O papa Francisco, que chegou nesta segunda-feira na Suécia para participar dos atos da Federação Luterana Mundial pelos 500 anos da Reforma, afirmou que Martinho Lutero levou a Bíblia às pessoas e elogiou sua defesa da mudança. "Lutero deu um passo decisivo colocando a palavra de Deus nas mãos do povo. A importância das reformas e da Bíblia são dois dos elementos fundamentais nos quais podemos ter um apreço mais profundo ao falar da tradição luterana", disse o pontífice, em entrevista à revista católica sueca "Signum". Em entrevista para o jornal "Dagens Nyheter", o papa disse ter vontade de estreitar a relação entre o catolicismo e o protestantismo.
"Precisamos aprender a transcender nossas limitações para nos juntarmos a outras pessoas, se não os cristãos vão ficar prejudicados por nossas divisões. Minha esperança é que poderei dar passos para aproximarmos uns aos outros, para nos aproximarmos aos meus irmãos e irmãs que vivem na Suécia", afirmou. Francisco revelou que só tinha previsto participar do ato ecumênico do aniversário da Reforma nesta segunda-feira para ressaltar a mensagem de universalidade, mas que decidiu prolongar a estadia e fazer uma missa por conta da "forte demanda" da comunidade católica nórdica.
"Mas não quis que fosse nem no mesmo dia nem no mesmo lugar da reunião ecumênica, para manter os dois eventos separados. O encontro ecumênico deve ter sua importância vital no espírito de unidade, esse é também meu espírito", sustentou Francisco. (Com informações de UOL)
"Entre os que foram chamados para dirigir a igreja das trevas do papado à luz de uma fé mais pura, achava-se Martinho Lutero. Não conhecendo outro temor senão o de Deus, e não reconhecendo outro fundamento para a fé além das Escrituras Sagradas, Lutero foi o homem para o seu tempo. [...]
Depois de voltar de Roma, Lutero recebeu o grau de doutor em teologia. Estava agora na liberdade de se dedicar, como nunca antes, às Escrituras que amava. Fez solene voto de ensinar com fidelidade a Palavra de Deus, e não a doutrina dos papas. Não mais era o simples monge, mas o autorizado arauto da Bíblia, chamado como pastor a fim de alimentar o rebanho de Deus, que tinha fome e sede da verdade. Declarava firmemente que os cristãos não deveriam receber outras doutrinas a não ser as que se apoiam na autoridade das Sagradas Escrituras. Ávidas multidões apegavam-se às suas palavras. As alegres novas do amante Salvador, a certeza de perdão e paz mediante Seu sangue expiatório alegravam-lhes o coração. Acendeu-se em Wittenberg uma luz cujos raios deveriam aumentar em brilho até ao final dos tempos."
A lembrança dos mortos no dia 2 de novembro nada tem a ver com ensinos bíblicos, porém com tradição da Igreja Católica. Segundo o site da TV Canção Nova, “os primeiros vestígios de uma comemoração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha), no século VII, e em Fulda (Alemanha) no século IX. O fundador da festa foi Santo Odilon, abade de Cluny, o qual a introduziu em todos os mosteiros de sua jurisdição, entre os anos 1.000 e 1.009. Na Itália, em geral, a celebração já era encontrada no fim do século XII e, mais precisamente em Roma, no início do ano de 1.300. Foi escolhida esta data para ficar perto da comemoração de todos os santos”.
Para os adventistas do sétimo dia, no entanto, o dia 2 de novembro não significa necessariamente uma data para orar em favor dos mortos. Pelo contrário, de acordo com o entendimento da Igreja, com base em diferentes livros da Bíblia, os mortos não possuem consciência alguma do que se passa, mas há a esperança da ressurreição.
Foi criada uma campanha com vídeos e outras informações a respeito desse assunto chamada Além da Morte. Segundo o gerente de Marketing da sede sul-americana adventista, Victor Trivelato, a campanha envolveu a criação, inclusive, de um curto vídeo para “levar o internauta a se interessar pelo assunto da vida após a morte e, ao mesmo tempo, permitir que ele conheça e estude mais profundamente o assunto”. [Com informações de Notícias Adventistas]
Veja o vídeo produzido pela Igreja sobre o assunto:
Uma grande celebração da Reforma Protestante está se encaminhando. Desde 2008, a Alemanha vem comemorando a “década de Lutero”, cujo clímax será o aniversário de 500 anos da Reforma em 2017. Neste breve resumo, vamos conhecer a Reforma Protestante, suas causas e contexto histórico. No início do século 16, a Europa passava por um tempo de terríveis trevas espirituais. Por mais de mil anos, a monarquia e o sistema religioso oficial estavam obrigando o povo a viver como escravos sem ter ao menos a chance de ler a Bíblia por conta própria.
Por causa disso, muitas doutrinas falsas eram ensinadas e o povo acreditava nelas. Para você ter uma ideia de como funcionavam as coisas, o papa Leão X resolveu restaurar a Catedral de São Paulo, mas não tinha dinheiro para a obra. Então resolveu vender uns diplomas chamados "indulgências" que, segundo se cria, tinham o poder de diminuir a punição do pecador. O preço variava de pecado para pecado. Pessoas pobres gastaram todas as suas economias para comprar esses diplomas e os ricos chegaram a fazer depósitos prévios por pecados que ainda iriam cometer.
Um monge agostiniano chamado Martinho Lutero se indignou com isso e, como protesto, publicou em 31 de outubro de 1517 uma lista de 95 teses contra a Igreja Católica. Fixou a lista na porta principal da Catedral de Wittenberg, na Alemanha. O papa o chamou de "alemão bêbado e idiota". Lutero se defendeu, dizendo que seus ensinos estavam baseados na Palavra de Deus e que estaria disposto a renunciar a qualquer de seus ensinos caso alguém lhe mostrasse, pela Bíblia, que ele estava errado.
Em pouco tempo, Lutero estava excomungado e só escapou da fogueira porque se refugiou nas terras de um nobre da Alemanha. Durante o exílio, ele aproveitou para traduzir o Novo Testamento do grego para o alemão, a fim de que o povo pudesse ler. Na época, todas as leituras bíblicas eram feitas durante a missa em latim e poucos compreendiam o significado desse antigo idioma da igreja.
Lutero então se tornou líder de um novo movimento e seus protestos se espalharam por toda a Europa, ganhando a adesão de João Calvino, que sistematizou por escrito os ensinos básicos do protestantismo. Como consequência da Reforma Protestante, Deus fez surgir a Igreja Adventista.
O vídeo abaixo, produzido pela Igreja Adventista (Seven Produções) e filmado em importantes lugares históricos da Europa, apresenta uma visão panorâmica do declínio do cristianismo pós-apostólico e de sua posterior restauração através de sucessivos reformadores.
Para fornecer um quadro fiel da raça humana a alguém que a desconhecesse, bastaria que tomássemos as bem-aventuranças e invertêssemos o seu sentido. Então poderíamos dizer: “Eis aqui a raça humana.” Pois a verdade é que as características que distinguem a vida e a conduta dos homens são justamente o oposto das virtudes enumeradas nas bem-aventuranças.
Neste mundo dos homens não vemos nada que se aproxime pelo menos um pouco das virtudes que Jesus mencionou logo no início de Seu famoso Sermão do Monte.
No lugar da humildade de espírito, encontramos o orgulho em seu mais alto grau; em lugar de pranteadores, encontramos somente os que buscam, os prazeres; em vez de mansidão, por toda a parte nos cerca a arrogância, ao contrário de fome e sede de justiça, só se ouve os homens exclamando: “Estou rico de bens, e de nada tenho necessidade”; em vez de misericórdia, contemplamos a crueldade; ao invés de pureza de coração, abundam os pensamentos corruptos; em vez de pacificadores, os homens são irascíveis e rancorosos; em lugar de regozijo em face das injúrias, vemos os homens revidando afronta com todas as armas ao seu alcance.
É esta a substância moral que se compõe o chamado mundo civilizado. Todo o ambiente está contaminado; nós o respiramos a cada momento e bebemos dele juntamente com o leite materno. A cultura e a educação refinam apenas superficialmente essas qualidades negativas, mas deixam-nas basicamente intactas. Todo um munido literário foi criado para defender a tese de que esta é a única maneira normal de se viver. E isso se torna ainda mais estranho quando percebemos que são justamente esses os males que tanto amarguram a existência de todos nós. Todas as nossas preocupações e muitas de nossas mazelas físicas originam-se diretamente dos nossos pecados. O orgulho, a arrogância, o ressentimento, os maus pensamentos, a malícia, a cobiça essas são as fontes de todas as enfermidades que afligem a nossa carne.
Em um mundo como este, as palavras de Jesus soam de um modo maravilhoso e totalmente novo, como uma visitação do alto. Foi bom que Ele tivesse dito aquelas palavras, porque ninguém poderia tê-lo feito tão bem quanto Ele, e nós deveríamos dar ouvidos à Sua voz. Suas palavras são a essência da verdade. Ele não estava apenas exprimindo Sua opinião; Jesus jamais apresentou opiniões. Ele nunca fazia conjecturas; pelo contrário Ele sabia e sabe todas as coisas.
O mundo inteiro está a ponto de sucumbir sob esse fardo tremendo de orgulho e dissimulação. Ninguém pode ser liberto dessa carga a não ser através da mansidão de Cristo. Uma racionalização inteligente pode ajudar, mas muito pouco, pois esse hábito é tão forte, que, se o abafarmos aqui, ele surgirá mais adiante. Jesus diz a todos: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. “O descanso oferecido por Ele é o descanso da mansidão, aquele alívio bendito que sentimos quando admitimos o que realmente somos, e deixamos de lado todo o fingimento. É preciso bastante coragem a princípio, mas a graça necessária nos será dada, pois veremos que estamos partilhando esse outro jugo com o Filho de Deus. Ele mesmo o chama de “meu jugo”, e leva-o ombro a ombro conosco.
Senhor, torna meu coração como o de uma criança. Livra-me do impulso de competir com os outros, buscando posição mais elevada entre os homens. Desejo ser simples e ingênuo como uma criança. Livra-me das atitudes fingidas e da dissimulação. Perdoa-me por haver pensado tanto em mim. Ajuda-me a esquecer a mim mesmo e a encontrar minha verdadeira paz na Tua contemplação. A fim de que possas responder a esta oração, eu me humilho perante Ti. Coloca sobre mim Teu fardo suave do autodesprendimento, para que eu possa encontrar descanso. Amém.
O processo de comer carne parece envolver um aspecto psicológico mais complexo do que se imaginava. Garantindo de antemão não ser vegetariano, Jonas Kunst, da Universidade de Oslo (Noruega), verificou que nós damos nomes às carnes que as distanciam da sua origem animal como forma de negação. Todas as vezes que os pratos são associados - por palavras ou imagens - aos animais de onde se originaram, diminui a propensão das pessoas em consumi-los. “A apresentação da carne pela indústria influencia nossa vontade de comê-la. Nosso apetite é afetado tanto pelo que chamamos ‘o prato’ que comemos, quanto por como a carne nos é apresentada”, disse Kunst.
Os pesquisadores apresentaram aos voluntários diversos pratos, como filés de frango e frangos inteiros, carne de porco e porco assado inteiro, e imagens em que os animais assados apareciam com e sem cabeça - e mediram a associação e a empatia dos voluntários com os animais. Em cada caso, eles também perguntaram aos participantes se queriam comer a refeição ou preferiam escolher uma alternativa sem carne - nenhum dos participantes era vegetariano. Sempre que a associação com o animal era direta ou mais fácil, diminuía a propensão dos voluntários em optar pelo prato com carne.
“Carnes altamente processadas tornam mais fácil distanciar-se da ideia de que se trata de um animal. Os participantes também sentiram menos empatia com o animal. O mesmo mecanismo ocorreu com o porco assado decapitado. As pessoas pensavam menos sobre ele ser um animal, sentiram menos empatia e menos nojo, e se mostraram menos dispostas a optar por uma alternativa vegetariana”, escreveram os pesquisadores. (Com informações do Diário da Saúde)
"Pensem na crueldade que o regime cárneo envolve para com os animais, e seus efeitos sobre os que a infligem e nos que a observam. Como isso destrói a ternura com que devemos considerar as criaturas de Deus". (Conselhos sobre Regime Alimentar, p. 383)
Nota: É interessante notar que Ellen White, escrevendo no século 19, dizia que o uso frequente da carne de animais mortos dessensibiliza o ser humano. Está aí mais uma pesquisa confirmando isso, em parte. A verdade é que não fomos criados para nos alimentar de animais, afinal, a morte não deveria existir. A dieta que Deus estabeleceu para o ser humano, lá no Éden, consistia de frutas e sementes. A autorização para o uso da carne foi emergencial, após o dilúvio, o que não significa que o ser humano deveria continuar usando esse tipo de alimento permitido. Quanto mais voltarmos ao propósito de Deus, também nesse aspecto, melhor. [Michelson Borges via Criacionismo]
“Sacudidura” é uma palavra figurativa usada em nossa igreja que designa uma experiência especial de seleção entre o povo de Deus. A palavra vem do ambiente agrícola. Após a colheita, os grãos são peneirados e sacudidos, método que descarta os grãos quebrados e a palha é soprada para fora.
"Vou dar ordem e vou separar os bons dos maus em Israel, como quem separa o trigo da casca, sem perder um só grão." (Amós 9:9)
A sacudidura escatológica, conforme ensinam os adventistas, é um período que acontecerá antes da segunda vinda de Cristo, finalizando com o término do juízo investigativo no santuário celestial (fechamento da porta da graça), abrangendo tanto indivíduos como grupos.
“A sacudidura deve em breve acontecer para purificar a igreja.” (Carta 46, 1887, p. 6)
Quem são os que deixarão a Igreja, sob a ação da sacudidura, identificados de forma geral sob as figuras do “joio”, “palha” e “mornos”? Em diferentes fontes, nos escritos de Ellen White, encontramos pelo menos 14 grupos que, eventualmente, deixarão a igreja:
1. Os autoenganados (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 89, 90; v. 5, p. 211, 212).
2. Os descuidados e indiferentes (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 182).
3. Os ambiciosos e egoístas (Primeiros Escritos, p. 269).
4. Os que recusam sacrificar-se (Primeiros Escritos, p. 50).
5. Os orientados pelo mundanismo (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 288).
6. Os que comprometem a verdade (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 81).
7. Os desobedientes (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 187).
8. Os invejosos e críticos (Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 251).
9. Os fuxiqueiros, que acusam e condenam (Olhando Para o Alto, p. 122).
10. A classe conservadora superficial (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 463).
11. Os que não controlam o apetite (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 31).
12. Os que promovem desunião (Review and Herald, 18 de junho de 1901).
13. Os estudantes superficiais das Escrituras (Testemunhos para Ministros, p. 112).
14. Os que perderam a fé no dom profético (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 84).
Dois fatos aqui são convergentes. Primeiramente, a ampla variedade desse catálogo. Em segundo lugar, todas essas categorias estão hoje representadas na igreja.
"Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário." (O Grande Conflito, 608)
Novamente, a ênfase é colocada no fato de que são os infiéis que abandonarão a igreja.
"Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada." (Mateus 15:13)
No texto acima, Jesus nos adverte contra as heresias teológicas do rigorismo farisaico como plantas que Deus não plantou. As heresias, contudo, não se limitam às doutrinas. Há também as heresias do comportamento, que serão também eliminadas.
"Introduzir-se-ão divisões na igreja. Desenvolver-se-ão dois partidos. O trigo e o joio crescerão juntos para a ceifa." (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 114)
"É uma solene declaração que faço à igreja, de que nem um entre vinte dos nomes que se acham registrados nos livros da igreja, está preparado para finalizar sua história terrestre, e achar-se-ia tão verdadeiramente sem Deus e sem esperança no mundo, como o pecador comum." (Eventos Finais, p. 172)
O extraordinário a respeito desse processo é que ele ocorrerá naturalmente, como resultado da incompatibilidade fundamental entre a verdade e tudo aquilo que é contrário a ela. Nosso desafio é
"Quando a religião de Cristo for mais desprezada, quando Sua lei mais desprezada for, então deve nosso zelo ser mais ardoroso e nosso ânimo e firmeza mais inabaláveis. Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões - essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição." (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 31)
A purificação da igreja virá, mas administrada pelo Senhor da igreja.
"Mas quem suportará o dia da Sua vinda? E quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-Se-á, refinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata." (Malaquias 3:2 e 3)
"Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.” (Ezequiel 36:26)
Eventualmente, você vê notícias de que algum fabricante de automóveis, brinquedos ou remédios está fazendo um recall, isto é, chamando de volta o consumidor, ou recolhendo o produto que está com defeito. A solicitação é para que todo um lote de produtos, especialmente com problemas de segurança, seja trazido de volta ao fabricante.
Alguém imaginou o seguinte recall convocado por Deus:
“O Criador de todos os seres humanos está chamando de volta todas as unidades manufaturadas, independentemente de seu ano de fabricação, devido a um sério defeito em seu componente central, o coração. Isso se deve ao mau funcionamento das unidades básicas Adão e Eva, resultando na reprodução do mesmo defeito nos produtos subsequentes.”
Precisamos ser levados de volta a Deus a fim de que Ele conserte, mude e renove nosso coração.
"Só o poder de Deus pode mudar um coração de pedra em um coração de carne." (Manuscrito 95, 1903)
Esse conceito de “coração” é usado centenas de vezes na Bíblia. Na maioria das vezes, não está se referindo ao órgão que bombeia o sangue em nossas veias, mas à nossa mente, nossa vontade, nossas emoções e nossa personalidade. A Bíblia fala do coração como o centro das nossas afeições, da origem dos nossos desejos e da nossa imaginação. É ali que fazemos nossas escolhas. Onde dizemos “sim” e “não”; “quero muito” ou “não me interessa”; concordamos ou discordamos.
"Ter uma mudança de coração é retirar do mundo as afeições, e fixá-las em Cristo. Ter um coração novo é possuir nova mente, novos propósitos, motivos novos. Qual é o sinal de um novo coração? — uma vida transformada. Morre-se diariamente, de hora a hora para o egoísmo e o orgulho." (The Youth’s Instructor, 26 de Setembro de 1901)
Para mudar o coração para melhor, não é necessária apenas uma cirurgia de ponte de safena. Temos que fazer um transplante se quisermos que uma mudança real tome lugar em nossa vida.
"Um homem de espírito áspero é destituído de fineza, é vulgar; não é espiritual; não tem um coração de carne, mas um coração tão insensível como a pedra. Seu único recurso é cair sobre a Rocha e despedaçar-se. O Senhor colocará a todos esses num crisol, e os provará pelo fogo, como se prova o ouro. Quando Ele puder ver refletida neles a Sua imagem, os tirará." (Carta 15, 1895)
Toda e qualquer possibilidade de mudança depende da ação divina. É Ele quem nos lava, esmaga nossos ídolos, nos dá um novo coração, fazendo com que possamos andar em obediência e fé pelo poder do Santo Espírito. Nós recebemos um transplante de coração, que pulsa no ritmo do Espírito. É Ele que mantém nosso coração espiritual batendo sem percebermos, e mesmo assim, nós desempenhamos um papel ativo em manter nossos corações saudáveis.
Embora nossa contribuição primária em nosso relacionamento com Deus seja o pecado, ele ainda provê os meios para a nossa transformação. Mas somos nós que decidimos, através da obediência e de uma fé ativa, como iremos cuidar de nosso novo coração.
Nossas palavras podem ser:
“Senhor, toma meu coração, pois não o posso dar. É Tua propriedade. Conserva-o puro; pois não posso conservá-lo para Ti. Salva-me a despeito de mim mesmo, tão fraco e dessemelhante de Cristo. Molda-me, forma-me e eleva-me a uma atmosfera pura e santa, onde a rica corrente de Teu amor possa fluir por minha alma.” (Parábolas de Jesus, p. 159)
A ligação entre o evangelho e a responsabilidade social é claramente representada no ministério de Cristo, e tanto no Velho como no Novo Testamentos. Quando os estragos da pobreza, injustiça e opressão estão bem presentes, a Palavra de Deus insiste que uma fé que fala somente das necessidades espirituais do povo, mas deixa de demonstrar sua compaixão mediante auxílio prático é vista como um culto falso (ver Isaías 58). Com efeito, como Gandhi certa vez disse: “Precisamos viver em nossas vidas as mudanças que queremos ver no mundo.”
Um discípulo de Cristo verdadeiramente crente não pode tratar com indiferença as desigualdades materiais e a manifestação de poder e privilégio que atingem a tantos e leva ao empobrecimento espiritual de outros. O evangelho convida o discípulo de Cristo e a igreja à solidariedade com todos os que sofrem, a fim de juntos podermos receber, incorporar e partilhar as boas-novas de Jesus, a fim de melhorar a vida de todos. Como Cheryl Sanders o expressa:
“O reino preparado desde a fundação do mundo é um reino onde todos são satisfeitos, alimentados e livres. Alguém se qualifica para entrar nesse reino exercendo boa mordomia da própria vida, e distribuindo vida a partir da abundância que recebeu como legado de Deus. E o evangelho declara que a vida eterna é a recompensa daqueles que cuidam da vida. Aqueles que alimentam os famintos, dão de beber aos sedentos, abrigam o estrangeiro, vestem os nus e visitam os doentes e encarcerados tornam-se identificados com a criação do reino de Deus neste mundo, e atuam em parceria com Deus no domínio dos negócios humanos. Desobedecer esse mandado bíblico é negar lealdade ao reino e ao Rei”. (Ministry at the Margins, p. 28)
Jesus raramente mencionou o tipo de sociedade política à qual Seus discípulos deviam aspirar. Ele não pretendeu ser um reformador sociopolítico. Ele não enunciou nenhuma plataforma política. As tentações no deserto tinham uma dimensão claramente política e Ele as resistiu. Embora Ele tivesse mais de uma oportunidade para apoderar-Se do governo da sociedade por uma espécie de golpe de estado (ex.: o alimentar a multidão e a entrada triunfal em Jerusalém), Ele não escolheu esta opção.
Ao mesmo tempo, os ensinos de Jesus não podiam deixar de ter uma influência sociopolítica ao serem observados pela comunidade cristã. Ele ofereceu boas novas aos pobres, liberdade para os oprimidos e vida abundante (João 10:10). Portanto, os adventistas, seguindo o exemplo de cristãos através dos séculos, precisam reconhecer sua responsabilidade social. Os pioneiros adventistas pregavam não só o evangelho de salvação individual, mas também se preocupavam com alcoólatras, escravos, mulheres oprimidas e as necessidades educacionais de crianças e jovens.
Assim, o cristianismo não é uma religião de individualismo isolado ou de introversão; é uma religião de comunidade. Os dons e as virtudes cristãs têm implicações sociais. Devoção a Cristo significa devoção a todos os filhos de Deus, e devoção gera responsabilidade pelo bem-estar de outros.
A igreja e o seguidor de Cristo precisam responder à pergunta: “Sou eu guardador do meu irmão?” O sofrimento de nossos semelhantes nos causa dor. Podemos tentar escondê-lo, negá-lo, encobri-lo ou descartá-lo, mas ainda assim o sofrimento e a dor dos outros não nos podem deixar completamente impassíveis. Nossa fé cristã reforça isso. Como posso chamar-me de seguidor de Cristo quando não me preocupo com meus semelhantes? Como posso representar o reino de Deus e não me preocupar profunda e praticamente com as pessoas que são incluídas em Seu reino?
Na Palavra de Deus, a responsabilidade do seguidor de Cristo pelos pobres e necessitados não é menos importante do que a pregação do evangelho, nem é opcional. É parte integrante de toda a história do evangelho, porque realmente vemos na face do pobre a face de Cristo:
“Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes” (Mateus 25:40).
“Mas não necessitamos de ir a Nazaré, a Cafarnaum ou a Betânia para andar nos passos de Jesus. Encontraremos Suas pegadas ao pé do leito dos doentes, nas choças de pobreza, nos apinhados becos das grandes cidades, e em qualquer lugar onde há corações humanos necessitados de consolação. Fazendo como Jesus fazia quando na Terra, andaremos nos Seus passos." (EGW, O Desejado de Todas as Nações, p. 616)
"Para mim, a questão central do reavivamento é esta: o verdadeiro reavivamento nos leva a ter maior consciência de nossos defeitos de caráter, enquanto o falso reavivamento nos faz orgulhosos de nossas conquistas e de quem nos tornamos. Em todas as descrições de reavivamentos feitas por Ellen White, as pessoas estavam confessando seus pecados uns aos outros, em vez de criticando uns aos outros." (Jon Paulien, Ph.D., diretor da Faculdade de Teologia da Universidade de Loma Linda)
Ninguém que pretenda ser santo é realmente santo. […] Quanto mais se aproximam de Cristo, mais lamentam suas imperfeições em comparação com Ele, pois sua consciência se torna mais sensível, e percebem melhor o pecado, assim como Deus o percebe. (1)
Vi que a mente de alguns na igreja não tem andado no devido rumo. Tem havido alguns temperamentos peculiares, que desenvolvem ideias próprias pelas quais julgam os irmãos. E se alguém não estava exatamente em harmonia com eles, havia imediatamente perturbação. Alguns têm coado um mosquito e engolido um camelo (Mateus 23:24). Essas ideias têm sido nutridas e com elas alguns têm condescendido por longo tempo. Apegam-se a qualquer palha, por assim dizer. E quando não há dificuldades reais na igreja, fabricam-se provações. A mente da igreja e os servos do Senhor são desviados de Deus, da verdade e do Céu, para se fixarem nas trevas. Satanás se agrada em que essas coisas prossigam; isso é uma festa para ele. Contudo, não é isso que purificará a igreja e que, no fim, aumentará a resistência do povo de Deus.
Vi que alguns estão definhando espiritualmente. Têm vivido por algum tempo a observar se seus irmãos andam retamente, observando cada falta, para então criar confusão. E enquanto fazem isso, a mente deles não está em Deus, nem no Céu ou na verdade; mas simplesmente onde Satanás quer que esteja: nos outros. A própria alma é negligenciada; raramente essas pessoas veem ou sentem as próprias faltas, pois têm muito a fazer em vigiar as faltas dos demais, sem sequer olhar para si mesmos ou examinar o próprio coração. O vestido, o chapéu ou o avental lhes prendem a atenção. Precisam falar a este e àquele, e isso basta para ocupá-los por semanas. Vi que toda a religião de algumas pobres almas consiste em observar a roupa, as ações dos outros, e em criticá-los. A menos que se reformem, não haverá no Céu lugar para elas, pois achariam defeitos no próprio Senhor.
Disse o anjo: 'É uma obra individual o ser íntegro para com Deus'. A obra é entre Deus e nós mesmos. Mas quando as pessoas têm tanto cuidado com as faltas dos outros, não cuidam de si mesmas. Essas pessoas imaginativas, críticas, muitas vezes se curariam desse hábito, se elas se dirigissem diretamente à pessoa que pensam estar errada. Isso seria tão desagradável que abandonariam suas ideias, em vez de se dirigirem a elas. Mas é mais fácil deixar a língua trabalhar livremente acerca deste e daquele, quando o acusado não está presente. (2)
O Senhor não confiou a meus irmãos a obra que me deu para fazer. Alguns têm reclamado que minha maneira de dar reprovação em público leva outros a serem críticos, cortantes e severos. Se esses assumem a responsabilidade que Deus não depôs sobre eles; se desrespeitam as instruções que Ele seguidamente lhes deu através do humilde instrumento de Sua escolha, a fim de torná-los bondosos, pacientes e tolerantes, somente eles responderão pelos resultados. (3)
1. Ellen G. White - Reavivamento Verdadeiro, p. 49
2. Idem - Testemunhos para a Igreja, v. 1, p. 145-146
Ajudar a mudar a vida de uma pessoa muitas vezes não requer nada além de dedicação e muito amor ao próximo, e um post publicado no Facebook há alguns dias pela dentista Amanda Mattos apenas confirma esta teoria. Durante uma ação social de saúde que realizou em uma escola da cidade de Guajeru, na Bahia, a profissional conheceu o pequeno Ryan de seis anos que não possuía nenhum dente na arcada superior. Segundo informações da publicação, a mãe do menino teria dito que ele perdeu os dentinhos aos três anos de idade.
“Ele perdeu os dentes aos três anos por cárie precoce na infância e, ao iniciar o tratamento, realizamos uma radiografia panorâmica e constatamos também várias agenesias (ausências) de dentes permanente“, contou Amanda. A dentista então iniciou o tratamento e se comoveu com o que o pequeno revelou desejar de presente de Dia das Crianças: dentinhos iguais aos dos coleguinhas.
Em seu perfil ela publicou o antes e depois do tratamento da criança e afirmou que ao ver sua felicidade ao se olhar no espelho todos ao redor se comoveram.
Veja o post e inspire-se:
“Pela complexidade, o tratamento está apenas no começo. Vou acompanhá-lo até que ele se torne adulto, fazendo as trocas das próteses”, explicou. “Jamais imaginei que uma ação do dia a dia traria tanta repercussão. Ao postar quis compartilhar a emoção que senti naquele momento. Proporcionar a Ryan a realização de um sonho foi uma satisfação pessoal e profissional imensurável, ele não só queria ter dentes, queria voltar a sorrir, recuperar sua convivência social, sua autoestima. Que esse gesto que vem comovendo tantas pessoas sirva de inspiração, podemos fazer mudanças na vida de outra pessoa. Só depende de um ato de boa vontade”, contou. (Com informações de Hypeness)
Nota: Você vê uma pessoa servindo a outra e pensa: “Nossa, que ação bonita, também tenho que fazer isso!” e o tempo passa e continuamos nos importando com nosso próprio interesse, estudos/trabalhos, e acabamos esquecendo que amar os outros também é servir!
Jesus veio a essa Terra com o proposito de cumprir sua promessa e deixar o exemplo claro de como devemos agir aqui. E um de seus maiores exemplos foi o amor ao próximo! É servindo ao próximo que aprendemos a ser humildes, a amar sem que olhemos o que vamos ter de recompensa!
"Devemos cuidar de todo caso de sofrimento e considerar-nos a nós mesmos como instrumentos de Deus para aliviar os necessitados até o máximo de nossas possibilidades. Devemos ser coobreiros de Deus. Alguns há que manifestam grande afeição por seus parentes, amigos e favoritos, e no entanto deixam de mostrar bondade e consideração aos que necessitam de terna simpatia, aos que necessitam de bondade e amor. Com fervor de coração perguntemo-nos a nós mesmos: Quem é o meu próximo? Nosso próximo não são meramente nossos associados e amigos especiais; não simplesmente os que pertencem a nossa igreja, ou que pensam como nós pensamos. Nosso próximo é toda a família humana. Devemos dar ao mundo uma demonstração do que significa praticar a lei de Deus. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos." (Ellen G. White - Beneficência Social, p. 45)
A figura do palhaço, que normalmente é associada às festas infantis e diversão, mudou nos últimos dias. “Macabros”, “horríveis”, “aterrorizantes”, “bizarros” e assassinos” são algumas das associações feitas após as aparições de palhaços usando máscaras com expressões de terror. O movimento provocou desconforto em vários países, especialmente nos Estados Unidos, onde tudo começou.
No entanto, é claro que nem todos apoiam esse tipo de espetáculo macabro. Um exemplo disso é Adriano Garcia, que se veste de palhaço para visitar crianças carentes, abraçar pessoas na rua, entre outras boas ações. Sua única intenção é levar sorrisos e alegria. Segundo Garcia, essa onda de palhaços assustadores atrapalham as intenções dos bons. “Sentimos-nos ofendidos com a atitude desses palhaços do mal. São desnecessárias e não condizem com a intenção do personagem”, opina.
Ações bem intencionadas são características de alguns jovens paulistanos, que participam de experimentos sociais e projetos com o objetivo de ajudar ao próximo. Aproveitando a campanha mundial contra o câncer de mama, Outubro Rosa, nasceu um experimento social com palhaços do bem na Região Metropolitana de Campinas (RMC), SP. A proposta foi uma extensão da campanha Seu Corpo é o Templo, iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia que também está relacionado ao Outubro Rosa. Durante a experimentação, pedestres foram surpreendidos por palhaços que deixaram uma mensagem de alerta e amor, entregando rosas, pirulitos, livros e muitos sorrisos.
O estudante Allyson Santiago vestiu-se de palhaço e foi às ruas. Ele, que já lutou pela vida devido a problemas de saúde, hoje dá palestras motivacionais e incentiva pessoas a se prevenirem de doenças. Santiago se emocionou com as reações do público. “Descobrir uma doença terminal é o pior susto que já levei. Fico feliz em levar uma mensagem de alerta e sorrisos que podem mudar o dia e a vida toda de alguém”, conta. [Com informações de Notícias Adventistas]
Os 62 bilionários mais ricos do mundo têm um patrimônio de 1,7 trilhão de dólares – o mesmo valor que está nas mãos das 3,6 bilhões de pessoas mais pobres. Entre esse grupo cada vez mais seleto, no qual apenas 9 são mulheres, estão Bill Gates, Mark Zuckerberg, Jorge Paulo Lemann e Joseph Safra. A riqueza desses magnatas aumentou mais de meio trilhão de dólares desde 2010, uma alta de 44% (ou 542 bilhões de dólares). Já a metade mais pobre viu sua riqueza encolher 41%, mais de um trilhão de dólares, no mesmo período. Essa desigualdade está destacada no relatório “Uma economia para o 1%”, divulgado pela Organização Não-Governamental (ONG) Oxfam.
O estudo revela ainda que esse 1% mais rico da população mundial é dono de uma fortuna que superou a dos 99% restantes no ano passado. “Nosso mundo não carece de riqueza. Simplesmente não faz sentido economicamente – e moralmente – permitir que tanta riqueza fique nas mãos de tão poucos”, afirma a entidade. Veja no site da Exame quem são, qual o valor do patrimônio e a fonte de renda das 62 pessoas listadas pela Forbes que detém a mesma riqueza que é dividida pelas 3,6 bilhões de pessoas mais pobres, de acordo com a Oxfam.
Estamos muito distantes do fim da miséria. Ellen G. White nos descreve a injusta desigualdade social aqui reinante e o que podemos fazer para suprir as necessidades dos pobres. Até a incapacidade dos governantes para solucionar nossos problemas sócio-econômicos ela parece ter visto:
"Há nas grandes cidades multidões que vivem em pobreza e miséria, quase sem ter alimento, abrigo e roupa, enquanto que nas mesmas cidades há os que possuem mais do que o coração poderia desejar, vivendo no luxo e despendendo os seus recursos em casas ricamente mobiliadas, em adornos pessoais... O clamor da humanidade faminta tem subido até Deus.
Não há muitos, mesmo entre educadores e estadistas, que compreendam as causas em que se fundamenta o presente estado da sociedade. Os que detêm as rédeas de governo não são capazes de solver o problema da corrupção moral, da pobreza, do pauperismo e da criminalidade crescente. Estão lutando em vão para colocar as operações comerciais em bases mais seguras. [...]
Por toda parte, em nosso redor, vemos miséria e sofrimento: famílias com falta do necessário, crianças a pedirem pão. A casa do pobre ressente-se, muitas vezes, da falta de móveis indispensáveis, e de colchões e roupa de cama. Muitos vivem em simples choças, destituídas de todo conforto. O clamor dos pobres chega até aos Céus. Deus vê e ouve.
Enquanto, em Sua providência, Deus tem carregado a Terra com Suas generosidades, e enchido seus tesouros com os confortos da vida, a falta e a miséria encontram-se por toda parte. A liberal Providência tem colocado nas mãos de Seus instrumentos humanos com que suprir abundantemente as necessidades de todos, mas os mordomos de Deus são infiéis. Gasta-se no professo mundo cristão, em extravagâncias ostentosas, o suficiente para suprir as faltas a todos os famintos e vestir a todos os nus. Muitos que usam o nome de Cristo, estão empregando Seu dinheiro em prazeres egoístas, para satisfação do apetite, em bebida forte e dispendiosos artigos delicados, casas, mobílias e roupas de custo extravagante ao passo que aos pobres seres humanos em sofrimento, dificilmente concedem um olhar de piedade ou uma palavra de simpatia.
Que miséria existe no próprio centro de nossos chamados países cristãos! Pensai nas condições dos pobres de nossas grandes cidades. Há, nessas cidades, multidões de criaturas humanas que não recebem tanto cuidado e consideração quanto se dispensa aos animais. Há milhares de crianças miseráveis, rotas e meio famintas tendo estampados no rosto o vício e a depravação. Arrebanham-se famílias em promiscuidade em míseros casebres, muitos deles escuros celeiros cheios de umidade e de imundícia. As crianças nascem nesses terríveis lugares. A infância e a juventude nada vêem de atrativo, nada de beleza natural das coisas criadas por Deus para deleite dos sentidos. As crianças são deixadas a crescer e formar o caráter segundo os baixos preceitos, a miséria, os maus exemplos que vêem em torno de si. O nome de Deus, só ouvem proferir de maneira profana. Palavras impuras, o cheiro das bebidas e do fumo, a degradação moral de toda espécie, eis o que se lhes depara aos olhos e perverte os sentidos. E dessas infelizes habitações partem lamentáveis clamores por pão e roupa, clamores saídos de lábios que nada sabem acerca da oração.
Há uma obra a ser feita por nossas igrejas, da qual muitos mal fazem uma ideia, obra até aqui nem tocada, por assim dizer. "Tive fome", diz Cristo, "e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me." (Mateus 25:35 e 36). Pensam alguns que, se dão dinheiro para esta obra, isto é tudo quanto deles se requer; mas isto é um erro. A dádiva do dinheiro não pode tomar o lugar do serviço pessoal. É direito dar de nossos meios, e muitos mais o deveriam fazer; é-lhes, porém, exigido o serviço pessoal segundo suas oportunidades e suas forças.
A obra de recolher o necessitado, o oprimido, o aflito, o que sofreu perdas, é justamente a obra que toda igreja que crê na verdade para este tempo devia de há muito estar realizando. Cumpre-nos mostrar a terna simpatia do samaritano em acudir às necessidades físicas, alimentar o faminto, trazer para casa os pobres desterrados, buscando de Deus todo dia a graça e a força que nos habilitem a chegar às profundezas da miséria humana, e ajudar aqueles que absolutamente não se podem ajudar a si mesmos. Isto fazendo, temos favorável ensejo de apresentar a Cristo, o Crucificado." (Beneficência Social, p. 173-174, 188-190)
Prestes a subir ao Céu, os discípulos de Cristo lhe perguntaram: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino de Israel?” (Atos 1:8). E assim Jesus se despediu de seus discípulos e ascendeu ao Céu. Mas agora onde estava o Seu reino? E a esperança e expectativa do reencontro? Enquanto Jesus foi elevado nas nuvens, estando eles ainda olhando para cima, eis que dois anjos se puseram ao seu lado e lhes disseram: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1:11).
A promessa do segundo advento de Cristo se tornou a grande esperança dos cristãos de todas as épocas. De fato, esse é o clímax de todas as profecias bíblicas desde os tempos antigos até os nossos dias. Tal profecia foi intensamente proclamada pelos apóstolos que prontamente aguardaram pelo seu cumprimento. E ao longo das eras se tornou a profecia mais estudada da Palavra de Deus.
1. O surgimento do movimento milerita
Entre os anos de 1840-1844, surgiu nos Estados Unidos um movimento multidenominacional chamado milerita. Tal grupo baseava suas ideias em diferentes interpretações proféticas que resultou no surgimento de diversos grupos de seguidores chamados de adventistas. O maior deles tornou-se conhecido como Adventistas do Sétimo Dia. De fato, os mileritas se consideram como a continuação de uma despertamento internacional com ênfase na segunda vinda de Cristo e na proclamação da proximidade do advento que se desenvolveu quase simultaneamente em muitos países no início do século 19. Por volta de 1840, dezenas de pregadores pelo mundo estavam proclamando a volta de Jesus com base no estudo da profecia de Daniel 8:14.
De acordo com o pesquisador Le Roy Edwin Froom, havia pregadores de diversas denominações cristãs, brancos, negros, mulheres e até mesmo crianças. Houve uma garota campesina na Europa que atraiu cerca três a quatro mil pessoas ao pregar a mensagem sobre a volta de Jesus.1
Os mileritas, que eram conhecidos por adventistas, foram todos seguidores de Guilherme Miller, um fazendeiro do estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e um ministro licenciado da Igreja Batista que se destacou por sua ênfase na pregação do retorno de Jesus Cristo. Miller estudou detidamente a Bíblia por mais de 15 anos e ao longo desse período utilizou as Escrituras como própria intérprete.
Nos Estados Unidos, a pregação e os escritos de Guilherme Miller despertaram a paixão de milhares de pessoas. A mensagem de Miller e seus associados defendia a seguinte ideia: “Assim como o primeiro advento de Jesus Cristo foi predito em Daniel 9, seu segundo advento é identificado em Daniel 8:14 que afirma: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”. (Daniel 8:14). Visto que a terra deve ser o ‘santuário’ a ser ‘purificado’, isso vai acontecer por meio do fogo quando Jesus voltar. Começando com 457 a.C., a profecia dos 2300 dias/anos de Daniel 8:14 culminará ao redor de 1843-1844. Jesus virá outra vez por volta desse tempo. Portanto, prepare-se para encontrá-Lo! Sua volta será um evento literal e visível que precederá o milênio.” Essa era a essência da mensagem milerita.
Após anos de estudos e expectativas cronológicas, um de seus auxiliares, Samuel Snow 2 , escreveu um livreto onde identificava a data de 22 de outubro de 1844 como o dia estabelecido para o cumprimento da profecia. De acordo com a conclusão dos mileritas, aquele era o dia em que a terra seria purificada pelo retorno de Jesus. Assim, dezenas de milhares, aguardaram com paciência e fervor, até a chegada do dia identificado na profecia. Então eles esperaram o dia inteiro, até a meia-noite, mas Jesus não veio, deixando-os profundamente desapontados. Dessa maneira, foram forçados a admitir a existência de algum equívoco na interpretação da profecia do profeta Daniel.
2. O nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Um grupo pequeno dentre os desapontados voltou a estudar as escrituras com mais intensidade a fim de buscar a compreensão quanto ao evento profético. Não demorou muito para concluírem que, embora a data de 22 de outubro de 1844 estivesse correta, o evento estava errado. Esses crentes entenderam que o santuário a ser purificado não estava na terra, mas no céu. Jesus havia entrado no santo dos santos do santuário celestial para dar início a Sua obra de julgamento. Como Ellen G. White mais tarde declarou: “O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844.”3
Ao explicar esse momento o teólogo Ángel Manuel Rodríguez destaca: “tendo completado na terra a obra para a qual viera (João 17:4, 5; 19:30), Cristo ‘foi elevado ao céu’ (Atos 1:11) para ‘salvar definitivamente aqueles que, por meio dEle, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles’ (Hebreus 7:25), até que em Sua segunda vinda Ele vai aparecer ‘não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que O aguardam’ (Hebreus 9:28).
Entre esses dois polos, a cruz e o glorioso retorno do Senhor, Cristo atua como sacerdote real ‘no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem’ (Hebreus 8:2), o advogado (I João 2:1) e intercessor daqueles que nEle creem (Romanos 8:34). Como nosso Sumo Sacerdote, Cristo ministra os benefícios de Seu sacrifício àqueles que vêm a Ele, um ministério tão essencial à nossa salvação como Sua morte substitutiva.”4
Dessa forma, o grande desapontamento de 22 de outubro de 1844 se tornou uma poderosa mensagem. É verdade que Jesus não veio como os mileritas pensavam. Mas, um pequeno grupo de crentes desapontados descobriu nova luz bíblica – a verdade de que Cristo entrou na fase final de Seu ministério sumo-sacerdotal no santuário celestial, após o qual Ele vai finalmente voltar para redimir Seu povo.
A partir da compreensão dessa verdade identifica-se o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sua fé firmemente ancorada no breve retorno de Jesus e em todos os Seus princípios registrados na Sua Palavra. Portanto, o dia 22 de outubro de 1844 é, de fato, um marco de capital importância para o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Sendo assim, profeticamente falando, o ano de 1844 não pode ser minimizado ou esquecido. O conselho de Ellen White é oportuno: “Ao recapitular a nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até ao nosso estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado.”5
1. Ver Le Roy Edwin Froom. The Prophetic Faith of Our Fathers: The Historical Development of Prophetic Interpretation. Washington, D.C.: Review and Herald Publ. Assn., 1954, vol. 4. pp. 443-718 (veja especialmente pp. 699-718).
3. Ellen G. White. O Grande Conflito. 42. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. p. 423.
4. Ángel Manuel Rodríguez. Handbook of Seventh-day Adventist Theology. Hagerstown, Maryland: Review and Herald, 2000. p. 375.
5. Ellen G. White. Mensagens Escolhidas. 3. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1987, vol. 3. p. 196.
Produzido pelo Hope Channel, canal adventista da Austrália, o filme Como Tudo Começou (Tell the World, 2015) narra a história dos pioneiros do movimento adventista. Assista:
A Igreja Adventista do Sétimo Dia prega a mensagem da saúde, pois acredita na relação da saúde física e a espiritualidade. Seguir princípios corretos no regime e cuidado do corpo e indica remédios naturais, como o ar puro, luz do sol, exercício e o uso racional da água, como medidas preventivas para ter boa saúde. Nesta quinta-feira à noite, às 20 horas (horário de Brasília), será transmitida ao vivo no Facebook da Igreja Adventista uma discussão sobre temas relacionados à saúde mental, física e emocional. Quem dará os esclarecimentos e irá responder as dúvidas dos internautas será a nutricionista Thais Trivelato, pós-graduada em auditoria em saúde e atuante na área de vigilância sanitária e alimentação materno infantil.
O público-alvo são internautas interessados em aprender mais sobre os cuidados com a saúde, em especial sobre como a alimentação pode ser um fator de prevenção contra doenças, entre elas o câncer. O programa faz parte da campanha de conscientização mundial “Outubro Rosa”, que tem o objetivo de chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.
[Com informações de Notícias Adventistas] Assista na íntegra a entrevista com a nutricionista Thais Trivelato:
Por que não existem milagres na igreja atual? Ou, pelo menos, por que eles são muito menos frequentes e impressionantes do que eram na época dos apóstolos? A resposta é bastante simples, e penso que muitos a conheçam. O que talvez alguns desconheçam seja a base bíblica dessa explicação. Em apenas uma frase, a resposta é a seguinte: pouco antes da volta de Jesus, “sinais e maravilhas” (= milagres) seria a marca do anticristo e dos falsos profetas, e não do povo de Deus.
Os três materiais do Novo Testamento que tratam do fim dos tempos enfatizam essa realidade:
• Apocalipse Sinótico
“Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos” (Mt 24:24; Mc 13:22).
• Apocalipse de Paulo
“A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras [“sinais contrafeitos”, NIV]. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar” (2Ts 2:9-10).
• Apocalipse de João
“E [a segunda besta] realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens. Por causa dos sinaisque lhe foi permitido realizar em nome da primeira besta, ela enganou os habitantes da terra” (Ap 13:13-14).
“Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios que realizam sinais milagrosos; eles vão aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso” (Ap 16:13-14).
“Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais milagrosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela” (Ap 19:20).
É importante notar que a expressão “sinais e maravilhas” se refere aos milagres divinos tanto no Antigo (Êx 7:3; Dt 4:34; 6:22; 7:19; 26:8; 29:3; 34:11; Ne 9:10; Sl 105:27; 135:9; Jr 32:20-21; Dn 4:2-3; 6:27) como no Novo Testamento (Jo 4:48; At 4:30; 5:12; 14:3; 15:12; Rm 15:19; 2Co 12:12; 2Ts 2:9; Hb 2:4). As “marcas de um apóstolo” verdadeiro eram “sinais, maravilhas e milagres” (2Co 12:12), e a autenticidade da salvação era testemunhada “por meio de sinais, maravilhas” e “diversos milagres” (Hb 2:4). Portanto, a obra do inimigo de Deus no tempo do fim seria uma imitação da obra de Cristo e de Seus apóstolos.
A Bíblia mostra claramente que nem sempre a existência de milagres indica a presença da fé, já que eles seriam realizados pelos que se opõem a Deus (veja os textos acima). E nem sempre a presença da fé implica na existência de milagres, já que vários personagens bíblicos – inclusive Paulo – não receberam a cura que desejavam (2Co 12:7-9 [cf. Gl 4:13-15]; 1Tm 5:23; 2Tm 4:20).
Em vez de milagres, a marca do povo de Deus no tempo do fim seria a sua fidelidade aos “mandamentos de Deus/palavra de Deus” e ao “testemunho de Jesus/fé de Jesus” (Ap 12:17; 14:12; cf. 1:2, 9; 6:9; 20:4), que são, respectivamente, o Antigo e o Novo Testamento. Portanto, o foco do povo de Deus não estaria em realizar milagres, mas em proclamar a mensagem de toda a Bíblia.
"Não permitais que passem os dias e preciosas oportunidades sejam perdidas de buscar o Senhor de todo o coração e mente e alma. Se não aceitamos a verdade no amor dela, podemos achar-nos no meio do número dos que verão os milagres operados por Satanás nestes últimos dias, e neles crerão. Muitas coisas estranhas parecerão admiráveis milagres, que deviam ser considerados enganos manipulados pelo pai das mentiras. [...] Impossível é dar qualquer ideia da experiência do povo de Deus que estiver vivo na Terra quando as tribulações passadas e a glória celestial se mesclarem. Eles andarão à luz procedente do trono de Deus. Haverá, por intermédio dos anjos, constante comunicação entre o Céu e a Terra. E Satanás, rodeado de anjos maus, e pretendendo ser Deus, operará milagres de toda espécie para enganar, se possível os próprios escolhidos. O povo de Deus não encontrará sua segurança na operação de milagres, pois Satanás havia de falsificar qualquer milagre que fosse feito. O tentado e provado povo de Deus encontrará seu poder no sinal mencionado em Êxodo 31:12-18. Devem tomar posição baseados na Palavra viva - "Está escrito". Este é o único fundamento sobre que podem estar seguros. Os que quebraram seu concerto com Deus hão de naquele dia achar-se sem esperança e sem Deus no mundo." (EGW, Mensagens Escolhidas, p. 53-55)
Favelas gigantescas. Catástrofes ambientais. Crime organizado e guerra civil. Tudo isso ilustrado com cenas de caos, descritas por um locutor de voz empostada. Poderia ser uma ficção científica de baixo orçamento - mas é outra coisa. Trata-de um vídeo de treinamento produzido pelo Pentágono, e obtido pelo site americano The Intercept. No vídeo, que se chama "Megacidades: Futuro Urbano, a Complexidade Emergente", o Exército dos EUA imagina como vão ser as metrópoles de 2030.
"A desigualdade entre pobres e ricos vai aumentar, e as tensões étnicas e religiosas serão um elemento definidor da sociedade", diz o narrador, para logo depois observar que "as favelas crescerão rapidamente". "Esse é o nosso mundo do futuro, para o qual não estamos preparados". Na visão catastrofista dos militares americanos, sobra até para a internet, que na visão deles será infestada por sistemas econômicos ilícitos (presumivelmente, construídos em torno de moedas virtuais como o Bitcoin) e sindicatos criminosos que terão alcance global. Em suma: uma distopia só.
Em seguida, o vídeo diz que os militares dos EUA precisam se reinventar, porque será cada vez mais difícil identificar e atacar os inimigos misturados em meio à população. E cita o escritor chinês Sun Tzu, reinterpretando uma passagem do milenar A Arte da Guerra: "Evite as cidades, ou as cerque". "Mas os nossos soldados terão de operar nesse contexto". No final, vem a cena que talvez seja a mais aterrorizante: aparece um soldado com uma máscara, sugerindo a possibilidade de ataques terroristas com armas químicas ou biológicas. (Com informações de Superinteressante)
Nota: Ellen G. White, há mais de 100 anos, já alertava sobre a vida nas grandes cidades:
"Em todo o mundo as cidades estão se tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. Avoluma-se incessantemente a onda de corrupção e de crime. Cada dia oferece um registro de violência: roubos, assassínios, suicídios e crimes revoltantes. A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da exaltação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. De acordo com a luz que me foi dada, insisto com o povo para que saia dos grandes centros populosos. Nossas cidades estão se tornando cada vez mais ímpias, e cada vez mais se torna evidente que os que desnecessariamente nelas permanecem, fazem-no pondo em perigo a salvação de sua alma." (Manuscrito 115, 1907)
“Em razão de monopólios, sindicatos e greves, as condições da vida nas cidades estão-se tornando cada vez mais difíceis. Sérias aflições encontram-se diante de nós; e sair das cidades tornar-se-á uma necessidade para muitas famílias.” (A Ciência do Bom Viver, p. 364)
"Dentro em breve haverá tal luta e confusão nas cidades, que os que as quiserem abandonar não o poderão fazer." (Mensagens Escolhidas 2, p. 142)
“O apelo é para que o nosso povo fixe residência a quilômetros de distância das grandes cidades.
O fim está perto, e cada cidade será transtornada de todos os modos. Haverá confusão em todas as cidades. Tudo que puder ser abalado há de ser abalado, e não sabemos o que virá em seguida." (Eventos Finais, p. 111)
No fim dos tempos, bilhões de pessoas estavam espalhadas numa grande planície perante o trono de Deus. A maioria fugia da luz brilhante que se lhes apresentava pela frente. Mas alguns falavam animadamente – não com vergonha abjeta, mas com beligerância.
“Pode Deus julgar-nos?” Como pode Ele saber acerca do sofrimento?” – perguntou uma impertinente jovem de cabelos negros. Ela rasgou a manga da blusa e mostrou um número que lhe fora tatuado no acampamento de concentração nazista. “Nós suportamos terror, espancamentos, tortura, morte!”
Em outro grupo, um rapaz negro abaixou o colarinho. “E que dizer disto?” – exigiu ele, mostrando uma horrível queimadura de corda. “Linchado... pelo único crime de ser preto!”
Em outra multidão, havia uma colegial grávida, de olhos malcriados. “Por que devo sofrer?” – murmurou ela. “Não foi culpa minha.”
Por toda a planície havia centenas de grupos como esses. Cada um deles tinha uma reclamação contra Deus por causa do mal e do sofrimento que Ele havia permitido no Seu mundo. Quão feliz era Deus por viver no Céu onde tudo era doçura e luz, onde não havia choro nem medo, nem fome nem ódio. “Que sabia Deus acerca de tudo o que o homem foi forçado a suportar neste mundo? Deus leva uma vida muito protegida”, diziam.
De modo que cada um desses grupos enviou seu líder, escolhido por ter sido o que mais sofreu. Um judeu, um negro, uma pessoa de Hiroshima, um artrítico horrivelmente deformado, uma criança talidomídica. No centro da planície tomaram conselho uns com os outros. Finalmente, estavam prontos para apresentar seu caso.
Antes que pudesse qualificar-Se para ser juiz deles, Deus deve suportar o que suportaram.
A decisão deles foi que Deus devia ser sentenciado a viver na Terra – como homem!
“Que Ele nasça judeu. Que haja dúvida acerca da legitimidade de Seu nascimento. Seja dado a Ele um trabalho tão difícil que, ao tentar realizá-lo, até mesmo Sua família pensará que Ele está louco. Que Ele seja traído por Seus amigos mais íntimos. Que enfrente acusações falsas, seja julgado por um júri preconceituoso, e condenado por um juiz covarde. Que seja torturado. Finalmente, que Ele conheça o terrível sentimento de estar sozinho. Então, que morra. Que Ele morra de tal forma que não haja dúvida de que tenha morrido. Que haja uma grande multidão de testemunhas que o comprove.”
E quando o último acabou de pronunciar a sentença, houve um longo silêncio.
Ninguém proferiu palavra. Ninguém se moveu. Pois, de súbito, todos sabiam que Deus já havia cumprido Sua sentença.
"Cristo sofreu em nosso favor além de nossa compreensão, e por amor a Ele devemos receber as provas e o sofrimento, para vencermos como também Cristo venceu, e sermos exaltados ao trono de nosso Redentor. Consideremos a vida e o sofrimento de nosso precioso Salvador em nosso benefício, e lembremo-nos de que se não estivermos dispostos a suportar provas, labutas e conflito, se não estivermos dispostos a ser participantes com Cristo de Seus sofrimentos, seremos achados indignos de assentar-nos em Seu trono." (Ellen G. White - Cristo Triunfante, p. 223)