueira brava. A cada semana, como comunidade, a Nova Semente intencionalmente “estende um galho” para que qualquer pessoa possa vir e ver quem de fato é Jesus e assim tenha a oportunidade de viver a transformação que somente ele pode trazer a vida de qualquer ser humano.

Como se trata de um projeto inovador na realidade adventista sul-americana, compreende-se que alguns ajustes podem e são feitos sempre que necessário em sua metodologia de trabalho no intuito de manter a relevância cultural sem perder a base bíblica/teológica. A Nova Semente está consciente da necessidade de agir conforme a norma bíblica e as regras adotadas pela Igreja, porém admite que eventuais equívocos podem acontecer os quais são corrigidos na medida do possível imediatamente.

O local onde a igreja se reúne é um auditório alugado (denominado “Espaço Nova Semente”) que tem sido esporadicamente utilizado para eventos com o objetivo de ajudar a fazer frente aos custos das ações sociais desenvolvidas pela igreja. Alguns desses eventos não são idealizados ou executados diretamente pela Nova Semente. Além disso, essas programações sempre ocorrem em dias e horários alternativos totalmente desvinculados de seus cultos regulares.

A apresentação do cantor Maurício Manieri se deu dentro deste cenário. A Nova Semente tem cuidado para que esses eventos não contrariem os princípios da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A Nova Semente já determinou aos responsáveis por programações dessa natureza que novos eventos não se realizem sem uma detalhada avaliação de seu conteúdo e forma.

Todo o trabalho desenvolvido na Nova Semente serve a um determinado propósito, lugar e momento específico. A metodologia utilizada pela Nova Semente não é algo que pode ser aplicado a todas as cidades, bairros e públicos. Tem sua atuação bem delimitada e com foco específico dentro da realidade urbana, secular e pós-moderna da capital paulistana. Não são incentivadas iniciativas de importação do modelo para outras realidades, sendo que as estratégias sempre serão variáveis.

O pastor Kleber Gonçalves, além de ser o pastor-fundador da Nova Semente atualmente também exerce a função de diretor do CSPS (Center for Secular and Postmodern Studies) junto ao departamento de Missão Global da Associação Geral, onde é responsável por buscar novas pontes de comunicação do Evangelho Eterno para pessoas seculares e pós-modernas no território das 13 Divisões. De maneira específica tem auxiliado a igreja mundial no treinamento e preparo de pastores para o plantio de novas igrejas diante dos desafios associados com a realidade urbana.

Além das programações normais recorrentes em qualquer igreja, a Nova Semente mantém 2 programas evangelísticos aos sábados à tarde (transmitido pela TV Novo Tempo através do programa VIVA: UMA EXPERIÊNCIA REAL), além de grupos de estudos bíblicos para os interessados os quais recebem toda a orientação bíblica e doutrinária. Seus membros são fiéis adventistas envolvidos como voluntários nos mais de 35 ministérios existentes na Nova Semente para servir a comunidade, inclusive nas áreas de saúde e assistência social segundo os princípios apresentados pelo Espírito de Profecia.

Seus resultados hoje são expressivos. Desde que a Nova Semente iniciou as atividades, mais de 5000 pessoas já passaram pelas reuniões e demonstraram interesse em ter uma experiência real com Deus. Mais de 200 batismos (decisões públicas em favor de Cristo) já foram realizados e atualmente as 3 classes de estudos bíblicos registram uma frequência média semanal de aproximadamente 100 pessoas.

Eventuais problemas disciplinares com membros que assistem às reuniões da Nova Semente, ou que realizam ou participam de programas, são tratados administrativamente como ocorre em qualquer congregação adventista segundo as orientações que constam do Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia. No caso dos simpatizantes, ainda não membros efetivos, todo o cuidado é dado para que compreendam claramente quais os princípios que norteiam essa comunidade.

Rogério Ferraz - Comunidade Portal Adventista

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Hinário Adventista completa 100 Anos

O ano de 2014 marca o centenário da edição brasileira do Hinário Adventista. Tudo começou de forma muito simples. Em 1914, Guilherme Stein Jr., educador, erudito, publisher, edita uma brochura com 104 hinos, ampliada cinco anos mais tarde para 321, todos sem música.

O título era longo: Cantae ao Senhor – Psalmos e Hymnos para Cultos e Solemnidades Religiosas. A publicação foi da Sociedade Internacional de Tratados, precursora da Casa Publicadora Brasileira (CPB), cuja sede era na Estação de São Bernardo (atual Santo André, SP), em propriedade que ficou conhecida por anos como “Chácara dos Alemães”. Desde então, o material teve mais três edições no Brasil: “Himnario Adventista” (1933), o primeiro com música; “Cantai ao Senhor” (1963); e o “Hinário Adventista do Sétimo Dia”, (1996), o bisneto da edição pioneira.

Para homenagear o hinário centenário, o 20º Encontro de Músicos dedicou uma noite para refletir sobre o papel, importância e perspectiva do hinário no louvor congregacional. O evento aconteceu de 14 a 18 de janeiro, no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho, SP.

O pré-lançamento do atual hinário aconteceu durante a Comissão Diretiva da Divisão Sul-Americana de fim de ano, em dezembro de 1995. Na ocasião, cantou-se o hino “Vencendo Vem Jesus” (no. 152), o tradicional “Glória, Glória, Aleluia”. Representando os integrantes da Comissão Revisora do Hinário, o maestro José Newton da Silva Júnior, atual diretor do MusiCasa, regeu o público e o compositor Lineu Soares, acompanhou ao piano. Em sua fase final, a comissão funcionou com Rubens Lessa, presidente, Tércio Sarli, vice-presidente, Leni Azevedo (secretária) e mais 13 componentes.

Segundo José Newton, a “caixa com o novo hinário chegara à reunião momentos antes. Ao pegar o primeiro exemplar, eu fiquei emocionado. Tudo cheirava novo”, disse. Semanas depois, o hino “Tu És Fiel, Senhor” (no. 35) foi cantado na CPB, inaugurando assim, a nova fase de cultos com o novo lançamento.

Tudo em Alemão
No Brasil, os cultos adventistas a partir do fim da década de 1890 e início do século XX se desenvolviam em colônias rurais alemãs, no sul do país, Espírito Santo e São Paulo. Os hinos eram cantados em alemão, usando-se o volumoso “Zions Lieder”, hinário com 945 hinos, em sua primeira edição. Isto trazia alguns problemas. Primeiro, o repertório era inspirado em versificações métricas de Calvino e melodias corais do tempo da Reforma de Lutero. Embora Guilherme Stein Jr. traduzisse alguns hinos para o português[1] , todavia, o material não respondia mais às necessidades da comunidade adventista que crescia por todo o país.

Segundo, doutrinas distintivas como o sábado, santuário celestial e a iminente volta de Cristo demandavam por hinos mais focados nestes temas. Por esta época, circulavam no Brasil vários hinários protestantes: “Salmos e Hinos”[2] , de 1861, o primeiro hinário evangélico com 18 salmos e 32 hinos; e o “Cantor Cristão”, de 1891, contendo 18 hinos.

Estes hinários usados por “empréstimo” tinham ênfase apenas na teologia do “amor de Deus”, penitência e confissão de pecados, dos movimentos reavivamentistas da segunda metade do século XIX. Em contrapartida, já o hinário “Hinos e Salmos”, segundo análise feita por Mendonça (1995, p. 223)[3] , relata que o “tema da ressurreição ocupava um espaço relativamente pequeno, cerca de dez cânticos. [Além disso], nota-se, um extremo individualismo nos cânticos, escritos quase sempre na primeira pessoa do singular”.

Solução
Na América do Norte, para superar estes desafios, pioneiros do Movimento Adventista começaram a escrever e adaptar hinos com ênfase na verdade presente: Saúde, as Mensagens Angélicas, o Sábado e o Segundo Advento. Com base nesta visão doutrinária distintiva, em 1849, Tiago White publica “Hymns for God’s Peculiar People That Keep the Commandments of God and The Faith of Jesus” (Hinos para o Povo Peculiar de Deus que Guarda os Mandamentos de Deus e a Fé de Jesus). Embora a música destes hinos derivasse de melodias protestantes, todavia, o conteúdo poético era notadamente doutrinário.

Até 1863, Tiago White editou mais cinco hinários e quatro suplementos, todos sem música, com participação de sua irmã, Anna White, cuja contribuição foi compilar Hymns for the Youth and Children, (Hinos para Jovens e Crianças), em 1854. No Simpósio sobre Música Adventista promovida pelo Centro White (Brasil), em 2005, Warren Judd citou em palestra que outros dois irmãos, “Uriah Smith e Annie Smith, escreveram e cantaram músicas evangélicas, todavia, as letras se referiam ao Advento e as doutrinas únicas”. Ele também citou que James Nix relatou que “alguns desses hinos tiveram que ter textos alterados para se ajustar às novas crenças da Igreja Adventista” .

Deus à Frente
A manifestação de louvor entre os Adventistas do Sétimo Dia é fruto da certeza de que Deus está à frente de Sua Igreja. A expressão “vamos cantar um hino”, tão comum nas reuniões da igreja, deve ser fruto de uma convicção pessoal, oferecida pelo Espírito Santo, de que Deus sempre teve um “povo remanescente”. A ideia de remanescente não deve ser vista por um exclusivismo institucional, mas, pelo exclusivismo da aliança feita por Deus, que através da ressurreição de Jesus Cristo, somos regenerados para uma viva esperança. E Cristo fez mais. A primeira carta de Pedro diz que os eleitos receberam uma “herança, incorruptível, sem mácula, imarcescível, pela qual estão guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação”. E o apóstolo Pedro conclui: “Nisso vocês devem exultar”. (I Pedro 1: 3-6).

A eleição em Cristo e o convite para pertencer ao “povo exclusivo de Deus” (I Pedro 2: 8), deve fazer a Igreja, no centenário do Hinário Adventista, louvar em duas cadências: primeiro, viver em santidade e amor, afim de “proclamar as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a maravilhosa luz” (I Pedro 1: 13-25; 2: 1-17), certeza alcançada pelo ministério intercessório de Cristo no Santuário Celestial (Hebreus 4: 14-16; 10: 19-25); e segundo, esperar, apressar e aguardar a vinda de Cristo, visto que, a nossa “Pátria não é aqui” (Filipenses 3: 20-21), pois, “aguardamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (II Pedro 3: 13). Nisto consiste o nosso cantar!

Historicamente, além de conteúdo, os hinários adventistas têm uma distinção: a marca da esperança. Toda formação de um hinário passa evidentemente por um processo de seleção, escolha, viés cultural para viabilizar intencionalidades, ideologias e modo de pensar. Isto está fartamente documentado em estudos acadêmicos. Não só Calvino, Lutero, Watts, Wesley, metrificaram salmos, vernacularizaram corais, popularizaram hinos; e mais tarde, Sankey, Bliss, Crosby, adaptaram letras às melodias folclóricas, mas nesta trajetória histórica, Deus conduziu os pioneiros adventistas como os Whites, Annie R. Smith (1831–1855), Roswell F. Cottrell (1814–1892) e Frank E. Belden (1858–1945) [5] a adaptarem o material hinológico e a organizarem hinários para que os Adventistas cantassem enquanto aguardam a volta de Cristo.

No Brasil, isto aconteceu em 1933, quando, pela primeira vez, publicou-se o Hinário Adventista com música, com 333 hinos, organizados em 24 seções e índices em alemão e inglês. A Revista Adventista publicou o preço: 12$000. E, completou: “será excelente companheiro para vossa Bíblia”. Em 1943 uma nova edição surgiu e ampliou os hinos para 350. Ao iniciar-se a década de 1960, a Igreja Adventista clamava por um novo hinário. Novos hinários não podiam ser publicados, porque, como a produção era tipográfica, todos os tipos estavam gastos. Após o trabalho de uma comissão especial, no 1º. sábado de 1963, o hinário “Cantai ao Senhor” foi usado pela primeira vez nos cultos das Igrejas de Santo André, SP, e na Igreja do IAE, (hoje Unasp, campus São Paulo).

Por detrás da história do Hinário Adventista existe a história de um povo, de uma igreja, de pessoas que são movidas pela esperança. Nos momentos de tristeza, nos funerais e nas unções, o hinário é aberto para confortar corações. Nas apresentações de crianças, nos cultos de 15 anos, nas celebrações, o hinário é aberto para louvar a Deus. Nos cultos de adoração, nos batismos, nos evangelismos, nos pequenos grupos, o hinário é aberto para expressar a voz daqueles que caminham com os olhos fitos nos céus. Escreve Ellen White: “Até aqui nos ajudou o Senhor. Confiai na proteção de Deus. Sua Igreja débil e defeituosa como possa ser, é ela o objeto de Seu supremo cuidado” [6].

É certo que um hinário tem vida útil, devido à necessidade de se atualizar linguagens (musical, poética, estilística), o que deve acontecer em algum momento com o atual Hinário Adventista, mas, também é certo que sem hinários a vida cristã se perde em queixumes. Não importa se projetados em multimídia, adaptados para celulares, tabletes ou disponíveis no formato para download, faça do hinário sua motivação para louvar a Deus por todos os benefícios espirituais recebidos.

[1] O pesquisador e musicólogo Jetro de Oliveira ao escrever para Centro de Memória Adventista, do Centro Ellen White (Brasil), afirma que a partir de 1900, Guilherme Stein Jr, o primeiro adventista batizado no Brasil, traduziu para o português 10 a 15 hinos. Nesta ocasião, ele atuava como redator da iniciante Casa Publicadora Brasileira. Em 1910, há o registro de que circulava pelas igrejas, uma coletânea com 70 hinos, sem música.

[2] “Salmos e Hinos”, editado por Robert Reid Kalley e sua esposa Sarah Pou Hon Kalley, foi o primeiro hinário protestante que circulou no Brasil. Ele era médico, nascido na Escócia em 8 de setembro de 1809. Converteu-se ao protestantismo e estudou teologia. Em novembro de 1837 iniciou seu trabalho missionário na China. Em uma passagem pelos EUA em 1853 Dr. Robert, por intermédio da Sociedade Bíblica Americana, tomou conhecimento da necessidade de missionários o Brasil. Tendo desenvolvido atividades missionárias na Ilha da Madeira e dominando a língua, Kalley embarcou para o Brasil com a sua segunda esposa, Sarah Kalley (1825-1907), em 1855.

[3] MENDONÇA, Antonio G. O Celeste Porvir: Inserção do Protestantismo no Brasil. São Paulo: Aste, 1995. p. 223.

[4] JUDD, Warren. D. A Brief History of SDA Church Music. Manuscrito da palestra proferida em 8 de novembro de 2005, durante Simpósio sobre Música Adventista. Arquivo Centro White. Engenheiro Coelho, SP, p. 7.

[5] SPALDING, Arthur W. “Origin & History of Seventh-day Adventists”, R & H Publishing Association, 1962, p.137

[6] WHITE, E. G. “A Igreja Remanescente”. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2010. P. 53-54.

Jael Eneas - ASN  

Estupro de crianças motivou morte de tesoureira adventista

Cilene Rocha foi morta dentro da própria casa, em Vila Velha
O estupro de duas crianças foi o motivo que levou o marido da tesoureira da Igreja Adventista, Cilene Rocha, de 34 anos, a matar a esposa dentro da própria casa em Itapoã, Vila Velha, na Grande Vitória, em outubro de 2013. Segundo a polícia, a vítima sabia do crime e o companheiro, Marlon Nunes da Rocha, se sentiu ameaçado.

O delegado Érico de Almeida, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), se limitou em dizer que o suspeito possui relação de parentesco com os menores. O crime de estupro foi confessado por Marlon, que permanece preso.

Cilene foi morta com 14 facadas no dia 11 de outubro. Na noite do crime, também foram roubados R$ 10 mil em dinheiro e um notebook. Segundo a polícia, o dinheiro era fruto do dízimo da igreja e a vítima estava com o valor em casa devido à greve dos bancos. Além de ser tesoureira da igreja, a mulher também trabalhava como manicure. De acordo com a polícia, a vítima havia levado as filhas para um acampamento, e voltou sozinha à residência para buscar um cobertor que havia esquecido. Uma das filhas, de 11 anos, teria estranhado a demora de Cilene e retornou para procurar a mãe. Em casa, a menina a encontrou morta.

Segundo o delegado Érico, as duas crianças vítimas de Marlon foram ouvidas e relataram o estupro. "Também foram ouvidas outras testemunhas e descobrimos que, há cerca de dois anos, Marlon teria praticado uma série de atos libidinosos contra os dois menores. Em depoimento, o acusado confessou ter matado Cilene por ela saber um segredo que poderia o levar à prisão”, afirmou o delegado.

Marlon Nunes da Rocha será indiciado pela DPCA pelo crime de estupro vulnerável, e a pena pode chegar até 45 anos de reclusão, além de responder por homicidio, que está a cargo da Delegacia Patrimonial. O suspeito está em prisão temporária, mas o delegado Érico afirmou que a prisão preventiva dele já foi pedida para Justiça.

Veja a reportagem completa no G1 Globo.

10 Dias de Oração e 10 Horas de Jejum 2014 - Materiais

Materiais - Aqui e Aqui
10 dias de oração e 10 horas de jejum é um projeto mundial da IASD, convocando a todos a unir-nos na busca especial pelo batismo do Espírito Santo porque ”As tremendas questões de eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, uma religião de palavras e formas, onde a verdade é mantida no recinto exterior. Deus pede um reavivamento e uma reforma.” (Ellen White, Profetas e Reis, 320).

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Vários adventistas são mortos na República Centro-Africana

Emeryc Patrick Dalikouba
Um adventista do sétimo dia foi morto a tiros na República Centro-Africano no mês passado, a mais recente de várias vítimas adventistas da violência sectária no país. 

Emeryc Patrick Dalikouba, 21, filho de um pastor adventista, foi morto a tiros em 21 de dezembro, em frente à casa do seu pai. 

Jean Jacques Gueret, presidente da Igreja Adventista no país, disse que Dalikouba era "um jovem, vibrante engajado no movimento de Jovens Adventistas." Gueret disse que outros três jovens adventistas foram mortos em abril do ano passado. 

Os adventistas não participaram do conflito civil entre grupos cristãos e muçulmanos, disse Gueret. A violência começou na antiga colônia francesa em março do ano passado, depois de uma coalizão rebelde de maioria muçulmana ter instalado o seu líder, Michel Djotodia, como governante do país. A medida gerou ataques da milícia cristã. Mais de 1.000 pessoas morreram apenas nas últimas seis semanas, reportou o The New York Times. 

Desde então, Djotodia renunciou no início deste mês, e um parlamento de transição, na segunda-feira, elegeu a prefeita da capital de Bangui, Catherine Samba-Panza, como presidente interino, a primeira mulher chefe de Estado da nação.

Mais de 886 mil pessoas foram deslocadas pela violência e cerca de 86.000 procuraram refúgio nos países vizinhos, reportou o The Wall Street Journal. As Nações Unidas designaram a República Centro-Africano como uma das três maiores emergências humanitárias atuais, que incluem também a Síria e Filipinas. 

"Estamos orando pela liderança recém-eleita deste país", disse Gueret, presidente da Igreja Adventista no país. "Estamos todos querendo que a violência pare." Há 10.600 membros da Igreja Adventista neste país com cerca de 4,6 milhões habitantes.

21 de janeiro – Dia Mundial da Religião

Hoje, dia 21 de janeiro, é comemorado o Dia Mundial da Religião.

A criação dessa data através da Assembléia Espiritual Nacional, em 1949, tem o objetivo de promover a união de todas as religiões existentes no mundo, estabelecendo a tolerância religiosa e o respeito ao próximo independente de sua crença.

A Comissão Executiva da Associação Geral jamais votou uma declaração oficial concernente à relação adventista do sétimo dia com o movimento ecumênico como tal. Foi escrito um livro lidando detalhadamente com o assunto (B. B. Beach, Ecumenism – Boon or Bane? [Review and Herald, 1974]) e vários artigos têm aparecido ao longo dos anos em publicações adventistas, inclusive na Adventist Review. Destarte, embora não haja exatamente uma posição oficial, há abundância de claras indicações concernentes ao ponto de vista adventista.

Geralmente, pode-se afirmar que embora a Igreja Adventista do Sétimo Dia não condene completamente o movimento ecumênico e sua principal manifestação organizacional, o Concílio Mundial de Igrejas, ela tem sido crítica de vários aspectos e atividades. Poucos negariam que o ecumenismo tem tido objetivos louváveis e algumas influências positivas. Seu grande objetivo é a unidade visível dos cristãos. Nenhum adventista pode se opor à unidade pela qual o próprio Cristo orou. O movimento ecumênico tem promovido mais amáveis relações entre as igrejas com mais diálogo e menos crítica e tem ajudado a remover preconceitos infundados.

O intermédio de suas várias organizações e atividades, o movimento ecumênico tem provido informação mais exata e atualizada sobre igrejas, tem falado a favor da liberdade religiosa e dos direitos humanos, tem combatido os males do racismo e chamado a atenção para as implicações sócio-econômicas do Evangelho. Em tudo isso as intenções têm sido boas e alguns dos frutos agradáveis. Contudo, no quadro total, as maldições tendem a exceder as bênçãos. Examinemos algumas destas, neste documento de estudo intitulado "Os Adventistas do Sétimo Dia e o Movimento Ecumênico".

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Facebook de Deus


Fico imaginando como seria se Deus decidisse se relacionar com a humanidade pelo Facebook. Os tempos mudaram, afinal, e hoje em dia há quem diga ser impossível não fazer parte da comunidade dos que têm Face (pronuncia-se “fêisse”). Todo mundo tem Face e, se “todo mundo tem”, diz a lógica dos nossos tempos que “todo mundo tem que ter”. Essa torna-se, então, uma razão irrefutável para que o Altíssimo também tenha. Assim, Deus, certo dia, decide que precisa ingressar na pós-modernidade e criar um perfil no Face, para não ficar deslocado. Claro que isso traria uma mudança na forma de Ele se relacionar com a humanidade, pois, se essa página de web conseguiu mudar a forma de milhões de pessoas se relacionarem umas com as outras, por que não mudaria também a do Todo-poderoso? Com base no que tenho visto acontecer ao meu redor, proponho fazermos um exercício de imaginação para tentar visualizar como seria a entrada do Senhor nas redes sociais. Você já vai entender por quê.

Para começar, acabariam as orações e a leitura da Bíblia. Porque esses são os meios que Deus criou para ter relacionamento e criar intimidade com a humanidade: nós falamos com Ele pela oração; Ele fala conosco pela Palavra. Mas, com o Face, isso não ocorrerá mais. Oração e Bíblia tornam-se meios antiquados de dialogar. O Senhor decretaria, então, que quem quisesse falar com Ele teria de mandar um scrap e esperar que o Altíssimo postasse uma resposta na linha do tempo. Jeová agora seria um de nós, trocando ideias on-line: um Deus da moda, antenado. Claro que isso nos afastaria dEle, tornaria nossos contatos muito menos pessoais, mas… quem se importaria? Com o advento das redes sociais, em grande parte as pessoas já não se telefonam mais mesmo, não se visitam mais, não mandam cartões no Natal, fazem tudo pelo Face: convites de aniversários, marcação de encontros, votos de parabéns em datas festivas… não se gasta mais tanto tempo conversando, afinal. É só postar umas palavrinhas ali e está resolvido. Então, como já estamos acostumados a essa nova maneira de relacionamento, quando Deus passar a interagir assim conosco não estranharemos muito. Seria até uma economia de tempo: em vez de uma hora de joelhos, um scrap resolveria tudo. Vigílias, cultos de intercessão, madrugadas orando… tudo cairia no esquecimento. Um scrap só e pronto. Um novo tempo. Tem funcionado conosco, por que não funcionaria com Deus? Peraí… tem funcionado, não tem?

Outra consequência de o Senhor passar a se relacionar com a humanidade pelo Face é que isso simplificaria em enormes proporções a adoração. Em vez de passarmos 40 minutos de um culto louvando ao Senhor, tudo o que precisaríamos fazer seria escrever um comentário numa postagem dEle. E o que escreveríamos seria algo que, no mundo virtual, parece servir para dizer absolutamente tudo: “Lindo!”. É interessante isso, porque “Lindo!” passou a significar qualquer coisa, já reparou? Você põe uma foto sua com seu carro novo e vinte amigos escrevem “Lindo!”. Ou você publica uma foto das suas unhas com a cor nova do seu esmalte. O que todos têm a dizer? “Linda!” Festa de amigo oculto do pessoal do seu trabalho ou da escola: “Lindos!” Viagem de férias: “Lindo!”. Você abraçado com seu cachorro novo: “Lindos!”. Sua filha vestida de Rapunzel: “Linda!”. E por aí vai. Todos os outros adjetivos do vernáculo parecem ter sido abolidos graças ao Facebook, mas “Lindo!” ganhou um profundo e abrangente significado. Ao mesmo tempo não significa nada, mas significa tudo. Então, como todo mundo já entende essa nova forma de comunicar, para que desperdiçar um tempo precioso falando que o Senhor é onipotente, onisciente, onipresente, justo, bondoso, amoroso, fiel, maravilhoso, gracioso, eterno, rei, soberano, altíssimo, esplendoroso, forte, misericordioso, compassivo, amigo, restaurador, regenerador, disciplinador, cuidadoso, pacificador e tantas e tantas outras coisas… se bastaria pôr nos comentários um “Lindo!”?

Haveria muitas outras vantagens da entrada de Deus no Face. Quando ele iluminasse algum pregador para proclamar uma mensagem à igreja, a coisa seria infinitamente mais simples. Repare: o pastor publicaria na linha do tempo do Senhor a pregação, que, naturalmente, teria no máximo três parágrafos (pois na internet ninguém tem paciência de ler textos maiores do que isso). Aí, quando você chegasse ao final, sabe o que teria de fazer? Nada mais de se derramar em lágrimas, orar em contrição por longos períodos, passar um tempo refletindo sobre o que foi pregado, mudar de atitude… nada dessas coisas antiquadas, ultrapassadas. O ouvinte (no caso, o leitor) da mensagem simplesmente curtiria o texto. Olha que prático! “Curtir” resolve tudo. Assim como o “Lindo!”, “curti” não explica muito bem o que se quer dizer, mas sugere superficialmente uma certa simpatia por aquilo que foi postado. Nem é preciso dizer algo, basta clicar no botão “curtir” e… voilà! Seja lá o que “curti” signifique, fato é que fecha a questão. “Arrependa-se dos seus pecados!”: curti. “Ame o próximo”: curti. “Perdoe quem te fez mal”: curti. “Jesus está voltando”: curti. “Deus é amor”: curti. “Negue-se a si mesmo”: Hmmm… isso eu não curti muito não.

Outra vantagem da adesão do Divino ao Face seria que, finalmente, Deus não precisaria se dedicar muito tempo a longos processos de transformação na vida de uma pessoa: bastaria postar uma frase de efeito. Jesus fez grandes discursos para dizer o que queria quando caminhou sobre a terra, mas, agora, basta pegar uma daquelas frases feitas de famosos, emolduradas num visual legal, e postar. Assim, o Todo-poderoso não levantaria profetas, mas postaria uma frase de Cazuza ou Clarice Lispector, dizendo algo como “Você foi feito para voar, abra as asas e se lance no vazio”. Ao ler isso, sua vida nunca mais seria a mesma. Ou “O amor é uma estrada de mão única” e pronto, todo os problemas da sua vida afetiva estariam resolvidos. Autoajuda e frases feitas seriam a nova tônica do Deus 2.0. Profundidade e reflexão para que, se uma frase resolveria tudo e você poderia “curtir” ao final?

E o Diabo? Como ficaria diante da modernização do Todo-poderoso? Como é um imitador, naturalmente ele criaria um perfil fake do Senhor, para tentar enganar, se possível, até os escolhidos. Contra ele, então, nada mais de exorcismos, oração, jejum, Palavra, nada disso. Bastaria formalizar uma reclamação junto à ouvidoria do Face e o Maligno não acabaria mais seus dias no lago de fogo e enxofre, mas teria seu perfil bloqueado pelo Facebook. Você consegue imaginar algum castigo mais terrível e assustador?

Infelizmente o Senhor não poderia dar acesso a ninguém ao seu álbum de fotos do Face. Afinal, fotografias em redes sociais têm como um de seus principais objetivos mostrar para os outros como nós somos (ou desejamos aparentar ser) incessantemente felizes e irremediavelmente sorridentes, mas, para Deus, isso não seria muito útil. Que vantagem haveria para o Senhor postar, por exemplo, uma foto dEle nadando numa lagoa em Ibitipoca? Ou abraçado aos amigos na festa de casamento? Não faz muito o estilo de Jeová. O mais provável é que Ele publicaria fotos relevantes, como de Jesus sendo torturado e pregado numa cruz, dos mártires sendo estraçalhados por leões no Coliseu, dos missionários cristãos sendo mortos hoje em dia na Indonésia, dos irmãos da China sendo presos e torturados por pregar o evangelho, e outras realidades do gênero. Só que esse tipo de fotos não combina muito com a felicidade que todos buscamos encontrar e exibir no Face, por isso teriam tão poucas curtidas que nem valeria a pena publicar. Já Jesus sorrindo, empolgado, abraçado aos apóstolos na festa das bodas de Caná… ah, isso sim! E todos nós escreveríamos nos comentários da foto: “Lindos!”.

Pensemos:

A Bíblia diz em Êxodo 33:11: “Falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo”. Hoje em dia esse versículo soa defasado. Não se fala mais com os amigos face a face, mas “fêisse” a “fêisse”. O modo que o Senhor escolheu para se relacionar com seu amigo Moisés está caindo em desuso – e não creio que seja por razões divinas, mas sim humanas. Bem humanas, aliás. Em Peniel, Jacó viu o Todo-poderoso face a face e sua vida foi salva (Gn 32:30); atualmente Jacó teria recebido um inbox. Se isso salvaria sua vida ou não só Deus sabe. Confesso que o prejuízo ao contato humano causado pelo advento do Facebook e das demais redes sociais me deixa entre o triste e o melancólico. Em especial porque vejo na Bíblia que uma das maiores alegrias do cristão está na oportunidade de estar face a face – com Deus, com o próximo, com verdades eternas. “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face” (1Co 13:12).

Nesta vida, o que mais podemos desejar é dizer como Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jó 42:5). Isso nada mais é que ter intimidade com Deus, o alvo principal de nossa existência. E, na eternidade, o que poderíamos desejar mais do que o cumprimento de Salmos 11:7: “Os retos lhe contemplarão a face”? Pois, no final, “Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face” (Ap 22:4). É impressionante como a Bíblia valoriza o estar face a face, você já percebeu isso? A presença, o contato, o olho no olho sempre são apresentados nas Escrituras como o padrão mais elevado e desejável.

Estar face a face é uma necessidade do cristão. Já estar no Face… sei lá, em dois mil anos de cristianismo não me parece ter sido tão essencial assim. Apesar de o marketing da empresa Facebook ter conseguido convencer as multidões de que não estar no Face é algo como não fazer parte da raça humana, isso não passa de propaganda enganosa. Como neste mundo o capitalismo, em geral, vence os bons argumentos, o Facebook e as redes sociais são um fenômeno de nossos tempos e devem durar ainda um bom período – quem se importa se o Face desumaniza as relações se, em um trimestre, seu faturamento com publicidade chega a US$ 1,24 bilhão? Enquanto o dinheiro entra, não se costuma fazer muitos questionamentos. E não será um blogueiro como eu que mudará isso. Aliás, quem critica práticas que as pessoas adoram passa a ser visto como um chato antiquado – afinal, o Face te ajuda a reencontrar amigos de infância, quem ousaria dizer algo contra um argumento imbatível desses?!

O Orkut, o Second Life e o MSN morreram, daqui a um tempo o Face também vai passar, mas não tenho nenhuma dúvida de que novas formas de comunicação superficial surgirão. E que fique claro: esses softwares em si não representam nenhum problema, são só brinquedinhos de gente grande. Mas a forma como os temos usado revela muito sobre quem nós somos, como vemos a vida, o que valorizamos e como nos relacionamos com o próximo. Queremos ser vistos, ganhar popularidade, expor nossas alegrias para o mundo, compartilhar nossa vida, fuxicar a vida alheia e fazer parte de alguma comunidade (por mais impessoal e superficial que ela seja). Tudo isso são anseios do ser humano, que fazem parte da nossa natureza. O problema é: como os expressamos?

Sim, me chame de careta, antiquado ou o que for. Mas o fato é que sinto saudades de as pessoas se telefonarem para perguntar como estão e gastarem um tempo na velha e embolorada arte do diálogo. De quererem desejar feliz aniversário com um abraço apertado em vez de um scrap. De gastarem horas e horas batendo papo. Sinto falta do cheiro de gente, sabe? Meu notebook tem um calor muito pouco humano e ele é desajeitado na hora de enxugar minhas lágrimas. Tampouco consigo enxugar as de ninguém pelo inbox. E, por mais que eu passe tempo com meu iPad, o mal-educado não me responde…

Poucos anos atrás, antes da febre das redes sociais, era comum se receber dezenas de telefonemas no Natal, quando não visitas pessoais. Eu, particularmente, este ano recebi um telefonema só. Um. Tento lembrar qual foi a última vez que alguém bateu na porta da minha casa, dizendo “Oi, vim te visitar”. Isso acontecia com muita frequência no passado, mas, na era da desumanização, foge-me da lembrança quando isso ocorreu pela última vez. Como não estou no Facebook, já algumas vezes conhecidos vieram me cobrar porque não compareci a um determinado evento. Quando digo que não fui convidado, invariavelmente escuto um “mas eu postei o convite no Face”. Hm. Isso sem falar das vezes em que você sai com amigos e eles não desgrudam os olhos de seus iPads e iPhones, antenados ao onipresente Face. Dá vontade de gritar: “Alo-ou, estou aqui!”. Comunhão é um conceito essencial ao cristianismo, mas que está sendo grandemente transformado graças ao advento das redes sociais. Em minha opinião, para pior. Aonde isso vai nos levar enquanto seres humanos… só Deus sabe.

Você não precisa chegar ao extremo de abandonar as redes sociais, como eu fiz. Mas seria extremamente útil refletir sobre de que modo elas têm afetado sua humanidade e sua espiritualidade. A pergunta que deve nortear sua reflexão é: você gostaria que Deus priorizasse o relacionamento com você pelo Face? A resposta a isso leva automaticamente a outra pergunta: se sua resposta foi “não”, por que mesmo deveria ser diferente com o seu próximo?

Como eu disse no início deste texto, hoje em dia há quem diga ser impossível não fazer parte da comunidade dos que têm Face. Em outras palavras, parece ter se tornado impossível viver restrito ao contato humano que seja de fato humano, próximo e… face a face. Felizmente, “para Deus não haverá impossíveis” (Lc 1:37).

Voz. Cheiro. Olho no olho. Lágrima. Sorriso. Abraço. Beijo. Carinho. Desculpem, não quero perder nada disso, porque ser gente que se relaciona com gente, que toca gente, que sente calor humano… é bom demais. E tudo o que nos rouba qualquer uma dessas coisas arranca um pedaço daquilo que faz de nós seres criados à imagem e semelhança de Deus.

Paz a todos vocês que estão em Cristo,

Maurício Zágari - Apenas (Título Original: Face a face)

"Nós vamos invadir seu shopping!" - A onda do rolezinho veio pra ficar?


Desde que me entendo por gente, os shopping centers brasileiros sempre foram redutos da classe média, que por sua vez é formada por uma maioria branca. Mesmo com a febre dos shoppings, a maior parte das pessoas que transita por seus corredores tem este perfil. Não poucas vezes, os raros negros ou pardos são os seguranças vestidos de terno e gravata. E são justamente estes que acompanham com olhares desconfiados aqueles que não se enquadram no estereótipo dos seus ilustres frequentadores.

Mesmo em regiões cercadas de comunidades, os centros de consumo parecem inacessíveis às camadas mais humildes. É como se houvesse um muro invisível e intransponível ou um aviso do tipo “aqui não é seu lugar”. É claro que em algum momento esta bolha estouraria.

Com o aumento do poder econômico das classes C, D e E, os templos de Mamom receberiam novos adeptos ávidos por consumir os mesmos produtos usados pelas classes A, B e C. Sem contar que os shoppings se tornaram em points de encontro de adolescentes e jovens, papel antes desempenhados pelas praças e parques. Ali eles papeiam, paqueram, namoram e fazem amizades. Antes, somente os filhos da classe média se sentiam à vontade nesse ambiente. Os mais humildes não se achavam em condição de vestir-se adequadamente para frequentá-lo. As coisas mudaram. Hoje, eles não só se vestem com roupas de grifes caras (ainda que, em alguns casos, falsificadas), como também gostam de ostentar. 

Obviamente que ninguém em sã consciência deseja ver um dos únicos espaços urbanos que ainda inspiram uma sensação de segurança se tornando cenário de arruaças e badernas. Todos queremos preservar a integridade de nossa família, e circular livremente sem sermos incomodados.

Este mesmo espírito permeava a sociedade americana durante as primeiras décadas do século XX. Brancos se recusavam a compartilhar dos mesmos ambientes e serviços que os negros. Até no transporte público, negros tinham que sentar-se na parte de trás para não incomodar os demais. As igrejas, por não poderem recusar a frequência de negros, passaram a construir galerias nos fundos dos templos para que os acomodassem distantes da vista dos brancos. Foi necessário que uma negra se recusasse a deixar seu assento sob o insulto de um branco, para que se deflagrasse naquele país uma verdadeira revolução que culminaria na conquista dos direitos civis para os negros. Primeiro, eles resolveram sabotar os ônibus provocando a quase falência de várias viações. Mais tarde, sob o comando de Martin Luther King Jr., promoveram a "marcha do milhão" na esplanada de Washington, centro do poder político do país, sacudindo os alicerces da sociedade majoritariamente anglo-saxônica.

Dizem que no Brasil não há racismo. Todos sabemos que isso não é verdade, mas nos gabamos como se fosse. Pode ser velado, discreto, mas, ainda assim, é racismo do mais cruel. Basta ver os papéis que nossos atores negros recebem nas novelas (salvo raras exceções). Pois agora, o gigante mantido na senzala do nosso inconsciente coletivo acordou e quer de volta o tempo perdido. 

É impossível fazer uma projeção do tamanho que esta onda vai chegar. Mas é bom que estejamos preparados. O rolezinho de hoje será o rolezão de amanhã. A classe média terá que aprender a conviver com os seus mais recentes componentes. Talvez alguns não tenham tido a mesma educação, porque esta lhes fora negada por muito tempo. Talvez outros pareçam rústicos e de gosto cultural duvidoso e tenham um jeito excêntrico de se vestir. Mas são cidadãos brasileiros, detentores de todos os direitos garantidos pela constituição. E mais: são seres humanos como quaisquer outros, imagem e semelhança de Deus. 

Li em algum lugar que esses são rolés da inveja. Que os maloqueiros vão para os shoppings cobiçar o que os mauricinhos usam. Desconfio que o o problema seja outro. Não se trata de inveja deles, mas de ciúmes daqueles que não admitem ver suas marcas em corpos cuja jinga denuncia sua origem pobre e humilde. Afinal, quem eles pensam que são?

Agora, já era! Os filhos do patrão terão que transitar pelos mesmos corredores dos filhos da empregada. Vestirão e calçarão as mesmas marcas. Lancharão no mesmo fastfood. Frequentarão o mesmo cinema. E espero que, em breve, também possam frequentar a mesma escola, o mesmo teatro, o mesmo museu, a mesma biblioteca. 

Que ninguém ouse barrá-los. Que todos sejam inocentes até que se prove o contrário. Que ninguém seja julgado pela cor da epiderme, nem pelo endereço em que mora. Lembremo-nos que da favela também saem doutores, professores, engenheiros e médicos. 

Deixo-os livres. Viva e deixe-os viver.

Que só haja repressão se houver crime, baderna, vandalismo. Caso o contrário, a turba se enfurecerá e as coisas poderão não terminar bem. Ruim para eles. Ruim para todos nós. Aliás, que não haja mais esta distinção eles/nós. Que sejamos todos"nós".

Lembro-me de que nos anos 80 houve muita balbúrdia por conta dos chamados farofeiros que passaram a frequentar praias como a do Guarujá em São Paulo e da Barra no Rio de Janeiro, redutos da classe média destas respectivas cidades. Seus moradores e frequentadores mais nobres se sentiam ultrajados com a presença daquela gente parda, sem qualquer refinamento, e que, ainda por cima, deixava seu lixo para trás. Foi nesta época que surgiu a banda Ultraje a Rigor estourando nas paradas de sucesso com a canção "Nós vamos invadir sua praia."

Veja AQUI quão atual é a letra do velho hit.